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quarta-feira, 21 de abril de 2010

A MORTE PEDE CARONA

Ficha Técnica

Título Original:The Hitcher
Gênero:Ficção/Suspense/Ação
Duração:97 min
Ano De Lançamento:1986
Estúdio:TriStar Pictures / HBO / Silver Screen Partners
Distribuidora:TriStar Pictures
Direção: Robert Harmon
Roteiro:Eric Red
Produção:David Bombyk e Kip Ohman
Música:Mark Isham
Fotografia:John Seale
Direção De Arte:Dins W.W. Danielsen
Figurino:Jac McAnnelly
Edição:Frank J. Urioste
Efeitos Especiais:Makeup & Effects Laboratories Inc.


Elenco

Rutger Hauer (John Ryder)
C. Thomas Howell (Jim Halsey)
Jennifer Jason Leigh (Nash)
Jeffrey DeMunn (Capitão Esteridge)
John M. Jackson (Sargento Starr)
Billy Green Bush (Donner)
Jack Thibeau (Prestone)
Armin Shimerman (Sargento)
Gene Davis (Dodge)
Jon Van Ness (Hapscomb)
Henry Darrow (Hancock)
Tony Epper (Conners)


Sinopse

Um jovem, Jim Halsey (C. Thomas Howell), está levando um carro para a Califórnia. No caminho ele dá carona a um psicopata, John Ryder (Rutger Hauer), que mata todos os motoristas que lhe dão carona. Entretanto, Jim consegue escapar mas o louco assassino começa a persegui-lo de maneira implacável. Para piorar as coisas, a polícia pensa que Jim é o autor das mortes.



CRÍTICA


A chamada do filme é simples: “Você nunca mais vai querer dar carona para ninguém”; e se for da maneira como o filme coloca, realmente não é bom fazer favores de estrada a ninguém mesmo, já que o pior pesadelo de Jim Halsey (C. Thomas Howell) se inicia no momento em que este resolve ajudar um estranho caronista no meio da auto-estrada, em plena madrugada e com muita chuva. Burrice? Sinceramente, sim! Em outras palavras, o filme parte, assim como grande parte dos filmes que mexem com terror/suspense nos anos 80, da inocência dos jovens. Partir de um clichê pode ser problemático, ainda mais quando ao longo da fita, encontramos com muitos outros, mas, ao contrário da maioria, A Morte Pede Carona possuem elementos que o salvam da banalização total.

O grande trunfo do filme é a presença de Rutger Hauer no papel do cruel e frio caronista John Ryder. Hauer é simplesmente insano e sua fisionomia totalmente assustadora. Sabendo disso, o diretor Robert Harmon se utiliza de closes a todo o momento quando nos deparamos com Ryder, o que se mostra uma decisão totalmente acertada, criando as melhores cenas da fita. É aquela velha história: uma boa atuação pode fazer milagres, e mesmo não sendo o caso, Hauer é responsável por grande parte da qualidade deste roadie movie.

A direção acerta ao utilizar os closes, porém em alguns momentos se torna muito estática, sem movimentação, passando de quadro a quadro apenas pelo trabalho da edição da fita, mesmo nas cenas de perseguição, onde envolve mais ação e uma direção mais veloz ficaria mais interessante, o diretor se utiliza da câmera parada e até coloca certa câmera lenta no negócio; tenho gente que gosta, eu particularmente não muito, mas Robert Harmon mais acerta do que erra então ponto para ele. Frisemos então também o bom trabalho de edição e a excelente fotografia, que capta bem o deserto do meio-oeste estadunidense e consegue criar uma ambiente um pouco sujo, dando aquele clima bem anos 80 à fita, o que venhamos e convenhamos colabora demais com o resultado final da fita.

Na questão roteiro, não existe nada muito diferente, já que a fita parte de uma situação casual e comum, como uma carona, para desembocar em uma série de crimes que mudam a vida de várias pessoas, passando desde capotagens incríveis até esquartejamento por um caminhão (a melhor cena da fita). O psicopata sem motivos e onipresente, que aparece do nada e some para o nada, e um jovem assustado e choroso, que depois se torna bravo a ponte de fazer justiça com as próprias mãos. Acredito que o grande trunfo do filme seja trabalhar tão bem com a solidão. O diretor abre os planos da câmera quando quer passar essa imagem, principalmente no personagem central, e deixa bem claro que existe uma ligação entre perseguidor e perseguido, e esta é a solidão, o que fica evidente na cena em que Hauer assassina a garota que teoricamente salvaria o personagem central. Há uma grande ligação entre os dois, e isso desemboca na cena final, onde um faz questão de ficar frente a frente com o outro, não deixando mais ninguém interferir no assunto pendente dos dois.

O filme se tornou cult e deu ainda mais fama a Rutger Hauer (pois o primeiro sucesso veio com Blade Runner), e é um bom roadie movie, que mistura bons elementos de ação com suspense e cria um bom clima no espectador, além de prender muito bem a atenção daquele que se propõe a encará-lo. Foi refilmado em 2007 com o mesmo título, mas para ser sincero eu não assisti. Em suma, A Morte Pede Carona é um filme legal, tem seu valor e para os fãs de suspense é uma excelente pedida, então se você é um deles, assista sem medo e aprecie todo o poder do psicopata John Ryder.


NOTA: 8,0

domingo, 18 de abril de 2010

AMOR SEM ESCALAS


Ficha Técnica

Título Original:Up in the Air
Gênero:Comédia Dramática
Duração:109 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://www.theupintheairmovie.com/
Estúdio:Paramount Pictures / Cold Spring Pictures / The Montecito Picture Company / Right of Way Films / DW Studios
Distribuidora:Paramount Pictures / UIP
Direção: Jason Reitman
Roteiro:Sheldon Turner e Jason Reitman, baseado em livro de Walter Kim
Produção:Jeffrey Clifford, Daniel Dubiecki, Ivan Reitman e Jason Reitman
Música:Rolfe Kent
Fotografia:Eric Steelberg
Direção De Arte:Andrew Max Cahn
Figurino:Danny Glicker
Edição:Dana E. Glauberman
Efeitos Especiais:Lola Visual Effects / Hammerhead Productions


Elenco

George Clooney (Ryan Bingham)
Vera Farmiga (Alex Goran)
Anna Kendrick (Natalie Keener)
Jason Bateman (Craig Gregory)
Amy Morton (Kara Bingham)
Melanie Lynskey (Julie Bingham)
J.K. Simmons (Bob)
Sam Elliott (Maynard Finch)
Danny McBride (Jim Miller)
Zach Galifianakis (Steve)
Chris Lowell (Kevin)
Steve Eastin (Samuels)
Adrienne Lamping (Tammy)
Dustin Miles (Ned)


Sinopse

Ryan Bingham (George Clooney) tem por função demitir pessoas. Por estar acostumado com o desespero e a angústia alheios, ele mesmo se tornou uma pessoa fria. Além disto, Ryan adora seu trabalho. Ele sempre usa um terno e carrega uma maleta, viajando para diversos cantos do país. Até que seu chefe contrata a arrogante Natalie Keener (Anna Kendrick), que desenvolveu um sistema de videoconferência onde as pessoas poderão ser demitidas sem que seja necessário deixar o escritório. Este sistema, caso seja implementado, põe em risco o emprego de Ryan. Ele passa então a tentar convencê-la do erro que é sua implementação, viajando com Anna para mostrar a realidade de seu trabalho.


Premiações

OSCAR
Indicações
Melhor Filme
Melhor Diretor - Jason Reitman
Melhor Ator - George Clooney
Melhor Atriz Coadjuvante - Vera Farmiga
Melhor Atriz Coadjuvante - Anna Kendrick
Melhor Roteiro Adaptado

GLOBO DE OURO
Ganhou
Melhor Roteiro

Indicações
Melhor Filme - Drama
Melhor Diretor - Jason Reitman
Melhor Ator - Drama - George Clooney
Melhor Atriz Coadjuvante - Vera Farmiga
Melhor Atriz Coadjuvante - Anna Kendrick

BAFTA
Ganhou
Melhor Roteiro Adaptado

Indicações
Melhor Filme
Melhor Ator - George Clooney
Melhor Atriz Coadjuvante - Vera Farmiga
Melhor Atriz Coadjuvante - Anna Kendrick
Melhor Edição



CRÍTICA


Mais um dos indicados ao Oscar aparece aqui pelo blog, e vem para suprir um pouco minha falta de posts dos últimos tempos, mesmo sabendo que neste momento eu deveria estar em minha cama já, pois trabalho amanhã cedo, auhahuahuhuahua! Bom, como não tenho tido muito tempo para ver filmes e este foi um dos últimos que eu consegui ver com calma suficiente para analisá-lo, resolvi postar minha opinião sobre esta comédia romântica do jovem diretor Jason Reitman.

Reitman vem ganhando bastante nome no cenário atual, devido ao seu talento com este tipo de comédia, que transita entre os ícones mais românticos do gênero, passando por situações inusitadas, uma boa dose de canalhice e coisas do tipo, e Amor Sem Escalas, mesmo recebendo esta tradução ridícula de título para o português, acaba colaborando e muito com esta imagem, que pode ser boa ou má, depende muito do gosto do freguês.

Amor Sem Escalas é leve, de fácil assimilação e trabalha com emoções muito sensíveis do ser humano, desde o amor, seja ele casual ou verdadeiro, a dor da perda e da realidade, e principalmente a solidão, mas a solidão como estilo de vida e não como puro e simples sentimento. O personagem de Clooney é um solitário por osmose praticamente, adquirindo este adjetivo ao longo do tempo devido ao seu emprego sem endereço fixo e seu desapego com a família e as próprias pessoas em si. Ao longo do filme, ele vai percebendo isso e tenta mudar um pouco rumo, mas o seu já batido estilo de vida o vence, apesar de algumas seqüelas sentimentais.

A fita funciona muito melhor enquanto não cai no romantismo e nos clichês do gênero, e isso acontece no momento em que o personagem de Clooney perde sua “canastrice” e se transforma no clássico bobão das comédias românticas. Devido a isso, o filme cai muito após seu segundo terço por assim dizer. Outro ponto que colabora com isso é que nessa parte do filme, temos uma colaboração menor de Anna Kendrick e sua personagem Natalie. A atriz está simplesmente impagável no papel de uma jovem que quer revolucionar a profissão de Clooney (ele demite pessoas para grandes empresas), mas não consegue os verdadeiros pesares da mesma.

O elenco todo é muito bom, e o trio principal Clooney, Kendrick e Farmiga se saem muito bem em atuações sinceras e competentes, assim como a direção de Reitman, que está cada vez mais centrada, e mesmo em seus momentos de loucura, consegue fixar melhor um pouco os pontos e criar condições melhores para a trama que em alguns momentos surgem como algo sem sentido.

O filme acaba se saindo bem, principalmente quando inova e escapa dos clichês do gênero, e se sai mal quando derrapa nestes mesmos clichês, perdendo em alegria, em competência, em andamento e claramente em originalidade, como o primeiro aspecto domina a maior parte do filme, Amor Sem Escalas acaba se mostrando um bom programa, que mesmo com esses deslizes entretêm de forma convincente e interessante. Toda a boa fama pode soar em alguns momentos como exagerada, mas nunca como injusta.


NOTA: 8,5

terça-feira, 13 de abril de 2010

AVISO E JUSTIFICATIVA

Pessoal, primeiramente peço desculpas pelo sumiço, mas é que este mês é fechamento de bimestre e coisas do tipo então estou corrido no trampo, além do fato de ter meu TCC para digitar senão eu reprovo, auhauhauhauhauhaha!! Sempre que der eu apareço para atualizar o blog, mas acredito que Abril será um mês um pouco fraco no quesito atualizações. Peço a compreensão de todos os leitores e assim que as coisas desafogarem aqui o fluxo de atualizações volta ao normal!

Obrigado!

Iceman!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

SERÁ QUE ELE É?


Ficha Técnica

Título Original:In & Out
Gênero:Comédia
Duração:91 min
Ano De Lançamento:1997
Estúdio:Paramount / Spelling Films
Distribuidora:UIP / Columbia TriStar Films
Direção: Frank Oz
Roteiro:Paul Rudnick
Produção:Scott Rudin
Música:Marc Shaiman
Fotografia:Rob Hahn
Direção De Arte:Charley Beal
Figurino:Ann Roth
Edição:Daniel P. Hanley e John Jympson


Elenco

Kevin Kline (Howard Brackett)
Joan Cusack (Emily Montgomery)
Matt Dillon (Cameron Drake)
Debbie Reynolds (Berniece Brackett)
Wilford Brimley (Frank Brackett)
Bob Newhart (Tom Halliwell)
Tom Selleck (Peter Malloy)
Deborah Rush (Ava Blazer)
Lewis J. Stadlen (Edward Kenrow)
Gregory Jbara (Walter Brackett)
Shalom Harlow (Sonya)
J. Smith-Cameron (Trina Paxton)
Kate McGregor-Stewart (Tia Becky)
Selma Blair (Prima Linda)
Glenn Close
Whoopi Goldberg


Sinopse

Cameron Drake (Matt Dillon), vencedor do Oscar de melhor ator, ao fazer seu agradecimento de praxe ressalta a importância de Howard Brackett (Kevin Kline), seu professor de literatura inglesa, que é gay. Nem o mestre sabia disto e muito menos poderia imaginar como sua vida seria totalmente modificada a partir deste momento, quando sua sexualidade passa a ser questionada, principalmente por Emily Montgomery (Joan Cusack), sua noiva e até mesmo por Berniece (Debbie Renolds) e Frank (Wilford Brimley), seus pais.



CRÍTICA


Uma das comédias mais bem faladas dos anos 90, Será Que Ele É? Aparece como uma experiência simples, porém bem encaixada, que mistura elementos de comédia romântica com toques de pastelão e momentos de real absurdo para dar vida à dúvida pela qual passa o personagem de Kevin Kline acerca de sua sexualidade.

O filme não tem nada de digamos inovador, já que o fato de se utilizar da temática homossexual para fazer comédia já havia sido feito anteriormente, além do que, a fita busca em elementos já clichês das comédias do cinema estadunidense para formular suas piadas e seus modos de riso. Existe certa inversão da comédia romântica comum dos anos 90, pois temos aqui, uma conciliação mais do universo masculino (ou gay, que seja), ao contrário do clássico modo de vista pelo lado feminino.

A comédia é simples e alterna momentos de risos escaldantes com marasmo e chatice. Sendo assim, o grande trunfo de Será Que Ele É?, acaba sendo o modo preciso com que trata do tema, já que se utiliza dos clichês tanto masculino como homossexual, sem nenhum tipo de preconceito ou maldade, e faz disso um modo de vida divertido e básico, seja você da espécie que for. O grande exemplo disso é a clássica cena de Kline tentando resistir ao som de “I Will Survive”, e a fita recitando para ele todos os movimentos que ele deveria fazer, caso ele fosse gay, ou caso ele fosse homem.

A trilha sonora só pode ser ao som da disco dos anos 70 mesmo, com direito a Macho Man e tudo mais, além disso, a acertada escolha do elenco contribuiu bastante para os bons momentos desta despretensiosa, porém feliz comédia. Joan Cusack está sensacional como a noiva do personagem de Kline, além do que no final vira um casal, já que Kline e Selleck vão muito bem em seus personagens e proporcionam ótimos momentos ao espectador. Destaque negativo apenas para o sempre chato Matt Dillon.

Encarar Será Que Ele É? Em dias mais nebulosos ou coisa desse tipo, certamente não fará bem ao espectador, já que o filme é totalmente desprovido de sentido crítico ou de um caráter mais intelectual, pode mos dizer assim. A verdade, é que esta fita tem o simples objetivo de alegrar e de divertir, e ao seu modo consegue isso; não se pode esconder isso, o certo é que estamos diante de um dos melhores produtos do gênero Sessão Da Tarde.


NOTA: 7,5