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domingo, 24 de outubro de 2010

O SUSPEITO


Ficha Técnica

Título Original:Rendition
Gênero:Drama/Ação
Duração:120 min
Ano De Lançamento:2007
Site Oficial:http://www.renditionmovie.com/
Estúdio:New Line Cinema / Dune Films / Anonymous Content / Level 1 Entertainment / MID Foundation
Distribuidora:New Line Cinema / PlayArte
Direção: Gavin Hood
Roteiro:Kelley Sane
Produção:Steve Golin, David Kanter, Keith Redmon, Michael Sugar e Marcus Viscindi
Música:Paul Hepker e Mark Kilian
Fotografia:Dion Beebe
Direção De Arte:Tony Noble e Harry Pain
Figurino:Michael Wilkinson
Edição:Megan Gill
Efeitos Especiais:Midnight Transfer


Elenco

Reese Whiterspoon (Isabella Fields El-Ibrahimi)
Omar Metwally (Anwar El-Ibrahimi)
Aramis Knight (Jeremy El-Ibrahimi)
Rosie Malek-Yonan (Nuru El-Ibrahimi)
Jake Gyllenhaal (Douglas Freeman)
Moa Khouas (Khalid)
Zineb Oukach (Fatima Fawal)
Yigal Naor (Abasi Fawal)
Laila Mrabti (Lina Fawal)
David Fabrizio (William Dixon)
Mounir Margoum (Rani)
Driss Roukhe (Bahi)
J.K. Simmons (Lee Mayer)
Meryl Streep (Corrine Whitman)
Bob Gunton (Lars Whitman)
Nava Ziv (Samia Fawal)
Raymonde Amsalem (Layla Fawal)
Simon Abkarian (Said Abdel Aziz)
Wendy Phillips (Samantha)
Peter Sarsgaard (Alan Smith)
Hassam Ghancy (Hamadi)
Najib Oudghiri (Omar Adnan)
Omar Salim (Rashid Salimi)
Alan Arkin (Senador Hawkins)
Anne Betancourt (Sharon Lopez)


Sinopse

Anwar El-Ibrahimi (Omar Metwally) está retornando aos Estados Unidos, após participar de uma conferência na África do Sul. Entretanto antes de desembarcar, mas já em solo americano, ele é retido por autoridades do governo. Isabella (Reese Whiterspoon), sua esposa, fica à sua espera no aeroporto, em vão. Anwar simplesmente desaparece, sem que Isabella ou qualquer outra pessoa saiba o que aconteceu com ele. Na verdade Anwar foi retido a mando de Corrine Whitman (Meryl Streep), que investiga a morte de cidadãos americanos em um atentado terrorista e desconfia que ele tenha algum envolvimento com um grupo perigoso no Egito, seu país-natal. Anwar é levado para fora dos Estados Unidos, onde passa a ser torturado com o objetivo de revelar as informações que sabe. Paralelamente Isabella busca a ajuda de um antigo amigo de escola, Alan Smith (Peter Sarsgaard), que agora trabalha como assessor de um senador (Alan Arkin).



CRÍTICA


Filme lançado há três anos atrás e que teve uma repercussão muito baixa, ainda mais quando levamos em consideração o alto calibre de seu elenco, que conta com a multi-premiada Meryl Streep, o naquele momento recente vencedor do Oscar de ator coadjuvante por Pequena Miss Sunshine Alan Arkin, além dos competentes Jake Gyllenhaal e Reese Whiterspoon. O que temos aqui é um drama com toques de aventura e ação, intercalando-se de uma forma dura e pouco acessível, o que provavelmente colaborou para a construção de uma baixa popularidade.

O filme se aproveita da paranóia pós- 11de setembro, e baseia seu roteiro em acontecimentos envolvendo nações islâmicas (no caso o Egito), ligadas ao terrorismo e a maneiras pouco humanitárias de se tratar suspeitos e criminosos por parte da nação americana. O filme é basicamente vários personagens ( e bota personagens nisso, são tantos que muitas vezes acabam por confundir o espectador) que se unem por um único fio, um ataque terrorista realizado por um homem-bomba no Egito e que matou um oficial americano da CIA. A partir daí a ação e o drama se desenvolvem de uma forma um pouco lenta, dura e por que não dizer gélida e bruta demais.

O diretor Gavin Hood não economiza drama em suas tomadas e se utiliza de uma forma pesada de condução para em algumas cenas elevar o negócio ao seu grau máximo. Por mais que a intenção do diretor tenha sido até boa, no quesito de querer ser realista ao extremo, esse extremo em alguns momentos se torna um exagero, criando momentos e cenas desnecessárias, que apenas prejudicam o andamento da fita e truncam ainda mais um roteiro que já é por si só complexo. A coisa é de um nível tão capiscioso, que apenas no final do filme, percebemos que o filme é atemporal, e mistura acontecimentos pré-atentado, com acontecimentos e desdobramentos pós-atentado.

Não sei se o roteiro possuía algum tipo de intenção de denúncia à forma de ação da CIA em alguns casos, mas se tinha não acertou muito a mão, já que neste quesito, o filme se perde um pouco, e não consegue explicar muito bem o que é o processo em questão e nem como funciona. Louvável apenas, o fato de que , na minha modesta opinião, Gavin Hood consegue ser o mais imparcial possível, sem denegrir a imagem de ninguém, o que é bom para o espectador que não vê mais um filme cheio de preconceitos, porém, esta falta de posição, é exatamente o que colabora para a sensação de distância entre o filme e o espectador. Tudo acontece muito longe, e não há envolvimento de quem assiste na história.

O elenco, cheio de bons nomes, esbarra em uma Streep que parece não ter feito muita questão de trabalhar seu personagem e em uma Whiterspoon abaixo de seu talento, em uma interpretação murcha e cheio de melodramatismo exagerado. Arkin é simpático e por aparecer pouco, não prejudica e nem abrilhanta o filme, que tem seus melhores momentos em um Peter Sarsgaard discreto, porém competente e em um Gyllenhaal centrado e bem disposto ao personagem, o que o torna o melhor do elenco.

No final das contas, O Suspeito é comum, não inova e não possui nenhum atributo que se mostre realmente interessante, transformando-o em um filme básico, e que será visto apenas esporadicamente por fãs mais prestativos e que se dedicam a procurar filmes mais esquecidos por público e crítico. Surgiu quieto, passou quieto e cairá quieto no esquecimento como qualquer filme mediano e comum cai. Destino traçado para um filme que apenas faz o que outros já fizeram e da mesma forma.


NOTA: 5,0

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

JUSTIFICATIVA

Pessoal, ando meio sem tempo para atualizar o blog, já que meu TCC está nos seus últimos momentos, e como todo bom TCC, ele tem transformado minha vida em algo que ela quase nunca foi: uma vida ocupada, ahuahuauhauhuha! Assim sendo, peço a paciência de todos os frequentadores até o dia 3/11/2010, quando entregarei o texto final, fazendo com que tudo volte ao seu fluxo normal.

Obrigado!

domingo, 10 de outubro de 2010

FÚRIA DE TITÃS


 Ficha Técnica

Título Original:Clash of the Titans
Gênero:Épico
Duração:118 min
Ano De Lançamento:2010
Site Oficial:http://www.furiadetitas.com.br
Estúdio:Warner Bros. Pictures / Legendary Pictures | Thunder Road Film / The Zanuck Company
Distribuidora:Warner Bros. Pictures
Direção: Louis Leterrier
Roteiro:Travis Beacham, Phil Hay e Matt Manfredi, baseado em roteiro de Beverley Cross
Produção:Kevin De La Noy e Basil Iwanyk
Música:Stephen Coleman
Fotografia:Peter Menzies Jr.
Direção De Arte:Patricio M. Farrell e James Foster
Figurino:Lindy Hemming
Edição:David Freeman e Vincent Tabaillon
Efeitos especiais:CEG Media / Moving Picture Company / Neil Corbould Special Effects / The Visual Effects Company


Elenco

Sam Worthington (Perseus)
Ralph Fiennes (Hades)
Liam Neeson (Zeus)
Gemma Arterton (Io)
Danny Huston (Poseidon)
Izabella Miko (Athena)
Alexa Davalos (Andromeda)
Mads Mikkelsen (Draco)
Polly Walker (Cassiopéia)
Jason Flemyng (Acrisius)
Kaya Scodelario (Peshet)
Hans Matheson (Ixas)
Nathalie Cox (Artemis)
Tamer Hassan (Deus da Guerra)
Vincent Regan (Kepheus)
Luke Evans (Apollo)
William Houston (Ammon)
Ian Whyte (Xeique Sulieman)
Luke Treadaway (Prokopion)
Martin McCann (Pheadrus)
Nina Young (Hera)
Pete Postlethwaite
Liam Cunningham
Nicholas Hoult


Sinopse

Perseu (Sam Worthington) descobre que é o filho mortal de Zeus (Liam Neeson), mas recusa-se a aceitar tal condição. Contudo, para salvar a cidade de Argos da fúria dos deuses do olimpo e da vingança de seu tio Hades (Ralph Fiennes), ele vai ter que enfrentar uma perigosa jornada contra terríveis criaturas como a Medusa para salvar os simples mortais e a bela Andrômeda (Alexa Davalos) do sacrifício para o monstro Kraken



CRÍTICA


O mês de outubro tem sido um mês complicado para eu postar por aqui, pois estou bem atarefado, mas para não deixar tudo no vácuo decidi dedicar algumas linhas a esta refilmagem do cult homônimo de 1981. É claro que algumas coisas foram alteradas, além do fato de o antigo possuir muito mais charme e ser muito mais fiel à mitologia grega em si.

Fúria de Titãs é visivelmente um filme comercial e que possui a única intenção de ganhar rios de dinheiro nos cinemas, não se importando nem um pouco com a qualidade da história ou mesmo a fidelidade ao tema que trata. A fantasia está em alta no cinema, seja ela com vampiros, lobisomens ou o que seja, tudo dá dinheiro e atrai fãs desavisados para enriquecer os cofres dos estúdios. Só não consigo entender quem foi o "inteligente" que enfiou o Kraken na mitologia grega, já que qualquer pessoa que tenha um pouco mais de conhecimento sobre o assunto, ou que tenha assistido à Saga de Poseidon dos Cavaleiros do Zodíaco  (hehehehe), sabe que o Kraken é um monstro da mitologia nórdica.

Tirando este e outros erros perdidos pelo meio, ainda não conseguimos encontrar um roteiro consistente, sendo que é nítida a intenção de tapar os buracos do mesmo, com efeitos especiais gigantescos e essa parafernália de 3D que faz com que qualquer coisinha tenha que explodir na tela , o que venhamos e convenhamos é um saco.

A direção, assinada por Louis Leterrier, que eu particularmente desconheço, é comum e sem sal, que se limita a dar ênfase às maravilhas da tecnologia e se esquece de que em alguns momentos uma tocada mais leve ou um movimento mais criativo também fazem parte de um grande show, se aliam a um trabalho veloz e bruto de edição, que faz com que o filme tenha uma velocidade absurda e atropele tudo o que vê pela frente, incluindo o próprio roteiro. Para não crucificarmos tudo, confesso que achei bem legal a representação feita do Olimpo e o Pégaso que ficou excelente.

O elenco tem bons nomes, e é daí que sai algo que te faz respirar e ver que nem tudo está perdido, já que Fiennes e Neeson (no mesmo filme novamente, nos fazendo lembrar do fenomenal A Lista de Schindler), nos papéis de Hades e Zeus respectivamente, conseguem criar bons momentos e mesmo longe de toda a capacidade que os dois possuem, colocam um pouco de dignidade na fita. Pete Postlethwaite faz uma pequena porém boa ponta como o pai adotivo de Perseu. Wortinghton (o mesmo de Avatar), está totalmente desconfortável como Perseu e por que não dizer perdido em vários momentos, mostrando uma fragilidade que apenas os atores medianos e fracos possuem, como se não bastasse, ainda preciso descobrir quem inventou que essa menina Gemma Arterton sabe atuar, já que assim como em O Princípe da Pérsia, sua apatia chega a ser contagiante.

Um blockbuster que possui a intenção clara de impactar e cativar um público menos exigente quando o assunto é cinema de qualidade. A verdade é que Fúria de Titãs está longe de ser o que seu progenitor foi, e mais longe ainda de ser um bom filme. Com vários erros e uma temática imprecisa e desconexa, o filme só não é uma perda total, pela presença de alguns nomes que o salvaram, mesmo assim é muito pouco para salvar esta fracassada tentativa de representar a Mitologia Grega em todo o seu esplendor.


NOTA: 4,0