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quarta-feira, 31 de março de 2010

EU SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO


Ficha Técnica

Título Original:I Know What You Did Last Summer
Gênero:Terror
Duração:101 min
Ano De Lançamento:1997
Estúdio:Columbia Pictures Corporation / Mandalay Entertainment
Distribuidora:Columbia Pictures / Sony Pictures Entertainment
Direção: Jim Gillepsie
Roteiro:Kevin Williamson, baseado em livro de Lois Duncan
Produção:Stokely Chaffin, Erik Feig e Neal H. Moritz
Música:John Debney
Fotografia:Denis Crossan
Direção De Arte:John J. Rutchland
Figurino:Catherine Adair
Edição:Steve Mirkovich


Elenco

Jennifer Love Hewitt (Julie James)
Sarah Michelle Gellar (Helen Shivers)
Ryan Phillippe (Barry Cox)
Freddie Prinze Jr. (Ray Bronson)
Johnny Galecki (Max)
Bridgette Wilson (Elsa Shivers)
Anne Heche (Melissa Egan)
Muse Watson (Benjamin Willis / Pescador)
Stuart Greer (Oficial)
J. Don Ferguson (MC)
Deborah Hobart (Sra. James)
Mary McMillan (Sra. Cox)
Dan Albright (Xerife)


Sinopse

Em uma pequena cidade costeira, quatro adolescentes atropelam e supostamente matam um desconhecido. Com medo das conseqüências deste acidente, decidem se livrar do corpo e o jogam no mar. A vida de cada um dos quatro toma rumos diversos e um ano depois, eles se reencontram na mesma cidade e uma das jovens recebe um bilhete dizendo: "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado". Deste momento em diante mortes acontecem, todas causadas por um gancho de pescador.



CRÍTICA

Um ano após Wes Craven inovar o cinema de horror e suspense de uma forma avassaladora, com aquele que até hoje é o melhor de todos os “scary teen movies”, no caso Pânico, surgiria aquele que seria até hoje é a sua cópia mais fiel e mais conhecida, logicamente, o filme que hoje ocupará um pouco do nosso tempo, este Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado (ufa!).

Coincidentemente (ou não), o roteirista de Eu Sei... é o mesmo de Pânico e Pânico 2, o que mostra que o cara (no caso, Kevin Williamson), realmente manja nesse negócio de sustos premeditados, correrias, sangue, perseguição, tentativas de trama intrínsecas e viradas bruscas, além da criação de assassinos ícones como o Pânico de Pânico e no caso deste aqui o Fisherman, que na tradução fica como Pescador, matando e assustando as pessoas com um gancho de pesca.

O filme é uma tentativa de prender o espectador pelo movimento rápido, pela capacidade do imprevisível, pela possibilidade nova e principalmente, pela maneira de entreter pela aproximação com o espectador. Ao contrário de Pânico, os personagens de Eu Sei..., são mais acessíveis, e condizem um pouco mais com a realidade do público que deseja atingir, que no caso é o adolescente. Os estereótipos são mais visíveis, e não existe um contraponto, no fim das contas, todos são o que chamamos de “farinha do mesmo saco”, e que apesar das diferenças, se mantiveram unidos até o fim, mesmo sabendo do erro que haviam cometido.

A fita não é inovadora, e não tem problema nenhum com isso. As tomadas de câmera do diretor Jim Gillepsie são escancaradamente chupadas de Pânico, com toques do cinema de Hitchcock, além do fato de as interpretações do elenco também serem tomadas por todos os clichês possíveis ao longo da fita. O quarteto em si não é lá de todo mal, com um leve destaque para o melhor dos quatro, Ryan Phillippe, já que consegue criar seu personagem de forma mais marcante que os outros três. Prinze Jr. E Gellar ficam ali naquele meio termo, e Love Hewitt em alguns momentos chateia por manter sempre aquela aparência de menina sonsa e boba, que é uma característica de sua personagem que em alguns momentos não encaixa com os feitos e ações de sua própria personagem, para resumir, fica um pouco forçado.

Eu Sei... tem status de cult, caiu nos braços da galera e é ainda hoje cultuado como um dos grandes filmes de suspense/terror das últimas décadas; o grande mistério é o que o fez chegar até aí? Talvez a já citada assimilação das situações, ou talvez uma história que, justiça seja feita é bem contada e não tem furos, e é muito mais simples do que a de Pânico, com todas as suas curvas e ligações obscuras? Talvez o jovem elenco e o caráter igualmente jovial da fita? Talvez o clima de suspense e todo o ambiente criado para esconder possíveis imprecisões do filme? Provavelmente seja uma junção de um pouquinho de cada, aliado a certo exagero de alguns desavisados e de um forte e preciso marketing sobre a fita. A verdade é que Eu Sei... sai-se muito melhor como passatempo do que como qualquer outra coisa; e como hoje eu estou com muitas gírias na cabeça, encerrarei esta crítica com uma delas: “O filme não é ruim, mas também não é lá essa Coca-Cola toda não”.


NOTA: 7,0

segunda-feira, 29 de março de 2010

A FITA BRANCA


Ficha Técnica

Título Original:Das Weisse Band - Eine Deutsche Kindergeschichte
Gênero:Drama
Duração:144 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://www.lerubanblanc.com/
Estúdio:Wega Film / X-Filme Creative Pool / Lucky Red / Les Films du Losange / Austrian Film Institute / Mini-Traité Franco-Canadien / Medienboard Berlin-Brandenburg / Mitteldeutsche Medienförderung / German Federal Film Board / Deutsche Filmförderfonds / Vien
distribuidora:Sony Pictures Classics / Imovision
Direção: Michael Haneke
Roteiro:Michael Haneke
Produção:Stefan Arndt, Veit Heiduschka, Michael Katz, Margaret Ménégoz e Andrea Occhipinti
Fotografia:Christian Berger
Direção De Arte:Anja Müller
Figurino:Moidele Bickel
Edição:Monika Willi
Efeitos Especiais:LISTO Videofilm


Elenco

Susanne Lothar (Esposa)
Ulrich Tukur (Barão)
Burghart Klaubner (Pastor)
Josef Bierbichler (Camareiro)
Marisa Growaldt (Fazendeira)
Christian Friedel (Professor)
Leonie Benesch (Eva)
Ursina Landi (Baronesa Marie-Luise)
Steffi Kühnert (Anna)
Gabriela Maria Schmeide (Emma)
Rainer Bock (Médico)
Maria-Victoria Dragus (Klara)
Leonard Proxauf (Martin)
Janina Fautz (Erna)
Michael Kranz (Hauslehrer)
Levin Henning (Adolf)
Thibault Sérié (Gustav)
Enno Trebs (Georg)
Theo Trebs (Ferdinand)
Sebastian Hülk (Max)
Kai-Peter Malina (Karl)
Aaron Denkel (Kurti)
Anne-Kathrin Gummich (Mãe de Eva)
Detlev Buck (Pai de Eva)
Ernst Jacobi (Narrador)
Birgit Minichmayr (Frieda)


Sinopse

1913. Em um vilarejo no norte da Alemanha vivem as crianças e adolescentes de um coral, dirigido por um professor primário (Christian Friedel). O estranho acidente com o médico (Rainer Bock), cujo cavalo tropeça em um arame afiado, faz com que uma busca pelo responsável seja realizada. Logo outros estranhos eventos ocorrem, levantando um clima de desconfiança geral.


Premiações

OSCAR
Indicações
Melhor Filme Estrangeiro
Melhor Fotografia

GLOBO DE OURO
Ganhou
Melhor Filme Estrangeiro

BAFTA
Indicação
Melhor Filme Estrangeiro

FESTIVAL DE CANNES
Ganhou
Palma de Ouro
Prêmio FIPRESCI

FESTIVAL DE SAN SEBASTIÁN
Ganhou
Prêmio FIPRESCI



CRÍTICA


A Fita Branca venceu aquele que, para mim, é o mais prestigiado e o mais valioso prêmio que o cinema oferece que é a Palma De Ouro em Cannes. Merecido? Sim! Ainda mais se levando em conta o tipo de filme que o festival de Cannes normalmente agracia com a famosa e singela palma dourada.

O filme é uma mistura de simbolismo e realidade, aliada a uma forte e perturbadora concepção de humanidade, que perpassa todo um modo de vida e de pensamento, e principalmente, que cruza todo o movimento de uma sociedade que se aproveita de prestígios e títulos para se livrarem de responsabilidades, mitos, pensamentos e reflexões sobre o universo em que se encontram.

O filme é extremamente complexo e totalmente não-popular. Filmado em um duro e macabro preto-e-branco em que o primeiro quase sempre se sobrepõe sobre o segundo, além de dirigido de forma extremamente penosa e brigante pelo diretor Haneke, em que podemos ver a câmera do diretor a todo tempo nos mostrando o quanto tudo aquilo é asqueroso e podre, contrastando com tentativas de bons momentos, em que o diretor solta um pouco mais a câmera e deixa as cenas um pouco mais claras. Alie isso, ao fato de a fita ser totalmente aberta, enchendo sua cabeça e perguntas e não respondendo a nada e contar uma história difícil e que vai contra os padrões tanto da sociedade leiga quanto da sociedade cinematográfica atual, no que diz respeito à narrativa, e temos cenário perfeito para um filme não cair nas graças do público.

Por outro lado, a crítica fez de A Fita Branca uma das grandes curiosidades dos cinéfilos para este ano, ainda mais por se tratar de um filme não-estadunidense, com atores desconhecidos, e de um diretor muito querido pela maioria dos cinéfilos (nesse caso eu não estou incluído). O filme em si, é realmente um grande momento, mas não pelas características citadas acima, mas pelo seu conteúdo em si. O filme deixa dúvidas na cabeça do espectador que vão muito além do que se pode imaginar, já que trabalha com elementos muito difíceis de levarmos em consideração, devido a pouca capacidade que temos de quebrar padrões, como pro exemplo imaginar que todos os crimes cometidos na pequena comunidade podem ter sido obras de crianças.

O grande achado de Haneke é mostrar como uma sociedade (no caso a Alemanha pré Primeira Guerra Mundial), pode se encaixar tão bem em um contexto de guerra, antes mesmo de ela ter ocorrido. A mensagem de Haneke é simples: a Alemanha já estava em guerra antes mesmo de 1.914, só que ninguém conseguia enxergar isto. A grande função de quem assiste a A Fita Branca é exatamente captar esta mensagem é perceber que a intenção tanto do roteiro quanto do diretor é esta, por mais simples ou óbvia que possa ser nas minhas palavras, já que no filme não é tão simples captá-la assim.

A Fita Branca pode até não ser o mais empolgante filme dos últimos anos, e pra dizer bem a verdade, em muitos momentos o filme cria uma melancolia tão grande ao seu redor, que chega a contagiar, deixando o espectador de certo modo sonolento, pra não dizer entristecido. Nada disso atrapalha, já que A Fita Branca é um filme brilhante, e brilhante como poucos foram até hoje, devido a sua originalidade e ousadia. Um achado de Haneke, que até alguém como eu, que não me encaixo entre os fãs do diretor tenho que admitir.



NOTA: 9,5

segunda-feira, 22 de março de 2010

BARRADOS NO SHOPPING


Ficha Técnica

Título Original:Mallrats
Gênero:Comédia
Duração:94 min
Ano De Lançamento:1995
Site Oficial:http://www.viewaskew.com/mallrats
Estúdio:Universal Pictures / Alphaville Films / View Askew Productions
Distribuidora:UIP
Direção: Kevin Smith
Roteiro:Kevin Smith
Produção:Sean Daniel, James Jacks, Scott Mosier e Kevin Smith
Música:Ira Newborn
Direção De Arte:Sue Savage
Figurino:Dana Allyson
Edição:Paul Dixon


Elenco

Shannen Doherty (Rese Mosier)
Jeremy London (T.S. Quint)
Jason Lee (Brodie Bruce)
Claire Forlani (Brandi Svenning)
Ben Affleck (Shannon Hamilton)
Joey Lauren Adams (Gwen Turner)
Renée Humphrey (Tricia Jones)
Jason Mewes (Jay)
Kevin Smith (Silent Bob)
Ethan Suplee (William Black)
Stan Lee (Stan Lee)
Priscilla Barnes (Miss Ivannah)
Michael Rooker (Jared Svenning)
Walter Flanagan (Walt Grover)
Scott Mosier (Roddy)


Sinopse

Dois estudantes muito amigos ficam chateados, pois suas respectivas namoradas rompem com eles no mesmo dia. Assim, eles vão ao shopping local para arejar a cabeça e, se possível, encontrar um meio de recuperarem suas namoradas. Mas esta simples ida ao shopping acaba se transformando em uma sucessão de confusões.



CRÍTICA


Após o inesperado e merecido sucesso como o filme O Balconista, todo o mundo do cinema ficou esperando o que poderia vir da mente de Kevin Smith novamente e encher nossos olhos com situações sensacionais, piadas sarcásticas e inteligentes, cada vez mais raras no mundo da comédia. Apareceu então, Barrados No Shopping, e mais uma vez, Smith fez jus ao seu talento e aos seus fãs, que a cada dia mais aumentam.

Apesar de a fita ter sido um pouco mal recebida pela crítica, devido às comparações idiotas com O Balconista, já que os dois filmes possuem temáticas diferentes, o segundo filme de Kevin Smith é uma deliciosa coleção de boas piadas, venenosas afirmações e metáforas contra a contracultura americana dos anos 90 e o mundo adolescente propriamente dita. Smith se utiliza de algumas influências de John Hughes e cria um universo adolescente sensacional, sem ser piegas ou subestimar a inteligência do espectador.

O filme coloca lado a lado todos os estereótipos possíveis de adolescentes, desde o cara aproveitador, o nerd, o avançado, o encrenqueiro, o apaixonado e por aí vamos, para formar uma ótima junção de maneiras de pensar e sobreviver neste mundo, onde a maior distração é visitar o shopping center e se distrair nas lojas, antes de começar a formar sua própria vida.

As marcas registradas de Smith estão todas ali, sejam elas no quesito direção e roteiro, sejam na construção dos personagens e elenco. Pela primeira vez, os atores fetiches de Smith se unem a ele, no caso Ben Affleck, Joey Lauren Adams e Jason Lee, em personagens que voltariam a aparecer ao longo dos outros filmes do diretor, com exceção aqui ao personagem de Affleck. As piadas sobre ervas ilícitas, sobre quadrinhos, universo sexual, Star Wars e a presença da dupla de maconheiros mais famosa do cinema Jay E Silent Bob, fecham o conjunto do que se é necessário para Smith nos deliciar com suas produções.

Continuando a falar do elenco, temos como o destaque o sensacional Jason Lee, que é o melhor do elenco, e que faz de Brodie o clássico adolescente que só pensa em quadrinhos e vídeo games e não possui nenhum princípio ou aspiração de futuro, e tem em sua namorada Rene (muito bem feita também pela atriz Shannen Doherty), o contraponto de tudo isso. Affleck não está mal, mas seu personagem em alguns momentos fica deslocado, assim como a personagem de Joey Lauren Adams, que possui muito mais função na crítica que Smith quer fazer ao universo adolescente, do que propriamente no roteiro do filme em si. Claire Forlani que ficaria famosa posteriormente por sua participação em Encontro Marcado, também se sai muito bem, apesar de sua personagem ser um pouco chata. Jay E Silent Bob continuam sensacionais, e possuem grande função no filme, sem contar que várias das melhores piadas presentes na fita, pertencem aos dois, incluindo Silent Bob tentando mover objetos com o poder da força, que é simplesmente hilário.

Esqueça o ridículo título dado a fita no Brasil, e aprecie Barrados No Shopping como uma pérola da filosofia adolescente e da maneira fácil e divertida de se criar cinema. Smith é um dos melhores comediantes que apareceram no cinema a partir dos anos 90, e mesmo possuindo vários críticos que não gostam da maneira como Smith explicita as coisas, sua qualidade é inquestionável, basta olhar bem e procurar o sentido de toda a "baboseira" e "besteiras" presentes no filme de Smith. Uma excelente comédia, que pode não ser tão brilhante como O Balconista, mas possui seus méritos, sejam como objeto crítico, seja como instrumento de boas risadas. Totalmente recomendado e longa vida aos excelentes Jay E Silent Bob!


NOTA: 8,5

terça-feira, 16 de março de 2010

CORAÇÃO LOUCO


Ficha Técnica

Título Original:Crazy Heart
Gênero:Drama
Duração:112 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://www.coracaolouco.com.br
Estúdio:Informant Media / Butcher's Run Films
Distribuidora:Fox Searchlight Pictures
Direção: Scott Cooper
Roteiro:Scott Cooper, baseado em livro de Thomas Cobb
Produção:T-Bone Burnett, Judy Cairo, Scott Cooper, Rob Carliner e Robert Duvall
Música:Stephen Bruton e T-Bone Burnett
Fotografia:Barry Markowitz
Direção De Arte:Ben Zeller
Figurino:Doug Hall
Edição:John Axelrad


Elenco

Jeff Bridges (Bad Blake)
Colin Farrell (Tommy Sweet)
Paul Herman (Jack Greene)
Maggie Gyllenhaal (Jean Craddock)
Jack Nation (Buddy)
Robert Duvall (Wayne)
Tom Bower (Bill Wilson)
Ryan Bingham (Tony)
Beth Grant (Jo Ann)
James Keane (Empresário)
Rick Dial (Wesley Barnes)
Debrianna Mansini (Ann)
Ryil Adamson (Ralphie)
David Manzanares (Nick)
Richard W. Gallegos (Jesus / Juan)
Brian Gleason (Steven Reynolds)
William Sterchi (Pat)
Jerry Handy (Cowboy)


Sinopse

Bad Blake (Jeff Bridges) é um famoso cantor e compositor de música country. Mas como beberrão inveterado e fumante contumaz sua vida se resume aos pequenos shows baratos que realiza em cidades do interior para um público que ainda o reconhece. Apesar de seu agente insistir para que ele reate com seu antigo pupilo - e atual astro - Tommy Sweet (Colin Farrell), Blake não abre mão de suas convicções e recusa o "favor". Mas o cabeça dura conhece Jean Craddock (Maggie Gyllenhaal), jornalista novata por quem se apaixona durante uma entrevista e mãe solteira do pequeno Buddy (Jack Nation), e mergulha de cabeça na relação, assumindo os riscos que esse amor pode trazer.


Premiações

OSCAR
Ganhou
Melhor Ator - Jeff Bridges
Melhor Canção Original - "The Weary Kind (Theme from Crazy Heart)"

Indicações
Melhor Atriz Coadjuvante - Maggie Gyllenhaal

GLOBO DE OURO
Ganhou
Melhor Ator - Drama - Jeff Bridges
Melhor Canção Original - "The Weary Kind (Theme from Crazy Heart)"

BAFTA
Indicações
Melhor Ator - Jeff Bridges
Melhor Trilha Sonora

INDEPENDENT SPIRIT AWARDS
Ganhou
Melhor Filme de Estreia
Melhor Ator - Jeff Bridges

Indicações
Melhor Roteiro de Estreia



CRÍTICA


A decadência, e a difícil realidade de lidar com ela e lidar com aquilo que vai ficando obsoleto e perdido no tempo, sendo lembrado apenas por saudosistas e pessoas com a idade já um pouco avançada. Coração Louco se utiliza de um argumento batido, mas que ainda agrada e de um Jeff Bridges sensacional para cativar e trazer o público para curtir o seu show de música country.

A primeira coisa que qualquer pessoa deve fazer para assistir a este filme é se livrar de qualquer preconceito que possa existir na mente do espectador quando o assunto é o Texas way of life, ou seja, aquele estilo marrento e "xucro" no cowboy do meio-oeste estadunidense, aliado à sua música e seu modo de vida. Depois disso, é necessária certa dose de boa vontade com uma coisinha ou outra e você estará pronto para gostar do filme, mas para por aí, já que Coração Louco é um filme do qual nós gostamos, mas não passa de um filme bom, com alguns toques de excelente.

O que o filme tem de melhor é Jeff Bridges, que encarna e cria de forma majestosa o personagem Bad Blake, além de ter a voz perfeita para um cantor de música country americana o que deixou as músicas (cantadas pelo próprio Bridges, assim como Colin Farrell também canta as suas) muito mais corretas, originais e encaixadas com o contexto da fita. Falando nisso, a trilha sonora é extremamente agradável até mesmo para não-fãs de música country, como este ser que aqui vos fala, e não precisa nem dizer que combina direitinho com a fita em questão.

Interessante ressaltar a questão já colocada acima, que tem relação com a decadência do artista. O roteiro do filme é direto ao mostrar as consequências de uma vida desregrada e motivada pelo ilícito. Bad Blake é quase um rock star de Isto É Spinal Tap?, e demonstra isso não só com atitudes, mas com idéias, o que leva a uma desgraça atrás da outra. O personagem de Colin Farrell mostra a superação do velho pelo novo, e a caracterização de ambos os personagens deixa isso extremamente claro, o que já não fica tão claro é a intenção do estreante diretor Scott Cooper : Coração Louco é uma crítica ao modelo de vida dos cowboys americanos; é uma ode ao cowboy americano que já foi suprimido por um novo estilo seja de vida ou de música; ou uma mistura dos dois?

Apesar dos pontos positivos citados acima, Coração Louco derrapa em alguns pontos. Seu principal problema é o roteiro. Não há nada de novo, ou de diferente ali. A fita, quando o assunto é seu argumento, é um desfile de clichês, que são escondidos pela ótima trilha sonora e por Jeff Bridges, só pra citar dois exemplos recentes, quando o assunto é música, o filme lembra muito Rock Star e quando o assunto é cinema no geral, as semelhanças com O Lutador de Aronofsky chegam a ser gritantes em alguns momentos. A história do filho do personagem de Bad Blake é totalmente desnecessária e deslocada, assim como o final, que poderia ter sido mais bem explorado, ou ter terminado antes com a imagem de Blake acompanhando sua canção de nome The Weary Kind (música vencedora do Oscar de melhor canção), sendo cantada pelo personagem de Farrell, sendo que o filme mesmo deixa claro que aquela canção simboliza toda a vida de Bad Blake. O que eu também não entendi é como Maggie Gyllenhaal foi indicada ao Oscar por sua atuação nesta fita, já que esta mesma atuação não tem nada de mais, pelo contrário, acho até que não acompanha bem o andamento da fita, e que foi um escolha precipitada; pois é evidente a dificuldade que a atriz tem de trabalhar de forma conjunta com a genialidade de Bridges.

Coração Louco foi reconhecido pelo público e pela crítica pela sua ótima trilha sonora e por ter nos presenteado com a majestosa atuação de Jeff Bridges e sinceramente não tinha como ser diferente. O filme vale por estes dois aspectos, tirando isso, não encontraremos aqui nada demais, e acredito que Coração Louco corra um grande risco de ficar obsoleto como o estilo que representa, e não acredito que vá demorar muito para isso acontecer. Não é ruim, e é um filme muito mais cativante do que bom, ou seja, é um filme médio que as pessoas podem gostar como se fosse bom, mas para citar uma frase que eu uso muito com as pessoas quando elas me perguntam se tal filme é bom ou ruim : "Coração Louco é um filme legal, mas não é nada que vá mudar a sua vida".


NOTA: 7,5

segunda-feira, 15 de março de 2010

CAMELOT



Ficha Técnica

Título Original:Camelot
Gênero:Musical
Duração:180 min
Ano De Lançamento:1967
Estúdio:Warner Bros./Seven Arts
Distribuidora:Warner Bros./Seven Arts
Direção: Joshua Logan
Roteiro:Alan Jay Lerner, baseado em livro de T.H. White e em peça teatral de Alan Jay Lerner
Produção:Jack L. Warner
Música:Frederick Loewe
Fotografia:Richard H. Kline
Direção De Arte:Edward Carrere
Figurino:John Truscott
Edição:Folmar Blangsted


Elenco

Richard Harris (Rei Arthur)
Vanessa Redgrave (Guenevere)
Franco Nero (Lancelot Du Lac)
David Hemmings (Mordred)
Lionel Jeffries (Rei Pellinore)
Laurence Naismith (Merlin)
Pierre Olaf (Dap)
Estelle Winwood (Lady Clarinda)
Gary Marshal (Sir Lionel)
Anthony Rogers (Sir Dinadan)
Peter Bromilow (Sir Sagramore)
Sue Casey (Lady Sybil)
Gary Marsh (Tom de Warwick)
Nicolas Beauvy (Arthur - criança)


Sinopse

A lenda do rei Arthur (Richard Harris) e seu torturante caso de amor com a rainha Guenevere (Vanessa Redgrave). Uma floresta encantada próxima a Camelot foi o lugar onde Arthur primeiramente encontrou Guenevere, que no início não tinha noção que estava falando com o rei e se referia a ele de modo pouco respeitoso. Após o casamento deles, a felicidade de Arthur em razão do seu matrimônio com a adorável Guenevere o fez criar os Cavaleiros da Távola Redonda, uma alta ordem de cavalheirismo no qual todos os cavaleiros eram imbuídos por um desejo de ajudar os oprimidos. Tal é a fama dos Cavaleiros da Távola Redonda que um cavaleiro francês, Lancelot Du Lac (Franco Nero), buscou se unir a esta ordem e logo se tornou o mais célebre de todos os cavaleiros. Guenevere, indiferente a princípio, se apaixonou por Lancelot. Embora ambos tivessem um amor profundo por Arthur, a paixão deles foi mais forte e começaram um ilícito caso de amor. Arthur ignorava os rumores que circulavam ao redor dele, mas quando Mordred (David Hemmings), seu filho ilegítimo, chega a Camelot, ele expôs Lancelot e Guenevere, provocando uma sucessão de conflitos no reino.



CRÍTICA


Bom, nem só de filmes atuais vive o cinema e muito menos este blog a que me propus criar; sendo assim, após duas resnehas envolvendo filmes que entraram no circuito a pouco tempo, darei um salto e retornarei para os anos 60, mais precisamente ao ano de 1.967, para comentar acerca de um filme pouco conhecido, e que tem por característica mais forte a capacidade de transformar uma das maiores histórias da humanidade em um musical complexo e bem conduzido.

Falamos aqui de Camelot, e só pelo título já dá pra imaginar mais ou menos sobre o que o filme se trata, e é isso mesmo, só que em forma de musical. A ousadia realmente é interessante, já que criar musicalidades para conflitos tão complexos e cheios de força como os de Arthur, Lancelot e Guinevere e de pois acrescentando a chegada de Mordred que é para muitos a figura mais chocante e interessante de toda a saga arthuriana, é realmente algo digno de respeito.

Além da ousadia, o filme se baseia em boas canções e em momentos fortes para agarrar o público, tendo como destaque a sensacional cena em que Arthur (bem interpretado por Richard Harris), descobre o caso entre Lancelot e Guinevere e se vê desconsolado com tudo o que o cerca. O bom trabalho artístico também contribui de forma interessante com a fita, agregando um bom trabalho de maquiagem e principalmente um impecável e preciso figurino, que dentro das limitações da época, consegue se encaixar de forma muito bonita e correta no contexto da fita.

A pergunta que devemos fazer, é o que aconteceu para que esta fita praticamente caísse no esquecimento? É difícil responder a esta pergunta, mas acredito que o fato de encontrarmos um musical contando histórias que costuma-se ver em algo maior como épicos gigantescos com cenas de ação e aventura de tirar o fôlego, fez com que o filme não despertasse tanto interesse assim, já que ele busca um caminho mais singelo e menos bruto por assim dizer para contar as lendas arthurianas. Outro problema é que a fita não conseguiu resistir ao tempo, já que com as inovações tecnológicas e artísticas, os filmes antigos que não se tornaram clássicos absolutos perderam espaço e ganharam até um caráter piegas, o que é na maioria das vezes uma grande e cruel injustiça, alie isso ao fato de muita gente não conseguir encarar 3 horas de filme e teremos alguns dos problemas da fita.

Camelot acaba por se sair um passatempo interessante e por que não dizer um bom filme, logicamente que não tem todo o charme de clássicos imortais seja no gênero dos épicos como Ben-Hur ou El Cid, ou mesmo no gênero dos musicais como Amor Sublime Amor ou Cantando Na Chuva, mas se sai bem e pode de forma até interessante fazer parte da galeria de filmes vistos na vida de uma pessoa. Boas canções, tomadas interessantes, boas atuações e com todo aquele feeling de filme antigo que só os verdadeiros cinéfilos sabem apreciar. O filme é velho e não esconde isso de ninguém, se isso joga a favor ou contra a fita, cabe ao espectador decidir, e isto é um assunto que é pessoal demais para eu enfiar o meu bico.


NOTA: 6,5

domingo, 14 de março de 2010

UM HOMEM SÉRIO


Ficha Técnica

Título Original:A Serious Man
Gênero:Comédia Dramática
Duração:106 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://filminfocus.com/focusfeatures/film/a_serious_man/
Estúdio:Mike Zoss Productions / Relativity Media / Studio Canal / Working Title Films
Distribuidora:Focus Features / Paramount Pictures do Brasil
Direção: Joel Coen , Ethan Coen
Roteiro:Joel Coen e Ethan Coen
Produção:Joel Coen e Ethan Coen
Música:Carter Burwell
Fotografia:Roger Deakins
Direção De Arte:Deborah Jensen
Figurino:Mary Zophres
Edição:Joel Coen e Ethan Coen
Efeitos Especiais:Luma Pictures


Elenco

Michael Stuhlbarg (Larry Gopnik)
Richard Kind (Tio Arthur)
Fred Melamed (Sy Ableman)
Sari Lennick (Judith Gropnik)
Aaron Wolff (Danny Gropnik)
Jessica McManus (Sarah Gropnik)
Peter Breitmayer (Sr. Brandt)
Brent Braunschweig (Mitch Brandt)
David Kang (Clive Park)
Jon Kaminski Jr. (Mike Fagle)
Ari Hoptman (Arlen Finkle)
Alan Mandell (Rabino Marshak)
Michael Tezla (Dr. Sussman)
Steve Park (Pai de Clive)
Raye Birk (Dr. Shapiro)
Simon Helberg (Rabino Scott)
Michael Lerner (Solomon Schlutz)


Sinopse

1967. Larry Gopnik (Michael Stuhlberg) trabalha como professor de física na Universidade de Midwestern. Ele vê sua vida mudar radicalmente quando sua esposa, Judith (Sari Lennick), decide deixá-lo por Sy Ableman (Fred Melamed). Além disto, uma carta anônima ameaça sua carreira na universidade. Larry ainda precisa lidar com os problemas de Arthur (Richard Kind), seu irmão, que mora em sua casa e dorme no sofá; seu filho Danny (Aaron Wolff), problemático e rebelde; e ainda Sarah (Jessica McManus), sua filha, que constantemente pega dinheiro de sua carteira para uma futura cirurgia plástica no nariz. Sem saber o que fazer, Larry busca os conselhos de três rabinos.


Premiações

OSCAR
Indicações
Melhor Filme
Melhor Roteiro Original

GLOBO DE OURO
Indicação
Melhor Ator - Comédia/Musical - Michael Stuhlbarg

BAFTA
Indicação
Melhor Roteiro Original

INDEPENDENT SPIRIT AWARDS
Ganhou
Melhor Fotografia
Troféu Robert Altman

Indicações
Melhor Diretor - Joel Coen e Ethan Coen



CRÍTICA


Os irmãos Joel e Ethan Coen já apareceram aqui no Icenema, quando decide realizar um comentário sobre o excelente Onde Os Fracos Não Têm Vez, agora eles retornam com seu mais novo trabalho, o indicado ao Oscar de Melhor Filme Um Homem Sério.

Um Homem Sério busca um lado mais comédia de humor negro tão bem explorado pelos irmãos Coen em filmes como Fargo, Matadores de Velhinha, Arizona Nunca Mais, entre outros, entretanto, a fita em questão tem uma pegada um pouco mais dramática do que as acima citadas, o que cria um filme de certo modo até diferenciado do que esses dois irmãos costumam produzir.

O filme conta a história de um homem que de repente vê todas as coisas que fazem parte de sua vida desmoronar, e isso inclui a quebra de sua família, problemas no trabalho e coisas assim; vendo todos esses problemas se agruparem, o personagem central resolve buscar ajuda se consultando com três rabinos (pois é um judeu praticante), párea buscar maneiras de solucionar suas dificuldades.

O filme funciona? Sinceramente não muito. Apesar de possuir momentos engraçados e situações totalmente vibrantes e inusitadas; Um Homem Sério não consegue cativar o público. Para ser bem sincero, não consegui encontrar muito o motivo para tal acontecimento, mas o filme simplesmente não agarra o espectador e parece querer isso, pois todo o tempo dá sinais de que a intenção é deixar o espectador paradinho, só apreciando; o problema é que isso não é irmãos Coen; os caras são muito mais do que isso, e normalmente seus filmes levam o espectador a uma viagem sensacional, e Um Homem Sério passa bem longe de fazer isso.

Outro ponto que acusa contra a fita, é o excesso de “judaísmo’ que a fita possui. Pessoas pouco familiarizadas com as tradições e termos judeus ficaram a ver navios em várias partes ao longo do filme. Logicamente, que o anti-heroísmo do personagem central, mostra muito bem o que os Irmãos Coen queriam fazer, mas não precisava de tanto, dá pra entender o caráter cômico judaizante sem alguns exageros da fita.
É claro que quando falamos de Joel e Ethan Coen alguma coisa boa aparece certo? Certo. O roteiro é cheio de farpas, e a capacidade da dupla de transformar o simples em absurdo, continua intacta, mas dessa vez, eles tropeçaram ao criar um filme muito fechado, assim como a comunidade judaica retratada na fita, e não precisava disso, essa é que é a verdade.

Não deu tão certo, aliás, pela segunda vez seguida, já que Queime Depois de Ler, o filme dos Coen anterior a este, também não me desceu tão bem; e Um Homem Sério consegue ser um pouco superior, mas ainda muito longe da capacidade de Joel e Ethan Coen. Sua indicação ao Oscar se mostrou um grande exagero, já que filmes como Entre Irmãos, Invictus e até mesmo a animação O Fantástico Senhor Raposo são filmes muito mais cativantes, marcantes e melhores, isso mesmo, melhores. O filme pode até não ser ruim, mas é muito pouco para concorrer ao Oscar de melhor filme, e para figurar no currículo de dois cineastas do calibre de Joel e Ethan Coen. Se você for judeu provavelmente discordará da minha opinião, agora acho difícil um não-judeu não concordar comigo. Um Homem Sério é um filme para poucos, e dessa vez, essa frase entra no blog com caráter negativo.


NOTA: 6,0

quinta-feira, 11 de março de 2010

O LOBISOMEM


Ficha Técnica

Título Original:The Wolfman
Gênero:Suspense
Duração:125 min
Ano De Lançamento:2010
Site Oficial:http://www.thewolfmanmovie.com
Estúdio:Universal Pictures / Stuber Productions / Relativity Media
Distribuidora:Universal Pictures / UIP
Direção: Joe Johnston
Roteiro:Andrew Kevin Walker e David Self, baseado em roteiro de Curt Siodmak
Produção:Sean Daniel, Benicio Del Toro, Scott Stuber e Rick Yorn
Música:Danny Elfman
Fotografia:Shelly Johnson
Direção De Arte:John Dexter, Phil Harvey e Andy Nicholson
Figurino:Milena Canonero
Edição:Walter Murch, Dennis Virkler e Mark Goldblatt
Efeitos Especiais:Double Negative / Centroid Motion Capture / Lidar Services / Moving Picture Company / Plowman Craven & Associates


Elenco

Benicio del Toro (Lawrence Talbot)
Emily Blunt (Gwen Conliffe)
Anthony Hopkins (Sir John Talbot)
Cristina Contes (Solana Talbot)
Hugo Weaving (Inspetor Aberline)
Simon Merrells (Ben Talbot)
Art Malik (Singh)
Nicholas Day (Coronel Montford)
Michael Cronin (Dr. Lloyd)
David Sterne (Kirk)
David Schofield (Chefe Nye)
Roger Frost (Reverendo Fisk)
Rob Dixon (Squire Strickland)
Clive Russell (MacQueen)
Geraldine Chaplin (Maleva)
Olga Fedori (Filha de Maleva)
Lorraine Hilton (Sra. Kirk)
Anthony Sher (Dr. Hoenneger)
Mario Marin-Borquez (Lawrence Talbot - jovem)
Asa Butterfield (Ben - jovem)
Gemma Whelan (Criada de Gwen)
Malcolm Scates (Açougueiro)


Sinopse

O ator Lawrence Talbot (Benicio Del Toro), quando criança, sofreu com a morte de sua mãe e nunca mais voltou a morar com o pai (Anthony Hopkins). Mais de duas décadas depois do ocorrido, ele é chamado por sua futura cunhada Gwen Conliffe (Emily Blunt) para ajudá-la a encontrar o noivo desaparecido. Ao retornar para a casa do pai, Talbot acaba se envolvendo numa investigação sobre violentas mortes que acontecem nas noites de lua cheia, entrando em contato com o seu passado e descobrindo um segredo que mudará para sempre a sua vida.



CRÍTICA


Depois de meses sem ir ao cinema e vendo filmes apenas em minha casa, decidi encarar novamente as telonas, para acompanhar este que era um dos filmes mais esperados do ano, por boa parte dos fãs de cinema. Logicamente, que esta espera era muito mais pela temática “licantrópica” do negócio, do que por se tratar da refilmagem de um dos maiores clássicos da história do cinema quando o assunto é terror, e do maior clássico do cinema quando o assunto encontra os filmes de lobisomem, que atende pelo mesmo nome; O Lobisomem, só que vem do longínquo ano de 1.941.

Bom, isto dito, o que esperar deste filme então? A resposta é simples, nada muito poderoso e nada perto de torná-lo tão clássico quanto seu anterior. O Lobisomem esbarra em vários problemas e se deixa cair em várias armadilhas que o prendem de tal forma, que é impossível escapar.

O principal problema da fita é o seu argumento. Em 1.941, era tudo novo e as histórias de lobisomem eram pouco desenvolvidas, então funcionou; agora, atualmente todos os clichês da lenda, já estão mais do que saturados na cabeça das pessoas, e o filme não se tenta desviar deles em nenhum momento; ou seja, você não encontrará nada aqui, que você já não viu em outros filmes do gênero. Isso mostra também aos produtores, que esse tipo de roteiro não funciona mais. Todos os movimentos e situações são previsíveis, não há surpresas e muito menos inovações por aqui.

O que poderia então ter salvado o filme? Bom, os efeitos especiais na sua maioria encobrem roteiros poucos inspirados, e esse aspecto poderia ter deixado esta fita um pouquinho melhor; só que é isso mesmo, poderia, já que não deixa. Os efeitos especiais não são da melhor qualidade, e em vários momentos ficam deslocados e exagerados. Além disso, a fita se utiliza de uma violência e de um terror sanguinolento desnecessário, bruto, e que não existe na versão original o filme. O lado humano é totalmente deixado de lado, deixando firme apenas o lado besta do personagem de Del Toro. A direção se utiliza dos mesmos movimentos que qualquer filme de ação e terror se utiliza, edição rápida, movimentos de câmera bruscos e todas essas parafernálias, que ajudam o filme a se tornar um belo desfile de mais do mesmo.

A parte artística tem altos e baixos, já que enquanto temos um ótimo trabalho de direção de arte e figurino, caracterizando de forma bem interessante os personagens, temos uma fotografia muito escura, que em alguns momentos complicam a visão do espectador, e tenho certeza que foi exagerado mesmo, e não algo feito de propósito para contribuir com o “assustador” da fita. Se salva também a trilha sonora, que é bem encaixada e executada.

O elenco é de peso, e se não encontram aqui suas melhores atuações, pelo menos não se afundam com a fita. É claro, que de atores como Del Toro e Hopkins se esperaria algo melhor, mas com tudo o que eu já disse acima, é impossível não perceber o esforço dos mesmos e de todo o resto do elenco. Entre todas as interpretações, minha favorita é a de Hugo Weaving como Inspetor Aberline.

O Lobisomem é uma fita comum, que ao contrário do clássico de 1.941 não mudará a história do cinema, e que apesar de vários defeitos acaba por se passar por “assistível”; o que resumindo, nos leva àquele filme morno, chato em alguns momentos, legaizinhos em outros, e que no final lhe dá aquela sensação de “ta, acabou”. Muito pouco para todo o “auê” que fizeram.


NOTA: 5,0

segunda-feira, 8 de março de 2010

VENCEDORES DO OSCAR 2010

Bem simples a questão: Foi a vitória do verdadeiro cinema sobre o falso cinema! Guerra Ao Terror levou os prêmios de filme e direção e ficou com 6 estatuetas contra apenas 3 de Avatar. Depois de 2 anos eu acertei na torcida e esse ano o melhor filme levou. Guerra Ao Terror nos leva a uma experiência única e que não precisa de 3-D e nem de parafernálias feitas por computador para nos menter vidrados na fita. Avatar pode ser até perfeito técnica e artisticamente, agora jamais terá o conteúdo e a inteligência de Guerra Ao Terror. Vimos que o Oscar ainda tem um pouco de plausibilidade em suas escolhas e este ano eu gostei do resultado. Com exceção do prêmio para Sandra Bullock, que pode até ter tido uma ótima intepretação no filme Um Sonho Possível, mas que a carreira já mostrou ue é uma atriz extremamente limitada, eu preferiria a atuação de Carey Mulligan pelo filme Educação, mas não se pode ganhar todas né...
Foi uma ótima premiação e que nos mostra que ainda existe uma luz no fim do túnel contra o exagero tecnológico e o vazio cinematográfico, mostrando aos cinéfilos e cineastas e pessoas do meio, que às vezes é possível se fazer um bom filme sem um orçamento de 500 milhões de dólares.


VENCEDORES DO OSCAR

                                         
MELHOR FILME


Guerra ao Terror


MELHOR DIREÇÃO


Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror)


MELHOR ATOR


Jeff Bridges (Coração Louco)


MELHOR ATRIZ

Sandra Bullock (Um Sonho Possível)


MELHOR ATOR COADJUVANTE

Christoph Waltz (Bastardos Inglórios)


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Mo’Nique (Preciosa)


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

Guerra ao Terror


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

Preciosa


MELHOR FOTOGRAFIA

Avatar


MELHOR TRILHA SONORA

Up – Altas Aventuras


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

“The Weary Kind (Theme from Crazy Heart)” (Coração Louco)


MELHOR MAQUIAGEM

Star Trek


MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

Avatar


MELHOR FIGURINO

A Jovem Rainha Victoria


MELHOR EDIÇÃO

Guerra ao Terror


MELHOR FILME ESTRANGEIRO

O Segredo dos Seus Olhos (Argentina)


MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

Up – Altas Aventuras


MELHOR SOM

Guerra ao Terror


MELHOR EDIÇÃO DE SOM

Guerra ao Terror


MELHORES EFEITOS ESPECIAIS

Avatar


MELHOR DOCUMENTÁRIO

A Enseada (The Cove)


MELHOR CURTAMETRAGEM

The New Tenants


MELHOR CURTAMETRAGEM DE ANIMAÇÃO

Logorama


MELHOR CURTAMETRAGEM – DOCUMENTÁRIO

Music by Prudence

domingo, 7 de março de 2010

FRAMBOESA DE OURO 2010 - VENCEDORES


Eis que saíram os "piores do ano"; isso aí, o framboesa de ouro foi entregue ontem a noite, com destaque para a vitória de Trasnformers 2: A Vingança Dos Derrotados na categoria de pior filme e para a vitória de Sandra Bullock na categoria de pior atriz pelo filme Maluca Paixão, já que a mesma é grande favorita ao Oscar de melhor atriz essa noite pelo seu papel em Um Sonho Possível. Bom, sem mais delongas vamos aos vencedores do Framboesa De Ouro 2010:


Pior Filme


Transformers: A Vingança dos Derrotados (Transformers: Revenge of the Fallen)


Pior Ator

Todos os irmãos Jonas - Jonas Brother 3D (Jonas Brothers: The 3-D Concert Experience)


Pior Atriz

Sandra Bullock - Maluca Paixão (All About Steve)


Pior Dupla em Cena

Sandra Bullock e Bradley Cooper - Maluca Paixão (All About Steve)


Pior Atriz Coadjuvante

Sienna Miller – G. I. Joe: A Origem de Cobra (G.I. Joe: The Rise of Cobra)


Pior Ator Coadjuvante

Billy Ray Cyrus - Hannah Montana: O Filme (Hannah Montana: The Movie)


Pior Refilmagem, Prólogo ou Sequência

Terra Perdida (Land of the Lost)


Pior Diretor

Michael Bay - Transformers: A Vingança dos Derrotados (Transformers: Revenge of the Fallen)


Pior Roteiro

Ehren Kruger, Roberto Orci & Alex Kurtzman, baseado nos personagens da Hasbro - Transformers: A Vingança dos Derrotados (Transformers: Revenge of the Fallen)


Especial 30 anos

Pior Filme da Década

A Reconquista (Battlefield Earth, 2000) – Indicado a 10 Troféus Framboesa, "ganhador" de 8 (incluindo o pior drama dos 25 anos da premiação)


Pior Ator da Década

Eddie Murphy (Indicado 12 vezes, "vencedor" de 3) - Pluto Nash (Adventures of Pluto Nash), Sou Espião (I Spy), Minha Filha É um Sonho (Imagine That), O Grande Dave (Meet Dave), Norbit (Norbit), Showtime (Showtime)


Pior Atriz da Década

Paris Hilton (Indicada 5 vezes, "vencedora" de 4) – A Gostosa e a Gosmenta (The Hottie & The Nottie), A Casa de Cera (House of Wax), Repo: The Genetic Opera (Repo: The Genetic Opera).

OSCAR 2010 - ENTREGA DOS PRÊMIOS

QUEM VENCE A DISPUTA?

É hoje pessoal; o maior prêmio da indústria cinematográfica será entregue hoje a partir das 10 horas da noite no horário de Brasília. A cerimônia será transmitida na íntegra pelo canal fechado TNT, a pela Globo daquele jeito que a gente conhece, ou seja, a partir do meio da cerimônia e sem muito feeling, mas já é alguma coisa, pois nem todos possuem TV fechada. Entre os principais prêmios alguns parecem óbvios e certos, como Jeff Bridges vencer como melhor ator por seu papel em Coração Louco, e Christopher Waltz deve levar o de melhor ator coadjuvante por seu nazista de Bastardos Inglórios (totalmente justo), outros apesar de possuírem seus favoritos, não são tão certos assim, como os prêmios de melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, roteirooriginal e adaptado e animação. Os prêmios técnicos e artísticos não comentarei agora, mas só depois da divulgação dos vencedores. Bom, agora os dois maiores prêmios da noite, se tornaram uma grande e valiosa disputa, no caso os prêmios de melhor filme e melhor diretor. Poucos meses atrás, Avatar era franco favorito e nada parecia conseguir tirar isso, entretanto Guerra Ao Terror ganhou muita força e pode desbamcar o queridinho do público. É cinema comercial, efeitos especiais e muito dinheiro, contra cinema mais independente, baixo orçamento e que encontra sua força em uma potente e firma direção aliada a criação de um clima formidável. Na direção, o ex casal James Cameron e Kathryn Bigelow disputam o prêmio por seus trabalhos nestes dois filmes , o primeiro por Avatar e o segundo por Guerra Ao Terror.
Minha opinião e minha torcida? Bom, nos últimos dois anos eu acertei na opinião e errei na torcida e acho que corro novamente o risco disso acontecer, hehehehehe. Assim como a maioria da crítica, acredito que o de melhor filme fique com Avatar e o de melhor direção com Bigelow, mas isso é uma opinião que depois da premiação eu desenvolverei melhor, agora, minha torcida mesmo é por Guerra Ao Terror, agora vamos ver no que dá, e amanhã eu já posto os vencedores e minhas opiniões sobre os mesmos.