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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

OS CANDIDATOS AO OSCAR DE MELHOR FILME - PARTE FINAL

Os leitores devem ter percebido que nos últimos dois posts que dediquei a comentar os candidatos ao Oscar de Melhor Filme que será entregue no domingo próximo (25/02/2011), englobei 8 dos 10 totais candidatos, ou seja, restam ainda 2. Estes dois são, então, os grandes favoritos e aqueles que tem reais chances de receber a estatueta e se consagrar o melhor filme de 2010 (tá certo!). Bom, vamos aos dois candidatos, lembrando novamente que meus comentários são pessoais e podem divergir dos leitores e este tipo de coisa.


OS FAVORITOS


A REDE SOCIAL


O filme do Facebook talvez ainda seja o grande favorito da noite, apesar de ter perdido força nos últimos tempos com os prêmios dos sindicatos e com a própria crítica. Eu particularmente acho que a fita de David Fincher deve vencer, o que na minha opinião é uma injustiça. Eu não consegui encontrar toda a genialidade que alguns dizem que A Rede Social possui, e o acho um filme vazio, frio, distante e que trabalha apenas com aparatos técnicos e um roteiro, que apesar de bom, é muito duro, e se utiliza de uma sociedade ignorante para se impor. Muitas pessoas que entendem de cinema e com quem converso argumentam que eu não consegui captar o caráter crítico de David Fincher e seu filme; admito que isto pode ser verdade, mas eu não tiro da minha cabeça a ideia de que A Rede Social é uma apologia disfarçada de crítica, e eu não consigo gostar de filmes que apologizam uma geração estúpida como a do Facebook. Admito que tecnicamente e unindo também, o quesito roteiro, direção e atuações, o filme é praticamente perfeito, agora, na minha interpretação, falta feeling. É um grande filme, porém, não para mim, assim sendo uma nota 8 está de bom tamanho.


NOTA: 8,0



O DISCURSO DO REI


O filme do rei gago ganhou força com as premiações dos sindicatos e para muitos é o grande favorito de domingo. Não é o meu favorito dos 10, entretanto, se é para escolher entre este e A Rede Social, fico com O Discurso do Rei. Muitos dizem que falta ousadia e que o filme é feito para ganhar Oscar, sendo assim, que ganhe então, já que dentro desta "quadradice", o filme do diretor Tom Hooper funciona brilhantemente bem, se apoiando em um roteiro preciso e gostoso, aliado a interpretações estupendas, principalmente da dupla Colin Firth e Geoffrey Rush. Recebeu críticas por não buscar adentrar a questões históricas envolvendo o rei George VI e seus flertes pró-nazismo, o que eu vejo de uma forma muito estranha, já que me parece claro que o filme não tem esta intenção. O que está em jogo é o rei humano, e sua superação para exercer aquilo que lhe cabe, ou seja, o aspecto histórico é apenas um pano de fundo para uma questão mais humanista, coisa que o cinema já fez muitas vezes. A verdade é que O Discurso do Rei é um filme belíssimo, com grande força, atuações impressionantes e para completar um trilha sonora que dispensa comentários. Pode até não ser o melhor filme do ano (e realmente não é), mas é melhor que A Rede Social.


NOTA: 9,0

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