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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

VICKY CRISTINA BARCELONA



Ficha Técnica

Título Original:Vicky Cristina Barcelona
Gênero:Drama
Duração:96 min
Ano De Lançamento:2008
Site Oficial:http://www.vickycristina-movie.com/
Estúdio:Mediapro / Gravier Productions / Antena 3 Films
Distribuidora:The Weinstein Company / MGM / Imagem Filmes
Direção: Woody Allen
Roteiro:Woody Allen
Produção:Letty Aronson, Stephen Tenenbaum e Gareth Wiley
Fotografia:Javier Aguirresarobe
Direção De Arte:Iñigo Navarro
Figurino:Sonia Grande
Edição:Alisa Lepselter
Efeitos Especiais:Big Film Design


Elenco

Javier Bardem (Juan Antonio)
Scarlett Johansson (Cristina)
Rebecca Hall (Vicky)
Penélope Cruz (Maria Elena)
Chris Messina (Doug)
Patricia Clarkson (Judy Nash)
Kevin Dunn (Mark Nash)
Julio Perillán (Charles)
Pablo Schreiber (Ben)
Carrie Preston (Sally)
Zak Orth (Adam)
Abel Folk (Jay)
Josep Maria Domenech (Julio Josep)
Christopher Evan Welch (Narrador)


Sinopse

Vicky (Rebecca Hall) e Scarlett Johansson (Cristina) são amigas e passam férias em Barcelona. Vicky está noiva e é sensata nas questões do amor. Cristina é pura emoção e movida a paixão. Durante uma exposição de arte, as duas se encantam pelo pintor Juan Antonio (Javier Bardem), que as convida mais tarde, durante um jantar, para uma viagem. O que elas não sabiam é que o galante sedutor mantém um relacionamento problemático com sua ex esposa Maria Elena (Penélope Cruz). E as coisas ainda ficam piores porque as duas, cada uma de sua forma, se interessam por ele, dando início a um complicado "quadrado" amoroso.


Premiações

- Ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Penélope Cruz)
- Ganhou o Globo De Ouro de Melhor Filme - Comédia/Musical, além de ser indicados nas categorias de Melhor Ator - Comédia/Musical (Javier Bardem), Melhor Atriz - Comédia/Musical (Rebecca Hall) e Melhor Atriz Coadjuvante (Penélope Cruz);
- Ganhou o Bafta de Melhor Atriz Coadjuvante (Penélope Cruz);
- Ganhou o Independent Spirit Awards de Melhor Atriz Coadjuvante (Penélope Cruz) e Melhor Roteiro. Foi indicado també na categoria de Melhor Ator (Javier Bardem);
- Indicado ao Goya de Melhor Atriz Coadjuvante (Penélope Cruz);



CRÍTICA


Durante muito tempo o nome Woody Allen causava furor, levava milhares ao cinema e fazia críticos vibrarem com a iminência de mais uma obra-prima do cinema, só que infelizmente esta época já passou, e o diretor parece ter entrado em uma crise das bem grandes, quase tão grande quanto a do gênero que sempre defendeu e elevou como grande.

Não sei muito bem explicar o que aconteceu com o diretor, mas o fato é Allen precisa se renovar. Seu estilo está um pouco batido, e sem seus lampejos de gênio, tudo fica muito igual. Aquelas sensações que tínhamos de que aquilo que estava acontecendo na tela fazia parte de nós, e que poderia acontecer conosco a qualquer momento, que sempre foi o grande trunfo do diretor não existe mais, e tudo passa ser meras bobagens jogadas a situações inesperadas.

Confesso que até gostei um pouco de O Sonho De Cassandra, mas a crítica em geral preferiu este aqui: Vicky Cristina Barcelona. Considerado por muitos o melhor Woody Allen em anos, a história de um "quadrado" amoroso protagonizado por um pintor malicioso, uma ex-atual namorada histérica, uma mulher que está prestes a se casar e uma jovem totalmente sem rumo, se impõe muito mais pela impossibilidade real da coisa, do que pela sua qualidade em si.

Pode até ser que Vicky Cristina Barcelona tenha algumas coisas boas, como o bom trabalho de direção de arte e fotografia, e a trilha sonora bem centrada e que acompanha o tema do filme, cheios de citações e declarações a cidade de Barcelona. Allen até está bem com a câmera nas mãos e consegue gerar algumas situações engraçadas e polivalentes, mas ainda é muito pouco, pelo menos para mim. O roteiro peca pelos exageros e pela presunção podemos dizer; já que a história parece querer mostrar a você que ela é boa e pronto, e que você só está ali para apreciar algo que é bom por si só.

Bardem me desapontou um pouco, e não chega nem perto das interpretações de Mar Adentro e de Onde Os Fracos Não Têm Vez, realmente ele está bem contido e nem um pouco a vontade, mesmo assim consegue ser o melhor do elenco. Não consigo ver todo esse auÊ que fizeram na atuação de Penélope Cruz, inclusive dando a ela o Oscar de atriz coadjuvante, não vi e não encontrei nada demais em sua atuação, pelo contrário, achei extremamente exagerada e com excessivas caretas e tiques que eu já vi em outros filmes. Johansson parece que está o tempo inteiro bêbada de tão vaga que está.

Agora, o grande problema desta fita é na verdade uma pergunta: Qual o seu sentido? Não dá pra captar no filme o argumento de Allen, o que ele quer nos passar, o que ele pretende com a realização da fita. O filme não é crítico, não é psicologicamente, nem fisicamente, nem intelectualmente tocante, trocando em miúdos, o filme não tem objetivo, é apenas uma história, que parece ter sido feita em um final de tarde fraco de inspiração. A verdade é que Allen parece ter feito um começo, o desenvolveu, mas em nenhum momento chegou perto de encontrar um fim. Se colocarmos em evidência a premissa de que todas as nossas ações possuem um fim, por menor ou mais sem sentido que seja, Vicky Cristina Barcelona, não adquire o status de ação, já que não tem fim, ele acaba do mesmo jeito que começou, sem lhe causar nada.

Depois de tudo isto resta a dúvida, em que sessão colocá-lo? O filme é médio para ruim, mas vale tentar uma conferida para verificar se não é viagem minha, já que a fita tem muitos e muitos fãs, mas pense bem antes,e mesmo se tratando de uma fita de Woody Allen vale uma reflexão antes de gastar seu dinheiro com ela.

NOTA: 6,0

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO



Ficha Técnica

Título Original:The Boy in the Stripped Pyjamas
Gênero:Drama
Duração:94 min.
Ano De Lançamento:2008
Site Oficial:http://www.boyinthestripedpajamas.com/
Estúdio:BBC Films / Miramax Films / Heyday Films
Distribuidora:Miramax Films / Buena Vista International
Direção: Mark Herman
Roteiro:Mark Herman, baseado em livro de John Boyne
Produção:David Heyman
Música:James Horner
Fotografia:Benoît Delhomme
Direção De Arte:Mónica Esztán, Rod McLean, Razvan Radu e Szilvia Ritter
Figurino:Natalie Ward
Edição:Michael Ellis


Elenco

Asa Butterfield (Bruno)
Zac Mattoon O'Brien (Leon)
Domonkos Németh (Martin)
Henry Kingsmill (Karl)
Vera Farmiga (Mãe)
David Thewlis (Pai)
Cara Horgan (Maria)
Amber Beattie (Gretel)
László Áron (Lars)
Béla Fesztbaum (Schultz)
Attila Egyed (Heinz)
Rupert Friend (Tenente Kotler)
David Hayman (Pavel)
Jack Scanlon (Schmuel)
László Nádasi (Isaak)


Sinopse

Alemanha, 2ª Guerra Mundial. Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista que assume um cargo em um campo de concentração. Isto faz com que sua família deixe Berlim e se mude para uma área desolada, onde não há muito o que fazer para uma criança de sua idade. Ao explorar o local ele conhece Shmuel (Jack Scanlon), um garoto aproximadamente de sua idade que sempre está com um pijama listrado e do outro lado de uma cerca eletrificada. Bruno passa a visitá-lo frequentemente, surgindo entre eles uma amizade.



CRÍTICA


Muito legal quando um filme de surpreende de maneira positiva, pena que isso acontece cada vez menos, entretanto acontece, e estamos diante de um caso desses, já que O Menino Do Pijama Listrado é realmente um filme muito bonito e tocante, sem ser meloso e por que não dizer idiota.

O cenário é o já conhecido e explorado nazismo na época da Segunda Guerra Mundial, e é lógico que O Menino Do Pijama Listrado não é o melhor filme sobre o tema, e nem mesmo é o melhor quando envolve-se crianças e coisas do tipo, já que nesse quesito (apesar de diferentes), O Tambor parece imbatível. Além disso, a fita possui algumas falhas, afinal , por menor que fosse o campo de concentração, a vigilância ferrenha que estes possuíam jamais permitiriam as visitas e a manutenção da amizade entre os dois, mas esta não me parece ser a questão central.

A verdade, é que O Menino Do Pijama Listrado, trabalha o tempo inteiro com a luta entre a visão pessoal e a verdadeira realidade, seja com a amizade dos meninos, seja com a fissura que a menina incorpora por Hitler, ou mesmo nas relações entre marido e mulher e destes para com o movimento e seus filhos. Tudo gira em torno do " o que eu acredito, ou interpreto" contra " o que realmente é". Quase que uma luta entre o bem e o mal, um dualismo entre ficção e realidade, que tem seu auge principalmente na visão que o Bruno, o menino alemão tem do campo de concentração e da idéia dele sobre o velho judeu que trabalha em sua casa.

Tecnicamente falando, o filme é muito bem conduzido pelo diretor Mark Herman (que eu particularmente não conhecia, ou pelo menos não me lembro de imediato de nenhum outro filme dele), e o roteiro é muito bem escrito, todavia, eu não li o livro em que se baseou a fita, então não vou tentar adentrar muito neste âmbito. Gosto da fotografia, com tons claros, que de certo modo inovam, já que em filmes sobre nazismo normalmente a fotografia tenta chocar mais, enquanto esta parece querer brilhar ou coisa do tipo. As atuações são interessantes,e o menino Jack Scanlon me agrada muito no papel do judeu Schmuel, já que seu personagem me parece ser ujma síntese entre essa luta da inocência com a realidade, já que ele possui um pouco dos dois.

O filme é realmente bonito, emocionante e devido ao seu final no meu ponto de vista surpreendente e de excessiva, porém encaixada carga dramática, o Menino Do Pijama Listrado se torna uma das boas opções de cinema que chegaram às nossas mãos nos últimos anos, já que a fita desperta sensações, cria condutas e instiga reflexões, coisa muita rara em uma fita hoje, e mesmo tratando de uma tema já saturado pela sétima arte, o filme consegue ter lá sua dose de originalidade, o que só aumenta seus méritos.

NOTA: 8,5

sábado, 14 de novembro de 2009

O PAGADOR DE PROMESSAS



Ficha Técnica

Título Original:O Pagador de Promessas
Gênero:Drama
Duração:95 min.
Ano de Lançamento:1962
Estúdio:Cinedistri / Produções Francisco de Castro
Distribuidora:Lionex Films Inc. / Embrafilme
Direção: Anselmo Duarte
Roteiro:Anselmo Duarte, baseado em peça teatral de Dias Gomes
Produção:Francisco de Castro e Oswaldo Massaini
Música:Gabriel Migliori
Fotografia:H.E. Fowle
Direção de arte:José Teixeira de Araújo
Edição:Carlos Coimbra


Elenco

Leonardo Villar (Zé do Burro)
Norma Bengell (Marli)
Glória Menezes (Rosa)
Dionísio Azevedo (Padre Olavo)
Geraldo Del Rey (Bonitão)
Roberto Ferreira (Dedé)
Othon Bastos (Repórter)
Maria Conceição (Tia)
Antônio Pitanga (Coca)
Canjiquinha
João Desordi (Detetive)
Américo Coimbra


Sinopse

Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com oc afetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.


Premiações

- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
- Ganhou a Palma de Ouro, no Festival de Cannes.



CRÍTICA



Todo mundo sabe que eu não sou um grande fã do cinema nacional, muito pelo contrário, sou na verdade um grande crítico, pois acredito faltar ao cinema nacional uma ambição, que torna a frieza e mesmice dos filmes algo imperdoável. Entretanto, admito que existam algumas pouquíssimas exceções a esta regra, e aí sim, os brazucas até conseguem produzir alguns bons filmes. Decidi então, para fazer aparecer pela primeira vez no blog um filme nacional, lhes escrever sobre aquele que acredito ser o melhor dos petardos nacionais quando o assunto é a produção de filmes.

Me lembro de ter assistido a este filme no colegial, e assim como faço com qualquer filme nacional, já "torci o nariz" quando soube de sua origem, todavia, eis que sou pego de surpresa e me deparo com um filme muito bom, e que vai contra a minha grande crítica ao cinema nacional: O Pagador De Promessas tem ambição.

Eu concordo com alguns críticos de que o filme possui alguns defeitos, entre eles o fato de a produção ser bem fraca, algumas atuações não se encaixarem muito bem e que a direção do recém-falecido Anselmo Duarte é bem nula e instável, agora o ponto central do filme e o que o transforma em um clássico não tem nada a ver com o aparato técnico que o envolve, já que este realmente é fraco.

O Pagador De Promessas, é crítico e direto, sem parecer exagerado e sem se envolver em um "brasileirismo" que atinge a alguns e deixa outros totalmente de fora. O filme acaba representando todo tipo de pessoa, desde o sertanejo simples, a pessoas curiosas, aproveitadoras, compreensíveis, hipócritas e ignorantes, vemos uma miscelânea de características, enquanto que a história simples de um homem que quer pagar a promessa, pois seu burro foi salvo, entrando em uma igreja carregando uma cruz, não se cumpre.

Logicamente, que o alvo de Anselmo era bem mais uma crítica a igreja e ao sensacionalismo desnecessário (se é que esta expressão não acaba como um pleonasmo) que algumas situações totalmente simples de se resolver, podem gerar única e exclusivamente pelo exagerado, pela ignorância, e pelo modo absurdo como algumas pessoas levam e se portam em determinadas situações.

Não há como negar, O Pagador De Promessas é um dos grandes do cinema nacional, um clássico obrigatório, que o destaca entre os poucos filmes nacionais que vale seu dinheiro e seu tempo, e com certeza um dos poucos filmes nacionais que ocuparia um lugar na sessão Para Ver aqui no blog.

NOTA: 9,5

sábado, 7 de novembro de 2009

GUERRA DOS MUNDOS



Ficha Técnica

Título Original:War of the Worlds
Gênero:Ficção Científica
Duração:116 Min
Ano De Lançamento:2005
Site Oficial:http://www.waroftheworlds.com/
Estúdio:DreamWorks SKG / Paramount Pictures / Amblin Entertainmnt / Cruise/Wagner Productions
Distribuidora:DreamWorks SKG / Paramount Pictures / UIP
Direção: Steven Spielberg
Roteiro:David Koepp, baseado em livro de H.G. Wells
Produção:Kathleen Kennedy e Colin Wilson
Música:John Williams
Fotografia:Janusz Kaminski
Direção De Arte:Tony Fanning, Andrew Menzies, Tom Warren e Edward Pisoni
Figurino:Joanne Johnston
Edição:Michael Kahn
Efeitos Especiais:Industrial Light & Magic / Harlow Effects


Elenco

Tom Cruise (Ray Ferrier)
Justin Chatwin (Robbie Ferrier)
Dakota Fanning (Rachel Ferrier)
Tim Robbins (Ogilvy)
Miranda Otto (Mary Ann Ferrier)
David Alan Basche (Tim)
Yul Vazquez (Júlio)
Morgan Freeman (Narrador - voz)
James DuMont
Daniel Franzese
Ann Robinson
Channing Tatum


Sinopse

Ray Ferrier (Tom Cruise) é um homem divorciado que trabalha nas docas. Ele não se sente à vontade no papel de pai, mas precisa cuidar de seus filhos, Robbie (Justin Chatwin) e Rachel (Dakota Fanning), quando eles lhe fazem uma de suas raras visitas. Pouco após eles chegarem Ray presencia um evento que mudará para sempre sua vida: o surgimento de uma gigantesca máquina de guerra, que emerge do chão e incinera tudo o que encontra. Trata-se do primeiro golpe de um devastador ataque alienígena à Terra, que faz com que Ray pegue seus filhos e tente protegê-los, levando-os o mais longe possível das armas extra-terrestres.



CRÍTICA



Confesso que não tinha menor idéia de que filme colocar aqui no blog nesta rara oportunidade que tive hoje para atualizá-lo, quando recebi um sinal hehehe. Chegando a minha casa, encontrei um dos camaradas que moram na República comigo assistindo a este filme, sendo que o mesmo me fez a seguinte pergunta, esse Guerra dos Mundos é bom? E respondi prontamente: Não! E o porquê desta minha resposta é o que vocês lerão a partir de agora.

Ser um gênio deve ser algo complicado, pois como exige uma capacidade muito rara e peculiar, esta mesma capacidade não se faz presente nas pessoas em todos os momentos, ou seja, é difícil ser um gênio a todo o momento. Entretanto, o gênio sempre será cobrado pelos meros mortais, para criar obras geniais, e como eu me encaixo entre os meros mortais e considero Spielberg um gênio, eu o cobro como gênio, e em Guerra Dos Mundos ele não só deixou a genialidade em casa, como também parece ter deixado o bom senso e arte de fazer cinema também. É impossível não notar os problemas gigantes que o filme possui, principalmente em seu andamento e em sua desenvoltura junto ao espectador. Spielberg é lento com a câmera, e as cenas de ação e aventura perdem muita força com isso, e se unem a uma mescla de suspense e terror que não encaixam e acabam gerando uma sensação esquisita no espectador, definindo o esquisito aqui como ruim.

A adaptação do livro de H.G. Wells acabou ficando até interessante, já que o roteiro consegue afirmar bem a idéia e os argumentos do livro, mas o que nos já dissemos acima, aliado a um final totalmente desfigurado e mal explicado, transformam esta versão atual, em um filme bem inferior à versão de 1.953, que apesar de ter se tornado um ícone do cinema cult, também não é lá um filme muito bom.

O elenco se apóia na figura de Tom Cruise, que por incrível que pareça não está mal no filme, e tenta de todas as maneiras salvar um pouco a pele de Spielberg, todavia, esbarra logo ao seu lado Justin Chatwin que vai muito mal no papel do filho de Cruise e da irreconhecível e exagerada Dakota Fanning no papel da filha; e olha que eu realmente acreditava que essa menina tinha talento. Vale lembrar também a participação de Tim Robbins como o enigmático Ogilvy.

Logicamente que os efeitos especiais impressionam, ainda mais quando falamos de Spielberg fazendo ficção científica, basta ver E.T – O Extraterrestre ou Contatos Imediatos de Terceiro Grau, mas ao contrário dos dois filmes citados anteriormente, Guerra dos Mundos é um filme perdido, incompleto e muito , mais muito abaixo da genialidade e inspiração que Spielberg pode dar tanto ao cinema quanto aos telespectadores, para sintetizar minha decepção com esse filme em uma frase, basta apenas dizer : “ Um erro imperdoável”.

Não perca seu tempo com este filme não, afinal na sessão do próprio Spielberg aonde quer que você vá, seja em uma loja de DVD´s, em uma locadora, em um camelô (hehehehe), você vai encontrar no mínimo uns 15 filmes que são obrigatórios para qualquer cinéfilo ou apreciador estético na sétima arte, e não, eu não estou exagerando, basta ver a filmografia deste gênio chamado Steven Spielberg para comprovar tudo o que eu disse nesta crítica, tanto sobre sua genialidade quanto sobre o caráter decepcionante deste Guerra Dos Mundos.

NOTA: 3,5