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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

JORNADA PELA JUSTIÇA


Bom, o final do ano vem chegando. Antes de postar minha lista dos melhores do ano (afinal tem alguns filmes que pretendo assistir ainda), pretendo atualizar isso aqui com mais algumas opiniões sobre os filmes que pretendo começar a assistir com mais frequência agora que um ano extremamente cheio se foi. Sendo assim, começarei com este drama de presídio (será que pode ser chamado assim), desconhecido e completamente ignorado pelas pessoas (pelo menos até onde eu sei).

A chamada do filme é simples: " Você dedicaria 20 anos da sua vida para provar a inocência de um estranho?" Responder a esta pergunta pode passar a ter um novo sentido após passarmos pelos quase 90 minutos desta fita. Dirigido por Collen McLoughlin e contando apenas com Julia Ormond em seu elenco, no quesito nomes conhecidos, o filme é nitidamente uma história que queria ser contada porém de forma rápida, apenas para "o mundo tem que ter um filme sobre esta história."

Para entendermos o negócio, a sinopse é basicamente esta: Julia Ormond é uma assessora jurídica, que acaba se envolvendo com o caso de um afro-americano preso, acusado injustamente de estupro infantil. O processo se alonga por 22 anos, até que chagamos ao desfecho do negócio. O que torna o filme um pouco mais interessante é o fato de ter sido baseado em fatos reais, algo que é provado no final do filme, com imagens reais tanto da assessora quanto do preso em questão, que atende pelo nome de Calvin Willis.

A pergunta é: o filme é ruim? Não chega a ser ruim, mas deixa tantos buracos, existem tantas coisas que poderiam ser aproveitadas e explicadas de forma mais correta e contundente, que tiraria um pouco essa sensação de que tudo flutua, e diminuiria a super velocidade do filme, que só é quebrada em alguns momentos pelas cenas mais dramáticas. Do resto o filme é um comum drama que envolve superação e que tenta convencer o espectador pela sensibilidade (fato que acontece em alguns momentos).

No final das contas, o esquecimento e o desprezo de crítica e de público por este filme se justifica pelo fato de que o próprio filme não é ambicioso. Tudo soa muito simples, e em alguns momentos até um pouco mal feito, como se o diretor e a produção estivesse com uma pressa descomunal para terminar o filme. Jornada Pela Justiça poderia ser um filme bem interessante se fosse mais bem trabalhado, ou se pelo menos tivesse sido feito com um pouquinho mais de ambição e desejo de ser grande; como falta isto, a nota é condizente com as características e as propostas do próprio filme. Leve e simples, um filme fácil e dependendo do momento totalmente "assistível", porém deixa uma sensação de "relaxo" que poderia ter sido evitada.


NOTA: 5,5

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