NOTA: 8,0
“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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quarta-feira, 30 de março de 2011
ECLIPSE TOTAL
NOTA: 8,0
terça-feira, 29 de março de 2011
NÃO ME ABANDONE JAMAIS
segunda-feira, 28 de março de 2011
REINO ANIMAL
COMO APRENDI A PARAR DE ME PREOCUPAR E AMAR O 3D
quinta-feira, 24 de março de 2011
MÚSICAS E FILMES PT. 1
APENAS UMA VEZ
A PONTE DAS ARTES
UM VIOLINISTA NO TELHADO
terça-feira, 22 de março de 2011
UM OLHAR DO PARAÍSO
(The Lovely Bones, 2009 de Peter Jackson)
NOTA: 3,5
segunda-feira, 21 de março de 2011
CRIATURAS
(Critters, 1986 de Stephen Herik)
NOTA: 7,0
terça-feira, 15 de março de 2011
SE EU DECIDISSE O OSCAR, OS VENCEDORES SERIAM... PT. 2
Já que Cidade de Deus não foi indicado a melhor filme, nada mais justo e merecido que dar o prêmio à última parte de uma das melhores cinesséries de todos os tempos. O Senhor dos Aneis foi uma grande contribuição para o cinema no âmbito artístico e comercial. O filme conquistou a crítica e milhões de fãs mundo afora.
Junto com a Lista de Schindler, O Pianista é o filme definitivo sobre o Holocausto. É uma pena que a excentricidade da vida pessoal do diretor Roman Polanski sempre ofusque o trabalho genial que executa em seus filmes.
Em 2002: Moulin Rouge - Amor em Vermelho
Os musicais estavam mortos há quase vinte anos e esse foi o filme responsável pela retomada do gênero ao grande circuito comercial. O filme é memorável dos pontos de vista visual e sonoro. Não sei como a Academia preferiu premiar um filme tão menor como Uma Mente Brilhante.
Em 2001: Gladiador
Escolha acertada do Ridley Scott em usar tecnologia e todos os recursos audiovisuais disponíveis para contar de maneira instigante uma história épica. Ele conseguiu, ainda assim, ser verossímil. O prêmio de melhor filme foi merecido. O diretor também devia ter sido premiado, mas naquele ano a Academia resolveu premiar Steven Soderbergh pelo superestimado Traffic.
Em 2000: Matrix
Se é para escolher entre Beleza Americana e O Sexto Sentido, eu voto em Matrix. Desses filmes é realmente difícil apontar o melhor. Todos são muito ousados e trouxeram algo novo para a linguagem cinematográfica. Provavelmente Matrix é meu favorito por seu uma produção maior e ter exigido dos seus realizadores a transposição de mais desafios.
O TURISTA
(The Tourist, 2010 de Florian Henckel von Donnersmarck)
NOTA: 3,5
quinta-feira, 10 de março de 2011
CARAVAGGIO
Exposto que quase não há dados biográficos sobre o primeiro pintor moderno, além das obras e algumas histórias duvidosas do mesmo, é de se perguntar se a fita consegue realizar aquilo que se propõe, se de uma centelha consegue-se fazer uma fogueira. A resposta, por incrível que pareça, é sim. Jarman, apesar de tais dificuldades, entre outras como o baixo orçamento, reinstituiu a figura Caravaggio a partir desses poucos elementos e rumores que se tem, explorando-os no ultimo para abordar impetuosamente sua vida religiosa e homossexual, intrínsecos à sua obra de arte.
Michelangelo Caravaggio (Nigel Terry) pintava quadros religiosos, cenas bíblicas com um peculiar toque mundano (lembrando que suas obras estavam intimamente ligadas ao seu modo de vida). Mas a característica mais marcante, e o que o consagrou como o pai das obras renascentistas, certamente são seus jogos de luz bruscos que imprimia em sua pintura: geralmente, o fundo quase negro, e luz ressaltando expressões ou detalhes mais importantes na obra. E Jarman tomou cuidado especial para que, assim como as telas do pintor, o próprio filme ganhasse um ar à lá Caravaggio, luz e sombra quase o tempo todo, nos proporcionando uma sensação de contato com a própria obra de arte. Conforme Caravaggio pinta suas telas, Jarman vai inserindo uma história de sua vida pessoal ligada a tal obra, e assim relata seu triângulo amoroso com dois de seus modelos, dando ênfase o tempo inteiro a sua homossexualidade; também incrementa aqui e ali partes de sua vida promiscua com brigas de bares e até mesmo quando matou um dos amantes.
É explicitamente manifesto que o filme é mais uma própria interpretação do diretor do que construído em bases de dados concretos. Uma prova disso é quando o espectador está inserido num ambiente medieval e se depara com alguns trajes contemporâneos, um caminhão e um telefone. Mas certamente que é proposital por parte de Derek Jarman, que tem a clara intenção de transcender a figura de Caravaggio, mostrar a imortalidade de um gênio.
E apesar dessa boa construção, dessa certeira interpretação do diretor, e menciono aqui também as boas atuações, que ressalto a de Sean Bean, interpretando um dos amantes de Caravaggio, e das muitas 'sacadas' genias como a trilha sonora (recheada de Johann Sebastian Bach), a já mencionada fotografia e até mesmo certos detalhes misturando a época medieval com a contemporânea, em alguns momentos (mais especificamente da metade da película rumo ao fim), me parece que a fita tem problemas de andamento, às vezes ela se perde no roteiro, nos jogos de câmera, mudança de cenário sem propósito e custa um pouco para achar seu ritimo novamente (que se dá no fim). Mas no todo, ainda com esses problemas, é um bom filme, que não à toa, ganhou em 1996 o urso de Ouro no Festival de Berlim.
(Caravaggio -1986)
NOTA: 8,0
segunda-feira, 7 de março de 2011
IDI I SMOTRI (VÁ E VEJA)
ASSASSINATO EM PRIMEIRO GRAU
(Murder In The First; 1995)
NOTA: 7,5
sábado, 5 de março de 2011
COMER, REZAR, AMAR
(Eat, Pray, Love; 2010)
NOTA: 3,0
quarta-feira, 2 de março de 2011
SE EU DECIDISSE O OSCAR, OS VENCEDORES SERIAM... PT. 1
Em 2011: A Rede Social
Gosto de O Discurso do Rei, mas é um filme tão quadrado, certinho e por vezes desinteressante. A Rede Social, em contrapartida, é um filme ousado, ágil e hipnotizante. A toda hora há movimento, informação e muita energia no filme. Com muita ousadia e criatividade, o longa conseguiu capturar a essência daquilo que estava sendo discutido.
Em 2010: Avatar
Guerra ao Terror é uma crônica inteligente sobre a paranoia da guerra no cenário político mundial. Sobram méritos ao filme. Mas era ano de Avatar. O filme ainda vai ser lembrado como um marco na linguagem cinematográfica. A experiência visual provocada pela exibição do filme em 3D proporciona uma imersão nunca vista antes.
Em 2009: Quem Quer Ser um Milionário?
Era tempo de eleição do Obama e um filme feel good, que passa uma mensagem tão bacana de esperança, era exatamente o que o cinema precisava. Concordei com a consagração do filme.
Em 2008: Juno
Onde os Fracos Não Têm Vez é um épico, mas não é um filme para todos. É violento, não tem trilha sonora, não faltam cenas de tensão e o final fica em aberto. O longa dos irmãos Coen não é unanimidade e mesmo assim ganhou. Acho Juno um filme bem mais democrático. Trata-se de uma comédia inteligente que aborda com irreverência um assunto que estava tão batido, que é a gravidez na adolescência. Juno para mim não devia ser um filme e sim uma série de dez temporadas. Os personagens e os diálogos são tão bons e engraçados que os fãs jamais iriam enjoar.
Em 2007: Os Infiltrados
Não é só porque já estava mais do que na hora de finalmente consagrar o grande Martin Scorscese. É porque Os Infiltrados é um filme muito corajoso que a toda hora aposta no antagonismo e na incerteza. Scorscese vinha fazendo filmes muito “acadêmicos”. Decidiu então voltar às raízes e mostrou que ainda tem coragem de ousar.
Em 2006: Boa Noite e Boa Sorte
Crash é um filme cheio de defeitos que nem deveria ter sido indicado. Em contrapartida, Boa Noite e Boa Sorte é um filme intocável. É mal de estudante de jornalismo: não tem um que não tenha um carinho especial por esse filme. Mas é compreensível que o longa fique meio marginalizado ao grande público por ser em preto e branco, pelo estilo da narrativa ou ainda por tratar de um recorte histórico muito delicado da política e da sociedade americana.
Em 2005: Sideways - Entre Umas e Outras
Menina de Ouro é um filme sensacional com selo Clint Eastwood de qualidade. Mas Sideways é um filme com diálogos tão bem escritos e bem colocados que se torna delicioso de assistir. Os personagens são tão atrativos e sempre têm algo interessante para falar e para contribuir com a história (provavelmente por estarem sempre regados a vinho).
O JULGAMENTO DE PARIS
Para aqueles que estão enjoados ou não suportam aqueles filmes de comédia extremamente apelativos que subestimam a inteligência do espectador, à moda American Pie, eis que lhe escrevo sobre uma fita do gênero realmente agradável e leve, que possui piadas inteligentes e toques de humor negro. O filme fundamenta-se em fatos reais contando com um roteiro bem interessante: de uma competição em 1976, entre o clássico vinho francês e o recente vinho norte americano, surge dificultuosas e prazerosas tentativas de quebrar uma tradição no ramo.
Apesar do bom andamento do filme, existem alguns elementos nele que não nos convencem e nem se encaixam na história principal (que é realmente boa) do filme, além de uma questão técnica que me incomodou muito, mas citarei mais adiante. Um esnobe dono de uma enoteca em paris, Steven Spurrier (Alan Rickman), prepara um evento que irá eleger o melhor vinho, com um julgamento feito às cegas. Com a crescente indústrias de vinhos na Califórnia (EUA), Spurrier vai à localidade recolher os melhores vinhos, onde acaba conhecendo a vinícola Chateau Montelena, dirigida pelo pai Jim (Bill Pullman), e com a ajuda do filho Bo (Chris Pine), que tentam impedir a falência da mesma.
No meio dessa história toda, acontece um deslocado triângulo amoroso, envolvendo Bo, seu interessante amigo Gustavo Brambila (Freddy Rodriguez) e a estagiária Sam (Rachel Taylor). Esse componente do filme é realmente inútil para a história toda, e é justamente esse fato o responsável pelos clichês no filme. Outro fator que me incomodou muito, que citei logo acima, foi o figurino. Parece um pequeno detalhe, mas realmente tem sua importância na coisa toda. Ora, considerando-se que a história se passa na década de 70, o visual dos personagens está moderno demais. Até mesmo o herói Bo, que interpreta um hippie, está mais próximo de um playboy desleixado do que outra coisa.
Apesar dos pontos negativos existirem, não estragam o que realmente interessa na história e nem o divertimento do espectador. O filme é um conjunto de um elenco interessante, boas atuações (e chamo atenção especial para Alan Rickman, que, como sempre, está brilhante) e um roteiro excelente. Enfim, é um filme que merece ser assistido.
Bottle Shock (2008)
NOTA: 7,5