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quarta-feira, 30 de junho de 2010

APOLLO 13 - DO DESASTRE AO TRIUNFO


Ficha Técnica

Título Original:Apollo 13
Gênero:Drama
Duração:138 min
Ano De Lançamento:1995
Estúdio:Universal Pictures / Imagine Entertainment
Distribuidora:Universal Pictures / UIP
Direção: Ron Howard
Roteiro:William Broyles Jr. e Al Reinert, baseado em livro de Jim Lovell e Jeffrey Kluger
Produção:Brian Grazer
Música:James Horner
Fotografia:Dean Cundey
Direção De Arte:David J. Bomba, Michael Coreblith e Bruce Alan Miller
Figurino:Rita Ryack
Edição:Daniel P. Hanley e Mike Hill
Efeitos Especiais:Digital Domain


Elenco

Tom Hanks (Jim Lovell)
Bill Paxton (Fred Haise)
Kevin Bacon (Jack Swigert)
Gary Sinise (Ken Mattingly)
Ed Harris (Gene Kranz)
Kathleen Quinlan (Marilyn Lovell)
Mary Kate Schellhardt (Barbara Lovell)
Emily Ann Lloyd (Susan Lovell)
Miko Hughes (Jeffrey Lovell)
Max Elliott Slade (Jay Lovell)
Jean Speegle Howard (Blanche Lovell)
David Andrews (Pete Conrad)
Michele Little (Jane Conrad)
Bryce Dallas Howard


Sinopse

Três astronautas americanos a caminho de uma missão na Lua sobrevivem à uma explosão, mas precisam retornar rapidamente à Terra para poderem sobreviver, pois correm o risco de ficarem sem oxigênio. Além disto existe o risco de, mesmo retornando, a nave ficar seriamente danificada, por não suportar o imenso calor na reentrada da órbita terrestre.


Premiações

- Ganhou os Oscars de Melhor Edição e Melhor Som. Foi ainda indicado em outras 7 categorias: Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris), Melhor Atriz Coadjuvante (Kathleen Quinlan), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora, Melhor Direção de Arte e Melhores Efeitos Especiais.

- Recebeu 4 indicações no Globo de Ouro: Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris) e Melhor Atriz Coadjuvante (Kathleen Quinlan).


CRÍTICA



“Houston, we have a problem”. Esta é a frase imortalizada pelo filme (não sei se ela foi dita na missão real ou não), e que define todo o drama e agonia de astronautas presos a uma nave com falhas e que devido a isso não podem aterrissar na Lua, mesmo esta estando tão perto.

O filme reúne um elenco de hoje veteranos atores, mas de uma capacidade incontestável, que vão desde ao na época duplamente premiado com o Oscar Tom Hanks até o inconstante, porém sempre presente em bons filmes Kevin Bacon. Chega até a ser complicado falar de um elenco tão produtivo e vibrante, entretanto, se tivesse que realizar um destaque individual ficaria com o grande Ed Harris, que está ótimo em um papel característico seu, ou seja, aquele homem centrado e calmo, porém rígido e exigente, mas sem perder o lado humano, sem contar que Harris sempre foi um ator que me agradou muito.

Após mudar um pouco a estrutura de minhas críticas e falar primeiro sobre o elenco, vamos para a análise do filme em si. Baseado na história real da Apollo 13, e no seu insucesso em alcançar a Lua, pouco após o sucesso da Apollo 11 em 1969, o filme faz uma narrativa detalhada e bem estruturada, com começo, meio e fim bem delineados e presentes, isso faz com que o espectador não possua nenhum tipo de dificuldade em acompanhar as mais de duas horas de drama espacial.

Contudo, Apollo 13 não é só flores. Filmes que retratam viagens espaciais por si só, e que possuem sua ação muito centrada no interior na nave, em sua grande maioria acabam soando chatos, parados e maçantes.
Deve-se então dosar sempre uma coisinha aqui e outra ali para o filme não ficar chato e desinteressante. Um comentário como esse só poderia gerar uma associação do mesmo ao filme em questão, e este talvez seja o maior e mais presente defeito de Apollo 13; já que o filme possui uma parte da história, ou seja, ali na sua metade, em que nada acontece. Vamos clarear a questão: enquanto o filme está na pré-viagem e no que antecede ou no própio desastre em si, o filme vai bem; agora, quando a história fica presa só a nave a coisa fica um pouco monótona, e por que não dizer desinteressante.

Ron Howard conduz bem a fita, e sua versatilidade se mostra mais uma vez interessante, ao conduzir muito bem, tanto cenas internas quanto externas, e criar boas imagens de um espaço muito bem delineado pela fotografia, efeitos especiais e direção de arte; porém, não consegue escapar dessa monotonia que atinge parte do filme, até por que não há muito que fazer com a câmera, principalmente nas já citadas tomadas internas. O trabalho de Roward é bom, mas também tem seus pequenos deslizes.

Em suma, estamos diante de um bom filme de ficção (no quesito gênero cinematográfico, lógico), mas que peca em alguns momentos, fazendo com que o mesmo alterne críticas e comentários positivos e negativos. Logicamente, que fãs desse tipo de filme acompanharão com mais afinco e até perdoarão esses probleminhas ao longo de seu andamento, agora, os não muito fãs de ficção, principalmente nesse tipo de ficção feita por Apollo 13 podem achar o filme um pouco chato, mas mesmo assim vale um conferida, já que no geral Apollo 13 acaba fazendo seu papel.


NOTA: 8,0

domingo, 20 de junho de 2010

O LENHADOR


Ficha Técnica

Título Original:The Woodsman
Gênero:Drama
Duração:87 min
Ano De Lançamento:2004
Estúdio:Dash Films / Lee Daniels Entertainment / The Woodsman LLC
Distribuidora:Newmarket Film Group / Imagem Filmes
Direção: Nicole Kassell
Roteiro:Steven Fechter e Nicole Kassell
Produção:Lee Daniels
Música:Nathan Larson
Fotografia:Xavier Pérez Grobet
Figurino:Frank L. Fleming
Edição:Lisa Fruchtman e Brian A. Kates


Elenco

Kevin Bacon (Walter)
Kyra Sedgwick (Vickie)
Eve (Mary-Kay)
Mos Def (Sargento Lucas)
David Alan Grier (Bob)
Benjamin Bratt (Carlos)
Kevin Rice (Candy)
Michael Shannon (Rosen)
Hannah Pilkes (Robin)
Carlos Leon (Pedro)


Sinopse

Após doze anos na prisão por molestar garotas menores de idade, Walter (Kevin Bacon) se muda para uma pequena cidade. Ele vai viver num pequeno apartamento, que fica defronte de uma escola de ensino básico, que está cheia de crianças. Walter arruma emprego em uma madeireira e se mantém o mais reservado possível, mas isto não o impede de se envolver com Vicki (Kyra Sedgwick), uma extrovertida colega de trabalho que promete não fazer nenhum julgamento dele. Porém ele não pode escapar do seu passado e, quando os colegas de trabalho descobrem, se mostram quase nada compreensivos.



CRÍTICA


Um filme que te engana pela capa. O Lenhador tem toda a panca de ser um filme de suspense, e digo isto baseado na primeira impressão que o filme causa ao olharmos o formato da capa, e consequentemente lermos o título, que é tradução literal do título original. Entretanto, é só dar uma conferida na sinopse para verificar que não se trata de um suspense, certeza que chega ao longo do desenrolar do filme.

O fato de o primeiro momento criar em nossa mente um suspense, não interfere na demonstração dramática que o filme toma em posteridade; e isso se deve claramente, ao bom aspecto e a principalmente ao excelente argumento que o Lenhador acaba nos mostrando. Na verdade, o Lenhador é um drama, que surpreende por abordar de forma simples, um assunto extremamente complexo e polêmico: a pedofilia.

O filme é a luta de um homem que acaba de sair da cadeia, onde estava por ser acusado de pedofilia, e acaba se mudando defronte a uma escola, o que faz com que o mesmo acabe se deparando com o objeto de todos os terrores que circundaram a sua vida, e tenha que conviver com eles, como se fosse seu vizinho ao lado.

A fita não tem nada de assombroso, e seu caráter técnico é extremamente simples e pragmático, incluindo mesmo sua direção, que apesar de focar bem os planos e controlá-los de acordo com o querido pelo diretor e ser precisa em seu objeto, não possui nada brilhante ou qualquer movimento espetacular; o que faz com que O Lenhador se sustente em duas bases, porém estas extremamente fortes e competentes, que são o roteiro da fita, e a capacidade de Kevin Bacon no papel do protagonista.

Bacon se mostra muito firme em sua interpretação, como poucas vezes fez em sua instável carreira, mostrando uma grande qualidade e uma introspecção sensacional, já que esta deu um ar de serenidade ao personagem, que depois se tornava muito bem contrária aos momentos de luta e de raiva do personagem central. Tudo isto é puro mérito de Bacon na construção do personagem, o que eleva o caráter do filme, que desemboca em um final até certo ponto surpreendente, devido ao que o personagem central demonstra ao longo de toda a fita.

Em segundo ponto, é impossível não ressaltar o excelente argumento do filme, que não toma partido, mas apenas realiza uma boa análise da luta de um homem contra sua “doença”, mostrando as complicações que o fato de a mesma ser tão presente em sua vida provoca de uma forma calma, porém presente e firme. A firmeza do argumento é realmente brilhante e desemboca em Bacon como uma parceria que não poderia ter outra forma. A pedofilia e os embates que esta provoca no homem estão presentes de forma sutil, já que o filme não é apelativo e não busca o escandaloso em nenhum momento, o que faz com que as ações sejam sempre meio sorrateiras, criando uma sensação de que aquilo acontece em um universo paralelo, mas que se mostra ao contrário quando em alguns momentos aproxima o personagem central e as situações da vida cotidiana.

O Lenhador se mostra um filme realmente interessante e consegue trabalhar de forma cativante e realista, um tema de grande interesse da sociedade atual. Infelizmente o filme não foi bem divulgado e pouco conhecido, mesmo com até certa facilidade em ser encontrado. Talvez a capa não ajude muito e não é todo mundo que se propõe a ler pelo menos a sinopse.


NOTA: 8,0

domingo, 13 de junho de 2010

PRÍNCIPE DA PÉRSIA - AS AREIAS DO TEMPO


Ficha Técnica

Título Original:Prince of Persia: The Sands of Time
Gênero:Aventura
Duração:116 min
Ano De Lançamento:2010
Site Oficial:http://www.principedapersia.com.br
Estúdio:Walt Disney Pictures / Jerry Bruckheimer Films
Distribuidora:Walt Disney Studios Motion Pictures / Buena Vista International
Direção: Mike Newell
Roteiro:Doug Miro e Carlo Bernard, baseado em história de Jordan Mechner e Boaz Yakin e em jogo de videogame criado por Jordan Mechner
Produção:Jerry Bruckheimer
Música:Harry Gregson-Williams
Fotografia:John Seale
Direção De Arte:Maria-Teresa Barbasso, Robert Cowper, David Doran, Gary Freeman, Marc Homes, Jonathan McKinstry, Stuart Rose, Alessandro Santucci, Tino Schaedler, Mark Swain, Luca Tranchino, Marco Trentini e Su Whitaker
Figurino:Penny Rose
Edição:Mick Audsley e Martin Walsh
Efeitos Especiais:Double Negative / Cinesite / FB-FX / Lipsync Post / Moving Picture Company / Nvizible / Plowman Craven & Associates


Elenco

Jake Gyllenhaal (Príncipe Dastan)
Gemma Arterton (Tamina)
Ben Kingsley (Nizam)
Alfred Molina (Sheik Amar)
Gísli Örn Garoarsson (Vizir)
Daud Shah (Asoka)
Stephen A. Pope (Roham)
Miranda Booth (Avrat)
Ronald Pickup (Rei Sharaman)
Charlie Banks (Rei Sharaman - jovem)
Selva Rasalingam (Capitão persa)
Toby Kebbell
Reece Ritchie
Richard Coyle
Ambika Jois


Sinopse

Pérsia, Idade Média. Dastan (Jake Gyllenhaal) é um jovem príncipe, que auxilia o irmão a conquistar uma cidade. Lá ele encontra uma estranha e bela adaga, a qual decide guardar. Tamina (Gemma Arterton), a princesa local, percebe que Dastan detém a adaga e tenta se aproximar dele para recuperá-la. A adaga possui o poder de fazer seu portador viajar no tempo, quando dentro dela há areia mágica. Só que Dastan é vítima de um golpe. Ele é o encarregado de entregar ao pai, o rei Sharaman (Ronald Pickup), uma túnica envenenada, que o mata. Perseguido como se fosse um assassino, ele precisa agora provar sua inocência e impedir que a adaga caia em mãos erradas.



CRÍTICA


Blockbuster baseado em jogo de videogame que ficou famoso a partir dos anos 80 e que agora virou filme através das mãos de Jerry Bruckheimer e dos estúdios Disney. Como um bom blockbuster estadunidense, a intenção mor de Príncipe Da Pérsia é atingir o público e gerar milhões de dólares, e isso fica bem explícito ao longo de todo o filme.

A fita é um apanhado de detalhes e interferências de filmes anteriores que, se não são do mesmo gênero que este, em si, por assim dizer, pelo menos se aproxima do mesmo em alguns momentos. Dessa maneira, temos um pouco de Matrix nas cenas de ação, um pouco de O Senhor Dos Anéis nas posições de câmera e na construção de grupos de batalha ou coisas assim, e um pouco de Piratas do Caribe, tanto na produção (afinal, o produtor é o mesmo), como na disposição do roteiro e nos elementos de construção dos personagens.

Quem me conhece sabe muito bem que videogame não é o meu forte, mas pelo pouco que conheço do jogo tratado em questão, o ponto alto da fita se torna a  reprodução de uma forma até bem fiel, dos elementos do jogo, o que deve agradar e muito os fãs deste último. A temática é a mesma, as armas, e até mesmo os lugares e demonstrações, sejam eles de lutas, ou apenas de movimentos das mesmas, se parecem bastante.

Entretanto, como cinema em si, o filme quase não se salva em nada. Com exceção de uma boa fotografia e cenografia, um figurino caprichado, efeitos especiais ótimos e uma mixagem de som vibrante, Príncipe Da Pérsia não consegue vencer as barreiras do blockbuster comum, e não se destaca em nada a não ser nas partes técnicas, ou seja, onde o dinheiro é mais necessário que o talento.

Roteiristicamente falando, Príncipe Da Pérsia é recheado de baboseiras, romantismos exagerados, piadas sem graça e reviravoltas bobas e comuns. Em muitos momentos, temos a sensação de que a coisa não anda já em outros momentos tudo voa, sempre se intercalando nesse meio, uma ou outra briga ou coisa assim, afinal, é um filme de ação e mais importante que a história ou a qualidade do argumento, está o fato de que tem que haver luta, não importa como, nem quando e nem como a mesma se justifique. Como o filme é baseado em um jogo de videogame, não é de se esperar qualquer fidelidade com os fatos históricos ou coisa assim, dessa maneira, seria covardia qualquer comentário do gênero, fazendo com que passemos então adiante.

O elenco é um problema bem sério da fita. Jake Gyllenhaal não corresponde muito bem, e a construção de seu personagem em vários momentos destoa do caráter, ou até mesmo do amadurecimento proposto por sua interpretação, já que não se sabe ao certo sua idade, por que como adulto ele é um ótimo jovem, e como jovem ele é um amadurecido adulto, o que acaba gerando esta dúvida em nossa mente. Gemma Arterton é um nada, e consegue piorar ao longo da fita, gerando as piores e mais chatas situações do filme. O elenco secundário também não responde bem, e até mesmo o ótimo Ben Kingsley está burocrático e por que não dizer seco demais; para não afundarmos tudo, se salva Alfred Molina, que está sensacional na pele de Sheik Amar, e é responsabilidade do mesmo, as boas piadas e momentos do filme.

Apesar de uma interessante e plausível virada no final, que funciona muito bem, Príncipe Da Pérsia é um filme de médio para fraco, que por sua vez variará de acordo com o seu humor ao ver este filme. Se você é fã do videogame ou é fã de filmes cujo principal ponto é lutas e mais lutas, talvez este seja uma boa pedida, agora se você procura algo mais bem feito, bem elaborado e por que não dizer mais inteligente, pule fora, pois Príncipe Da Pérsia é um filme para render milhões de dólares e não milhões de dúvidas ou pensamentos acerca do mesmo.


NOTA: 5,0

sábado, 5 de junho de 2010

O DESTINO DE POSEIDON


Ficha Técnica

Título Original:The Poseidon Adventure
Gênero:Drama
Duração:117 min
Ano De Lançamento:1972
Estúdio:Kent Productions
Distribuidora:20th Century Fox Film Corporation
Direção: Ronald Neame
Roteiro:Wendell Mayes e Stirling Silliphant, baseado em livro de Paul Gallico
Produção:Irwin Allen
Música:Joel Hirschhorn, Al Kasha e John Williams
Fotografia:Harold E. Stine
Figurino:Paul Zastupnevich
Edição:Harold F. Kress


Elenco

Gene Hackman (Reverendo Frank Scott)
Ernest Borgnine (Michael Rogo)
Red Buttons (James Martin)
Carol Lynley (Nonnie Parry)
Roddy McDowall (Sr. Acres)
Stella Stevens (Linda Rogo)
Shelley Winters (Belle Rosen)
Jack Albertson (Manny Rosen)
Pamela Sue Martin (Susan Shelby)
Arthur O'Connell (John)
Eric Shea (Robin Shelby)
Fred Sadoff (Linarcos)
Sheila Allen (Enfermeira Gina)
Leslie Nielsen (Capitão Harrison)


Sinopse

Em virtude de um maremoto, um transatlântico de luxo é atingido na véspera de Ano Novo por uma onda gigantesca, fazendo-o virar totalmente. Os sobreviventes do choque inicial são liderados pelo reverendo Frank Scott (Gene Hackman) e tentam escapar de qualquer maneira da embarcação.



CRÍTICA


O cinema catástrofe que vingou com grande força pelo mundo principalmente nos anos 70, talvez encontre neste trabalho do diretor Ronald Neame seu maior representante, maior clássico e o mais importante de todos os filmes já realizados que se utilizam desta temática.

A idéia básica é simples, e ainda hoje gera muitos filmes que em sua maioria não conseguem o mesmo efeito e a mesma intensidade desta fita da qual vos falo. Parte-se de três pontos: uma obra grandiosa da humanidade para ser a vítima (neste caso o navio Poseidon, um transatlântico de luxo), um fenômeno natural para ser a causa do desastre, que a simples intenção, em sua maioria de mostrar o quão pequeno o homem ainda é perante a natureza, basta ver o diálogo entre o homem que quer o navio a toda velocidade e o capitão dizendo para haver respeito com o mar (algo que também acontece em Titanic, por exemplo); neste segundo ponto, nosso exemplo é o maremoto; e o último dos três pontos é o homem e suas personalidades, sendo que resta sempre um grupo seleto de personagens recém apresentados no prólogo do filme de formas diversas e normalmente simples, para depois se tornarem os sobreviventes ou os que lutarão pela sobrevivência.

O Destino de Poseidon então parte dessas três premissas básicas e cria uma ambiente extremamente interessante, onde as minúcias dos personagens se debatem em situações extremas. Tudo está destruído e o navio de cabeça para baixo no meio do oceano, sendo assim, o que resta ás pessoas é superarem seus medos e preconceitos e se unirem para a sobrevivência, com a mensagem subliminar bem simples de que “a vida é sempre o mais importante”.

Aquilo que alguns consideram um defeito em o Destino de Poseidon, eu julgo com uma de suas melhores qualidades, que é a falta de tomadas externas do navio naufragado, sendo que o filme é basicamente de filmagens internas do desastre. Os efeitos da época eram ainda bem limitados, e Neame conseguiu com essa estratégia, fazer com que o filme não soasse “fake” em nenhum momento. Ora, se toda a ação se passa dentro do navio, e os efeitos ainda não são tão confiáveis como a câmera de Neame e o elenco inspirado como um todo, não existiria nenhum motivo realmente válido para a estratégia ter sido outra.

O drama e a ação se unem em caldeiras que explodem, fogo por todos os lados se contrapondo à água que não para em nenhum momento de atormentar os sobreviventes. Tudo cola muito bem, e cunha um ambiente perfeito para criar no espectador a agonia e o desespero sofrido por aqueles que ali estão vivendo e lutando por suas vidas em situações completamente limites, mas que em todos os momentos acabam deixando a sua humanidade e o valor a vida extremamente a mostra, mesmo que a tragédia e a catástrofe estejam sempre presente e em primeiro lugar na fita. .

O Destino de Poseidon não se tornou um clássico do cinema a toa. É um filme muito bom, que nos leva ao extremo das coisas com uma realidade que talvez hoje seja um pouco maquiada pelo excesso de efeitos, explosões e toda essa parafernália. Além disso, vale à pena dar uma conferida em Leslie Nielsen na caracterização de um dos seus poucos personagens sérios (no sentido de não comédia).


NOTA: 9,0