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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

VENCEDORES DO GLOBO DE OURO 2012


Filme Comédia ou Musical
O Artista
Filme Drama
Os Descendentes
Filme Estrangeiro
A Separação (Irã)
Filme de Animação
As Aventuras de Tintin
Atriz de Comédia
Michelle Williams por 7 Dias com Marilyn
Ator de Comédia
Jean Dujardin por O Artista
Atriz de Drama
Meryl Streep por A Dama de Ferro
Ator de Drama
George Clooney por Os Descendentes
Atriz Coadjuvante
Octavia Spencer por Histórias Cruzadas
Ator Coadjuvante
Christopher Plummer por Toda Forma de Amor
Diretor
Martin Scorsese por A Invenção de Hugo Cabret
Roteirista
Woody Allen por Meia-Noite em Paris
Música Original
Ludovic Bource por The Artist
Canção Original
Masterpiece de W.E.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Previsões e apostas para o Globo de Ouro 2012

A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood realiza no próximo domingo o prêmio Globo de Ouro, que elege os melhores filmes e séries da TV e do cinema em 2012. Aqui estão algumas apostas e previsões para a premiação.


Melhor filme de drama para o cinema : Os Descendentes – é o primeiro filme que Alexander Payne lança desde o excelente Sideways – Entre Umas e Outras (vencedor do prêmio de melhor roteiro e comédia em 2005). É o único dos indicados que parece ser unanimidade entre os críticos e um dos favoritos na corrida para o Oscar.

Melhor filme de comédia/ musical para o cinema: O Artista – tem encantado a crítica internacional com um conceito que há tempos não se via no cinema com originalidade: um filme mudo e em preto e branco. Já é o franco favorito ao Oscar 2012.


Melhor Diretor – Michel Hazanavicius, por O Artista – prêmio que vai vir em combo com o de melhor filme. Woody Allen, Martin Scorcese já ganharam em anos anteriores e George Clooney não está com essa força toda. Uma possibilidade é Alexander Payne, de Os Descendentes.


Melhor ator de drama para o Cinema – Michael Fassbender , por Shame – em uma ascensão estelar no cinema, o ator que até dois anos atrás (antes de aparecer como um dos Bastardos Inglórios de Tarantino) era desconhecido do grande público, deve ganhar o prêmio do polêmico filme sobre tarados. Mas a torcida fica para o Leonardo Di Caprio de J. Edgar, que já vem merecendo um prêmio faz tempo.


Melhor atriz de drama para o cinema – Meryl Streep, por A Dama de Ferro - o filme biográfico sobre Margareth Tatcher tem recebido críticas negativas, mas a atuação de Meryl Streep como a Dama de Ferro é inquestionável. Ela entra como favorita. A única que tem chances de tirar o prêmio dela é Viola Davis, de Histórias Cruzadas. Ela tem dado declarações de que atores negros não têm sido reconhecidos o suficiente como parte do lobby para ganhar o prêmio.


Melhor ator de comédia/ musical no cinema – Jean Dujardin, por O Artista – vai ganhar junto com o prêmio de melhor filme. Mas fica a torcida para Joseph Gordon Levitt em 50%.



Melhor atriz de comédia/ musical no cinema- Michelle Willams, por My Week With Marilyn – vão compensar a atriz que não ganhou o prêmio no ano passado pelo ótimo Namorados para Sempre.

Melhor ator coadjuvante no cinema – Viggo Mortensen – Um Método Perigoso – a expectativa é que com esse prêmio o filme ganhe força e ganhe notoriedade no Oscar desse ano.


Melhor atriz coadjuvante no cinema - Bérénice Bejo, por O Artista – como as atrizes de Histórias Cruzadas vão dividir os votos, provavelmente a estrela de O Artista vai ganhar esse prêmio.


Melhor roteiro de cinema – Alexander Payne - Os Descendentes – prêmio que deve ir junto com o de melhor filme.

elhor Trilha Sonora – O Artista – Howard Shore, Trent Reznor, Aticus Ross e John Williams já ganharam em anos anteriores e o filme da Madonna não vai ganhar prêmio. Então a vitória é de O Artista.



Melhor Filme de Animação – As Aventuras de Tin Tin – eles não vão perder a oportunidade de ter Steven Spielberg subindo ao palco para receber o prêmio.


Melhor Canção Original – Histórias Cruzadas – Já que o filme não vai ganhar melhor drama, provavelmente vai ganhar em alguma categoria como consolação.

Melhor série dramática para TV – Homeland - Essa série é a solução para todos os que ficaram órfãos de um bom drama sobre conspiração e terrorismo depois que 24 Horas acabou.


Melhor série de comédia/musical para TV – Modern Family – Depois de cinco prêmios no Emmy Awards, dificilmente a imprensa estrangeira vai discordar com a academia e premiar outra série.


Melhor ator em série dramática para TV – Kelsey Grammer, por Boss – Em ano de eleição nos EUA e em um período em que se discute cada vez os limites entre a esfera pública e da vida privada dos governantes, essa série é a que mais se encaixa no contexto.


Melhor atriz em série dramática para TV – Claire Daines, por Homeland – como Juliana Margullies já ganhou anteriormente pelo impecável The Good Wife, a torcida agora fica pela Claire Daines. Ano passado, ela encheu a prateleira de prêmios com o telefilme Temple Grendin e esse ano repete a excelente performance.


Melhor ator em série de comédia/ musical para TV – Johnny Galleck, por The Big Bang Theory - nenhum dos indicados realmente merece o prêmio, nas fica a torcida pro Leonard de Big Bang, apesar de a série estar passando por uma fraca quinta temporada.


Melhor atriz em série de comédia /musical para TV – Zooey Deschanel, por New Girl, vão entregar junto o prêmio de beleza mais hipnotizante da TV.


Melhor Telefilme ou Minissérie – Downtown Abbey – A série deve repetir o sucesso que teve nos Emmy Awards.


Melhor ator em Telefilme ou Minissérie – William Hurt, por Too Big to Fail – ele é um dos melhores atores da geração dele, apesar de não estar no mainstream.

Melhor atriz em Telefilme ou Minissérie – Kate Winslet, por Mildred Pierce – Ela é a queridinha de Hollywood. Sempre que ela fizer algum trabalho de destaque, vai receber reconhecimento.


Melhor Ator Coadjuvante na TV – Peter Dinklage, por The Game of Thrones – o personagem dele dá um essencial tom de comédia a uma série tão dramática e violenta.

Melhor Atriz Coadjuvante na TV – Maggie Smith, por Downtown Abbey – seria legal ver a professora do Harry Potter ganhar esse prêmio.

OS 1O MELHORES FILMES DE 2011 - EQUIPE ICENEMA

Segue então os 10 melhores filmes de 2011 baseados no ranking dos quatro integrantes da equipe do blog. 


10 - TIO BOONMEE - QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS




09- A ÁRVORE DA VIDA





08 - NAMORADOS PARA SEMPRE



07 - BIUTIFUL




06- O MÁGICO



05 - O VENCEDOR



04 - NÃO ME ABANDONE JAMAIS



03 - HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE - PT II



02 - MELANCOLIA



01 - CISNE NEGRO


OS 10 MELHORES FILMES DE 2011

Sem rodeios, vamos aos meus filmes favoritos de 2011

10 - O MÁGICO (L´illusionniste - França/Reino Unido)


Em um ano onde os grandes estúdios de animação derraparam em sequencias e não conseguiram o mesmo resultado de anos anteriores, O Mágico surge como o mais interessante trabalho produzido pelo gênero. Mesmo voltado para um público mais adulto, a obra do diretor francês Sylvain Chomet esbanja maestria, garantindo um lugar merecido entre os melhores do ano.


09 - INVERNO DA ALMA (Winter´s Bone - EUA)


Com um enredo tão poderoso quanto duro, Inverno da Alma se mostrou um dos mais interessantes trabalhos de 2011. Nosso nono colocado une um grande trabalho artístico, com uma boa dose de originalidade e atuações muito fortes e consistentes. Com certeza um dos grandes momentos do cinema em 2011.


08 - HOMENS E DEUSES (Des Hommes Et Des Dieux - França)


Um grande filme. Homens e Deuses é um daqueles casos raros que consegue fazer o espectador flutuar entre emoções fortíssimas tanto alegres quanto tristes ao longo de sua execução. De uma beleza espiritual e uma singeleza acima da média, o filme do francês Xavier Beauvious é um dos grandes prazeres cinematográficos do ano.


07 - O GAROTO DA BICICLETA (Le Gamin Au Vélo - França)


Ao mostrar como a infância pode ser uma fase dura e sofredora; os irmãos Dardenne constroem um filme belíssimo, mesmo que excessivamente triste, realista e depressivo em alguns momentos.


06 - TIO BOONMEE - QUE PODE RECORDAR SUAS VIDAS PASSADAS (Loong Boonmee Raleuk Chat - Alemanha/Espanha/França/Reino Unido/Tailândia)


O mais belo e preciso exercício de paciência que o cinema produziu nos últimos tempos. Com imagens belíssimas e uma linguagem cinematográfica extremamente original, o diretor tailandês Apichatpong Weerasethakul constrói um filme de caráter extremamente onírico, usando e abusando de uma técnica extremamente apurada e de um encanto lírico descomunal.


05 - CISNE NEGRO (Black Swan - EUA)


Darren Aronofsky não dá ponto sem nó, e constrói em Cisne Negro um cruel relato sobre a busca pela perfeição. O que inicialmente parece trilhar os caminhos do drama se transforma em um suspense com toques de horror e goticismo, em uma união poucas vezes vista anteriormente. Pela ousadia e originalidade, nosso quinto lugar vai para esta fantástica obra.


04 - A ÁRVORE DA VIDA (The Tree Of Life - EUA)


A viagem poética e artística do recluso diretor Terrence Malick é uma das mais belas e profundas incursões da vida humana através das técnicas cinematográficas. Dono de um elemento metafórico e de um simbolismo gigantesco, A Árvore da Vida dividiu opiniões. Contudo, acredito piamente que tal divisão aconteceu muito mais pela falta de capacidade interpretativa de muitos do que por má qualidade da fita. Quarto posto preenchido.


03 - MELANCOLIA (Melancholia - Alemanha/Dinamarca/França/Suécia)


O mais novo filme do polêmico diretor dinamarquês Lars Von Trier é um espetáculo cinematográfico. Com um roteiro muito original, grandes atuações, uma fotografia estupenda e a já clássica direção depressiva e coercitiva de Von Trier, Melancolia leva com muitos méritos nossa medalha de bronze. Pode até não ser tão impactante quanto Anticristo, mas é o melhor filme do diretor desde a dupla Dançando no Escuro/Dogville.


02 - NAMORADOS PARA SEMPRE (Blue Valentine - EUA)


O final feliz invertido. O conto de fadas às avessas. Cianfrance arquiteta um duro, porém realista relato do lado negro do amor. A originalidade do filme é louvável, afinal, é muito mais fácil se manter no saturado mercado dos “felizes para sempre”. Acompanhando o declínio de um casal outrora apaixonado, Namorados Para Sempre se apóia nas ótimas atuações de Ryan Gosling e Michelle Williams para construir um conto sobre como o amor pode ser destrutivo. Medalha de prata com lampejos de dourado.


01 - NÃO ME ABANDONE JAMAIS (Never Let Me Go - EUA/Inglaterra)


Se o cinema se apresenta exatamente na maneira como os filmes tocam sés espectadores, a minha medalha de ouro com certeza está em boas mãos. Ainda me lembro dos vários minutos em que fiquei parado olhando para a tela da TV enquanto subiam os créditos finais de Não Me Abandone Jamais. Enquanto tentava anotar a placa do caminhão que havia acabado de me atropelar admirava um filme simplesmente único e em minha singela opinião espetacular. Transitando entre o cotidiano e o filosófico, questionando comportamentos atuais e mostrando um alternativo caminho que a falta de humanidade atual pode gerar. O diretor Mark Romanek usa e abusa de um clima soturno, penumbroso e extremamente triste para moldar o melhor filme de 2011. Não Me Abandone Jamais é um grito de humanidade, e uma previsão possível para uma espécie que parece fadada a perder aquilo que a essencializa. Belo, tocante, gélido e preocupante, estas são as principais características do campeão de 2011.

OS MELHORES DE 2011

Apesar de anunciar-se como um ano promissor para o cinema, principalmente após seu eufórico primeiro bimestre, 2011 foi marcado por uma abissal queda de rendimento nos meses conseguintes. A trêsderização da cinematografia contribuiu para que as produções fossem mais cada vez mais raras e escassas devido seus altos custos de produção (e babaquice, obviamente). A crise econômica também contribuiu para a aniquilação dos lançamentos do cinema Europeu tornando a lista mais antiga e saudosista que noutros anos.




1- O Mágico

Definitivamente meu filme predileto do ano; de uma simplicidade calada, quase muda. Uma das grandes animações de todos os tempos. Existe algo de chapliniano neste enredo que é o anti-climax dos contos de fada. O filme conta a história de um velho mágico itinerante que não consegue mais fazer crer seus truques - o feitiço & a mágica já haviam perdido seu significado no cabaré da vida contemporânea. Depois de um convite para apresentar-se num vilarejo isolado da Irlanda o mágico redescobre uma platéia inocente o suficiente para acreditar-lhe. Lá uma moça vê nele sua fada-madrinha de tantos contos e, para não frustrá-la em seus desejos de vestidos caros e sapatinhos de cristal, o mágico enfrenta a dura realidade do subtrabalho, dos turnos dobrados, fazendo de tudo para preservá-la do mundo real.



2- Cisne Negro

Filme impecável, de atuações marcantes e direção espetacular. Cisne Negro é uma das grandes obras do cinema arte, é até uma surpresa que tenha caído nas graças do público. Natalie Portman interpreta uma dançarina de Balé enrustida, sob eterna vigilância rigorosa da mãe, que enlouquece aos poucos quando se vê obrigada a liberar sua selvageria para interpretar a dualidade dos Cisnes Branco e Negro.




3- O Vencedor

Mais uma das transformações corporais resolutas do Christian Bale que renderam um ótimo filme. Narra a decadência de um boxeador de fama curta e meteórica e sua relação com o irmão que treina para tornar-se também um boxeador profissional. Foi uma das boas surpresas do inicio do ano.


4- Drive

Com padrões estéticos que lembram muito a obra de David Lynch e uma pitada do bom e velho cinema violento Coreano (Mr. Vengence e afins) Drive arrancou suspiros da crítica num ano de poucos lançamentos interessantes. Ryan Gosling interpreta um dublê de carros hollywoodiano que têm uma vida dupla como piloto de fuga de roubos. Apesar de extremamente metódico & reservado o personagem se apaixona pela vizinha e, a partir desta entrega, entra numa maré de azar. Apesar de não ser um enredo novíssimo – alias, possui um roteiro lugar-comum quando colocado no papel – o filme se destaca pela linguagem pouco ortodoxa. São méritos inquestionáveis do diretor Nicolas Winding Refn, que fez do limão uma limonada.





5- 13 Assassins


Takashi Miike fez uma incrível homenagem (ou releitura, como queiram) dos “7 Samurais” sem cair em desgraça. Adicionadas suas eventuais bizarrices sanguinolentas Miike mostra como a obra de 1954 continua atual apesar da passagem do tempo. Por mais que Western macarrônico de Sergio Leone e, mais recentemente, Quentin Tarantino já tivessem resgatado algumas características do antigo filme de Akira Kurosawa Miike conseguiu manter-se fiel até mesmo à construção dos personagens.




6- Tio Boonmee - Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas

Uma surpresa inesperada do ano de 2011 foi este belíssimo filme vietnamita do iniciante Apichatpong Weerasethakul. A história dum homem visitado por espíritos da floresta, familiares mortos e criaturas estranhas que lhe afligem e revelam sua inevitável morte possui uma sensibilidade inusitada. De construção poética, desconexa, intimista e exótica o filme lembra muito a construção metafísica de Tarkovski, Bergman e Kim-Ki Duk (o último especialmente). Coloco Uncle Boonmee nesta eletiva não só porque é brilhante, mas porque devemos acompanhar Apichatpong muy de perto nos próximos anos. 



7- Melancolia

Lars Von Trier – sempre unanimidade exceto quando se declara nazista em frente de platéia judia – nos trouxe um belíssimo filme que traça paralelos entre o aprazer da vida, do suicídio prenunciado e melancolia & um mundo que se finda num meteoro em direção a terra. Nelson Rodrigues dizia que mineiro só é solidário no câncer, mas não há nada mais corrosivo para as relações humanas que problemas que causam dependência imediata e prolongada. A depressão inominável de Kirsten Dunst é tão destrutiva na família devido sua exigência de cuidados quanto um meteoro arremessado no planeta: a mesquinharia, egoísmo e maldades que costumam florescer nas pessoas em calamidades públicas também acontecem ali, recônditas a uma casa de campo. 



8- 127 Horas


São raros os filmes que me parecem ser melhores toda vez que assisto: 127 Hours é um deles. Apesar de não gostar dos trabalhos do badalado Danny Boyle e julgar “Quero ser um Milionário” de uma chatice infindável encontrei em 127 Horas, não sei por qual razão, uma história digna dos filmes de aventura selvagem dos anos 80. A cena brilhantemente construída em torno da sede, revelando a música de Bill Whiters num traveling sem cortes até o Jeep com um Gatorade é espetacular. 




9- Bravura Indômita

Finalmente um resgate dos bons Westerns depois do débil “3:10 to Yuma”. Os irmãos Cohen acertaram nesta releitura do clássico de Jhon Wayne e na escolha do “The Dude” Jeff Bridges para o papel do U.S Marshall mais inescrupuloso do condado. Com um pitoresco humor o filme possui qualidades memoráveis para torná-lo uma das boas indicações do ano.