tag:blogger.com,1999:blog-85144964438909716922024-02-07T01:35:19.817-08:00ICENEMA“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.”
(Baruch de Espinosa)Unknownnoreply@blogger.comBlogger308125tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-77616717360216695972013-09-19T19:39:00.002-07:002013-09-19T19:42:59.882-07:00RUSH - NO LIMITE DA EMOÇÃO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW2OLWHqPfaB_1xzaemP6uo8KGHsuIfK3Fuj_GnV2WbyM1FBPZwn0mnL78gRba6ssnpfoXkhee68GAMMF5h8ElZePcnIRI921tEXe5I7Dp2PeOip1s6yYx0GBi8L4WkBS3n2X_jUDVxI4/s1600/RUsh.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW2OLWHqPfaB_1xzaemP6uo8KGHsuIfK3Fuj_GnV2WbyM1FBPZwn0mnL78gRba6ssnpfoXkhee68GAMMF5h8ElZePcnIRI921tEXe5I7Dp2PeOip1s6yYx0GBi8L4WkBS3n2X_jUDVxI4/s320/RUsh.jpg" width="235" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">A F-1 ou o automobilismo em geral nunca foram temas de
grande inspiração para os diretores e produtores da sétima arte. Eu até gosto
de Grand Prix e admito a excelência técnica do mesmo, mas com certeza faltava
aquele algo a mais. O algo a mais que poderia atrair para um filme sobre F-1
aquele que não é um amante assíduo do esporte. Aquele algo a mais que
conseguiria mostrar ao espectador leigo que a F-1 é muito mais do que um
simples “conjunto de carros que ficam dando voltas sem parar pelo mesmo lugar”.
Eis então que surge Rush e consegue tal façanha com louvor.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
A rivalidade entre James Hunt e Niki Lauda sempre foi uma
das mais presentes e fortes em toda a história da F-1 e com certeza, a
temporada de 1976 foi o auge desta rivalidade. Não sou um saudosista quando se
trata de F-1, não obstante, ainda acompanho todas as corridas de todas as
temporadas com muito entusiasmo. Gosto da era “romântica” tanto quanto da
atual, e devido a minha idade, entendo bem mais da segunda do que da primeira.
Contudo, é impossível não aceitar a ideia de que em 1976 o risco do esporte era
muito maior do que em 2013, fazendo com que tudo fosse um pouco mais cru e um
pouco mais assustador.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
O diretor Ron Howard, que é capaz de grandes filmes como Uma
Mente Brilahnte; Frost/Nixon; Apollo 13 e ao mesmo tempo capaz de bombas como
Anjos e Demônios faz um trabalho incrível aqui, sempre acompanhado pelo aguçado
roteiro de Peter Morgan. As cenas de corridas são incríveis e Howard se utiliza
de uma câmera baixa para garantir toda a emoção possível ao espectador através
de imagens aproximadas e o som característico dos motores dos carros. Em alguns
momentos, Howard dramatiza demais e abusa de tomadas mais longas, mas nada que
prejudique o trabalho final. Ao apostar em dividir a tela entre dois pilotos,
unidos por uma paixão, separados por concepções de caráter e de conduta e
marcados por uma época, Howard consegue equilibrar os momentos dentro da pista
com a vida dos dois fora das pistas, e conjugar corretamente os reflexos
causados mutuamente e reciprocamente por todos estes elementos. Hunt e Lauda
foram grandes por tudo aquilo que os envolvia, e a rivalidade entre os dois só
foi o que foi devido ao choque destas duas grandezas. Captar, aceitar e
respeitar isto, sem tomar partido em nenhum momento ao longo da fita, foi com
certeza o grande mérito de Howard.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
O elenco foi escolhido de forma muito interessante. Chris
Hemsworth é praticamente uma versão atual de James Hunt, tanto fisicamente,
quanto no seu jeito canastrão; o que facilitou o bom desempenho do ator
conhecido por seu trabalho <st1:personname productid="em Thor. Todavia" w:st="on">em
Thor. Todavia</st1:personname>, o destaque mesmo vai para Daniel Brühl. O ator
hispano-germânico conhecido por seu trabalho <st1:personname productid="em Bastardos Inglórios" w:st="on">em Bastardos Inglórios</st1:personname>
e o sensacional Adeus, Lênin encarna de forma perfeita o vivo Niki Lauda,
reproduzindo seus trejeitos, suas manias, seu sotaque e até a entonação de voz.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
Por mais incrível que possa parecer, Rush é um filme
vibrante, impressionante e que consegue transitar muito bem na tênue linha que
separa o público leigo e os amantes de F-1, agradando assim a gregos e
troianos. O exemplo claro disso é que fui ao cinema acompanhado de minha
esposa, que inversa a mim, não possui nenhum apreço pelo esporte, mas saiu
igualmente entusiasmada com o filme. Howard parece ter criado aqui, um daqueles
filmes que se tornarão padrão para os possíveis filmes vindouros sobre a
categoria, o que é muito bom afinal Rush é um grande filme para todos os públicos
e para os amantes da F-1 é o que há de melhor até o momento. Para aqueles, que
assim como eu, alimentam uma grande paixão tanto pelo cinema quanto pela F-1,
Rush é um exercício de êxtase e até o momento o melhor representante já
produzido por esta união. A orfandade acabou.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>(Rush de Ron Howard, EUA/Alemanha/Reino Unido - 2013)</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>NOTA: 9,5</b></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-76071418076460556132013-08-25T13:45:00.000-07:002013-08-25T13:46:08.474-07:00UM GOLPE PERFEITO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjddcWVgNus1TlPgVKu_GBhTRPj-T_fvM-lPJBhmdUP3OOkLbo37A2-Era7DIhsluorolP191URCPpwvv2h9H2AhzHGFNsh7QBrTc0HpaVF3ui2p9SRw_s3YfCqZsfBxyHCDlaef-l2dU/s1600/UM+GOLPE+PERFEITO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjddcWVgNus1TlPgVKu_GBhTRPj-T_fvM-lPJBhmdUP3OOkLbo37A2-Era7DIhsluorolP191URCPpwvv2h9H2AhzHGFNsh7QBrTc0HpaVF3ui2p9SRw_s3YfCqZsfBxyHCDlaef-l2dU/s320/UM+GOLPE+PERFEITO.jpg" width="218" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um forte elenco, com roteiro clássico de filmes de golpes e
com a envergadura da assinatura dos irmãos Coen, Um Golpe Perfeito tenta se
sustentar com base em elementos básicos da comédia de cunho mais “inglesa” (mesmo sendo um filme de nacionalidade americana), ou
seja, piadas de duplo sentido que transitam entre o sutil e o explícito,
maneirismos pessoais e construídos na base dos atores, bordões formatados
através de temas mais cultos (no caso aqui, o mundo dos compradores e
colecionadores de arte), e lógico que não poderia faltar também aquele dose
fatal de crítica a alguma parte dos EUA (no caso aqui o Texas).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O filme é dirigido por Michael Hoffman, diretor instável e
dono de vários filmes “legaizinhos”, entre eles, podemos citar O Outro Lado da Nobreza, Sonhos de uma Noite de Verão, O Clube do Imperador e o recente A Última Estação. Hoffman tem dificuldades com o andamento do filme em alguns
momentos e acaba se jogando em situações um pouco exageradas, algo que se
potencializa com o roteiro cheio de excentricidades dos Coen. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os personagens são extremamente caricaturais, o que pode
irritar algumas pessoas em alguns momentos (a personagem de Cameron Diaz em
alguns momentos só falta mugir para encarnar o aspecto texano exagerado de sua
personagem) e Hoffman desaba suas tomadas rápidas em cima destas caricaturas.
Já vi Colin Firth e Alan Rickman fazerem personagens parecidos com mais
elegância e classe, mas é inegável que ambos seguram as pontas de forma muito
precisa, com a competência que sempre se espera de atores do quilate de ambos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Intercalando cenas muito engraçadas (como as de Colin Firth
na recepção ou pulando nos quartos do hotel Savoy) com momentos não tão
inspiradores (como a abordagem clichê à personagem de Cameron Diaz), Um golpe
perfeito se coloca como mais um instável trabalho na carreira de Hoffman. Vale
uma conferida pelo elenco, pela acidez habitual das comedias "inglesas" que se
mostra presente e pelo interessante desfecho que conseguiu fugir de um final que se desenhava claramente preguiçoso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>(Gambit de Michael Hoffman, EUA - 2012)</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<b>NOTA: 6,0</b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-80204799758869934382013-08-22T16:42:00.003-07:002013-08-22T16:43:51.953-07:00A PARTE DOS ANJOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCBUUtFoJuuc0Yps4pTLi4V0zpf0VRfRzxHNGrQsSJm3HS0BjuKvmj82UxdgydxdjgE5SgaqNbj8Peth7m5BY5MuGL5Yb1281QP1EaM6CBtN0MZRN46w0ByPWMgc1to4EHLcf3_nkLVt4/s1600/A+PARTE+DOS+ANJOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCBUUtFoJuuc0Yps4pTLi4V0zpf0VRfRzxHNGrQsSJm3HS0BjuKvmj82UxdgydxdjgE5SgaqNbj8Peth7m5BY5MuGL5Yb1281QP1EaM6CBtN0MZRN46w0ByPWMgc1to4EHLcf3_nkLVt4/s320/A+PARTE+DOS+ANJOS.jpg" width="227" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando soube no ano passado do lançamento de A Parte dos
Anjos, o novo filme de Ken Loach, fiquei bem animado, afinal minha admiração
pelo cinema do diretor é muito grande e a cada novo filme seu já brota em mim
aquela curiosidade característica dos cinéfilos. Minha animação só
aumentou quando A Parte dos Anjos venceu o Prêmio do Júri do Festival de Cannes
no ano passado, contudo tal animação vinha sempre carregada por uma tristeza
latente: a de que dificilmente eu conseguiria ter acesso ao filme pelas telas
do cinema e até mesmo <st1:personname productid="em DVD. Todavia" w:st="on">em
DVD. Todavia</st1:personname>, coisas estranhas acontecem, e com uma surpresa
enorme, descobri que a nova aventura de Ken Loach estrearia em uma sala de um
dos cinemas londrinenses (isso há algum tempo atrás). Assim sendo, não perdi a chance e me dirigi ao local
gerador de minha surpresa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Surpresa esta que não existiu ao longo dos pouco mais de noventa minutos da obra à qual dediquei este meu tempo. Conhecido por seu engajamento
esquerdista e por suas críticas a um enquadramento social desigual e que gera
desfavorecimentos de algumas classes em detrimento de outras, o cineasta
britânico se utiliza de uma sombria Glasgow para contar a história de Robbie, um
“jovem delinqüente” que é condenado a cumprir trezentas horas de trabalhos
comunitários. Neste trabalho ele conhece Harry, um apreciador de uísques que
presta auxílio ao garoto e o faz descobrir um talento natural para a percepção
desta nobre e apreciada bebida. A partir deste ideia o filme se desdobra em uma
leve comédia social com toques dramáticos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Qualquer pessoa que tenha tido contato com a obra de Loach,
perceberá que <st1:personname productid="em A Parte" w:st="on">em A Parte</st1:personname>
dos Anjos o diretor aposta mais no humor do que no drama engajado propriamente dito,
algo já visto de forma bem mais sutil em À Procura de Eric. Porém, neste último, o elemento dramático ainda permanece e o humor aparece como refúgio dos personagens.
<st1:personname productid="em A Parte" w:st="on">Em A Parte</st1:personname>
dos Anjos o humor é mais central e se apóia nos dramas dos personagens para se
firmar. Jamais imaginei que soltaria grandes risadas em um filme de Ken Loach,
mas é o que acontece aqui (principalmente com o personagem Albert, o abobalhado
e atrapalhado amigo de Robbie). O humor é preciso, e consegue se colocar por
sua própria força, além de não atrapalhar a mensagem “oculta” que o filme
carrega, ou seja, a de uma juventude forçada e coisas “ruins” por uma sociedade
injusta, desigual e hipócrita. O engajamento social, econômico e cultural e sua
necessária crítica continuam presentes aqui, só que ao invés de mostrado de
forma dramática como normalmente faz, Loach opta por um humor correto e pouco
comum em seus filmes, mas que funciona muito bem. Para um cineasta com quase 50
anos de carreira, conseguir alterar a forma sem mudar o conteúdo é quase uma
proeza, ainda mais em um mundo preguiçoso como o de hoje.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Parte dos Anjos pode até não ter causado em mim uma reação
tão grande quanto os meus filmes favoritos do diretor (Kes, Meu Nome é Joe e o brilhante
Ventos da Liberdade), mas já se mostra como um dos meus filmes favoritos de
2013. Imperdível.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>(The Angel´s Share de Ken Loach, Reino Unido/França/Bélgica/Itália - 2013)</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTA: 9,0</b></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-51257121214767464722012-07-23T15:16:00.000-07:002012-07-23T15:21:36.373-07:00A LULA E A BALEIA<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTmmTzx9xWSpo0pCtH9bMav7vZ-LkCWD4osrnJ6wlJzPdqk-HcCgsyIqKowKNC-zCxuVP-wHEXq8JbWPv2Q4h7dITvBu-v8X52VhTaXLsg0Lza-m9_j8AakM7nRav58QVwzNDbn31c2qk/s1600/a+lula+e+a+baleia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTmmTzx9xWSpo0pCtH9bMav7vZ-LkCWD4osrnJ6wlJzPdqk-HcCgsyIqKowKNC-zCxuVP-wHEXq8JbWPv2Q4h7dITvBu-v8X52VhTaXLsg0Lza-m9_j8AakM7nRav58QVwzNDbn31c2qk/s320/a+lula+e+a+baleia.jpg" width="228" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Representante firme e claro do cinema independente que
possui sua base em um roteiro curto, polido e forte para retratar e destrinchar
a organização e as relações familiares envolvendo seus protagonistas em uma
teia de dramas, descobertas e revelações, sejam em caráter pessoal ou no âmbito
geral do cenário.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dirigido e roteirizado por Noah Baumbach, A Lula e a Baleia
retrata os dias pré e pós separação de um casal formado por um escritor em
crise e uma nova escritora que começa a fazer sucesso. Envolvidos neste meio
estão os dois filhos do casal, onde um começa a descobrir namoros e problemas e
o outro começa a descobrir seu próprio corpo e sua sexualização. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Após a separação dos
pais é que o filme começa a ganhar o corpo e seus contornos mais claros. A
dúvida, o sucesso, o fracasso e principalmente sensações de ter podido fazer
algo mais, ajudado mais ou menos e coisas assim começam a atormentar a vida
destes quatro membros da família, ao mesmo tempo em que tentam seguir suas
vidas. O roteiro de Baumbach acerta a mão, ao conseguir dosar muito bem os
momentos dramáticos, com alguns momentos de humor ácido sem perder em nenhum
momento o respeito pelo material ou pelo espectador. Cenas mais duras ou até
mesmo mais incisivas conseguem sem manter sem qualquer elemento apelativo e não
se mostra distante do escopo geral ou mesmo uma manobra de resolução fácil.
Além disso, o roteiro faz várias alusões a clássicos da literatura, inclusive
utilizando-os como exemplo e colocando-os como norte para as decisões dos
personagens em alguns momentos, sejam elas diretas ou apenas indiretas, em uma
mensagem muito mais do roteiro em si do que de algum personagem. Entre os
vários dramas que assolam os personagens, destaque para as enganações que o
personagem Walt (o filho mais velho interpretado por Jesse Eisenberg) se impõe,
seja com um infeliz namoro, um pseudo intelectualismo ou usurpar composições
(no caso<i> Hey You</i> do Pink Floyd).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este tipo de filme exige um elenco afiado e que compre além
da ideia central, a ideia individual de seus personagens, com suas
idiossincrasias e moralismos, e nesse ponto a coisa consegue funcionar
novamente com algumas ressalvas. Jeff Daniels e Laura Linney como o casal
central mostram a falta de química necessária para o espectador aceitar a
separação, porém se tornam muito chatos quando resolvem atuar sozinhos, se é
algo proposital de Baumbach deu certo, caso contrário... Jesse Eisenberg firma
muito bem seu personagem, porém a cada dia que passa me parece que ele só
consegue interpretar este tipo de personagem. Owen Kline se situa muito bem
como o filho mais novo, e mesmo tendo cenas complicadas a fazer, se mostra
desinibido e bem coerente em sua atuação. Anna Paquin está ótima como a aluna
do personagem de Daniels que se torna sua namorada, contudo não supera o ótimo
William Baldwin no auge da caricatura para construir o professor de tênis que
se torna namorado da personagem de Linney.</div>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><br /></span><br />
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">É um filme interessante, bem construído e que apenas
esbarra em alguns momentos na sua própria falta de ambição. É inevitável a
sensação de que Baumbach poderia ter explorado melhor os simbolismos do filme,
assim como suas relações, mas não vamos prejudicar tudo por causa de um detalhe
como este também.</span></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 12pt;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: black; color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: 12pt;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span style="background-color: black;"><span style="color: white;">
</span></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><span style="color: white; font-size: 12pt;"><i style="background-color: black;">(The Squid and The Whale de Noah Baumbach, EUA- 2005)</i></span></span></div>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-size: 12pt;"><i style="background-color: black;"><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-size: 12pt;"><i style="background-color: black;"><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-size: 12pt;"><i style="background-color: black;"><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-size: 12pt;"><b style="background-color: black;">NOTA: 7,5</b></span></div>
</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-130397416604667602012-07-10T17:19:00.001-07:002012-07-10T17:19:53.538-07:00ROBOCOP<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDNagrRTPNEveg9sXnHtw23hSn80QGVxTxquPIgAkTQduLphCMwmczdVyOSz4GT3BHAZkG_k-Dxg135I46ihpUGpIGECSimgDBNC6dvjX3zox-NWp7ryH2EKRTEHixUQYyExoWLekbd8Q/s1600/ROBOCOP.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDNagrRTPNEveg9sXnHtw23hSn80QGVxTxquPIgAkTQduLphCMwmczdVyOSz4GT3BHAZkG_k-Dxg135I46ihpUGpIGECSimgDBNC6dvjX3zox-NWp7ryH2EKRTEHixUQYyExoWLekbd8Q/s320/ROBOCOP.jpg" width="234" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Robocop é ainda hoje um dos mais famosos personagens da
história do cinema, um dos filmes mais adorados pelos fãs ortodoxos dos anos 80
e um fenômeno cinematográfico dos mais intrigantes. A história do policial Alex
Murphy que após ser fuzilado por um grupo de bandidos encontra-se em estado de
morte certa e é transformado em um <i>cyborg
</i>para trabalhar ao lado da polícia de Detroit encontra-se no <i>hall</i> absoluto dos <i>cults</i> eternos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dirigido pelo instável diretor holandês Paul Verhoeven, a
saga de Robocop é um misto de drama, ação e ficção, que mistura desde
perseguições em grandes velocidades e armas de fogo pesadíssimas a dramas
existenciais rasteiros e a psicologismos furados e muitas vezes irritantes.
Enquanto se concentra no primeiro ponto, Robocop é realmente um filme bom e
interessante, contudo quando resolve se aventurar no segundo aspecto se torna
simplesmente sofrível.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os problemas do filme vão desde efeitos especiais na linha
de Jaspion e de outros <i>tokusatsus</i> e <i>sentais</i> japoneses (que funcionavam nos
anos 80, mas envelheceram e necessitam de uma enorme boa vontade do espectador
para impressionar) até atuações sofríveis como a de Nancy Allen no papel do
policial Lewis que é parceira de Murphy (e
lembra muito a Maggie Gyllenhaal). A trilha sonora é quase uma cópia de outras
ficções de elementos futuristas e cheias de sintetizadores e o roteiro possui
lacunas simplesmente incompreensíveis, incluindo um de seus nortes centrais,
que é a permanência da memória de Murphy após ser transformado em <i>cyborg</i> ou a própria sobrevivência do
mesmo. O filme não deixa claro em nenhum momento se Murphy morreu ou não, ou
seja, Robocop é uma transformação ou uma ressurreição, mesmo que em forma
diferente? Todas as respostas que eu ouvi até agora me parecem insatisfatórias,
e após muitos anos, assistindo ao filme novamente não encontrei a resposta.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como pontos positivos temos a mixagem de som perfeita,
aliada ao figurino bem construído e muito característico do personagem que,
para o bem ou para o mal, criou um ícone do cinema e a direção bem dosada e
firme de Verhoeven. As cenas de ação são extremamente bem feitas, e mesmo nos
momentos “drama” do filme, Verhoeven consegue não prejudicar ainda mais, em
outras palavras, o diretor holandês conseguiu perceber os pontos fortes do
roteiro e os potencializou, tentando ao máximo diminuir o constrangimento de
cenas desnecessárias e muitas vezes fora de contexto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu gostava mais do filme nos anos 90, quando ainda era mais
jovem e não tinha tanta bagagem em minha vida cinematográfica. Robocop
envelheceu em vários aspectos, porém continua firme e forte na mente dos
nostálgicos fãs dos anos 80. Efeitos especiais toscos por efeitos especiais
toscos eu ainda prefiro Jaspion e afins, mas não posso negar que o Policial do
Futuro ainda possui seu lugar em minha mente. No final das contas, a nostalgia
e as lembranças de criança superam a chatice de uma crítica adulta.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>(Robocop de Paul Verhoeven, EUA - 1987)</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTA: 7,0</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-55454416051206368452012-07-01T18:17:00.000-07:002012-07-01T18:18:05.405-07:00SOMBRAS DA NOITE<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6Gt00bAZ1tCAHwkSrHY7kw8mMZ2S7jX7Kyj1aQeiAV7FIJFaaapa-kujDGzE5cmyxqI4OwUqY3p6CUESaAXu1Oxg64BETvtK_6KGyZPxX1JmHymYKbKX2Kj2dy5mATVEhDKwRaU5pVPU/s1600/sombrasdanoite_3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6Gt00bAZ1tCAHwkSrHY7kw8mMZ2S7jX7Kyj1aQeiAV7FIJFaaapa-kujDGzE5cmyxqI4OwUqY3p6CUESaAXu1Oxg64BETvtK_6KGyZPxX1JmHymYKbKX2Kj2dy5mATVEhDKwRaU5pVPU/s320/sombrasdanoite_3.jpg" width="219" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dizer que a parceria Tim Burton e Johnny Depp é uma das mais
famosas da história do cinema é chover no molhado. Mais ainda é afirmar que a
parceria produziu grandes filmes como Ed Wood, Edward Mãos de Tesoura e A Lenda
do Cavaleiro Sem Cabeça, mas também produziu um desastre como A Fantástica
Fábrica de Chocolate e o chato Alice no País das Maravilhas. De tal forma,
analisar Sombras da Noite é realizar um exercido tanto de esforço como de
gosto, seja qual for o ângulo sob o qual você programar sua visão sobre a obra.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Johnny Depp encarna Barnabas Collins, um homem de uma
família inglesa que vem para o Maine nos EUA fazer fortuna no ramo da pesca. Ao
se envolver com uma bruxa que ele depois renega, é transformado por esta em um
vampiro e enterrado em um caixão por duzentos anos, despertando apenas no ano
de 1972.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A ideia central em si já possui uma deixa sensacional para
um grande filme, que é o choque de culturas. Um personagem do século XVIII que
de repente aparece no século XX é um prato cheio para piadas, boas histórias,
dramas e aventuras. Tim Burton consegue perceber este elemento e constrói as
melhores e mais engraçadas cenas de sua obra exatamente em cima deste elemento
(basta ver a cena em que Barnabas conversa com os <i>hippies</i> ou a cena em que ele pede
conselhos amorosos à adolescente interpretada por Chloë Moretz), contudo, é
inevitável notar que no momento em que o mesmo abandona tal temática o filme
perde um pouco de seu ritmo, e se torna meio maçante.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O clima <i>dark</i>/gótico característico das obras de Burton está
novamente presente aqui e com força total, algo que funciona bem, mas que neste
filme, devido à temática, funciona até melhor que o normal. O roteiro possui
algumas falhas de construção e de andamento, fazendo com que Sombras da Noite
tenha grandes momentos intercalados com partes bem fastidiosas. No quesito
direção, Burton novamente segue seu estilo, ou seja, atores muito bem focados e
guiados, andando por situações muitas vezes vacilantes. Burton é um grande
visionário e um grande linguista de cinema e não um grande diretor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Refletindo na totalidade a alternância de seu ritmo, de seu
roteiro e de sua direção, Sombras da Noite intercala uma direção de arte e uma
fotografia vibrantes, um figurino excelente, porém uma maquiagem de gosto
duvidoso. A trilha sonora possui poucos bons momentos, mas no geral é fraca e
barulhenta. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O elenco é recheado de nomes conhecidos e inclui pequenas
participações de lendas como Christopher Lee e Alice Cooper. Johnny Depp está
ótimo no personagem, e, para minha satisfação, não recuperou as “macaquices” e
trejeitos de seu Jack Sparrow. Eva Green, que já é por si só uma grande atriz,
constrói uma personagem excelente, que domina boa parte do filme para cair em
um desfecho lamentável. Bella Heathcothe também se destaca com sua misteriosa
interpretação do terno amor de Barnabas; enquanto que Michelle Pfeiffer e
Jackie Earle Haley também estão ótimos. Como destaque negativo, não tanto pela
atuação, mas pela personagem, temos Chloë Moretz que sofre para se adaptar a
uma personagem caricata, mal construída e que só está ali para funções de
estereótipos familiares e para cumprir o papel de ser o lobisomem da vez em uma
história de vampiro (nova necessidade deste tipo de filme, e que se mostra cada
vez mais ridícula). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sombras da Noite é um filme leve, muitas vezes
despretensioso e que nos mostra um Tim Burton menos ambicioso. Se em vários
momentos ele nos diverte, em outro ele nos leva a sensações menos
interessantes, contudo não é um filme ruim, apesar de seu final preguiçoso e
totalmente sem explosão. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>(Dark Shadows de Tim Burton, EUA - 2012)</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTA: 6,5</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-574611361698643332012-06-19T18:57:00.000-07:002012-06-19T18:57:16.253-07:00CORIOLANO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMFl6qMxNTqrXiVY9eRYOgFSGXxF_3WlteP2BhqAJVDKD37RbmSLavFkufM_VUpAMDJbadbxhg2iMzqTgb2X8dDX4c6kc5hE2ludCAd8Oe67C1JYLc7FIWI3j2tWiPPujbZ-1vR8Mf08E/s1600/coriolano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMFl6qMxNTqrXiVY9eRYOgFSGXxF_3WlteP2BhqAJVDKD37RbmSLavFkufM_VUpAMDJbadbxhg2iMzqTgb2X8dDX4c6kc5hE2ludCAd8Oe67C1JYLc7FIWI3j2tWiPPujbZ-1vR8Mf08E/s320/coriolano.jpg" width="223" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estréia de Ralph Fiennes na cadeira de direção, Coriolano
adapta e transporta para a atualidade mais uma obra de Shakespeare. Assim como
o desafio de se fazer tal ruptura não é algo novo, os problemas e os acertos de
tal audácia continuam também os mesmos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Assim como Baz Luhrmann em seu ótimo Romeu + Julieta e
Michael Almereyda em seu não tão ótimo
Hamlet – Vingança e Tragédia, Fiennes opta por manter a linguagem clássica e
erudita de Shakespeare, algo que já de início choca, ainda mais aqui, onde as
cenas iniciais são de guerra constante. Esta manutenção da linguagem erudita,
por mais que agrade pessoas de ouvidos abertos às nuances e belezas da língua,
atrapalha na assimilação da ideia geral e do contexto mais coloquial devido ao
excesso de metáforas e elementos poéticos, em outras palavras, como não estamos
diante de um filme de época, onde o espectador já espera tal erudição
lingüística, o negócio soa meio artificial e deslocado. No filme de Luhrmann
acima citado, o aspecto romântico da fita segura esta artificialidade em baixa
devido à poesia do próprio romance. Já no caso de Almereyda, a artificialidade
é mais evidente, porém disfarçada também pela majestoso ambiente que a melhor
peça de Shakespeare propõe. Todavia, Fiennes se vê de encontro com uma história
totalmente trágica, com elementos políticos e diplomáticos que funcionavam na
Roma Antiga, mas que atualmente não funcionam mais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Banimento da cidade, patrícios, plebeus não condizem com o
meio atual e deixa o espectador meio desconfortável quanto ao real sentido de
tudo aquilo. O desenrolar é simples, e em alguns momentos as coisas se resolvem
muito fáceis, enquanto que em outros o negócio rasteja. O início é muito lento
e tedioso, e provoca uma correria no final, onde muitas coisas são atropeladas.
Fiennes acaba perdendo um pouco a mão neste sentido, e não consegue um bom
equilíbrio do enredo, onde temos um início extremamente maçante, uma meio
empolgante e forte e um final corrido e com desfecho mal trabalhado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tirando estes elementos, e o fato de o filme se perder um
pouco nos “romanismos” que a peça possui, Coriolano caminha até bem. Fiennes
tem uma atuação incrível como Caio Márcio e Vanessa Redgrave encarna com muita
força a mãe do personagem central. Mesmo Gerard Butler cuja qualidade da atuação
nunca supera seu carisma é conduzido de maneira segura por Fiennes. Por sua
vez, Jessica Chastain, o novo arroz de festa do cinema, está um pouco apagada
em um papel de pouca relevância como a esposa devota do General Caio Márcio.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O trabalho é ousado e Fiennes pagou um pouco pela ousadia.
Talvez um diretor mais experiente conduzisse melhor tal obra, entretanto, o
início é sempre complicado, e Fiennes parece ter talento para a nova função que
se propôs a assumir. Seu trabalho no final das contas é caracterizado por uma
boa direção dos atores, mas por uma má distribuição do roteiro e por problemas
de andamento. Logicamente, o ator que já nos propiciou grandes atuações em A
Lista de Schindler, O Morro dos Ventos Uivantes, o Paciente Inglês e é
conhecido do grande público por ter encarnado o maléfico Lorde Voldemort na
saga Harry Potter terá muito a evoluir na função de diretor, contudo, parece
ter talento e perspicácia, algo que nos leva a acreditar que no futuro filmes
melhore virão. Coriolano não chega a ser um filme ruim, mas falta um algo a
mais para elevá-lo às categorias áureas do cinema, e é exatamente este algo a
mais que Fiennes terá que aprender.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>(Coriolanus de Ralph Fiennes, Inglaterra - 2011)</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTA: 5,5</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-1551518047984198902012-06-16T12:20:00.002-07:002012-06-16T12:20:32.707-07:00A FRONTEIRA<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir-s4TDe4z8KQnPVlgTRfU94A_rHZrUoPNMiBay437bontM9KzuH8dfWPrhDxKPiUO9z6yB8YVtQovevKpUdSQCJvmFcwoL4ZgLI8bB8wPsPnF7wgH5_yjvA0cDMnI7j_5LK4XW-8M9LE/s1600/A+Fronteira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir-s4TDe4z8KQnPVlgTRfU94A_rHZrUoPNMiBay437bontM9KzuH8dfWPrhDxKPiUO9z6yB8YVtQovevKpUdSQCJvmFcwoL4ZgLI8bB8wPsPnF7wgH5_yjvA0cDMnI7j_5LK4XW-8M9LE/s320/A+Fronteira.jpg" width="228" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Produção franco-suíça, A Fronteira é um dos mais famosos
representantes do cinema de horror moderno europeu, e sendo assim, faz parte
desta tentativa do velho continente em retomar e, de certo modo, se tornar um
potência neste gênero tão apreciado, mas que sempre foi um pouco esquecido por
várias escolas européias. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Partindo de um argumento não muito original, mas que ainda
funciona, A Fronteira mistura sustos, com cenas fortes, extrema sanguinolência
e opta pela bestialidade humana ao invés do elemento sobrenatural. Assim,
elementos clássicos do terror não-sobrenatural como endogamia, canibalismo,
mortes violentas, deformações, sadismo entre outros; percorrem os pouco mais de
noventa minutos deste trabalho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um grupo de amigos parte da França em direção à Holanda para
ajudar uma amiga a realizar um aborto, contudo se tornam prisioneiros de uma
família de neonazistas canibais. Em primeiro ponto, o argumento parece simples,
contudo, em meio a este aspecto central, existem várias histórias paralelas que
funcionam em algumas partes (a rincha entre os familiares nazistas ajuda no
clima de brutalidade) e prejudicam a fita em outras (o <i>romancizinho</i> entre os personagens centrais poderia ter sido
evitado).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O filme é escrito e dirigido pelo francês Xavier Gens e
acredito que é exatamente que residem todas as qualidades e, principalmente, os
problemas do filme. Gens é um péssimo diretor de cenas de ação. Em alguns
momentos o filme possui perseguição e tiroteio e chega a ser impressionante a
falta de tato do diretor nestas cenas. Ele opta por vários cortes e uma câmera
incessantemente trêmula que prejudicam demais a compreensão e o acompanhamento
das cenas por parte do espectador. Por outro lado, em momentos mais calmos, ele
consegue encaixar bons enquadramentos e dirige os atores de forma, no que é
possível devido ao talento dos mesmos, até precisa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Contudo, uma direção inconstante não é o ponto mais fraco do
filme. Como eu já disse, o argumento é bom, o desenvolvimento é correto e o
desfecho interessante, todavia a sensação de covardia do roteiro é inevitável.
As cenas de tortura e de terror propriamente ditas são superficiais e passam a
sensação de que Gens pretende eliminar um pouco o elemento explícito do filme
para angariar um público não tão acostumado a tanta brutalidade. Com uma
oportunidade dessas, Gens poderia ter ido muito mais além, e transformado A
Fronteira em um filme muito mais visceral e poderoso algo que o diretor em
questão optou por trocar por uma maior acessibilidade de sua obra.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por mais que A Fronteira se mostre instável e covarde em
alguns pontos, no final das contas o filme se sai bem e não coloca o espectador
diante daquela sensação de tempo perdido. Eu confesso que esperava um pouco
mais, contudo não chegou a ser decepcionante.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(Frontière(s) de Xavier Gens, França/Suíça - 2007)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>NOTA: 6,5</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-15635390630563985532012-06-04T18:28:00.000-07:002012-06-16T12:10:53.071-07:00JULGAMENTO EM NUREMBERG<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhGnb_bjMQsbZ7-Zqd4IBbnLdarLDQbRF5srKzn4wU3Ocucwl-Olum2GMmKw8FIn62r0A-vPPEalsWBRSK1MrvJxG6lC6tHFaDUyJteifZG6tnHtcLc7Hp7vC9Mu9SpYOWpbj816tM8go/s1600/ojulgamentodenuremberg1961_010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhGnb_bjMQsbZ7-Zqd4IBbnLdarLDQbRF5srKzn4wU3Ocucwl-Olum2GMmKw8FIn62r0A-vPPEalsWBRSK1MrvJxG6lC6tHFaDUyJteifZG6tnHtcLc7Hp7vC9Mu9SpYOWpbj816tM8go/s320/ojulgamentodenuremberg1961_010.jpg" width="220" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Baseado nos julgamentos reais de colaboradores do nazismo
ocorridos em Nuremberg na Alemanha poucos anos após o término da Segundo Guerra
Mundial em 1945, este drama de tribunal do grande Stanley Kramer consegue com
grandes méritos, não apenas reproduzir o clima dos tribunais de guerra, mas vai
além e desenvolve válidos debates acerca de temas como a autonomia da nação
sobre a lei, a soberania da mesma, a própria lei em si, além de adentrar em
elementos complexos e que perpassam a humanidade até hoje; afinal apenas a
Alemanha e seu povo são responsáveis por Hitler? Quanto o povo alemão sabia
sobre as atrocidades praticadas pelo partido nacional-socialismo e o quanto
devemos culpá-los de forma geral?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O roteiro do filme acerta em apenas apresentar as hipóteses
acima colocadas, fazendo no máximo conjecturas acerca das mesmas nas figuras do
advogado de defesa e da promotoria, contudo, nunca se verifica um como mais
correto do que o outro, perpetrando com que tais questões apenas continuem
pululando na mente das pessoas, levando-as às suas próprias decisões sobre o
complexo e polêmico tema. Mesmo a decisão final em torno dos réus, não implica
em uma tomada de posição, pois o roteiro e Kramer fazem questão de deixar bem
claro que estamos diante de um julgamento de casuística e não de generalidade
do nazismo na Alemanha.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Prato cheio para os estudantes de direito (os interessados e
não essa patifaria que assombra os estudantes de direito atuais em sua
maioria), os debates ocorridos ao longo dos quase 180 minutos de duração da
fita são soberbos e cheios de passagens clássicas, além disso, Kramer é
extremamente feliz no tempo dos diálogos e no modo como intercala momentos mais
leves, de cafés e bebidas com os pesados momentos de debate e de oratória
proveniente dos julgamentos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Contudo a terceira haste do clássico tripé
direção-roteiro-atuação também funciona muito bem, algo essencial em um filme
fechado, que não possui nenhum outro elemento de impacto além do modo como o
elenco assume as passagens e os insere em suas interpretações. Burt Lancaster
incorpora de forma impressionante a culpa e tristeza do magistrado réu Ernst
Janning. Judy Garland e Montgomery Clift e Judy Garland colaboram com o <i>status </i>de coadjuvantes de luxo.
Maximilian Schell rouba a cena e enche a tela de emoção em seus discursos
imponentes na defesa dos réus nazistas enquanto Spencer Tracy mostra novamente
a união fina entre força e carisma em uma atuação que exige um tipo especial de
talento que somente os grandes atores como Tracy possuem. Por mais que eu ainda
prefira sua atuação em O Vento Será Tua Herança, colaboração anterior de Tracy
com o diretor Kramer é impossível negar a grandeza da atuação do veterano ator.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um grande filme e que consegue ecoar sua grandeza por vários
âmbitos da especulação e do conhecimento, seja ele cinematográfico, histórico,
ético ou do direito, isto para nos mantermos apenas nos mais explícitos. Muito
mais que um filme de tribunal, a obra de Kramer é um clássico, exatamente por
ter conseguido, sem se tornar ideológico ou partidário, elencar quase que de
forma geral as complexidades de um processo histórico como o de Nuremberg. Nas
mãos de alguém descuidado, um filme como este poderia se tornar um grande
desastre; felizmente o homem da câmera era Kramer e este perigo não chegou nem
a rondar os <i>sets</i> de filmagem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>(Judgement at Nuremberg de Stanley Kramer, EUA - 1961)</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTA: 8,5</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-11040265851702717972012-05-23T21:02:00.001-07:002012-05-23T21:02:30.052-07:00MÁRTIRES<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2CvO_hTTv_lkEulgumTu03NpYICvgU-KfGf94B4QWgjWZiGltTuJ-A3tXIgD_UQX4EeSTy62dCSkEh-LZpGRPIXkIteNv3q0ejzMU7B-XPxS-1AfvhIsRXYkrB8llGbhb9MZ_gB1Fil8/s1600/cinema-martyrs.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2CvO_hTTv_lkEulgumTu03NpYICvgU-KfGf94B4QWgjWZiGltTuJ-A3tXIgD_UQX4EeSTy62dCSkEh-LZpGRPIXkIteNv3q0ejzMU7B-XPxS-1AfvhIsRXYkrB8llGbhb9MZ_gB1Fil8/s320/cinema-martyrs.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esforcei-me muito para encontrar este filme de grande fama
entre os fãs de cinema de meios mais alternativos e obscuros. Todo este
esforço, pensava eu, deveria ser recompensado com um grande filme de horror,
algo difícil de imaginar quando verificamos que na verdade Mártires é uma
produção francesa, o que por si só, e baseado na história do cinema deste país,
parece caracterizar uma contradição embutida. Contudo, a verdade é que após os
pouco mais de 90 minutos da fita, esquecemos a questão da nacionalidade e
passamos a entender de forma bem clara o motivo de tanta fama e de tanta
admiração, já que Mártires é um dos grandes momentos do cinema de horror dos
anos 2000.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O cinema europeu nunca foi um grande produtor de filmes de
terror (com exceção da Itália, claro), porém, com a grande crise do gênero dos
EUA, os europeus resolveram se aventurar por este meio, e alguns conseguem
grandes resultados como o espanhol [REC] e este filme aqui, que se utiliza de
elementos de tortura e sadismo, porém sem aquele elemento de pura violência de
filmes como O Alberque, Os Estranhos ou Violência Gratuita. Em Mártires, muito
mais que o simples torturar por prazer, existe um conceito, uma ideia que é
utilizada como pretexto e como defesa para tais torturas. Não entrarei em
pormenores da discussão sobre a validade e a percepção da ideia que norteia
tais procedimentos, pois de tal maneira poderia revelar detalhes do filme que
chateariam pessoas com a intenção de assisti-lo, todavia posso afirmar que a
ideia é interessante e muito bem colocada, mesmo que em alguns momentos se
torne pouco explicada e em outros um pouco acelerada para dar lugar a cenas
mais brutas e viscerais. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mártires possui qualidades raras em filmes de terror. O
elenco está muito bem, responde em igual qualidade tanto nas cenas de terror
quanto nas cenas com exigência de maior dramaticidade. O arco argumentativo do
filme é ótimo e muito bem trabalhado, assim como a intercalação entre passado e
presente e as representações alucinógenas dos personagens. Além disso, a
brutalidade do filme se dá com pouca escatologia e com muita precisão,
utilizando-se muito pouco de elementos de cunho mais <i>gore </i>e focando-se em uma mistura muito bem dosada de terror
psicológico e terror físico. O diretor Pascal Laugier consegue desenvolver o
argumento de uma forma muito correta, e sua mão pesada é essencial para o clima
de sofrimento e de dor constante que o filme tem necessidade de mostrar. Nas
cenas finais, ou seja, momentos das revelações chaves da fita, o clima é
extremamente perturbador, e a situação da torturada é arrepiante, porém o filme
não perde o foco, e continua em sua linha de necessidade deste elemento para o
cumprimento de seu objetivo. Muito mais que torturar o espectador, Pascal
Laugier consegue impor reflexões sobre as obsessões humanas e os limites
práticos de suas buscas. Muito mais que teoria, Mártires mostra o ser humano não
se contentando a especulações metafísicas e teológicas e o revela em tentativas
práticas de elementos especulativos em sua essência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se Mártires possui um defeito, este com certeza é seu
trabalho de maquiagem, que em alguns momentos se mostra extremamente falho,
tirando toda e qualquer realidade da cena, e a transformando em algo
incomodamente superficial, entretanto, optei por ignorar tal aspecto, por se
tratar de um filme independente, de baixo orçamento, e que possui preocupações
(sendo estas bem desenvolvidas) muito maiores e mais importantes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mártires não foi lançado no Brasil, o que dificulta o acesso
dos fãs locais ao mesmo, contudo o <i>remake</i>
americano (é claro que isto iria acontecer) deve aparecer por aqui para
deturpar a obra original e torná-la bem menos potente e interessante, de tal
forma, que fica aqui a minha dica: antes de ser infectado pela versão
estadunidense, procure na internet ou com colecionadores a versão original e se
surpreenda com um grande filme, que consegue superar os sustos baratos e as
histórias estúpidas que normalmente caracterizam os filmes do gênero
atualmente. Imperdível.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>(Martyrs de Pascal Laugier, Canadá/França - 2008)</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTA: 9,0</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-72292528107412959982012-05-20T19:48:00.001-07:002012-05-20T19:48:50.616-07:00DAUNBAILÓ<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj06dMluL7ZELVUTuXYpaJhoGgG-NhHlv5xN0y99TOsQE8hu7Kc5Kk94XrEpTB5JrvvO6i4FHtRumZpWO7_daTayZSN13EiDwaidRVzQJ3UFOxpf1_POjFm0U0Sh8vzCFq5VsfQJuhVWIY/s1600/daunbailo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj06dMluL7ZELVUTuXYpaJhoGgG-NhHlv5xN0y99TOsQE8hu7Kc5Kk94XrEpTB5JrvvO6i4FHtRumZpWO7_daTayZSN13EiDwaidRVzQJ3UFOxpf1_POjFm0U0Sh8vzCFq5VsfQJuhVWIY/s320/daunbailo.jpg" width="224" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Cult</i> por excelência, a comédia do famigerado Jim Jarmusch é
uma das grandes experiências cinematográficas que vivenciei nos últimos anos.
Lembro-me de há muito tempo atrás ter assistido a esta obra, contudo, sem
perceber as nuances e toda a preciosidade que hoje, bem mais maduro, consegui
perceber, em outras palavras, Daunbailó passou de um filme esquecido em minhas
memórias para um de meus favoritos em apenas uma nova chance.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Jim Jarmusch é conhecido principalmente no meio do cinema
independente, e famoso por proibir que seus filmes sejam dublados quando
lançados em países que não compartilhem da língua original da fita (se todos
fossem iguais a Jarmusch...). Aliás, isso evita o espectador de assistir a esta
obra dublada e perder o show que Roberto Benigni dá em sua interpretação,
marcada principalmente pelo sotaque arrastado da mistura entre um péssimo
inglês e um italiano fluente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A dificuldade em se traduzir <i>ipsis litteris</i> o título original (Down By Law – algo como
derrubados pela lei, ou algo assim), levou a distribuidora brasileira a
“aportuguesar” o título, daí então saiu este neologismo Daunbailó, que no final
das contas não significa nada e não antecipa absolutamente nada sobre o filme.
Zack e Jack são dois homens um pouco perdidos da vida, que um dia vêem suas
vidas terem uma grande reviravolta quando acabam presos em armadilhas. Na
prisão, os dois acabam conhecendo Roberto, um imigrante italiano acusado de
homicídio. Os três então resolvem fugir da penitenciária e começam a vagar a
procura de uma nova vida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É impressionante o modo como Jarmusch consegue moldar o tema
de “prisão e fuga” de uma forma totalmente nova e empolgante. Mesmo as cenas
trancafiadas nas celas da prisão são de uma gentileza e de uma esperteza acima
da média. O grande trunfo para isso é a mão sutil e precisa de Jarmusch que
sabe dosar muito bem comédia e o drama vivido pelos personagens, o aguçadíssimo
roteiro, cheio de grandes diálogos e excelentes passagens (a cena em que
Roberto - Roberto Benigni - sozinho realiza um monólogo enquanto assa um coelho
em uma fogueira a beira de um pântano, relembrando sua família e seus tempos na
Itália é hilário e totalmente impagável) e um elenco ótimo e bem adaptado aos
personagens. Conhecido por A Vida é Bela e por seu escândalo ao receber o Oscar,
Roberto Benigni nos brinda aqui com sua melhor atuação, merecendo, novamente
neste texto, mais um elogio deste que vos escreve.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O preto e branco do filme é muito bem construído, e carrega
consigo um tom de nebulosidade na vida dos personagens, afinal nada do que
acontece com eles é muito colorido. Além disso, a colaboração do preto e branco
deixa a obra de Jarmusch com uma beleza poética poucas vezes vista; como
exemplo, temos o desfecho, filmado com o olho do espectador por Jarmusch
enquanto os personagens seguem seus caminhos.</div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">Muito mais que uma grande comédia, Daunbailó é um
grande filme, e completamente obrigatório para qualquer fã de cinema.
Acompanhar Jarmusch em um de seus melhores momentos guiar um Benigni
extremamente inspirado na construção de uma obra muito bem apurada e que
consegue ser única é algo que não escolhe momento e nem situação, simplesmente
serve de qualquer forma.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><i>(Down By Law de Jim Jarmusch, Alemanha/EUA - 1986)</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><b>NOTA: 9,0</b></span></div>
</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-9850940711148950152012-05-14T16:00:00.000-07:002012-05-14T16:00:00.692-07:00NOITE DE ANO NOVO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIqFLnv017A1fKeN7QE-utLUqShAjHGVqMhkqk1Vq38sLNn19xcCpPXNwMZY820ikb7LoJ2vk6r2s9oB6oZIirq9jOj-Xqv4r5orLHFWczRnyL7WPfavzmBTdtzF6wd3c6kLYy0aLVHdA/s1600/noite-ano-novo-483x500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIqFLnv017A1fKeN7QE-utLUqShAjHGVqMhkqk1Vq38sLNn19xcCpPXNwMZY820ikb7LoJ2vk6r2s9oB6oZIirq9jOj-Xqv4r5orLHFWczRnyL7WPfavzmBTdtzF6wd3c6kLYy0aLVHdA/s320/noite-ano-novo-483x500.jpg" width="309" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já faz algum tempo que várias comédias românticas tem
apostado em uma fórmula básica: várias pequenas histórias, envolvendo vários
personagens, que às vezes se cruzam e outras não e que possuem um elemento ou
uma base argumentativa central, que norteia e que, muitas vezes de modo
indireto, situa as ações de toda a proposta escrita do filme. Noite de Ano Novo
é o mais novo (pelo menos até onde eu saiba) representante desta turma, que
entre umas e outras, não produz grandes filmes, mas se mostra até mais
interessante que a pieguice comum dos outros tipos de comédias de caráter
romantizado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este tipo de comédia romântica funciona sobre alguns centros
de força bem claros: o carisma das pequenas histórias, a capacidade do diretor
de entrelaçar e dosar o quanto de tempo e de espaço cada uma destas histórias
ocupará na trama e o quanto o elemento central interfere nestas mesmas histórias. Em
Noite de Ano Novo, o elemento central é o fato de todos os personagens estarem
envolvidos em algum tipo de sentimento, bom ou ruim, em relação à passagem do
ano. Assim sendo, dentro deste âmbito, vários personagens e várias histórias se
desenrolarão, sendo algumas boas e outras nem tanto. Entre as boas histórias, a
minha favorita é a disputa entre dois casais para vencer um prêmio em dinheiro
para o primeiro bebê a nascer no novo ano, se mostrando ao mesmo tempo
engraçada e com um desfecho bonito e terno sem ser bobo. Além disso, destaco
também a interessante química entre Ashton Kutcher e Lea Michele, que de modo
sutil, acaba funcionando; o casal formado por Jon Bon Jovi (o próprio) e
Katherine Heigl, o bom desempenho de Hilary Swank e a presença daquele talento
natural, na pessoa de Robert De Niro, que somente os grandes atores possuem.
Por outro lado, Sarah Jessica Parker continua um saco de atriz, o casal formado
por Zac Efron e Michelle Pfeiffer (com uma atuação de peixe morto) é um porre e
suas cenas são chatíssimas, além de Abigail Breslin como uma adolescente azucrinantíssima acompanhada de uma horrenda maquiagem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A direção de Garry Marshall (o mesmo de Uma Linda Mulher e outras bobagens) é dosada e sabe intercalar bem
as histórias, sem deixar que algumas sumam por muito tempo ou que outras
apareçam demais, mesmo assim, algumas sub tramas poderiam ter sido melhor
exploradas, como a da personagem de Halle Berry, que acaba ficando muito
deslocada e a da relação entre os personagens de Robert De Niro e Hilary Swank,
tornando-a muito periférica e sem o devido respeito. Ao terminar o filme, minha
namorada inquirida por mim sobre sua opinião em relação ao tal me respondeu
da seguinte forma: “para um domingo a tarde está bom”; e é exatamente isso que
Noite de Ano Novo é um bom filme de entretenimento para aqueles momentos em que
o espectador só busca relaxar. Não é um grande filme e muito menos uma obra
inovadora, porém, não é melosa, nem apelativa e não subestima a inteligência do
espectador, o que para uma comédia romântica atual já é um grande lucro. Se
você não se incomoda com este tipo de
mais do mesmo e procura algo leve e sem grandes pretensões no mundo artístico e
cinematográfico, este aqui lhe satisfará sem problema algum.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>(New Year´s Eve de Garry Marshall, EUA - 2011)</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTA: 5,0</b></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-57760914449031680202012-05-07T16:02:00.000-07:002012-05-07T16:02:15.018-07:00FOOTLOOSE<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv7axKvfU5W5g36EQCMXwNdQAS_w4ccJobQojX3ocqTZYyNwzN_8KXf-4a5q5n91JlLHz-N_sDPJxx_MbA6HYMmto3Z-Vk3UI-R6eAetwqUJurnf4rsdYVgui9IpXS-6qWn7r-pqgPal8/s1600/footloose.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv7axKvfU5W5g36EQCMXwNdQAS_w4ccJobQojX3ocqTZYyNwzN_8KXf-4a5q5n91JlLHz-N_sDPJxx_MbA6HYMmto3Z-Vk3UI-R6eAetwqUJurnf4rsdYVgui9IpXS-6qWn7r-pqgPal8/s320/footloose.jpg" width="215" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Footloose – Ritmo Louco de 1984 é juntamente com vários
outros filmes, incluindo outros do gênero mais voltado para o musical, um claro
representante da juventude dos finais dos anos 70, dos anos 80 e das
idiossincrasias da mesma. Peculiar como poucas outras épocas (talvez no máximo
a juventude dos 50), a juventude acima citada era cheia de rebeldia e possuía
um apreço por mudanças e vivências que moldaram grande parte das conquistas
posteriores dos próprios jovens, e se, a juventude dos anos 90 (minha geração),
não conseguiu dar prosseguimento a esta formulação foi por uma clara mudança de
paradigma da própria sociedade que já não exigia tanta rebeldia, ou que a
transformou em algo piegas. Fiz toda esta introdução, pois é exatamente neste
aspecto o principal problema desta pífia refilmagem do clássico dos anos 80, ou
seja, a juventude não precisa e, principalmente não quer e não se identifica
com um Footloose.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se nos anos <st1:metricconverter productid="80 a" w:st="on">80
a</st1:metricconverter> dança e a música ainda representavam uma ala da
juventude, e os mesmos viam nela uma chance de libertação, atualmente, quem
olha para o cenário proposto pelo filme, se acalenta e se apega muito mais aos
argumentos “arcaícos” dos líderes da pequena Bomont do que ao dos jovens. Pode
parecer preconceito ou velhice precoce, mas com exceção de algumas danças que
ainda se mostram como formas de arte e expressão corporal, a maioria das mesmas
é pura depravação e o filme, infelizmente, acaba por escorregar aqui. A ideia
de Footloose funcionou há quase 30 anos atrás, mas não funciona mais, fazendo
com que o filme se torne desnecessário, despropositado e principalmente,
frívolo e estúpido. O mérito que o filme tem de se manter, em grande parte,
fiel ao original, é um tiro no pé, pois Footloose envelheceu, e se mantém vivo
apenas através do saudosismo e da nostalgia nos fãs, não através de suas
próprias qualidades.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como se não bastasse os problemas acima listados que são de
ordem muito mais subjetiva, vamos aos problemas objetivos do filme, e estes são
muitos. As cenas de dança são bem filmadas e coreografadas, até que sim; os
atores dançam bem, assim como os apoios, claro, afinal são bailarinos, mas
isso, para um filme que se pretende musical e quase que uma ode à dança é o
básico do básico, mas e o restante? O filme tem cerca de 110 minutos, sendo que
destes a minoria são cenas de dança. No momento em que os atores tem que atuar
ao invés de dançar, a falta de talento é gritante. Na atual cena
cinematográfica, encontrar atores completos como havia antigamente, que sabiam
cantar, dançar, atuar e coisa assim é coisa rara, ainda mais entre jovens,
assim sendo houve a opção de escalar bons dançarinos que são péssimos atores.
Repare na cena em que a protagonista (Julianne Hough) tem que dramatizar em uma conversa
com seu pai (o quadrado Dennis Quaid) e sua mãe (a sumida e cheia de botox
Andie MacDowell) após apanhar do ex-namorado, exemplo claro da falta de
capacidade dramática da atriz. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As roupagens mais atuais das músicas e dos números de dança
não me agradaram, os protagonistas são fracos e não possuem o mesmo charme e
carisma dos originais e o argumento central não funciona mais, ou seja, esta é
mais uma refilmagem que não deveria ter sido, pois não agrada em nada e não
acrescenta em nada aos fãs antigos e com certeza, não fará sucesso entre os potenciais
fãs da atualidade. Ao contrário do original que é sempre lembrado, e se tornou
um clássico apesar de suas visíveis falhas, este aqui cairá em um merecido
esquecimento. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>(Footloose de Craig Brewer, EUA - 2011)</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTA: 3,0</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-52083486460961962362012-05-02T17:54:00.001-07:002012-05-02T17:54:39.060-07:0011-11-11<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaA26UiFiPpkzipeLMArt8cac2CJmv4IhzWaco-Jq3d2wrQl8crRou3XS5OMfB5oMOVwLiFH-HTVPEDOkpkXwK0jgxGJ5C3os0kNx1DbLLedDtbkaLoWPH9xhgDKs2VHx_gttx-p4mMXQ/s1600/11_11_11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaA26UiFiPpkzipeLMArt8cac2CJmv4IhzWaco-Jq3d2wrQl8crRou3XS5OMfB5oMOVwLiFH-HTVPEDOkpkXwK0jgxGJ5C3os0kNx1DbLLedDtbkaLoWPH9xhgDKs2VHx_gttx-p4mMXQ/s320/11_11_11.jpg" width="218" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se utilizar de uma data e de elementos da numerologia para
tentar gerar uma premissa válida para um filme de terror/suspense não é, nem de
longe, uma das grandes originalidades do mundo do cinema. Contudo, o diretor
Darren Lynn Bousman, que possui no currículo os filmes de número II, III e IV
da franquia Jogos Mortais, inovou a se utilizar de uma elemento mais realista e
preciso quanto ao datamento do filme, lançando-o no dia correspondente e coisas
assim, porém, a única coisa que este filme tem (teve na época do lançamento) de
bom é o trabalho de marketing, porque o filme em si é uma lástima.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há muito tempo eu não assistia a um filme que é
contraditório em relação à sua premissa básica e norteadora do contexto. O
filme defende em vários momentos o poder dos livros sobre as pessoas, mas
abandona isso para finalizar seu andamento, e, além disso, o substitui por
elementos retóricos e que não haviam sido sequer colocados até aquele momento.
Como se não bastasse, o filme possui um psicologismo e um elemento religioso de
nível muito baixo, e nem sequer consegue fomentar no espectador o interesse
pelo elemento do número “<st1:metricconverter productid="11”" w:st="on">11”</st1:metricconverter>,
fazendo com que tudo aquilo pareça muito mais uma coincidência mesmo do que uma
ação conectada, ou seja, erro primário de construção argumentativa. Os buracos
são gigantescos, e a quantidade de joguetes mal encaixados e de remendos para
gerar um possível andamento são visíveis e comprometedores. Chega a
impressionar que Bousman tenha chegado a pensar que sua plateia fosse tão
estúpida a ponto de não perceber tais circunstâncias.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como se não bastasse, o filme é cheio de tentativas baratas
de sustos que não funcionam de maneira alguma. A direção é bisonha em alguns
momentos, errando feio na utilização das sombras e principalmente da iluminação
(repare nas cenas chuvosas onde isso fica muito claro). A fotografia é
exageradamente escura e parece querer esconder as imperfeições do filme, e
pasmem, é claro que não consegue.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por incrível que pareça, o que menos prejudica o filme são
seus protagonistas, que possuem uma boa delimitação pessoal e são bem
conduzidos pelos atores Timothy Gibbs (Joseph) e Michael Landes (Samuel). O
trabalho dos dois, por mais que não se encaixem como primores interpretativos,
comparados ao nível baixo do restante da fita se destacam.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Agora, é lógico que 11-11-11 não poderia fugir da moda pós O
Sexto Sentido quase que dominante do gênero, em elaborar algum tipo de
reviravolta mirabolante no final para surpreender o espectador. Eis então que
Bousman se inspira naquilo que existe de mais cruel na produção artística dos
seres humanos e nos mostra que “o buraco é mais embaixo”. O que já era ruim
fica ainda pior, em um final estúpido, equivocado, deslocado e que não consegue
se explicar, além é claro, como eu já disse, de contradizer toda a ideia até
ali apresentada pelo filme.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma tragédia cinematográfica que me propiciou apenas um
grande medo: o de uma sequência aproveitando o vindouro dia 12-12-12, o que nos
levaria a lamentar demais o fato de que a profecia maia só se cumprirá no dia
21-12-12 (repare que 21 é 12 ao contrário hehehe). Lamentável.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><i>(11-11-11 de Darren Lynn Bousman, Espanha/EUA - 2011)</i> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><b>NOTA: 2,0</b></o:p></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-79954109376595719362012-04-25T19:17:00.001-07:002012-04-25T19:17:38.920-07:00O ROLO COMPRESSOR E O VIOLINISTA<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg1JpbPDd_jVt4HsoEEBxhfhztae9kr28W851XWG6STboEqK2o2J-e48YeI4zcUXS6ffwGLUTCX2omam3Jw22wK3pn2f3U4k03lit-C7Z9aHH0wpCmX0CjalAl3qTzxPNsnHpjkMiYOZg/s1600/o+rolo+compressor+e+o+violinista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg1JpbPDd_jVt4HsoEEBxhfhztae9kr28W851XWG6STboEqK2o2J-e48YeI4zcUXS6ffwGLUTCX2omam3Jw22wK3pn2f3U4k03lit-C7Z9aHH0wpCmX0CjalAl3qTzxPNsnHpjkMiYOZg/s320/o+rolo+compressor+e+o+violinista.jpg" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Média metragem feito para a conclusão de sua faculdade de
cinema aos vinte e oito anos de idade, O Rolo Compressor e o Violinista é um excelente
embrião da nobreza que, futuramente se transformaria o cinema deste gênio da
sétima arte que atende pelo nome de Andrei Tarkovsky. Centralizando na
inusitada amizade entre um garoto violinista e um motorista de um rolo
compressor que realiza um trabalho perto da residência do já citado garoto,
Tarkovsky já dá mostras de um talento acima da média. Logicamente que esta
pequena e primeira obra ainda é crua e mostra um Tarkovsky mais vacilante,
contudo a beleza poética e a simplicidade com que o assunto é tratado só
poderiam vir de uma mente que entende a verdadeira síntese e propriedade do cinema,
e sabe consequentemente organizá-la e projetá-la sem retirar sua parte mais
nobre.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tarkovsky varia de planos amplos para fechados, e utiliza-se
da expressão dos atores e dos cenários para criar um clima fino, que consiga
sintomatizar a relação de amizade que se constrói. O roteiro, muitas vezes
baseado apenas nas imagens, é uma de beleza ímpar, e perpassa o espectador
levando-o a uma análise de mais profunda de tudo o que se desenrola em cena.
Utilizando-se das características marcantes de cada personagem, Tarkovsky
realiza um movimento de assimilação entre público e filme, além de unir os dois
personagens principais por estes elementos. Muito mais que uma simples amizade,
os grandes momentos destes novos amigos, mostram-se exatamente no
compartilhamento daquilo que cada um possui para oferecer, sendo no caso de
Sergei (O Rolo Compressor) uma divertida “volta” na máquina de trabalho do
mesmo e no caso de Sacha (O Violinista) uma suave música tocada em seu violino.
A profundidade da amizade ultrapassa a vontade que cada um possui de conviver
com a outra parte e se mostra totalmente desinteressada, desembocando em um
triste, porém singelo final.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As interpretações merecem destaque, principalmente a do
menino Igor Fomchenko que constrói um personagem simplesmente magnífico e que se
enquadra exatamente naquilo que aparentemente era a intenção de Tarkovsky. As
alterações de humor e as demonstrações de amizade partem das feições deste
menino de forma intensa e simplesmente fenomenal.</div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">Muito mais destacado pela beleza do que pela inovação
técnica e estética que marcaria a obra posterior de Tarkovsky; O Rolo
Compressor e o Violinista é uma obra obrigatória para os fãs de um cinema
simples, belo e ao mesmo tempo marcante e pouco convencional. Uma história de
amizade incrível, emocionante e que nos coloca frente a frente com os primeiros
passos de uma dos maiores gênios da história do cinema. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><i>(Katok I Skripka de Andrei Tarkovsky, Rússia - 1960)</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><b>NOTA: 9,0</b></span></div>
</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-54380562268396725812012-04-22T19:36:00.000-07:002012-04-22T19:36:51.183-07:00CORAÇÃO DE CRISTAL<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHq4YBnaamgBPXnBMKdg1g4ipxxXMHpuGBE2Xp95nWmrgvRIudfIZ7mgTBPMfbr_uwmLYtOQ81vLU6LSkHYpqR1RUCxlZO3gR3LjnbhF_vL80a94Gvu_ZadT3GDvXkln5HdOugR2J3fTM/s1600/cora%C3%A7%C3%A3o+de+cristal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHq4YBnaamgBPXnBMKdg1g4ipxxXMHpuGBE2Xp95nWmrgvRIudfIZ7mgTBPMfbr_uwmLYtOQ81vLU6LSkHYpqR1RUCxlZO3gR3LjnbhF_vL80a94Gvu_ZadT3GDvXkln5HdOugR2J3fTM/s320/cora%C3%A7%C3%A3o+de+cristal.jpg" width="224" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Werner Herzog é, ainda hoje, um dos grandes diretores que o
cinema produziu. Dono de um estilo único, que mistura brutalidade com elementos
poéticos para realizar grandes análises da natureza humana, o diretor alemão já
nos presenteou com clássicos como Fitzcarraldo, O Enigma de Kaspar Hauser e o
meu favorito, o estupendo Aguirre, a Cólera dos Deuses, todavia, Coração de
Cristal é com certeza, entre os filmes do diretor que eu tive a oportunidade de
assistir, o mais emblemático e o mais experimental trabalho de sua carreira.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O filme é extremamente simbólico e cheio de diálogos
magistrais, que possuem em seu cerne, tanto elementos do teatro clássico quanto
elementos poéticos de altíssimo nível. A fotografia é bárbara e a condução de
câmera por parte de Herzog é algo para ser analisado em uma escala diferente. O
diretor realiza inúmeros movimentos ao longo do filme, o que o torna um
trabalho extremamente imprevisível. Herzog inverte planos, expande e retrai os
mesmos ao seu bel-prazer, mas nunca de forma arbitrária, coloca a câmera em sua
mão quando julga necessário e até verticaliza alguns planos, tudo com um toque
clássico de alguém que realmente sabe o resultado que quer adquirir. Um exemplo
claro dessa grandiosidade é a sequência final, que se passa em uma ilha e que
dura alguns minutos, em que Herzog dá uma aula de direção e com ângulos e
movimentos ousados cria planos maravilhosos e cenas inesquecíveis.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de possuir uma linearidade, Coração de Cristal possui
vários fragmentos em sua execução, fragmentos estes que, por mais que possuam
relação com o todo, se auto explicam através de aspectos existenciais e teses
elaboradas em tons proféticos, materializando-se na pessoa do “vidente” Hias,
responsável pela maioria dos grandes diálogos que o filme possui.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A busca da fórmula secreta do “vidro-rubi” perdida com a
morte do único homem que a conhecia, faz com que um vilarejo se perca em
obsessão e lamúria, pois os mesmos vivem desta especialidade. Personagens se
alteram, definham, crescem, e tudo isto sem qualquer dano ou apelação ao
alinhamento construído, ou seja, o desespero das pessoas com o alicerce
perdido, o vislumbre de um futuro sem nada, culminando em atitudes e condições
extremas dos personagens. Coração de Cristal é lento, pouco convencional, em
alguns momentos desesperador e exige muita concentração do espectador, ou seja,
é cinema de grande profundidade e de grande afetação. Visualmente e
esteticamente experimental, é um filme único na carreira de Herzog, o que o
torna pouco visto mesmo entre seus fãs, que na maioria das vezes são adeptos ao
seu cinema mais “comum”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como última ressalva, vale o destaque de que, segundo o que
eu li, Herzog utilizou técnicas de hipnose em alguns atores, principalmente nos
coadjuvantes, para que os mesmo realizassem cenas em estado alterado, com a
intenção de realizar o mesmo movimento no espectador, fincando sua presença
através da loucura e do exagero imposto a estes atores e no final das contas,
ele conseguiu, pois com o perdão do trocadilho, o filme é realmente
hipnotizante. Obrigatório.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>(Herz aus Glas de Werner Herzog, Alemanha - 1976)</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTA: 9,5</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-35341448882804656932012-04-16T18:05:00.000-07:002012-04-16T18:05:48.366-07:00MIKEY<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Z3GhTdoh91LJ80Zuh3KUKMIpazoJpkz_lMFLMDkYxr5Ah9fUZgWmAm16y5FFq-0liyNLGH0U71Sw4hedoFFOPpeeQAzW0DIVCnrMCzqyzD9fMFDBwGol2IZrBH9rJ63XA6chaFzleT4/s1600/mikey1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Z3GhTdoh91LJ80Zuh3KUKMIpazoJpkz_lMFLMDkYxr5Ah9fUZgWmAm16y5FFq-0liyNLGH0U71Sw4hedoFFOPpeeQAzW0DIVCnrMCzqyzD9fMFDBwGol2IZrBH9rJ63XA6chaFzleT4/s320/mikey1.jpg" width="233" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Qualquer fã de filmes de terror já se interessaria por este filme só pela frase de chamada na capa do DVD: “Lembre-se, Jason e Freddy já foram crianças também”. Uma chamada de efeito que busca referências nos dois maiores ícones do cinema de terror, além de dois dos maiores assassinos da história do cinema em geral. Como se isso não bastasse, isto é feito para apresentar um filme sobre um menino de oito anos, em outras palavras, nada de adultos ensandecidos matando tudo e todos; já que em Mikey, e percebe-se isso logo na primeira sequência, o assassino é a criança.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O grande barato é o fato de o filme dispensar explicações estúpidas sobre os motivos que levam a criança a cometer tais crimes, limitando-se apenas aos clichês do órfão que passa de família em família. Em nenhum momento o filme tende a explicações psicológicas de falta de amor dos pais ou traumas e coisas assim, sendo que as citações a este tipo de situações são extremamente manipuladas pelo personagem infantil. O menino é mal e ponto, não há tentativas atuais “politicamente corretas” e moralistas para tentar manter a criança em um esquife impenetrável de pureza. O filme só trabalha com a ideia que trabalha, por que foi produzido em uma época que aceitava tal possibilidade, contrastando com a época atual, onde médicos, psicólogos e seres afins tentam “isentar” pessoas simplesmente más e que cometem crimes de acordo com a sociedade, através de apelações e argumentos muitas vezes mal explicados, retóricos e dogmáticos.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A atuação do jovem Brian Bonsall como Mikey é bárbara, e tenho certeza que não gerou nenhum trauma ou seqüela no menino a interpretação de tal personagem (ou alguém vai querer vir com o papo furado de que os problemas que o mesmo teve com a polícia por agressão ou violação de condicional vem daqui?). O roteiro é bem amarrado e algumas cenas são de uma felicidade rara (como a cena da mesa de jantar), contudo, o filme poderia ter uma direção menos vacilante e uma trilha sonora mais bombástica. Todavia são pequenos empecilhos perante um filme perturbador, intrigante, em alguns momentos extremamente empolgante e que trabalha com boas idéias e perspectivas, mesmo que as mesmas sejam abomináveis perante à ideia cristã-moralista da pureza e bondade eterna das crianças. Aliás, provavelmente este moralismo cristão exagerado impediu o filme de ser lançado no Brasil, ou seja, dificuldade de acesso de novo, algo cada vez mais comum para não-fãs de filmes de super heróis, Transformers ou Crepúsculos da vida.</div><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Fica aqui novamente uma dica para cinéfilos que possuem facilidade para fuçar na internet e encontrar tais obras, para aqueles que não possuem tal facilidade, resta ter um amigo com essa facilidade e que ele consiga tal filme pra você, e por aí vai, o que venhamos e convenhamos é algo bem triste, pois priva muitas pessoas do acesso a filmes muito interessantes, categoria que Mikey se encaixa facilmente.</span></div></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><i><br />
</i></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><i>(Mikey de Dennis Dimster, EUA - 1992)</i></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><i><br />
</i></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><i><br />
</i></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b>NOTA: 8,0</b></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-75137714466714753052012-04-09T17:34:00.000-07:002012-04-09T17:34:58.629-07:00FLORESTA NEGRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKcTjthwaAQMWHNlsPDVNcjZZD8N5a2zpv5u-L7V15xZNsQI7FxKWVxWQcM7e0WjThKUWomzvIp2_BfqTdEup147yW49bq-LV9OIasSda4pPtDzOcxX8lXGpZmAVjOJxQT-oh-HEPyXqk/s1600/snow-white.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKcTjthwaAQMWHNlsPDVNcjZZD8N5a2zpv5u-L7V15xZNsQI7FxKWVxWQcM7e0WjThKUWomzvIp2_BfqTdEup147yW49bq-LV9OIasSda4pPtDzOcxX8lXGpZmAVjOJxQT-oh-HEPyXqk/s320/snow-white.jpg" width="215" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Atualmente parece surgir no cinema e no entretenimento em geral uma onda de transformar aqueles clássicos contos de fadas que povoaram gerações e mais gerações em obras mais assustadoras e insinuantes. Só no campo dos seriados temos dois claros representantes desta temática; Grimm e Era Uma Vez, série às quais não assisti nenhum capítulo, mas que tive a oportunidade de me deparar com os resumos de seus episódios e daí retirar este meu comentário. Além disso, no próprio cinema, tivemos o desastroso A Garota da Capa Vermelha no ano passado e neste 2012 assistiremos (ou não) ao lançamento de duas novas versões da clássica história de A Branca de Neve, contudo, não acredito na possibilidade de nenhuma das duas serem superiores a esta surpreende adaptação do conto compilado pelos Irmãos Grimm.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O diretor Michael Cohn cria uma incrível roupagem para esta adaptação. Tudo é muito obscuro, muito misterioso, muito penumbroso. O suspense é forte e circunda todo o filme, caminhando ao lado do mesmo de seu início até os momentos do ótimo desfecho. As poucas deturpações na história ajudam o espectador a se identificar com o clima proposto, porém, o grande acerto do diretor é eliminar ou suplantar elementos da história original que a transformam em um conto infantil, fazendo com que a fita ganhe em “público idade”. O príncipe encantado aqui não é bem lá um poço de bondade e pureza, e os sete anões são substituídos por uma espécie de grupo de renegados e marginalizados, dos quais vários possuem seus rostos deformados ou cicatrizados.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O elenco está muito bem, desde o grupo desconhecido de coadjuvantes, passando por uma concisa atuação do normalmente burocrático Sam Neil e desembocando na ótima atuação de Sigourney Weaver como Lady Claudia, ou para associá-la ao conto original, como a Madrasta.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Floresta Negra (não vou nem comentar o título em português) é sim um filme de terror, e de terror psicológico, muito mais puxado para o suspense do que para o terror explícito, e muito mais do que sustos, o filme se apóia nas relações pouco harmoniosas e humanas entre os personagens, e no incrível elemento perturbador proporcionado pelo ótimo trabalho artístico, com destaque para a belíssima fotografia em tons azulados e uma ótima maquiagem. Contudo, como ressalva, vale comentário o pouco capricho com os efeitos especiais em algumas cenas, que, se causados pela falta de dinheiro se torna algo perdoável, todavia, se o motivo for a incompetência dos profissionais responsáveis pelos mesmos, não há razão alguma para se esquivar de tal percepção, nada que estrague o bom resultado final, mas é nítido que o trabalho nesta parte específica da obra está abaixo do restante.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Um filme muito interessante e que deveria ter recebido um reconhecimento maior, o que infelizmente não aconteceu. A fita se perdeu na passagem do VHS para o DVD e não foi lançada no Brasil neste segundo formato (pelo menos não em grande tiragem e que pudesse gerar um fácil acesso à mesma), característica que o transforma em um trabalho de difícil acesso, ainda mais para aqueles espectadores que já não suportam mais os chiados e tremidas clássicas de uma VHS. Entretanto, VHS ou não, esqueça por alguns momentos a Branca de Neve de sua infância e se coloque em um conto de mesma estrutura, porém com uma roupagem totalmente diferente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><i>(Snow White: A Tale Of Terror de Michael Cohn, EUA - 1997)</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><i><br />
</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><i><br />
</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;"><b>NOTA: 7,5</b></span></div></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-63433926156472326342012-03-26T19:26:00.000-07:002012-03-26T19:26:52.423-07:00SENTIDOS DO AMOR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA6Q9K3hHeOfZDWRni8vrFoZ07Xp8CGt5nglq5iKuEwJYT7ygxiU5TS8xSl6VMadPqJVrMLRi1yHktsTGaQcechGz-OtJv76FU5vxLqxh1ZdL8kYcJc2dmf5_Z19nJIdjdqgUOaB1fR6k/s1600/poster-sentidos-do-amor-2011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA6Q9K3hHeOfZDWRni8vrFoZ07Xp8CGt5nglq5iKuEwJYT7ygxiU5TS8xSl6VMadPqJVrMLRi1yHktsTGaQcechGz-OtJv76FU5vxLqxh1ZdL8kYcJc2dmf5_Z19nJIdjdqgUOaB1fR6k/s320/poster-sentidos-do-amor-2011.jpg" width="226" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para nossa sorte, nem só de cinema (espaço físico) vive o mundo da sétima arte. Cada vez mais, devido ao advento do cinema barulho e comercial, grandes filmes passam longe dos cinemas e repousam nas locadoras e lojas de DVD´s de forma desconhecida, sem pôsteres e em prateleiras nos fundos. Cada vez mais, você, que se julga um verdadeiro fã de cinema, deve bisbilhotar estas prateleiras, pois em alguns momentos cai em suas mãos uma obra como este Sentidos do Amor. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ignore o título em português que tenta resumir o filme a um romance de Nicholas Sparks e se coloque na presença de uma inebriante obra, que consegue ser um romance, ser um belo filme, sem ser piegas e sem se esbaldar em clichês pré-determinados, infundados e que não enganam mais ninguém. Sentidos do Amor, do diretor escocês David Mackenzie, se utiliza de um mundo pré-apolíptico que vai se “apocaliptizando” ao longo da fita como um pano de fundo para o romance entre um <i>chef</i> (interpretado de forma intensa por Ewan McGregor) e uma epidemiologista (interpretada de forma igualmente forte por Eva Green). O mais interessante é o modo como o diretor desenvolve o romance e o coloca à prova dos acontecimentos ao redor do casal. Conforme o mundo vai desmoronando, o romance se enraíza, ultrapassando o simples amor romântico e se tornando praticamente um escape para toda a tragédia que os envolve no que toca ao restante de suas vidas.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O romance se desenvolve em meio a uma epidemia, que após acessos extremos de um determinado tipo de emoção (dor, raiva entre outros) gera a perda de um dos sentidos do ser humano, algo que inicia com o olfato, vai para o paladar e segue seu curso, sem qualquer vislumbre de cura ou de explicação para tudo aquilo. A grande sacada de Sentidos do Amor é não cair no caminho mais fácil de “embelezar” uma tragédia, somente pelo fato de a mesma propiciar (ou conviver com) a existência de um grande amor. Mesmo nos momentos mais belos do romance entre os dois, o clima da fita é sombrio, drástico e extremamente soturno, resultado de uma fotografia acinzentada, lúgubre e que parece expelir fuligem ao longo de toda a fita. A trilha sonora é precisa, e o roteiro consegue escapar (outro grande mérito) de momentos <i>“songs of love”</i> carregados e que tentam forçar um grande amor. Mackenzie acerta a mão, nos brinda com enquadramentos e cenas maravilhosas (com destaque para a união do casal, na imagem que estampa o pôster do filme no início deste texto) e constrói tanto um romance quanto uma catástrofe que segue seu curso de força extremamente natural, triste, porém natural, de tal forma, que no momento em que amor entre os protagonistas se torna o centro, você aceita e torce por isto, tamanha a simpatia que se adquire pelo amor do casal, mediante à tristeza do restante. Se um grande romance é aquele em que torcemos pelo casal principal, os momentos finais da fita corroboram a ideia e te fazem sentir o impacto deste surpreendente filme.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Da mesma forma que outros filmes que, por mais que tenham diferenças, seguem a mesma linha de tendência, como Ensaio Sobre a Cegueira, A Estrada e Não Me Abandone Jamais, o pessimismo e a dureza do filme podem não agradar muitas pessoas, pois a esperança aparece em pequenos detalhes, sendo que estes muitas vezes se mostram pouco seguros, contudo, é inegável o tom de qualidade, de audácia e de originalidade deste ótimo filme, que não estreou nos cinemas brasileiros e que corre o risco de nunca receber o reconhecimento que merece. Enquanto Crepúsculos e comédias estúpidas banalizam o amor e enchem de besteira a cabeça daqueles que vão ao cinema, Sentidos do Amor passa despercebido, chegando apenas às mãos daqueles que buscam um pouco mais no cinema do que mero entretenimento. Em resumo, se você ainda não sabe o que assistir no próximo fim de semana, ou no seu próximo fim de noite, aceite minha dica e capte toda a beleza desta incrível obra. Imperdível.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i>(Perfect Sense de David Mackenzie, Alemanha/Dinamarca/Reino Unido/Suécia - 2011)</i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"><b><br />
</b></div><div class="MsoNormal"><b>NOTA: 9,0</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-82397029806039956342012-03-19T13:17:00.000-07:002012-03-19T13:17:11.639-07:00AS VÁRIAS FACES DE GARY OLDMANInicio com este grande ator minha intenção de ampliar os horizontes do blog para além dos filmes apenas:<br />
<br />
<b><br />
</b><br />
<b>1 - LUDWIG VAN BEETHOVEN (MINHA AMADA IMORTAL - 1994)</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWbfrcS7MKqai0hknV2DwIbCD2pTvS5c5FUTzpdtHZ85vQVUjhfK0yEWlYZAYV6thuWsDyguDFeOPY7BkgBUO6Vu0AMp3bC9ajV-Ges1mdkUdZLBjBAV1fe1khdApxYQJwCePzwt2JIy8/s1600/Gary+Oldman+as+Beethoven.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWbfrcS7MKqai0hknV2DwIbCD2pTvS5c5FUTzpdtHZ85vQVUjhfK0yEWlYZAYV6thuWsDyguDFeOPY7BkgBUO6Vu0AMp3bC9ajV-Ges1mdkUdZLBjBAV1fe1khdApxYQJwCePzwt2JIy8/s320/Gary+Oldman+as+Beethoven.jpg" width="240" /></a></div><br />
<b>2 - CONDE DRÁCULA (DRÁCULA DE BRAM STOKER - 1992)</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK1S3JrCTOjBnQv0Aj6JOhL4S6ed_qX7JSCvjD8Kj00IX90PjXsv8K9H8pDUhLSc0lFFtIRi7c8OZhit9h4b_RehZuYALW14-iob8PMotEpKzU4sPgGMcE4SUCNPx_gz21_F0dvCnwPF0/s1600/gary-oldman-dracula-12-2-10-kc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK1S3JrCTOjBnQv0Aj6JOhL4S6ed_qX7JSCvjD8Kj00IX90PjXsv8K9H8pDUhLSc0lFFtIRi7c8OZhit9h4b_RehZuYALW14-iob8PMotEpKzU4sPgGMcE4SUCNPx_gz21_F0dvCnwPF0/s320/gary-oldman-dracula-12-2-10-kc.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>3- COMISSÁRIO JIM GORDON (BATMAN BEGINS - 2005, BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS - 2008, BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE - 2012) </b></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieDHY5r5uY7or5p0MvKSMoFfou7yp6RNxWWkXeDykpBwaQf0cRezlA5dPWW5PKGaLZu5Zyk-p-2jhQj5BUbFMUXftMFQMvQeo04782fUZi_aPn8AQFxrJWN0VAmxEIRxG59iYLFiVvhg0/s1600/gordon.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieDHY5r5uY7or5p0MvKSMoFfou7yp6RNxWWkXeDykpBwaQf0cRezlA5dPWW5PKGaLZu5Zyk-p-2jhQj5BUbFMUXftMFQMvQeo04782fUZi_aPn8AQFxrJWN0VAmxEIRxG59iYLFiVvhg0/s320/gordon.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b>4 - SIRIUS BLACK (SAGA HARRY POTTER - 2004, 2005, 2007, 2011)</b></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfL9-HuQPGVZaUXpQ2xLgztZYLHi4ndV4kB54MjUkGQJmAKf_EzJWzYHFmAwzpjfFUHEhmjHRZPIp-6BXLe3Mm9AKiz9cf6vV67bqw1hPiaEbNkZyruex6uO8CgxIJ6XO15QBzeDYS2OU/s1600/sirius.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfL9-HuQPGVZaUXpQ2xLgztZYLHi4ndV4kB54MjUkGQJmAKf_EzJWzYHFmAwzpjfFUHEhmjHRZPIp-6BXLe3Mm9AKiz9cf6vV67bqw1hPiaEbNkZyruex6uO8CgxIJ6XO15QBzeDYS2OU/s320/sirius.png" width="320" /></a></div><br />
<b>5 - GEORGE SMILEY (O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS - 2011)</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq8pSIyus2sE3IOa17FSeF1Qz3vP3ue54gcjxH0ZTsu0s_QQRsowxELPoawOEJHCHdRfR-Us5iQ0iohggvBpOub3ywRYZHYAJSzgcr_HNaTsweGn16n_fokfqh-BFegmYoTaJVkthfP5A/s1600/smiley.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq8pSIyus2sE3IOa17FSeF1Qz3vP3ue54gcjxH0ZTsu0s_QQRsowxELPoawOEJHCHdRfR-Us5iQ0iohggvBpOub3ywRYZHYAJSzgcr_HNaTsweGn16n_fokfqh-BFegmYoTaJVkthfP5A/s320/smiley.jpg" width="320" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-66727792413135754792012-03-15T15:39:00.000-07:002012-03-15T15:39:33.012-07:00OS INOCENTES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEishobAv6uJd-ZESB0eiJCEJobCK6nM1mHknSqOPbJ-JMhzg3YhWgrXp5jdl73Wu9GIJlS7ieNNVBJaZmTDA2J-TaSUo0Wwg5I35eKuat9SshAGDPYhGQF7vr488PCriQLvW64VjTEZ3vY/s1600/Os-Inocentes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEishobAv6uJd-ZESB0eiJCEJobCK6nM1mHknSqOPbJ-JMhzg3YhWgrXp5jdl73Wu9GIJlS7ieNNVBJaZmTDA2J-TaSUo0Wwg5I35eKuat9SshAGDPYhGQF7vr488PCriQLvW64VjTEZ3vY/s320/Os-Inocentes.jpg" width="227" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Um dos grandes clássicos do terror e do suspense de todos os tempos, Os Inocentes é uma obra de peculiaridades claras, que consegue como poucos filmes dosar tensão e sustos, sem perder seu elemento clássico, além de conseguir fazer tudo isso sem descambar para maneirismos ou situações absurdas que poderiam ser utilizadas (e neste tipo de filme muitas vezes são) para amarrar e resolver o enredo de forma mais rápida, porém normalmente mais falha.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Os Inocentes conta a história de uma governanta recém-contratada para cuidar de duas crianças na casa de campo onde elas vivem. A partir de tal ponto, a governanta começa a perceber eventos estranhos na casa, o que a faz, muito mais que colocar em cheque a sobrenaturalidade destes fatos, começar a questionar a aparência e as atitudes angelicais e dóceis das crianças.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Os Inocentes é um filme único, pelo fato de trilhar por caminhos muito diferentes do que a maioria das fitas de seu gênero. A personagem de Deborah Kerr, ou seja, a governanta, ao começar perceber a presença de fenômenos sobrenaturais na casa, não apela para resoluções mirabolantes ou correrias desenfreadas para que de repente uma pista salte à sua frente para lhe criar uma visão epifânica. Por mais que elementos deste tipo até se apresentem, eles acontecem em uma escala tão baixa e tão coadjuvante que nem fixam raízes, dando espaço para uma resolução mais centrada, mais pautada nas desconfianças da personagem do que propriamente em pudores ou moralismos. Colocar as crianças como elementos de presença dos fantasmas, e associá-los a maldade é algo pouco visto atualmente, muito devido ao elemento hipócrita politicamente correto de nossa sociedade atual. Aqui a coisa é diferente, e a governanta não desvia suas desconfianças das crianças e as associa a maldade sem qualquer tipo de freio ou ficcionismo.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Falando do filme em si, Os Inocentes não tem estrutura de terror/ação, mas sim de terror/drama, ou seja, não possui aquele clima desenfreado onde sustos pululam de todos os lugares sem qualquer compostura, mas sim aquele clima mais ameno, onde o suspense e o terror vão se desenvolvendo com o tempo para alcançar seu clímax a longo prazo. O resultado disto é um filme que em seu início é bem tranqüilo, mas que após algum tempo gera uma tensão no espectador que ultrapassa a existência de sustos. Filmes onde os sustos são mais dispersos ao longo do roteiro funcionam melhor, pois o espectador não sabe muito bem onde e quando eles acontecerão. A tensão é tão grande que você termina o filme meio perdido, efeito que ainda se alonga por algum tempo após o término da fita. Tal ressalva feita, que fique claro outro aspecto: com os poucos sustos que o filme tem, ele consegue simplesmente gelar a espinha do espectador (poucas vezes passei tanto pavor na frente de um filme quanto na cena em que o menino Miles está de costas para uma janela e um vulto aparece atrás da mesma dando risadas).</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">A direção é precisa, o elenco é ótimo e a direção de arte brilhante, unida a uma fotografia estupenda, onde as sombras são utilizadas de maneira assombrosa (com o perdão do trocadilho) para ajudar na criação do penumbroso clima que percorre toda a fita. A lamentar, apenas a dificuldade de acesso ao filme atualmente. Fora de catálogo no Brasil há bastante tempo, depende-se de boas almas que disponibilizem o filme, elemento que o encarece bastante, justamente, diga-se de passagem devido a seu caráter de raridade. Devido a isso, por exemplo, levei um bom tempo para ter acesso a esta grande obra. </div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Lamentos deixados de lado, Os Inocentes é com certeza um filme que deve ser visto por qualquer fã de cinema, independente de peculiaridades genéricas de gosto, pois o filme é muito mais que um mero suspense ou filme de horror, é uma grande obra feita pelo cinema, que potencializa características e técnicas que ultrapassam as limitações de seu gênero. Imperdível.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i>(The Innocents de Jack Clayton, Inglaterra - 1961)</i></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b>NOTA: 9,0</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-72935857814128798252012-03-13T09:37:00.000-07:002012-03-13T09:37:10.651-07:00CASSINO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOT5uMPetiFjgXx8hSwb6AIoJMRpNYRIfPjLnW-qhxtAfPOgssM_G5wyDrpUlJSZydgI7kqR3KBkOWW_-857sHYrL4P0EWMNhfsVTPp3f_MsQkLvWOuwfTyupDOzczV1zUtF2Z2QI9xhQ/s1600/cassino.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOT5uMPetiFjgXx8hSwb6AIoJMRpNYRIfPjLnW-qhxtAfPOgssM_G5wyDrpUlJSZydgI7kqR3KBkOWW_-857sHYrL4P0EWMNhfsVTPp3f_MsQkLvWOuwfTyupDOzczV1zUtF2Z2QI9xhQ/s320/cassino.jpg" width="215" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Uma das mais aclamadas obras do mestre Scorsese é uma descida aos abismos do mundo pobre e desregrado não só da famosa Las Vegas, mas de todo o circuito envolvido em um mundo muito mais profundo que meras jogatinas e promiscuidades.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Cassino acompanha o desenrolar, o enrolar, o desenrolar e o enrolar de novo e assim sucessivamente de personagens envolvidos em tal meio, explorando suas idiossincrasias e exemplificando com formulações diferentes de cada um dos personagens, quais são os tipos de seres aos quais se transformam àqueles totalmente embrenhados deste âmbito e tudo aquilo que o mesmo pode proporcionar. Assim sendo, encontramos chefões de jogos e máfias, prostitutas, cafetões, simples apostadores, corruptos e por aí vai, todos eles analisados e apresentados com as características estéticas scorsesistas da potencial capacidade bestial do homem.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Scorsese consegue como ninguém, buscar e expor a capacidade que o homem tem de se tornar simplesmente uma besta, e explora tais elementos com uma inteligência única, se apoiando em elementos de temática violenta, porém que nunca se afastam de um forte realismo, por mais que em alguns momentos este realismo seja um pouco exagero. A câmera de Scorsese é sempre muito bem centrada e o desenvolvimento do roteiro é brilhante, por mais que demore alguns minutos acima do recomendável para funcionar. Além disso, estão presentes aqui o exótico gosto de Scorsese por figurinos exagerados e aquela perturbadora fotografia em tons avermelhados que parece nos impulsionar para dentro do ambiente do Cassino mesmo quando lutamos contra tal força.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Mesmo com seu habitual talento para dirigir e contar histórias de tal envergadura, nada funcionaria tão bem quanto funciona se não fosse o ótimo elenco. Robert DeNiro deve toda sua carreira a Scorsese, e aqui está novamente ótimo nas mãos do diretor. Sharon Stone nos mostra a melhor atuação de sua carreira em um papel difícil, porém feito com muita vontade, todavia o destaque maior vai para Joe Pesci, outro que cresce nas mãos de Scorsese, que nos brinda com uma atuação fenomenal e cheia de entusiasmo.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">Cassino não é o melhor filme de Scorsese, mas desde sempre circulou entre os grandes, algo mais que merecido. Como filme propriamente dito já é um gigante, agora, como estudo do comportamento e da formalização humana, Cassino é mais uma obra-prima deste gênio do cinema chamado Martin Scorsese. Imperdível.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i>(Casino de Martin Scorsese, EUA/França - 1995)</i></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b>NOTA: 8,5</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-59960269676068445902012-03-06T14:09:00.000-08:002012-03-06T14:09:31.627-08:00NAPOLEON DYNAMITE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6L39I1ngV-xqSTPi8fYiwbz8Ct_j4TLhnuIkjsGw9fmpD2jiTbiL-eyReR1uO4gOrOjcFJ9Q9kdOEYnRMMjXK8AWvWrGiIg9A-iBx8eLnZpV_dX7sZ0f_4Bk_dMQQYQysQMuydYuhguM/s1600/filme-napoleon-dynamite4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6L39I1ngV-xqSTPi8fYiwbz8Ct_j4TLhnuIkjsGw9fmpD2jiTbiL-eyReR1uO4gOrOjcFJ9Q9kdOEYnRMMjXK8AWvWrGiIg9A-iBx8eLnZpV_dX7sZ0f_4Bk_dMQQYQysQMuydYuhguM/s320/filme-napoleon-dynamite4.jpg" width="221" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Tentar rotular ou simplesmente encaixar Napoleon Dynamite em padrões comuns do cinema é uma tarefa no mínimo dura e criteriosa. A originalmente comédia de Jared Hess acompanha a vida de Napoleon, um estudante do meio-oeste americano preso em um mundo de certo modo <i>geek</i> e que não consegue se relacionar em nada, mais absolutamente nada fora disso, melhor dizendo, sua dificuldade de relacionamento de transpõe até mesmo a membros daquilo que seria o seu meio, porém com algumas diferenças; em resumo, um jovem extremamente excêntrico e preso em si mesmo e em seu mundo particular. As coisas mudam um pouco, quando ele conhece Pedro, um clássico adolescente mexicano que migrou para os EUA. Clássico tanto na maneira, quanto no perfil que o filme dá ao personagem.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em primeiro momento, Napoleon Dynamite parece uma comédia de adolescente de jargões comuns e pouco inventividade; contudo ao longo da fita o negócio descamba para um estilo muito diferente, que pode causar estranheza em muita gente, porém inegavelmente original. Com toques de drama, e poucas cenas realmente engraçadas (a melhor delas é com certeza quando Napoleon se apresenta para a campanha de seu amigo Pedro para presidente dos estudantes), Napoleon Dynamite apóia-se muita mais na ideia de ser diferente do que necessariamente ser engraçado, e o resultado final depende da inserção do espectador neste movimento do filme. Em outras palavras, muito mais que gostar de comédia, para gostar de Napoleon Dynamite você deve gostar de comédias excêntricas, que misture humor negro, muitas vezes sutil, toques de escatologia e abra mão, em sua grande parte, daquele humor explícito e vulgar da maioria das comédias atuais deste gênero.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A direção de Hess também é diferente para este tipo de filme. Ele usa muita mais elementos de <i>road movie</i> do que de comédia. A fita é repleta de planos vazios, e a câmera de Hess normalmente fica estática esperando as ações dos personagens passarem por ela. Se no roteiro a inovação de Hess ajuda a fita, na direção nem tanto. O filme perde agilidade, o que para uma comédia é algo ruim, e temos uma fita muitas vezes lenta e de pouca explosão, algo que faz com que seus curtos 82 minutos pareçam bem mais tempo.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As atuações são ótimas e constroem os estereótipos (claramente proposital) de forma impressionantemente precisa, além de um intrigante trabalho de direção de arte, maquiagem e figurino de incrível mau gosto (também proposital). A trilha sonora em alguns momentos muito dura, faz seu papel, mas também colabora para o elemento <i>road movie</i> do filme.Além disso, tenho outra colocação: eu entendo que o fato de o filme se passar em Idaho merece tal aspecto, mas minha pergunta é se a fita precisava potencializar tanto o aspecto caipira da região, por assim dizer, algo que às vezes me soa um pouco exagerado demais (pois exagerado o filme já é por si só).</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No final das contas, Napoleon Dynamite é um filme interessante, original e com boas sacadas, todavia, confesso que, devido a algumas opiniões que já ouvi sobre o mesmo eu esperava um pouco mais. É bom, porém nada fora de série como muitos dizem por aí.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">(Napoleon Dynamite de Jared Hess, EUA - 2004)</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>NOTA: 6,5</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-70858472154600639742012-02-29T15:02:00.000-08:002012-02-29T15:02:21.670-08:00OSCAR EM COMPRIMIDOS<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Farei aqui um breve comentário sobre os principais filmes que concorreram ao Oscar 2012 (seja com seus atores, aparatos técnicos ou artísticos ou com seu próprio nome), agora que a sentença já foi dada, hehehehe:</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>O ARTISTA</b> </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd64v2nsQ6-SXfMCgiDPYO2_fHNdP44ZS3T8YRfbl7M0-FbH31cDYGsbl85gyturE620NhD7sq6F7H15wO_6KHmoJIfCFFOMKyetCr8nZKRCfoGYkqCZAfghV_pLmuDwiplN8q1j2kPqk/s1600/artista.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd64v2nsQ6-SXfMCgiDPYO2_fHNdP44ZS3T8YRfbl7M0-FbH31cDYGsbl85gyturE620NhD7sq6F7H15wO_6KHmoJIfCFFOMKyetCr8nZKRCfoGYkqCZAfghV_pLmuDwiplN8q1j2kPqk/s200/artista.jpg" width="135" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A audácia de um trabalho mudo e em P&B em pleno momento em que o cinema transborda para outro lado comoveu praticamente o mundo todo. Ao resgatar a época do cinema mudo, Hanavicius constrói um filme nostálgico, ousado e muito belo. Praticamente impecável em suas partes técnica e artísticas, O Artista peca apenas na falta de originalidade de seu roteiro, que trabalha com a decadência perante as mudanças (aqui envolvendo o cinema), algo, por exemplo, já feito no maravilhoso Crepúsculo dos Deuses. Muito mais corajoso do que ótimo, O Artista é um pouco superestimado, e venceu concorrentes melhores que ele.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 8,5</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>A INVENÇÃO DE HUGO CABRET</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja7YgCmjiaKpDaDBl0qLEM0s3BJ1adnINTOfc9NdxHPORsKoOQ7dpd7rGFon8Siy-9m5ZnRRaGOzh0EDEySRy4HK9lYG93M4YvxOnh7_FAMfogWCHTgU2ky6y-CZhHJPDeVc0bHMp_6mo/s1600/hugo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja7YgCmjiaKpDaDBl0qLEM0s3BJ1adnINTOfc9NdxHPORsKoOQ7dpd7rGFon8Siy-9m5ZnRRaGOzh0EDEySRy4HK9lYG93M4YvxOnh7_FAMfogWCHTgU2ky6y-CZhHJPDeVc0bHMp_6mo/s200/hugo.jpg" width="134" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dos indicados ao Oscar de Melhor Filme, o filme em 3D de Martin Scorsese era o melhor (ao lado de A Árvore da Vida). De uma plasticidade e de uma beleza sensacionais, Scorsese dá o toque de originalidade à nostalgia cinematográfica que não existe no vencedor O Artista. A verdade é que com este filme, Scorsese prova que qualquer recurso que possa existir em uma forma de arte, nas mãos dos grandes gênios da mesma, flui e se mostram competentes. Emocionante e original, A Invenção de Hugo Cabret é, desde já um dos grandes momentos do cinema dos últimos anos. Maravilhoso.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 10,0</div><div class="MsoNormal"><o:p><br />
</o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>OS DESCENDENTES</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuf03n3CMpFwnxkhjjnv2tDErbiHAQV_U8TuA0XiPAZ650uBGjzZiVV4N2u00ZFCTzyI1DYE5V-6bHkmdpxjp3IccM9ouhL0xS3LuhMrDxkZpkOLmNrhXtLJCFN1Wr5-p4z5rWmPI7PAE/s1600/descendentes.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuf03n3CMpFwnxkhjjnv2tDErbiHAQV_U8TuA0XiPAZ650uBGjzZiVV4N2u00ZFCTzyI1DYE5V-6bHkmdpxjp3IccM9ouhL0xS3LuhMrDxkZpkOLmNrhXtLJCFN1Wr5-p4z5rWmPI7PAE/s200/descendentes.jpg" width="150" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por se tratar de um filme de Alexander Payne, nenhuma outra palavra poderia acompanhá-lo a não ser: decepção. Previsível, correto e bobinho em vários momentos, Os Descendentes é a união de tudo aquilo que você normalmente não espera encontrar em um filme de Payne. Não entendo o “auê” em torno deste filme que chega até a ser bem chatinho em alguns momentos, isso sem contar o insuportável “elemento propaganda” envolto ao Havaí. Com certeza, é o pior filme de Payne.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 5,5</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>HISTÓRIAS CRUZADAS</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdNvzYmxDtfvy4Y3jvs-XMzea7AU9_xeR7EREHzm13d9W35RQW91cyQgpQKw8zAZzs7WtRVV4Lgd33Kx5B0u9T_-GeIzWgmftryQOHnljjJCcqufudXTa2x39BUojttaAu9Ro0rFBVwaU/s1600/hist%25C3%25B3rias.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdNvzYmxDtfvy4Y3jvs-XMzea7AU9_xeR7EREHzm13d9W35RQW91cyQgpQKw8zAZzs7WtRVV4Lgd33Kx5B0u9T_-GeIzWgmftryQOHnljjJCcqufudXTa2x39BUojttaAu9Ro0rFBVwaU/s200/hist%25C3%25B3rias.jpg" width="136" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Histórias Cruzadas é um daqueles filmes em que algo muito bom esconde um restante falho. O elenco está tão sintonizado e não forte neste trabalho, que o espectador mais desatento nem consegue perceber suas falhas técnicas e artísticas (seu exagerado trabalho de maquiagem e seu roteiro vicioso são os dois maiores exemplos). No final das contas, o filme é agradável e funciona bem, mas é isso, um bom filme e nada mais.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 7,0</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><o:p><br />
</o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>CAVALO DE GUERRA</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8agXUZhyLheVehV55N6dTgVEOcZBbGQXFQHup4ysDcKMAt8v85YkRm_Tsf5dnknVP7xu7EAfvT_-XPv6rPO04_6zrq-NPzSFp6e8onIV2Xb1NTMjQApRdYMr_Ns5IHmgCCYgz1Y3x9xM/s1600/warhorse_p3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8agXUZhyLheVehV55N6dTgVEOcZBbGQXFQHup4ysDcKMAt8v85YkRm_Tsf5dnknVP7xu7EAfvT_-XPv6rPO04_6zrq-NPzSFp6e8onIV2Xb1NTMjQApRdYMr_Ns5IHmgCCYgz1Y3x9xM/s200/warhorse_p3.jpg" width="138" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um dos mais contestados participantes do Oscar 2012, o fortíssimo melodrama de Spielberg desagrada a muitos espectadores, porém agrada a outros como... eu. Não à toa sou fã de diretores como Jim Sheridan e Lasse Hallström, em outras palavras, eu gosto de dramas chorosos e explosivos. Contudo, apesar do gosto pessoal, eu entendo as reclamações dos não-fãs, pois com 20 minutos de filme já sabemos o Spielberg que iremos encontrar, o restante vai do gosto do freguês.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 7,0</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>O HOMEM QUE MUDOU O JOGO</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq9ABmTnN3Vkj8aQwNKsrR3KmlLGAOQ5LpqLjADZh_22gvbHND2is7Es3mCoBCdbFXFBa-uipWDeMNKDRbxfKefs2Mfe_f7CecClXNclxH0Zd12IeNkE5zLItTadTrVYC44JTnz5X_JXc/s1600/O-Homem-que-Mudou-o-jogo-407x600.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq9ABmTnN3Vkj8aQwNKsrR3KmlLGAOQ5LpqLjADZh_22gvbHND2is7Es3mCoBCdbFXFBa-uipWDeMNKDRbxfKefs2Mfe_f7CecClXNclxH0Zd12IeNkE5zLItTadTrVYC44JTnz5X_JXc/s200/O-Homem-que-Mudou-o-jogo-407x600.jpg" width="135" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O mais duro e inacessível (de um modo diferente da pouca acessibilidade de A Árvore da Vida) dos nove concorrentes aos Oscar esbarra no seu incrível tecnicismo. Se o espectador não for familiarizado com o esporte (no caso o beisebol) terá sérias dificuldades de gostar ou mesmo de assimilar o conteúdo e o contexto da fita. Contudo, isto não tira o brilho de um filme que se sustenta mesmo assim, graças ao seu estupendo roteiro e a atuações poderosas. Confesso que fiquei surpreso ao perceber o quanto este filme me agradou. Um grande trabalho, mas que, principalmente no Brasil, não vingará.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 8,5</div><div class="MsoNormal"><o:p><br />
</o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLy_MpPGlu5Wg1DwhwbKTHrb6bitXLf7xETBqPCFdko__KaOUiOLcuzm3W39PqL4Nvc-zDMtTCFC5rYpBh59dJ-ywGoxK1MRjt7EbWBkkrJxzil2xxPx9ZBTYdHzbqb9JrP7MQDofsXow/s1600/O-Espi%25C3%25A3o-que-Sabia-Demais.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLy_MpPGlu5Wg1DwhwbKTHrb6bitXLf7xETBqPCFdko__KaOUiOLcuzm3W39PqL4Nvc-zDMtTCFC5rYpBh59dJ-ywGoxK1MRjt7EbWBkkrJxzil2xxPx9ZBTYdHzbqb9JrP7MQDofsXow/s200/O-Espi%25C3%25A3o-que-Sabia-Demais.jpg" width="161" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Só de lembrar deste filme eu já fico mais empolgado para escrever aqui. Simplesmente impressionante. Thomas Alfredson (o mesmo de Deixa Ela Entrar) dirigi este soberbo filme de espionagem. Um roteiro descomunal (apesar de difícil), uma trilha sonora perfeita e aquele clima obscuro contrastando com um Gary Oldman no ápice de sua capacidade, transformam este filme em uma obra-prima. O fato de ter sido esquecido na maioria das categorias do Oscar não o diminui em nada. Pode gerar descontentamento por ser um filme que exige demais do espectador, mas pra quem gosta de cinema de qualidade, até o momento em 2012, não existe nada melhor.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 10,0</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>ALBERT NOOBS</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvwRuDBiHkM07E7bTMU_2jNjDjr1NVyzu77rZ2Tw_ng4dwR8jPG4HW_AKtK0UTNBU6v1FLZaz6Q6ixOT0glSoMhYtQLtNxgDXY4CyGAy5RD6_vBMNZCPpAV6GdkO6SvD3Dv59xASKNpMg/s1600/albert_nobbs_ver3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvwRuDBiHkM07E7bTMU_2jNjDjr1NVyzu77rZ2Tw_ng4dwR8jPG4HW_AKtK0UTNBU6v1FLZaz6Q6ixOT0glSoMhYtQLtNxgDXY4CyGAy5RD6_vBMNZCPpAV6GdkO6SvD3Dv59xASKNpMg/s200/albert_nobbs_ver3.jpg" width="149" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Gleen Close e Janet Mcteer carregam nas costas um drama de época muito bonito e igualmente interessante. Gostei muito do filme, que consegue aliar muito bem a parte artística com um roteiro de partes extremamente originais. Albert Noobs consegue trabalhar temas complicados e de forte apelo sem cair na pieguice e sem se embrenhar por aspectos ideológicos, o que neste caso é um mérito dado o contexto geral da fita, pois é nítido que o drama aqui é humano e não social ou político. Há muito tempo não via Gleen Close inspirada, o que venhamos e convenhamos faz falta ao mundo do cinema.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 7,5</div><div class="MsoNormal"><o:p><br />
</o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>MILLENIUM – OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwzqtRmoc82PYu9PsvBow4bGRLSzrPsJQQWcCOJNKqxmI1QqVx1zSj4Cvx_KPTI-skm5tvyOxjGITEUxBNp9Orl5xMGrr0kqWr8mAY0EgVLW4G-7dO8gV0C1PeeJB0PMUZMjFPfRwatL8/s1600/elofm_cinemaesom_millennium_promocao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwzqtRmoc82PYu9PsvBow4bGRLSzrPsJQQWcCOJNKqxmI1QqVx1zSj4Cvx_KPTI-skm5tvyOxjGITEUxBNp9Orl5xMGrr0kqWr8mAY0EgVLW4G-7dO8gV0C1PeeJB0PMUZMjFPfRwatL8/s200/elofm_cinemaesom_millennium_promocao.jpg" width="141" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Faltam-me palavras para descrever minha decepção com David Fincher. Como pode um diretor extremamente original, se empenhar em um projeto que simplesmente copia uma fita sueca de apenas três ou quatro anos atrás. Jamais imaginei que Fincher seria um representante da falta de criatividade e originalidade do cinema americano atual. Millenium (o americano) é uma cópia deslavada do mesmo filme sueco, e no pouco que tenta mudar, consegue simplesmente piorar o original (como no horroroso desfecho do filme). Já o assisti com má vontade, pois se trata de um filme extremamente desnecessário. Pode até ser competente, mas é uma cópia competente, o que, aqui para nós, não é lá algo digno de louvor.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 4,5</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>A DAMA DE FERRO</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBseHGMNdZdCCo1jOna6XrxN-OvXpA4jcnMrgd3BqMhoNc9DTi-rZ221eCG-kTfHiJ3fc6qfB04mbhtqCZ2iEH502PMQZu5okR9PFMxYaXAcqSNvu6r1AQ2DuqvgUqpQTXGVxbQ7J1jNY/s1600/Dama-de-Ferro-poster-nacional.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBseHGMNdZdCCo1jOna6XrxN-OvXpA4jcnMrgd3BqMhoNc9DTi-rZ221eCG-kTfHiJ3fc6qfB04mbhtqCZ2iEH502PMQZu5okR9PFMxYaXAcqSNvu6r1AQ2DuqvgUqpQTXGVxbQ7J1jNY/s200/Dama-de-Ferro-poster-nacional.jpg" width="134" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um filme para inglês ver, literalmente. Ao compor Margareth Tatcher e biografá-la, a fita não consegue superar a dificuldade de se tornar uma fita para todos e não apenas para ingleses e conhecedores do funcionamento político do Reino Unido (sensação parecida com a que tive com o filme Um Homem Sério dos irmãos Coen alguns anos atrás em relação aos judeus). Os dramas mais humanos da personagem, que poderiam ajudar neste processo são falhos e mal desenvolvidos, e a parte mais engajada da fita, mesmo mais empolgante, se mostra muito distante do público em geral, causando uma frieza que prejudica o conjunto da fita. Ao contrário de O Homem Que Mudou o Jogo que supera seu excessivo tecnicismo através de um roteiro compacto e de situações mais contundentes, A Dama de Ferro esbarra na pobreza de seu material. Streep realmente está bem, mas me pergunto: Se fosse outra atriz qualquer que fizesse exatamente a mesma interpretação, geraria esse alvoroço todo? Destaque também para o ótimo Jim Broadbent no papel do marido de Tatcher, que é, definitivamente, o único elo entre público e filme.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 4,0</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>TODA FORMA DE AMOR</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2I1idBK6rzy2jsnC6tAGSP7m9yS8twWcDUc-pG-jFvoKNy11mnBesQmotJ6NhSXv3AK7nU4NeFyjqm2lXPZNbdx4KK80LzRpK1MIy9knEkcIrSi9eCv8GmIoQeVGQ1E8tsBM3dbW9Zt0/s1600/toda-forma-de-amor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2I1idBK6rzy2jsnC6tAGSP7m9yS8twWcDUc-pG-jFvoKNy11mnBesQmotJ6NhSXv3AK7nU4NeFyjqm2lXPZNbdx4KK80LzRpK1MIy9knEkcIrSi9eCv8GmIoQeVGQ1E8tsBM3dbW9Zt0/s200/toda-forma-de-amor.jpg" width="140" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Filme que deu o Oscar de Ator Coadjuvante para Christopher Plummer é uma comédia romântica na linha de O Fabuloso Destino de Amèlie Poulain; em outras palavras, diálogos rápidos e incisivos, situações extravagantes que norteiam o pensar e o agir dos personagens. Filme pequeno e simples, que consegue com estes elementos se tornar um passatempo agradável. Não é um poço de originalidade e muito menos um trabalho genial, contudo esbanja simpatia. Destaque, para além de Plummer, o casal central vivido por Ewan McGregor e Melanie Laurent, além do ótimo cachorro da raça Jack Russell que recebe no filme o nome de Arthur.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 6,5</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>A SEPARAÇÃO</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbiw5a6Gk3fY6QG-JQhTUDWS7Pb5TTMyKA90AkH8hHdgiT7GcsBQlSvk_rLWchIhzd2qPRdVK74IYa3JOqwip2UH1dVW_jAPFn8acKEvXD527se0zbblEKIEuA67sh0ExXch9yLzy1aCg/s1600/a-separa%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbiw5a6Gk3fY6QG-JQhTUDWS7Pb5TTMyKA90AkH8hHdgiT7GcsBQlSvk_rLWchIhzd2qPRdVK74IYa3JOqwip2UH1dVW_jAPFn8acKEvXD527se0zbblEKIEuA67sh0ExXch9yLzy1aCg/s200/a-separa%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="135" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Outro grande filme a circular pelo Oscar é este drama iraniano sobre um casal que passa por um processo de separação e todas as conseqüências que este ato envolve. Uma direção precisa se alia a um roteiro bárbaro, tanto em composição quanto em originalidade. Como se não bastasse, tudo isto vem acompanhado de um elenco vibrante e incrivelmente sintonizada. Tenso e pulsante como todo drama deste tipo deve ser, A Separação mostra mais uma vez a força do cinema, e mostra que a frase do chef Gusteau de Ratatouille não serve apenas para cozinheiros, afinal: “nem todos podem fazer um grande filme,mas um grande filme pode vir de qualquer lugar”.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 9,5</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>MISSÃO MADRINHA DE CASAMENTO</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhodLCuOu1Pg9BwZCwMzQ88QCodyd6VOzQXbjg66ecPTKDLplaK-fZroW6rmV-jeeXRPTKd0zfjEcGaL-WWuVk9sUObkF_bLrZBinoLns0QBg0Y2ClWc4132HawA68323FfYP9bx4GC1DM/s1600/madrinha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhodLCuOu1Pg9BwZCwMzQ88QCodyd6VOzQXbjg66ecPTKDLplaK-fZroW6rmV-jeeXRPTKd0zfjEcGaL-WWuVk9sUObkF_bLrZBinoLns0QBg0Y2ClWc4132HawA68323FfYP9bx4GC1DM/s200/madrinha.jpg" width="137" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O Se Beber, Não Case das mulheres. Há muito tempo o mundo implorava por uma comédia deste tipo (mistura de pastelão com besteirol) que fosse protagonizada por mulheres com situações “tipicamente femininas”, e eis que surgiu esta fita aqui. O filme tem cenas bem engraçadas, mas como toda comédia deste tipo, esbarra em preconceitos e estereótipos questionáveis (basta ver que o centro destes filmes sempre são o “tipicamente masculino” ou neste caso o já citado “tipicamente feminino”). Passa bem longe de ser ruim, e até se destaca no âmbito das comédias (não que hoje isto signifique muita coisa), mas assim como seu representante masculino, causa um impacto inicial que não dura muito, mostrando sua verdadeira realidade após passar este primeiro contato. Todavia, algumas risadas estão garantidas.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">NOTA: 6,5 </div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8514496443890971692.post-19001647229647157142012-02-26T14:09:00.009-08:002012-02-26T14:22:43.435-08:00Meus palpites para o Oscar 2012:<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC0XpO4AC-z1u0OEWzxY_u1jPcdu9z9iVG_zqZT2-hj1QJbgmVQ8ttt8U9mzAOxNZwqt-5vhmgFinWHF2kaQREir-7mfuhE8RMogz2hCDeRXCS4jUVrAbH6GwM7W6EnDp611Q5tAV1YImT/s1600/MV5BMzk0NzQxMTM0OV5BMl5BanBnXkFtZTcwMzU4MDYyNQ%2540%2540._V1._SY317_CR12%252C0%252C214%252C317_.jpg" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="text-align: justify;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 214px; height: 317px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC0XpO4AC-z1u0OEWzxY_u1jPcdu9z9iVG_zqZT2-hj1QJbgmVQ8ttt8U9mzAOxNZwqt-5vhmgFinWHF2kaQREir-7mfuhE8RMogz2hCDeRXCS4jUVrAbH6GwM7W6EnDp611Q5tAV1YImT/s320/MV5BMzk0NzQxMTM0OV5BMl5BanBnXkFtZTcwMzU4MDYyNQ%2540%2540._V1._SY317_CR12%252C0%252C214%252C317_.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713571401762324290" /></a><div><div style="text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Filme: O Artista</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">O Artista é um fenômeno que conquistou espaço por sua franqueza narrativa em um ano de filmes fracos e que utilizam fórmulas já desgastadas. Vai ser interessante ver um filme mudo, em preto e branco e produzido fora do grande circuito americano levando o prêmio de melhor filme.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; ">Meu voto seria: O Artista</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado: Na minha opinião, faltaram J. Edgar do Clint Eastwood, Tudo Pelo Poder do George Clooney e Millenium - Os Homens que não Amavam as Mulheres nessa seleção. Estes sim eram os filmes mais ambiciosos do ano. E por que não Drive e Melancolia? Ousados demais para a academia. <o:p></o:p></span></p></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3hdMtkbokD_tjoSKFXeKSZLsNLomId_ktOeqEBWkKHCxjFlueJmuXM8aLdJTvBCNRIY50Qu-dzq6kWLqr1aNS5XueuYddEE4qhc_brERBBtIlysn6tf34SdNBO117Ym7NJEb9RRiscVW_/s1600/MV5BMzY2NjgyNTIyMV5BMl5BanBnXkFtZTcwOTk2ODMxNw%2540%2540._V1._SY314_CR4%252C0%252C214%252C314_.jpg" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="text-align: justify;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 214px; height: 314px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3hdMtkbokD_tjoSKFXeKSZLsNLomId_ktOeqEBWkKHCxjFlueJmuXM8aLdJTvBCNRIY50Qu-dzq6kWLqr1aNS5XueuYddEE4qhc_brERBBtIlysn6tf34SdNBO117Ym7NJEb9RRiscVW_/s320/MV5BMzY2NjgyNTIyMV5BMl5BanBnXkFtZTcwOTk2ODMxNw%2540%2540._V1._SY314_CR4%252C0%252C214%252C314_.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713571338041385442" /></a></div><div><div style="text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Diretor: Michael Hazanavicious - O Artista</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Ele ainda não é muito famoso nos EUA, mas se levarmos em conta que nos últimos anos a academia tem preferido diretores em ascensão em vez de reconhecer os já consagrados, o prêmio deve ir para o francês.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria: Michael Hazanavicious - O Artista<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado: David Fincher, por Millenium – Os Homens que não Amavam as Mulheres<o:p></o:p></span></p></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLCIaExvLexrB2cxoSwdHowUty0izYy5jupXdaz0mvI6gmlGkqu2Hq-ZUeKIgjCQkhZWrGWZYKZNPwV-6deVU90AZCYLCLYuuGI8W3eB4wh1UoEdlbCqRYBnGGDB8_poHNSElWpsj5197k/s1600/MV5BMTcyMzEzNjQ1OV5BMl5BanBnXkFtZTcwMTA1OTEwNA%2540%2540._V1._SX214_CR0%252C0%252C214%252C314_.jpg" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="text-align: justify;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 214px; height: 314px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLCIaExvLexrB2cxoSwdHowUty0izYy5jupXdaz0mvI6gmlGkqu2Hq-ZUeKIgjCQkhZWrGWZYKZNPwV-6deVU90AZCYLCLYuuGI8W3eB4wh1UoEdlbCqRYBnGGDB8_poHNSElWpsj5197k/s320/MV5BMTcyMzEzNjQ1OV5BMl5BanBnXkFtZTcwMTA1OTEwNA%2540%2540._V1._SX214_CR0%252C0%252C214%252C314_.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713571289830872930" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Ator – Jean Dujardin – O Artista</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Ele é o Roberto Benigni dos anos 2010. O palhaço estrangeiro que usa de carisma e inteligência para conquistar os americanos com uma bela história. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria: George Clooney – Os Descendentes<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado – Leonardo Di Caprio – J. Edgar<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibwk7gn6XmVTav1kKetRjPtpqSuJzA_sjayIsNZvF5UyLyqD3pJ7DYX_o6G0bt00rYe04qVCUS-oXIICPFvy1hRySBr5_6rTC_M5vXCpcOcLjhyphenhyphenIlj4DO9uc7knP_9Cyzpo94q55jfiZ79/s1600/MV5BMTU4Mjk5MDExOF5BMl5BanBnXkFtZTcwOTU1MTMyMw%2540%2540._V1._SY314_CR4%252C0%252C214%252C314_.jpg" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="text-align: justify;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 214px; height: 314px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibwk7gn6XmVTav1kKetRjPtpqSuJzA_sjayIsNZvF5UyLyqD3pJ7DYX_o6G0bt00rYe04qVCUS-oXIICPFvy1hRySBr5_6rTC_M5vXCpcOcLjhyphenhyphenIlj4DO9uc7knP_9Cyzpo94q55jfiZ79/s320/MV5BMTU4Mjk5MDExOF5BMl5BanBnXkFtZTcwOTU1MTMyMw%2540%2540._V1._SY314_CR4%252C0%252C214%252C314_.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713571227877654354" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Atriz – Meryl Streep – A Dama de Ferro</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Esse filme é um porre de chato. Mas a atriz tem que ser reconhecida por este trabalho.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria: Rooney Mara - Millenium – Os Homens que não Amavam as Mulheres<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicada – Tilda Swinton – Precisamos falar sobre Kevin<o:p></o:p></span></p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_K0dwJTIBlbrbU7-1U3_iE6CEP3nCQg2NIBhVX_zUp5PNtgXuL1CaI2l3PuwWtixpTLV_DgSL2A3ToTr0in5nbAPaJOoH7Ld4at-x6nhCQUKw5fazqX9kR-GFDlxtH91XYH_TNKB1Xp3B/s1600/MV5BMTg0MjcwMjcxNl5BMl5BanBnXkFtZTcwMjkwODg0Ng%2540%2540._V1._SY314_CR10%252C0%252C214%252C314_.jpg" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="text-align: justify;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 214px; height: 314px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_K0dwJTIBlbrbU7-1U3_iE6CEP3nCQg2NIBhVX_zUp5PNtgXuL1CaI2l3PuwWtixpTLV_DgSL2A3ToTr0in5nbAPaJOoH7Ld4at-x6nhCQUKw5fazqX9kR-GFDlxtH91XYH_TNKB1Xp3B/s320/MV5BMTg0MjcwMjcxNl5BMl5BanBnXkFtZTcwMjkwODg0Ng%2540%2540._V1._SY314_CR10%252C0%252C214%252C314_.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713571137276597842" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Atriz Coadjuvante – Octavia Spencer – Histórias Cruzadas</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Ela faz uma torta de fezes e essa é toda a contribuição dela para o filme. É engraçado, tudo bem, mas se a Academia tem tanto interesse em premiar esse filme, podia ao menos ser a Emma Stone ou a Bryce Dallas Howard, que estão bem melhores no filme. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria: Berenice Bejo - O Artista<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicada: Shaileene Woodley - Os Descendentes<o:p></o:p></span></p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwCojYo2tzQdC0kaE1ngxK3P_OkQ8m1WlLmQv4qApc9D1MwasHca1KO-0vxsdpCPUt9URKSAdiHynQScv81d3-s99yaX4viP8jNvZYglKiupGSdwiy7dfQOpgUQ0V-zeICCRKWzNYllFKt/s1600/MV5BMTU5MzQ5MDY3NF5BMl5BanBnXkFtZTcwNzMxOTU5Ng%2540%2540._V1._SY314_CR3%252C0%252C214%252C314_.jpg" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="text-align: justify;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 214px; height: 314px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwCojYo2tzQdC0kaE1ngxK3P_OkQ8m1WlLmQv4qApc9D1MwasHca1KO-0vxsdpCPUt9URKSAdiHynQScv81d3-s99yaX4viP8jNvZYglKiupGSdwiy7dfQOpgUQ0V-zeICCRKWzNYllFKt/s320/MV5BMTU5MzQ5MDY3NF5BMl5BanBnXkFtZTcwNzMxOTU5Ng%2540%2540._V1._SY314_CR3%252C0%252C214%252C314_.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713571074754389634" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Ator Coadjuvante - Christopher Plummer - Toda Forma de Amor</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">É um belo trabalho. Pena que o filme é chato. Toda vez que engata um bom diálogo, o próprio roteiro se sabota com meia dúzia de cenas entediantes. Mas ainda assim não é um demérito ao ator que vai ter sua obra de mais de 50 anos reconhecida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria: ainda não vi 7 Dias com Marilyn, mas votaria em Nick Nolte pelo ótimo Guerreiro<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado: Armie Hammer – J. Edgar</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><o:p></o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; ">Melhor Roteiro Original - Meia Noite em Paris – Woody Allen</span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">É um filme criativo, simpático e um sucesso de bilheteria. Vai ser merecido se ganhar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria: A Separação<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado: O Menino da Bicicleta<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Roteiro Adaptado – Os Descendentes</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – O Homem que mudou o Jogo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu gostaria que estivesse indicado – Millenium - Os Homens que não Amavam as Mulheres<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Filme Estrangeiro – A Separação</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – A Separação<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu gostaria que estivesse indicado: O Menino da Bicicleta <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Filme de Animação – Rango</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – Kung Fu Panda 2<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu gostaria que estivesse indicado – As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Trilha Original – O Artista</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – John Williams – As Aventuras de Tintim<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado – Alexandre Desplat pela trilha de Harry Potter e as Relíquias da Morte Pt. II<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Canção Original – Man or Muppet – Os Muppets</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – Man or Muppet – Os Muppets<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Fotografia – Millenium - Os Homens que não Amavam as Mulheres</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado – Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte II<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Edição – Millenium – Os Homens que não Amavam as Mulheres </b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado – Margin Call – O Dia Antes do Fim<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Som – A Invenção de Hugo Cabret</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – Transformers 3 – O Lado Oculto da Lua<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado – Super 8<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Edição de Som – Millenium – Os Homens que não Amavam as Mulheres</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu queria que estivesse indicado – Missão Impossível 4<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Figurino – A Invenção de Hugo Cabret</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – Não vi três dos cinco indicados<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu gostaria que estivesse indicado – Um Método Perigoso<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Maquiagem – A Dama de Ferro</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria – Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte II<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu gostaria que estivesse indicado – X-Men Primeira Classe<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhor Direção de Arte – A Invenção de Hugo Cabret</b><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria - A Invenção de Hugo Cabret<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Quem eu gostaria que estivesse indicado – Um Método Perigoso<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><b>Melhores Efeitos Especiais - Planeta dos Macacos - A Origem</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Meu voto seria - Planeta dos Macacos - A Origem</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span >Quem eu gostaria que estivesse indicado - Super 8</span></p> <span ><span style="font-size: 15px; line-height: 17px;"><br /></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0