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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

OS 25 MELHORES FILMES DA DÉCADA

Pois é, um ano se passou, e eis que completamos nosso primeiro aniversário. É isso aí, o ICENEMA completa um aninho de vida e para comemorar, resolvi publicar a mais audaciosa de minhas postagens até o momento: OS 25 MELHORES FILMES DA DÉCADA.

Em primeiro momento seriam 10, mas resolvi aumentar para diferenciar um pouco. O critério foi simples: os 25 filmes que mais me marcaram nestes anos 2.000. Alguns deles podem até não estarem na lista de muitos críticos ou até mesmo de nós fãs e cinéfilos perdidos ao mundo, mas são fitas extremamente competentes e marcantes. Lógico que muitos bons filmes ficaram de fora, mas quando montei a lista, fiz de forma aleatória e simples, ou seja, estes foram os primeiros 25 que vieram a minha mente, logo se existem outros que não lembrei entre os primeiros 25, julguei que eles não haviam me marcado tanto assim, e não deveriam desse modo figurar entre os escolhidos. Mas é isso então, fiquem a vontade para contestar e comentar e se quiserem podem até me enviar listas próprias que eu publico sem problema algum.

Agradeço a todos os que visitaram o blog neste ano que passou e espero que possam mais uma vez contrbuir comigo neste segundo ano de atividades que se incia. Muito obrigado e vamos aos escolhidos:


25º Peixe Grande E Suas Histórias Maravilhosas (EUA - 2.003)


Pode até não ser o melhor filme de Tim Burton, mas é com certeza o mais plástico, simples e belo; de uma maneira que apenas um bonito contador de histórias pode gerar. Emocionante e mágico como todo filme deveria ser. Escolha pessoal, mas em minha opinião obrigatória.








24º A Vida Secreta Das Palavras (Espanha – 2.005)

Drama de grande força e sensibilidade, que lida com grandes e poderosas emoções. Tim Robbins e Sarah Polley fazem um trabalho sensacional no encontro de duas personalidades diferentes que se conectam por dramas pessoais, sejam eles passados ou presentes, e que acabam por se unir e batalhar contra eles.








23º A Encantadora De Baleias (Nova Zelândia/Alemanha – 2.002)

O resgate de tradições perdidas, a busca pela identidade de um povo antigo em meio às mudanças modernas e a força da inocência e da vontade de viver aquilo que é; todos esses elementos fazem de A Encantadora De Baleias um dos grandes momentos do cinema dos anos 2.000.








22º Guerra Ao Terror (EUA – 2.009)

Impossível deixar de fora este achado do cinema do ano que passou. Guerra Ao Terror é cru e duro como um filme realmente realista de guerra deve ser. Preciso e firme, a fita nos leva para dentro de toda a loucura que é a guerra e seus envoltos, mostrando que a realidade pode ser difícil, e que mesmo em minoria existem aqueles que vêem nela a razão de sua existência.







21º O Fabuloso Destino De Amèlie Poulain (França – 2.001)

É a comédia romântica da década. Diferente, divertida e simpática em todos os pontos possíveis, a fita tem a brilhante interpretação de Audrey Tautou como ponto chave e toda a inteligência de um roteiro sagaz para criar um filme de rara beleza e entretenimento.








20º A Vila (EUA – 2.004)

Contestado e criticado por muitos, este suspense de M. Night Shyamalan é de um brilhantismo oculto e por isso de pouca assimilação. Trabalha com o medo do ser humano de uma forma única e o coloca como mestre de todas as atitudes de um pequeno e isolado vilarejo, mostrando toda a limitação que o medo pela falta de conhecimento pode gerar.







19º Os Outros (Espanha/França/EUA – 2.001)

Suspense de extrema felicidade, aliando boas atuações, excelente produção artística e um roteiro extremamente inteligente e imprevisível para criar uma sensação de fobia e medo poucas vezes vista nos últimos tempos. Nicole Kidman está impressionante e o diretor Amenábar não poderia ter sido mais feliz em sua direção, alie tudo isso a um dos melhores finais dos últimos anos e sua presença nesta lista está mais que justificada.






18º Moulin Rouge – Amor Em Vermelho (Austrália/EUA – 2.001)

Reinventar aquele que foi por muito tempo o gênero mais querido do cinema parecia uma tarefa quase impossível, até que surgiu Baz Luhrmann e seu Moulin Rouge, virando de cabeça para baixo o gênero e trazendo de volta toda a magia que somente os musicais conseguem criar.








17º Wall-E (EUA – 2.008)

Wall-E é diferente, sensível e único. Personagens carismáticos e encaixados na trama, roteiro inteligente e crítico, trilha sonora cativante, além de toda uma nova maneira de criar animação, com poucos diálogos, tornando o visual mais importante que qualquer coisa, transformam Wall-E na melhor animação da década.







16º Deixa Ela Entrar (Suécia – 2.008)

O melhor filme a aparecer em nosso país no ano de 2.009 é também uma das mais emocionantes e originais histórias dos últimos tempos. O filme embeleza o horror de uma maneira muito cativante e ultrapassa várias barreiras nos clichês do cinema atual, mostrando mais uma vez toda a força do cinema escandinavo.








15º Réquiem Para Um Sonho (EUA – 2.000)

Aronofsky faz uma viagem pelo submundo dos vícios e da mente perturbada das pessoas envolvidas nos mesmos e nos mostra tudo de uma forma bem dura e cruel, utilizando para isso toda a tecnologia de direção e edição para aumentar seus propósitos quanto ao espectador. Chocante sem ser apelativo, Réquiem Para Um Sonho é de longe um dos grandes filmes da década.







14º A Queda – As Últimas Horas De Hitler (Alemanha/Itália/Áustria – 2.004)

O filme que fez você, pelo menos por um minuto de sua vida, ter pena de Adolf Hitler. O filme que cravou outro imaginário sobre o nazismo. O filme que nos mostrou Hitler e seu lado humano, e o nazismo na visão dos nazistas. Um filme único e que mais uma vez nos faz ver que toda história só é bem contada quando contada por todas as partes nela envolvidas.







13º O Senhor Dos Anéis – O Retorno Do Rei (Nova Zelândia/EUA – 2.003)

O filme favorito de milhões de pessoas, e uma das mais brilhantes histórias já escritas pelo homem. O Senhor Dos Anéis é um marco, e já influencia vários filmes todos os anos. Blockbusters também podem ser bons filmes e esta fita prova isso, querendo ou não, a presença de um dos três membros da trilogia é obrigatória em qualquer lista deste tipo.







12º Maria Cheia De Graça (Colômbia – 2.004)

Filme emocionante e chocante sobre a realidade das mulheres que se envolvem no tráfico de drogas na Colômbia para dessa forma conseguirem uma melhora na vida. Catalina Sandino Moreno encantou o mundo com sua atuação e o filme encheu os olhos de platéias que até então não conseguiam imaginar que esse tipo de coisa podia realmente existir. Simplesmente histórico.







11º Terra De Ninguém (Bélgica – 2.001)

Dura crítica a guerra e a mídia pautadas em um roteiro extremamente original e competente. O filme consegue gerar grande tensão e explora a dramaticidade da relação entre os soldados dos dois lados da guerra, para mostrar que na verdade não há vencedor, mas apenas uma completa e dura derrota.








10º Pequena Miss Sunshine (EUA – 2.006)

É difícil encontrar um filme mais cativante e simpático que Pequena Miss Sunshine nos últimos anos do cinema mundial. O filme é um misto de tudo aquilo que é necessário para criar uma grande fita. Boa direção, boa produção, atores comprometidos e em boas atuações e principalmente um roteiro perspicaz e original; a fórmula mágica colocada em prática da melhor maneira possível.







9º Elefante (EUA – 2.003)

O massacre da escola de Columbine e toda a paranóia que os estadunidenses criam quando o assunto é armas levados às telas de uma forma simples e calma, analisando e nos mostrando todos os pontos de vistas possíveis. O filme é um achado, e feliz daqueles que conseguem compreender e viver Elefante em tudo aquilo que ele pode nos proporcionar.







8º Dançando no escuro (Dinamarca – 2.000)

Somente aqueles que viram conseguem explicar o efeito que este filme causa nas pessoas. Filmado de uma maneira bem singular por Lars Von Trier, este musical dramático, relata de forma muito perturbadora as injustiças do mundo, e como elas alcançam a todos. Para muitos, a fita é de um pessimismo exagerado, eu já prefiro dizer que ela é de um realismo exagerado.







7º Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças (EUA – 2.004)

O ser humano e suas paixões e emoções e a tentativa de usar a tecnologia para dominá-las e usá-las a nosso favor. O filme é de uma felicidade indescritível e mostra que aquilo que é nosso, deve permanecer conosco, por que tudo tem o seu lado bom, e eliminar algo, significa eliminar o lado bom também e se destruir ao mesmo tempo. Simplesmente incrível.







6º O Escafandro E A Borboleta (França- 2.007)

Julian Schnabel nos leva para dentro da mente e da vida de um homem que consegue movimentar o apenas o seu olho esquerdo e que deve aprender a conviver com isso. A forma como Schnabel dirige a fita é o diferencial deste intenso e poderoso drama sobre a superação do ser humano.








5º Ventos Da Liberdade (Irlanda/Inglaterra - 2.006)

Poucos filmes me tocaram como esta fita sobre as disputas eternas que envolvem Inglaterra e Irlanda. A história de dois irmãos que iniciam juntos a luta e depois se separam pela mesma, alcança um resultado incrível e nos gera um final sensacional, que mostra toda a crueldade e toda a agonia que este tipo de luta cria.







4º O Adversário (França – 2.002)

Talvez o mais polêmico item de minha lista seja esse controverso e polêmico drama francês. O filme é extremamente perturbador e o motivo disso é simples: todos mentem, mas quando encontram a mentira em seu auge se assustam. O filme retrata a mentira como um modo de vida, levando o personagem central a qualquer atitude para mantê-lo. Chocante e brilhante.







3º A Vida Dos Outros (Alemanha – 2.006)

Para muitos este é o filme da década, e não é por acaso não, já que estamos diante de um filme como poucos. A psicopatia da Alemanha Oriental (quando ainda existia) nunca havia sido tão bem mostrada e escancarada para os outros. Tudo é muito bem executado e muito certinho e em vários momentos é até difícil acreditar que tudo aquilo realmente acontecia.







2º O Labirinto Do Fauno (México/Espanha – 2.006)

Triunfo de Guillermo Del Toro contra os clichês e as idiotices estabelecidas no gênero de fantasia nos anos 2.000. O Labirinto do Fauno é uma viagem àquilo que todos nos possuímos de mais presente em nossas vidas: o conflito e como amenizá-lo. Seja de qual ordem for, o modo como o ser humano vive em pluralidade e cria mundos imaginários para responder a todos eles. Reais ou não, fazem parte de nós assim como um filme tão extraordinário como este.






1º Sangue Negro (EUA – 2.007)

Já havia dito aqui: Sangue Negro é o filme da década. O filme pode até não ser muito popular nem muito acessível, mas nada superou nos anos 2.000 a obra-prima de Paul Thomas Anderson. O homem e a síntese de suas podridões, personagens representando tudo aquilo que o homem pode vir a ser, quando levado pela ganância e pelo interesse. Um conto vibrante e cru, e que nos leva a meditações intermináveis sobre até onde pode gerar este tal ser humano. Mais uma vez para não haver dúvidas: Sangue Negro é o filme da década.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

VIOLÊNCIA GRATUITA


Ficha Técnica

Título Original:Funny Games U.S.
Gênero:Ficção
Duração:111 min
Ano De Lançamento:2008
Estúdio:Celluloid Dreams / Lucky Red / Kinematograf / X-Filme / Halcyon Pictures / Tartan Films /
Distribuidora:California Filmes
Direção: Michael Haneke
Roteiro:Michael Haneke
Produção:Hengameh Panahi, Douglas C. Steiner e Naomi Watts
música:
Fotografia:Darius Khondji
Direção De Arte:Hinju Kim
Figurino:David C. Robinson
Edição:Monika Willi


Elenco

Naomi Watts (Ann)
Tim Roth (George)
Michael Pitt (Paul)
Brady Corbet (Peter)
Devon Gearhart (Georgie)
Boyd Gaines (Fred)
Siobhan Fallon (Betsy)
Robert LuPone (Robert)
Linda Moran (Eve)
Susanne C. Hawke (Cunhada de Betsy)


Sinopse

Uma família em férias recebe a inesperada visita de dois jovens profundamente perturbados em sua casa de campo, aparentemente calma e tranquila. A partir de então suas férias de sonhos se transformam em pesadelo.



CRÍTICA


Já fazia algum tempo que haviam me pedido uma crítica deste filme, mas só agora criei coragem para fazê-la (preguiça é phoda), mas isso também se deve a outro ponto, que a minha falta de apreciação da fita em questão, já que Violência Gratuita definitivamente é um filme que não me agradou, e os motivos disso explicarei a vocês logo em seguida.

Pode ser ignorância minha ou alguma outra coisa, mas pra dizer bem a verdade eu não entendi muito bem qual é a desse filme; tudo bem, eu entendo as questões relacionadas ao que chama de ultra-violência e tudo mais, mas esta fita tem momentos muito ruins e chatos, sem contar que a criatividade aqui é totalmente nula.
Os caras chegam do nada, começam a torturar a família do nada, e saem do nada, a sinopse do filme pode ser resumida a isso; um ato de tortura a uma família aparentemente sem motivo algum. Dito isto, vale frisar que em alguns momentos parece que a fita vai nos dar alguma pista do por que aquilo acontece ou coisa assim, mas isso é apenas achismo do espectador, já que o motivo não vem.

Michael Haneke é um diretor impressionante, mas não aqui. Sua direção é chata, preguiçosa e tediosa, sendo que são raros os momentos de movimentos da câmera, sendo que em sua maioria Haneke parece sentá-la em seu joelho e deixá-la mofar ali, pois o negócio é estático e você fica olhando, às vezes para pessoas, às vezes para uma parede e a coisa vai assim, sem ação nenhuma.

O trabalho de direção de arte e fotografia é bisonhamente "chupado" da clássica Laranja Mecânica, e não tem vergonha nenhuma em mostrar isso na tela. Proposital? Lógico, não há outra explicação, mas aí a fita tem que arcar com as comparações e temos um produto bem inferior, sem a genialidade de Kubrick e sem a força de um roteiro perfeito como o do clássico maior da ultra-violência.

Como se não bastasse, o filme tem sérios problemas de andamento, sendo que nos momentos em que os dois jovens torturados não estão em cena, tudo fica muito chato. O filme fica meia hora (isso mesmo, meia hora) só parado na ação do casal central  tentando escapar das amarras e secando o celular para fugir de uma vez por todas daquilo, antes de serem capturados novamente e continuar o martírio, ou seja, se você dormir quando o filme estiver perto de sua uma hora de duração e acordar com uma hora e vinte minutos, posso lhe garantir que nada será perdido.

O elenco não prejudica, com destaque para Michael Pitt, extremamente irônico e em vários momentos engraçado no modo como leva toda aquela cena bizarra de violência e de bestialidade sem fundamento na frente do espectador. Além disso, Pitt e Haneke conseguem uma coisa preocupante para dizer a verdade, já que é quase impossível não se cativar com os torturadores, já que eles são bem mais empolgantes do que o casalzinho oprimido e sofrido. Em outras palavras, se existe algo que esta fita possui de interessante, é o fato de levar o espectador a torcer pelo vilão, e não sentir pena alguma da família torturada, ou seja, ele leva o espectador para dentro da mente e do modo de agir da ultra-violência, o espectador se sente parte daquilo; pena que isso não dura o filme todo.

Enfim, o filme tem muitos admiradores e provavelmente as pessoas tem seus motivos para isso, agora eu aconselho a uma reflexão um pouco mais profunda antes de encara esta fita, que possui momentos interessantes unidos a momentos incrivelmente chatos e maçantes. Filmes mais chocantes que este tem aos montes por aí, agora se você optar por este aqui, que você consiga enxergar aquilo que eu não consegui, já que, ao contrário do que acontece na fita, na vida real não existe um controle remoto para retornar e corrigir algo que você não queria que acontecesse (digno de risadas, uhauauhuahuauhauh),



NOTA: 5,0

VENCEDORES DO BAFTA 2010

Eis que saiu então os vencedores do chamado " Oscar Britânico", que é facilmente um dos mais prestigiados prêmios que envolve a sétima arte, e podemos dizer que tivemos algumas surpresas, principalmente no mais valioso dos prêmios, no caso o de melhor filme, que não foi para Avatar e que gera uma inquietação para a entrega do Oscar no próximo dia 7. Se antes eu achava que Avatar tinha 98% de chances contra 2% de Guerra Ao Terror, hoje acho que isso já mudou, e dou 10% de chances para o segundo. Ainda acho que dá Avatar na premiação do Oscar, mas depois do Bafta e das ótimas críticas, Guerra Ao Terror já não seria uma zebra tão grande assim, e como faz tempo que a academia não apronta das suas.
Bom, especulações deixadas de lado, vamos para os vencedores de 2010:


MELHOR FILME
Guerra ao Terror

MELHOR DIRETOR
Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror)

MELHOR ATOR
Colin Firth (Direito de Amar)

MELHOR ATRIZ
Carey Mulligan (Educação)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Christoph Waltz (Bastardos Inglórios)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Mo’Nique (Preciosa)

MELHOR FILME BRITÂNICO
Fish Tank

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Un Prophète (França)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Up – Altas Aventuras

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Guerra ao Terror

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Amor Sem Escalas

MELHOR FOTOGRAFIA
Guerra ao Terror

MELHOR MAQUIAGEM
The Young Victoria

MELHOR FIGURINO
O Brilho de uma Paixão

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Avatar

MELHOR SOM
Guerra ao Terror

MELHOR EDIÇÃO
Guerra ao Terror

MELHOR TRILHA SONORA
Up – Altas Aventuras

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
Avatar

MELHOR CURTA-METRAGEM
I Do Air

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Mother of Many

MELHOR REVELAÇÃO
Duncan Jones – Lunar

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O NEVOEIRO


Ficha Técnica

Título Original:The Mist
Gênero:Terror
Duração:126 min
Ano De Lançamento:2007
Site Oficial:http://www.themist-movie.com/
Estúdio:Dimension Films / Darkwoods Productions
Distribuidora:Dimension Films / MGM / The Weinstein Company / Paris Filmes
Direção: Frank Darabont
Roteiro:Frank Darabont, baseado em livro de Stephen King
Produção:Liz Glotzer e Frank Darabont
Música:Mark Isham
Fotografia:Ronn Schmidt
Direção De Arte:Alex Hajdu
Figurino:Giovanna Ottobre-Melton
Edição:Hunter M. Via
Efeitos Especiais:LOOK! Effects / CaféFX / K.N.B. effects Group / Digital Dream / RotoFactory / HimAnl Productions


Elenco

Thomas Jane (David Drayton)
Marcia Gay Harden (Sra. Carmody)
Laurie Holden (Amanda Dumfries)
Andre Braughter (Brent Norton)
Toby Jones (Ollie Weeks)
William Sadler (Jim)
Jeffrey DeMunn (Dan Miller)
Frances Sternhagen (Irene Reppler)
Nathan Gamble (Billy Drayton)
Alexa Davalos (Sally)
Chris Owen (Norm)
Sam Witwer (Recruta Jessup)
Robert C. Treveiler (Bud Brown)
David Jensen (Myron)
Andy Stahl (Mike Hatlen)
Buck Taylor (Ambrose Cornell)
Brandon O'Dell (Bobby Eagleton)
Jackson Hurst (Joe Eagleton)


Sinopse

Após uma violenta tempestade devastar a cidade de Maine, David Drayton (Thomas Jane) e Billy (Nathan Gamble), seu filho de 8 anos, correm rumo ao supermercado, temendo que os suprimentos se esgotem. Porém um estranho nevoeiro toma conta da cidade, o que faz com que David, Billy e outras pessoas fiquem presas no supermercado. Logo David descobre que há algo de sobrenatural envolvido e que, caso deixem o local, isto pode ser fatal.



CRÍTICA


Bom, dessa vez acabei optando por um filme que saiu há uns dois anos atrás se muito não me engano, e se trata do último trabalho do competente diretor Frank Darabont, e mais uma vez amparado por um roteiro, que também tem sua participação, baseado em uma obra, no caso aqui um conto, de seu amigo pessoal e já duas outras vezes colaborador Stephen King. Entretanto dessa vez existe uma pequena mudança, já que Darabont se utiliza de uma história de King que se encaixa mais na parte do terror e suspense, enquanto que anteriormente preferiu filmar histórias um pouco mais puxadas para o drama.

Coisas como as ditas acima a parte, vamos para o que o filme em si nos traz. A história é bem típica de King, uma cidade pequena de interior, vários tipos de pessoas que quando percebem estão encarando algo juntas, e logicamente, este algo, é aquilo que vai dar todo o pilar da história e seus desdobramentos; agora o fato de O Nevoeiro ser mais uma “básica” história de King não muda em nada o resultado final, já que Stephen King consegue criar climas brutais de suspense e horror como ninguém.

Uma pacata cidade que de repente se vê cercada por um espesso nevoeiro, e que faz com que alguns dos habitantes fiquem trancafiados em um supermercado, já que segundo uma das pessoas que ali presa estava, este nevoeiro tem algo misterioso e assassino, o que será posteriormente comprovado pelos outros “seqüestrados”. Lá fora, monstros gigantes e mortais, liberados por um experimento militar secreto realizado nas áreas limítrofes da cidade, impedem as pessoas de saírem do local (no caso o supermercado) com vida.

Olhando por cima desse jeito, não parece nada demais certo? Certo; mas é aí que está o diferencial de King, já que toda esta parafernália narrada por mim acima, nada mais é, do que o pano de fundo para mais uma das duras análises que o escritor faz do ser humano e de sua capacidade de reação a situações de extremo risco de morte e desespero, e é isto também que transforma o filme de Darabont em algo interessante, já que o diretor segue King e se utiliza do “terror” em si apenas como pano de fundo, e dá ênfase a todo este arsenal da bestialidade humana.

A personagem de Marcia Gay Harden e o que ela provoca nas pessoas presas no supermercado é fascinante e preciso, e Darabont vai ao osso com ela, colocando-a quase que como um novo Messias, e transformando-a no grande trunfo e diferencial desta fita. A busca pelas respostas vê em vários momentos a incredulidade, a racionalidade, o fanatismo e a fé, sendo que todos vão caindo um por um, sem exceção, culminando em um final simplesmente impactante e por que não dizer imprevisível, pelo menos em sua maioria.

Darabont pesa um pouco sua câmera em alguns momentos, o que faz com que sua direção, mesmo competente, não tenha o mesmo brilho que teve principalmente no Cult Um Sonho De Liberdade. O elenco falha em alguns momentos, principalmente o secundário, e conseguimos encontrar atuações que por serem pequenas, soam displicentes, algo um pouco sem vontade. Além disso, acredito que em alguns momentos a aparição dos monstros poderia ser menos visível e crua, o que melhoraria o clima de suspense que o filme já consegue manter em bom nível.

“Pequenices” a parte, O Nevoeiro talvez não tenha agradado tanto, por ser tratar de um caminho diferente na parceria Darabont/King, mas não é um filme ruim, e consegue gerar boas sensações no espectador, principalmente quando busca se aprofundar no ser humano real e deixa de lado a questão do sobrenatural; logicamente que os dois andam unidos, agora Darabont mostra que o seu forte é o primeiro e não o segundo, e como ele parede saber disso, buscou o caminho certo, derrapou em uma curva aqui, rodou em outra ali, e pode até não ter vencido a corrida, mas a concluiu de forma competente.


NOTA: 8,5

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

DISTRITO 9


Ficha Técnica

Título Original:District 9
Gênero:Ficção Científica
Duração: 112 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://www.d-9.com/
Estúdio:WingNut Films / Key Creatives / QED International
Distribuidora:TriStar Pictures / Sony Pictures Releasing
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro:Neill Blomkamp e Terri Tatchell
Produção:Peter Jackson
Música:Clinton Shorter
Fotografia:Trent Opaloch
Direção De Arte:Emilia Rioux
Edição:Julian Clarke
Efeitos Especiais:Weta Digital / XYZ-RGB / The Embassy / Image Engine Design


Elenco

Sharlto Copley (Wikus Van De Merwe)
Jason Cope (Grey Bradnam)
Nathalie Boltt (Sarah Livingstone)
Sylvaine Strike (Dra. Katrina McKenzie)
Elizabeth Mkandawie (Entrevistadora)
John Summer (Les Feldman)
William Allen Young (Dirk Michaels)
Greg Melvill-Smith (Entrevistador)
Nick Blake (François Moraneu)
Jed Brophy (James Hope)
Louis Minnaar (Piet Smit)
Vanessa Haywood (Tania Van De Merwe)
Marian Hooman (Sandra Van De Merwe)
Vittorio Leonardi (Michael Bloemstein)
Mandla Gaduka (Fundiswa Mhlanga)
Johan van Schoor (Nicolas Van De Merwe)
Stella Steenkamp (Phyllis Sinderson)
Tim Gordon (Clive Henderson)
Hlengiwe Madlala (Sangoma)


Sinopse

Há 20 anos uma gigantesca nave espacial pairou sobre Joanesburgo, capital da África do Sul. Como estava defeituosa, milhões de seres alienígenas foram obrigados a descer à Terra. Eles foram confinados no Distrito 9, um local com péssimas condições e onde são constantemente maltratados pelo governo. Pressionado por problemas políticos e financeiros, o governo local deseja transferir os alienígenas para outra área. Para tanto é preciso realizar um despejo geral, o que cria atritos com os extra-terrestres. Durante este processo Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley), um funcionário do governo, é contaminado por um fluido alienígena. A partir de então ele se torna um simbionte, já que seu organismo gera algumas partes extra-terrestres. Com o governo desejando usá-lo como arma política, Wikus conta apenas com a ajuda do extra-terrestre Christopher para escapar.


Premiações

- Indicado ao Oscar nas categorias de: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhores Efeitos Especiais.
- Indicado ao Globo De Ouro de Melhor Roteiro.
- Indicado ao Bafta nas categorias de: Melhor Diretor - Neill Blomkamp, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte, Melhor Som, Melhor Edição, Melhores Efeitos Especiais.



CRÍTICA


Um dos indicados ao Oscar de melhor filme aparece aqui no blog, e provavelmente seja o mais inusitado de todos eles, já que é certo o fato de que se a academia não tivesse alterado para 10 (dez), o número de indicados ao prêmio máximo, ele não estaria presente na lista. Mas isso aconteceria por que o filme não é tão bom? A resposta é não, ele simplesmente não bate com a academia, e chegou aonde chegou devido a uma forte torcida da crítica; mas de onde vem tudo isso? Toda essa fama e alarde? Vamos tentar descobrir nos próximos parágrafos.

Existem dois modos de analisar Distrito 9, e isso também vai gerar dois tipos de espectadores, e posso queimar a língua com isso, mas vão existir os espectadores corretos e os incorretos, e a diferenciação é simples: Se você analisar Distrito 9 como um simples filme de ficção científica; desculpem-me, mas o filme não tem nada demais, agora se você se deixar levar pelo que ele realmente quer dizer, aí fica diferente; sendo assim não preciso mais dizer, creio eu, quais são os espectadores corretos e os incorretos.

Blomkamp faz de Distrito 9 um filme simplesmente bizarro em alguns momentos, porém cheio de uma envergadura moral e de um simbolismo muito cru e bruto, e não sei se fui só eu, mas em alguns momentos me pareceu até um pouco algum filme de Cronenberg, devido ao forte uso do elemento escatológico e grotesco para passar uma mensagem, e aqui a crítica é bem dura.

O roteiro se fertiliza em um ponto muito comum, principalmente em um país como a África Do Sul, que é a diferença e o conflito entre as raças, a intolerância e a tentativa de uma suplantar a outra. Todos os representantes desta disputa são representados de forma muito precisa por Blomkamp; temos os dominadores, os dominados e aqueles que se aproveitam dos dominados, e é aqui que entra a inovação: os alienígenas são os dominados, e vivem reprimidos dentro de uma favela, sendo explorados por traficantes e sofrendo sanções e abusos dos humanos a ponto de gerar protestos e ações de grupos de recursos humanos (ênfase na palavra humano (!!!)).

O diretor e toda a sua equipe viram um caldeirão que ferve no cinema há muito tempo, e se utilizam da ficção científica para passar uma mensagem inteligente e madura, coisa que há muito tempo não acontecia. A metamorfose da personagem principal já não é grande inovação, mas representa de forma precisa, o resultado da mistura, ou seja, uma criatura ensandecida e sem rumo, resumindo apenas em um personagem o conflito todo e fixando o nó que o filme procura dar o tempo todo.

A influência de Peter Jackson, produtor do filme é nítida (principalmente em alguns exageros nos efeitos especiais), mas ele também faz um bom trabalho, unido a um também interessante trabalho de Blomkamp na direção, e de um modo de filmar jornalístico, mostrando o filme quase que sempre do ponto de vista de uma reportagem, fazendo com que; a fita se reveze entre a visão de quem está na situação e de quem vê a situação, algo que me parece proposital, exatamente para gerar mais um situação clara de conflito.

Ficam algumas perguntas em Distrito 9, como por exemplo, eu não ter conseguido compreender como em alguns momentos os alienígenas se defendem tão bem e em outros simplesmente são massacrados, ou o fato de em alguns momentos dominarem de uma forma monstruosa tecnologias que os humanos não conseguem, e que seriam suficientes para uma mudança de posição, passarem de dominados para dominantes. As respostas apresentadas pela fita não me convenceu muito, mas aí vai do ponto de vista, ou talvez eu não tenha entendido a intenção de Blomkamp; vai saber né...

Distrito 9 é inovador, interessante e se respalda em temas muito bem colocados e explorados. Não vai vencer o Oscar de melhor filme, pelo contrário, não vai chegar nem perto (a não ser por uma "zebra" muito grande), mas é uma fita que deve ser encarada com muita seriedade, pois sua verdadeira força está muito além de um simples filmes de alienígena e feliz daquele que consegue enxergar isso, pois estará diante de um grande filme, e digo isso com alegria, pois a ficção científica merece



NOTA: 9,5

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PLATOON

Ficha Técnica

Título Original: Platoon
Gênero:Guerra
Duração: 120 min
Ano De Lançamento:1986
Estúdio:Cinema 86 / Hemdale Film Corporation
Distribuidora:Orion Pictures Corporation / MGM
Direção: Oliver Stone
Roteiro:Oliver Stone
Produção:Arnold Kopelson
Música:Georges Delerue
Fotografia:Robert Richardson
Direção De Arte:Rodel Cruz e Sherman Williams
Edição:Claire Simpson


Elenco

Tom Berenger (Sargento Barnes)
Willem Dafoe (Sargento Elias)
Charlie Sheen (Chris)
Forest Whitaker (Big Harold)
Francesco Quinn (Rhah)
John C. McGinley (Sargento O'Neill)
Richard Edson (Sal)
Kevin Dillon (Bunny)
Reggie Johnson (Junior)
Keith David (King)
Johnny Depp (Lerner)
David Neidorf (Tex)
Mark Moses (Tenente Wolfe)
Chris Pedersen (Crawford)
Tony Todd (Warren)
Corkey Ford (Manny)
Dale Dye (Capitão Harris)


Sinopse

Chris (Charlie Sheen) é um jovem recruta recém-chegado a um batalhão americano, em meio à Guerra do Vietnã. Idealista, Chris foi um voluntário para lutar na guerra pois acredita que deve defender seu país, assim como fez seu avô e seu pai em guerras anteriores. Mas aos poucos, com a convivência dos demais recrutas e dos oficiais que o cercam, ele vai perdendo sua inocência e passa a experimentar de perto toda a violência e loucura de uma carnificina sem sentido.


Premiações
 
- Vencedor de 4 Oscars: Melhor Filme,  Melhor Diretor - Oliver Stone, Melhor Edição, Melhor Som, foi indicado ainda nas categorias: Melhor Ator Coadjuvante - Willem Dafoe, Melhor Ator Coadjuvante - Tom Berenger, Melhor Fotografia, Melhor Roteiro Original.
- Vencedor do Globo De Ouro de: Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor - Oliver Stone, Melhor Ator Coadjuvante - Tom Berenger, além de indicado na categoria de Melhor Roteiro.
- Vencedor do Bafta de: Melhor Diretor - Oliver Stone, Melhor Edição. Indicado também na categoria de: Melhor Fotografia.
- Vencedor do Independent Spirit Awards nas categorias de: Melhor Filme,  Melhor Diretor - Oliver Stone, Melhor Fotografia, Melhor Roteiro. Indicado também na categoria de Melhor Ator Coadjuvante - Willem Dafoe.
- Ganhou o Urso de Prata de Melhor Diretor - Oliver Stone no Festival De Berlim.



CRÍTICA


É realmente complicado descrever ou dizer algo sobre um filme tão tocante e chocante. Platoon é provavelmente o maior filme de guerra já produzido, ou pelo menos aquele que consegue ser mais cru e ao mesmo realista, sobre a mais polêmica de todas as guerras: A Guerra do Vietnã.

O diretor Oliver Stone foi soldado no Vietnã, e possui autoridade para retratá-la como ninguém, e fez isso em vários filmes, mas em Platoon ele chegou ao seu auge, conseguindo um retrato contundente e preciso tanto dos movimentos da guerra, quanto dos sentimentos e problemas que ela causa. Stone personaliza todo o seu clássico "exagero" como diretor, e eleva a Guerra Do Vietnã a potências infinitas, gerando cenas e seqüências que ficaram para sempre marcados na história do cinema.

Vale muito à pena identificar as fantásticas cenas e o realismo que Stone consegue colocar nas cenas, aliando sua pesada e emotiva câmera, a um excelente trabalho de som, produção e edição, não deixando de pesar o excelente elemento cenográfico, que reproduz exatamente o ambiente enfrentado pelos soldados, seja nas cenas de batalha, ou mesmo nos acampamentos, algo que só alguém que viu a guerra de perto como Stone conseguiria reproduzir com tanta maestria.

O roteiro é sensato e contundente, e vai mexendo com os sentimentos do espectador de um modo muito profundo. O que alguns podem argumentar é que Stone possa ter tentado desmistificar um pouco a crueldade do soldado americano; mas isso pode gerar problemas, já que naquele momento da guerra que Platoon relata, a influência do governo americano era clara, fazendo com que muitos soldados fossem até lá sem a menor idéia do que realmente estava acontecendo.

Vale destaque para o bom elenco escalado pela equipe de Stone. Charlie Sheen está excelente e como ainda era jovem e sem adquirir aquele ar de canastrão que possui até hoje, conseguiu dar uma liga muito interessante ao personagem central, o jovem Johnny Depp faz uma pequena ponta, e Willem Dafoe como sargento Elias se une a Tom Berenger com as melhores atuações da fita, sendo que o primeiro tornou inesquecível a cena de seu fuzilamento.

Stone é um diretor que não atrai muitas pessoas, e recebe duras críticas em grande parte de seus filmes, exatamente por ser um diretor extremamente forte com sua câmera, e de ser acusado pelos críticos de ser "exagerado"; entretanto em Platoon seu exagero só ajudou a criar uma obra-prima do cinema em geral, e não só do gênero dos filmes de guerra. Platoon é um clássico, e simplesmente obrigatório para qualquer fã de cinema.

 
NOTA: 10,0

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

ENTRE IRMÃOS



Ficha Técnica

Título Original:Brothers
Gênero:Drama
Duração:105 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://www.brothersfilm.com/
Estúdio:Relativity Media / Michael De Luca Productions / Palomar Pictures
Distribuidora:Lionsgate
Direção: Jim Sheridan
Roteiro:David Benioff, baseado em roteiro de Susanne Bier e Anders Thomas Jensen
Produção:Michael De Luca, Ryan Kavanaugh e Sigurjon Sighvatsson
Música:Thomas Newman
Fotografia:Frederick Elmes
Direção De Arte:Guy Barnes
Figurino:Durinda Wood
Edição:Jay Cassidy
Efeitos Especiais:Great FX


Elenco

Jake Gyllenhaal (Tommy Cahill)
Natalie Portman (Grace Cahill)
Tobey Maguire (Capitão Sam Cahill)
Clifton Collins Jr. (Major Cavazos)
Sam Shepard (Hank Cahill)
Bailee Madison (Isabelle Cahill)
Taylor Grace Geare (Maggie Cahill)
Mare Winningham (Elsie Cahill)
Patrick Flueger (Recruta Joe Willis)
Carey Mulligan (Cassie Willis)
Omid Abtahi (Yusuf)
Navid Negahban (Murad)
Ethan Suplee (Sweeney)
Arron Shiver (A.J.)
Ray Prewitt (Owen)
Jenny Wade (Tina)


Sinopse

Sam Cahill (Tobey Maguire) é um fuzileiro naval casado com Grace (Natalie Portman), sua namorada desde a infância, e com ela tem duas filhas: Isabelle (Bailee Madison) e Maggie (Taylor Grace Geare). Tommy (Jake Gyllenhaal) é seu irmão caçula, um andarilho que deixou recentemente a prisão. Ele é o provocador da família, o que vem à tona logo em sua primeira noite fora da prisão, em jantar com seus pais, Hank (Sam Shepard) e Elsie (Mare Winningham). Logo em seguida, Sam é enviado para o Afeganistão. Ele é dado como morto quando o helicóptero em que está é abatido nas montanhas. A família Cahill fica em estado de choque e Tommy resolve assumir a responsabilidade por sua nora e sobrinhas. Só que Sam não está morto, tendo sido capiturado por soldados talibãs.


Premiações

- Indicado ao Globo De Ouro de Melhor Ator Drama (Tobey Maguire) e a Melhor Canção Original (Brothers).



CRÍTICA


Novo filme do diretor irlandês Jim Sheridan, que deve chegar em breve as locadoras, e que em primeiro momento tinha tudo para ser um grande filme: uma boa história, bom elenco, um bom diretor, e qual foi o resultado? Nada do contra aqui; já que Entre Irmãos não só atende as expectativas com também as supera.

Refilmagem do excelente filme dinamarquês que no Brasil atende pelo nome de Brothers, o filme é um excelente retrato nos traumas da guerra, seja durante ela ou principalmente após ela, e o mais interessante, é que a fita acaba mostrando a influência da guerra tanto naquele que dela participou, quanto daquele parente que ficou em casa, mas que indiretamente foi afetado pela guerra.

Se Entre Irmãos é melhor que sua matriz Brothers, chega a ser difícil dizer, já que o segundo busca um lado um pouco mais duro e frio, típico do cinema dinamarquês, enquanto que Entre Irmãos, vai mais por um lado emotivo, mas sem soar piegas ou forçado. Na minha modesta opinião, até por ser fã do cinema da terra de Hamlet, fico com Brothers, mas isso não tira toda a qualidade da obra em questão.

Sheridan não é bem um diretor conhecido do grande público, mas entre os cinéfilos goza até de um bom nome. Sua direção aqui, não muda em nada aquilo que já vimos em suas obras anteriores, e Sheridan mostra mais uma vez que é justamente acusado de ser um diretor emotivo e às vezes exagerado. O diretor ferve em todos os momentos, e o filme tem que estar voando o tempo todo, senão não é Sheridan. Exagerado ou não, o diretor mostra mais uma vez que filma muito bem, e nos produz outra grande obra com uma bela direção; Entre Irmãos pode não ser um no Meu Pé Esquerdo, e nem tão bom como Em Nome Do Pai, mas é uma obra digna da qualidade deste ótimo diretor.

Destaque também para o bom trabalho de fotografia, que alterna com muita precisão e destaque, os modos de fotografar de acordo com o cenário, afinal o filme vai desde cenários cheios de neve, até filmagens no deserto, o que dificulta, sem dúvida, o trabalho da fotografia. O roteiro também acerta em cheio, e mesmo alterando alguns bons aspectos do filme original, mantém a essência da história, que é a guerra e tudo o que ela traz, seja no âmbito físico, psicológico e na fita em questão, principalmente familiar. O filme deixa bem claro, que uma guerra acaba e a outra começa, e o personagem Sam Cahill é a imagem perfeita nesse momento.

Aliás, Tobey Maguire como Sam Cahill supera todas as expectativas e mostra finalmente todo o seu potencial. Nada do fotógrafo bobo ou do herói popular aqui; Maguire mostra muito bem que seu talento vai muito além de um simples Homem-Aranha, e confesso realmente que uma de minhas maiores decepções foi não vê-lo indicado ao Oscar por sua atuação, já que estamos falando aqui de uma atuação impressionante. O restante do elenco também está preciso e firme, com mais um destaque para o veterano Sam Shepard e todo aquele seu clássico ar rabugento.

Em suma, Entre Irmãos tem tudo para ser um filme bem conceituado e principalmente visto por várias pessoas ao longo desse ano, e merece isso. Pode até não ser uma obra-prima grandiosa e cheia de “pequetrefes”, mas é um filme duro, realista e muito forte, e que transparece isso o tempo todo. Em uma época que a fantasia e a falta de realidade ganham cada vez mais espaço no cinema, Entre Irmãos traz a tona uma realidade muito dura, mas que é cada dia mais real.


NOTA: 9,0

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

OSCAR 2.010 - INDICADOS



Bom, eis então que a Academia soltou os indicados ao maior prêmio do cinema, ou seja, o querido, polêmico e contestado Oscar. Esse ano algumas pequenas diferenças, uma boa e uma má em minha singela opinião: aumentar o número de filmes indicados a melhor animação de 3 para 5 foi algo bom, devido à grande demanda do gênero; agora aumentar o número de filmes candidatos ao prêmio máximo (Melhor Filme) para 10 foi no mínimo esquisito, e não fará diferença nenhuma, a não ser no marketing, consequentemente no dinheiro e por aí vai... ou seja, não faz diferença para mim e para os fãs, mas para quem mexe com a grana faz. Lamentações a parte, listarei abaixo os indicados e pretendo fazer uma comentário melhor das principais categorias, assim que ver todos (se eu conseguir) os filmes, atores e diretores concorrentes aos principais prêmios, mas isso são cenas do próximo capítulo, enquanto isso, vamos aos nomes dos "indivíduos"...


MELHOR FILME

Avatar
Um Sonho Possível
Educação
Preciosa
Distrito 9
Bastardos Inglórios
Um Homem Sério
Guerra ao Terror
Up – Altas Aventuras
Amor Sem Escalas


MELHOR DIREÇÃO

Quentin Tarantino (Bastardos Inglórios)
Lee Daniels (Preciosa)
Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror)
James Cameron (Avatar)
Jason Reitman (Amor Sem Escalas)


MELHOR ATOR


Jeremy Renner (Guerra ao Terror)
Morgan Freeman (Invictus)
Colin Firth (Direito de Amar)
Jeff Bridges (Coração Louco)
George Clooney (Amor Sem Escalas)


MELHOR ATRIZ

Meryl Streep (Julie & Julia)
Sandra Bullock (Um Sonho Possível)
Gabourey Sidibe (Preciosa)
Carey Mulligan (Educação)
Helen Mirren (The Last Station)


MELHOR ATOR COADJUVANTE

Woody Harrelson (O Mensageiro)
Christoph Waltz (Bastardos Inglórios)
Christopher Plummer (The Last Station)
Matt Damon (Invictus)
Stanley Tucci (Um Olhar do Paraíso)


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Vera Farmiga (Amor Sem Escalas)
Anna Kendrick (Amor Sem Escalas)
Mo’Nique (Preciosa)
Maggie Gyllenhaal (Coração Louco)
Penélope Cruz (Nine)


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

Bastardos Inglórios
Up – Altas Aventuras
O Mensageiro
Guerra ao Terror
Um Homem Sério


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

Distrito 9
Amor Sem Escalas
Educação
In the Loop
Preciosa


MELHOR FOTOGRAFIA

Avatar
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
Guerra ao Terror
A Fita Branca
Bastardos Inglórios


MELHOR TRILHA SONORA

Avatar
O Fantástico Sr. Raposo
Guerra ao Terror
Sherlock Holmes
Up – Altas Aventuras


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

“Almost There” (A Princesa e o Sapo)
“Down in New Orleans” (A Princesa e o Sapo)
“Take It All” (Nine)
“Loin de Paname” (Paris 36)
“The Weary Kind (Theme from Crazy Heart)” (Coração Louco)


MELHOR MAQUIAGEM


Star Trek
A Jovem Rainha Victoria
Il Divo


MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

Avatar
Nine
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus
Sherlock Holmes
A Jovem Rainha Victoria


MELHOR FIGURINO

O Brilho de uma Paixão
Coco Antes de Chanel
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus
Nine
The Young Victoria


MELHOR EDIÇÃO

Avatar
Distrito 9
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Preciosa


MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Ajami (Israel)
A Teta Assustada (Peru)
O Segredo dos Seus Olhos (Argentina)
A Fita Branca (Alemanha)
Un Prophète (França)


MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

Coraline e o Mundo Secreto
Up – Altas Aventuras
A Princesa e o Sapo
O Fantástico Sr. Raposo
The Secret of Kells


MELHOR SOM

Avatar
Bastardos Inglórios
Guerra ao Terror
Star Trek
Up – Altas Aventuras


MELHOR EDIÇÃO DE SOM

Avatar
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Transformers – A Vingança dos Derrotados
Star Trek


MELHORES EFEITOS ESPECIAIS

Avatar
Distrito 9
Star Trek


MELHOR DOCUMENTÁRIO

Burma VJ
The Cove
Food, Inc.
The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers
Which Way Home


MELHOR CURTA METRAGEM

The Door
Instead of Abracadabra
Kavi
Miracle Fish
The New Tenants


MELHOR CURTA METRAGEM DE ANIMAÇÃO

French Roast
Granny O’Grimm’s Sleeping Beauty
La Dama y la Muerte
Logorama
A Matter of Loaf and Death


MELHOR CURTA METRAGEM – DOCUMENTÁRIO

China’s Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province
The Last Campaign of Governor Booth Gardner
The Last Truck: Closing of a GM Planet
Music by Prudence
Rabbit à la Berlin

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

FRAMBOESA DE OURO 2.010

Um dos momentos mais divertidos do ano cinematográfico começou hoje com a divulgação dos indicados ao Framboesa De Ouro. Para quem não conhece o Framboesa De Ouro é uma premiação "informal", podemos dizer, que premia os piores do ano no cinema.
Particularmente eu não assisti nenhum filme indicado então acabo não tendo como analisar muito bem, mas olhando o calibre dos filmes e dos nomes citados, me parece que este ano eles não exageraram não. Como eu não assisti a nada, só vou proporcionar a vocês os indicados, e nem palpitar vou, pois não me sinto no direito, então tirem suas próprias conclusões e vamos aos piores...


PIOR FILME

Maluca Paixão
Terra de Gigantes
G.I. Joe – A Origem de Cobra
Surpresa em Dobro
Transformers – A Vingança dos Derrotados


PIOR DIRETOR

Michael Bay (Transformers – A Vingança dos Derrotados)
Walt Becker (Surpresas em Dobro)
Brad Silberling (Terra de Gigantes)
Stephen Sommers (G.I. Joe – A Origem de Cobra)
Phil Traill (Maluca Paixão)


PIOR ATOR

Jonas Brothers (Jonas Brothers 3D: O Show)
Will Ferrell (Terra de Gigantes)
Steve Martin (A Pantera Cor-de-rosa 2)
Eddie Murphy (Minha Filha é um Sonho)
John Travolta (Surpresas em Dobro)


PIOR ATRIZ

Beyoncé Knowles (Obsessiva)
Sandra Bullock (Maluca Paixão)
Miley Cyrus (Hannah Montana – O Filme)
Sarah Jessica Parker (Cadê os Morgan?)
Megan Fox (Transformers – A Vingança dos Derrotados)


PIOR ATOR COADJUVANTE

Billy Ray Cyrus (Hannah Montana – O Filme)
Hugh Heffner (Miss March)
Robert Pattinson (A Saga Crepúsculo: Lua Nova)
Jorma Taccone (Terra de Gigantes)
Marlon Wayans (G.I. Joe – A Origem de Cobra)


PIOR ATRIZ COADJUVANTE

Candice Bergen (Noivas em Guerra)
Ali Larter (Obsessiva)
Sienna Miller (G.I. Joe – A Origem de Cobra)
Kelly Preston (Surpresa em Dobro)
Julie White (Transformers – A Vingança dos Derrotados)


PIOR ROTEIRO

Maluca Paixão
G.I. Joe – A Origem de Cobra
Terra de Gigantes
A Saga Crepúsculo: Lua Nova
Transformers – A Vingança dos Derrotados


PIOR DUPLA

Dois ou mais Jonas Brothers (Jonas Brothers 3D: O Show)
Sandra Bullock e Bradley Cooper (Maluca Paixão)
Will Ferrell e qualquer pessoa ou criatura que o acompanhe (Terra de Gigantes)
Shia LaBeouf com Megan Fox ou qualquer outro Transformer (Transformers – A Vingança dos Derrotados)
Kristen Stewart com Robert Pattinson ou Taylor Lautner (A Saga Crepúsculo: Lua Nova)


PIOR REFILMAGEM OU SEQUÊNCIA

A Pantera Cor-de-rosa 2
G.I. Joe – A Origem de Cobra
Terra de Gigantes
A Saga Crepúsculo: Lua Nova
Transformers – A Vingança dos Derrotados


PIOR FILME DA DÉCADA

A Reconquista
Fora de Casa
Contato de Risco
Destino Insólito
Eu Sei Quem Me Matou


PIOR ATOR DA DÉCADA

Ben Affleck
Eddie Murphy
Mike Myers
Rob Schneider
John Travolta


PIOR ATRIZ DA DÉCADA

Mariah Carey
Paris Hilton
Madonna
Lindsay Lohan
Jennifer Lopez