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sábado, 26 de fevereiro de 2011

UMA FAMÍLIA AMERICANA


Ao terminar de assistir a fita em questão, Uma Família Americana (2008), cheguei até mesmo considerar que talvez eu não tivesse entendido realmente o filme, pois ele me deixou com uma estranha sensação de vazio. Refleti e cheguei a conclusão que é o filme que tem problemas mesmo (apesar de não descartar totalmente a primeira possibilidade).

É o segundo filme de Craig Lucas como diretor e, por incrível que pareça, apesar do bom elenco, é ele quem nos proporciona o pouco que se pode elogiar no filme. Sendo o gênero da fita comédia/drama, Lucas consegue enquadrar perfeitamente as cenas, determinando cada temperamento do gênero supracitado com seus closes em partes ou detalhes que demonstram bem o humor dos personagens.

Mas, anterior a exposição dos meus argumentos contra o filme, acho necessário um breve resumo do roteiro. A história gira em torno de três irmãos que perderam o pai e em seguida a mãe, obrigando o mais velho, de dezoito anos, a cuidar da irmã de doze e o irmão de sete. Já adultos, a família apresenta algumas séries de disfunções mentais, sexuais e intestinais. O irmão mais velho (Matthew Perry), que apresenta o último problema que vos falei, ainda sente-se o responsável pela família, e procura ser estável em sua vida financeira puxando o saco do vizinho e “amigo” que poderia arranjar uma posse do cargo de física, na faculdade em que ele trabalha. Já sua irmã (Ginnifer Goodwin) é uma fotógrafa mal-sucedida, possuidora de insônia e problemas sexuais. O mais novo (Ben Foster) é inconstante: de repente vira Vegan, de repente é casado, de repente começa a querer tocar pessoas na rua. A partir dessas características, o desenrolar da história consiste na tentativa de convivência dos três, superando seus problemas e até mesmo se ajudando.

O roteiro não é nada original, é recheado de clichês, não há construções argumentativas ou diálogos realmente interessantes, envolventes ou intricados, não há personagens simpáticos ou que sequer chamem a atenção do espectador, ou seja, além daquele mais do mesmo (a típica família com problemas), ele nem nos diverte, nem nos dá raiva, simplesmente não há emoção nenhuma.

Como já explanei, o elenco é bom, além dos atores já citados, incluem-se Lauren Graham e Hilary Swank, todavia, não há nenhuma notável atuação e nem uma harmonia entre eles. Apesar do diretor quase inexperiente conseguir fazer seu papel dentro do patamar esperado, é aquele típico filme que quando acaba você pensa: Tá, mas... e daí? É um filme que varia entre o mediano e o ruim.

Birds of America (2008)


NOTA: 4,5

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