“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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sábado, 28 de fevereiro de 2009
IT - UMA OBRA-PRIMA DO MEDO
Ficha Técnica
Título Original: It
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 157 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1990
Estúdio: Warner Bros. Television / Lorimar Television / Green/Epstein Productions / Konigsberg/Sanitsky Company
Distribuição: Warner Bros. Television
Direção: Tommy Lee Wallace
Roteiro: Lawrence D. Cohen e Tommy Lee Wallace, baseado em livro de Stephen King
Música: Richard Bells
Fotografia: Richard Leiterman
Desenho de Produção: Douglas Higgins
Direção de Arte: Eric Fraser
Figurino: Monique Stranan
Edição: David Blangsted e Robert F. Shugrue
Efeitos Especiais: Fantasy II Film Effects
Elenco
Harry Anderson (Richard / Trashmouth' Tozier)
Dennis Christopher (Eddie Kaspbrak)
Richard Masur (Stanley Uris)
Annette O'Toole (Beverly Marsh Rogan)
Tim Reid (Michael Hanlon)
John Ritter (Ben Hanscom)
Richard Thomas (William Denbrough)
Tim Curry (Robert Gray / Pennywise / A Coisa)
Jonathan Brandis (William Denbrough - 12 anos)
Brandon Crane (Ben Hanscom - 12 anos)
Adam Faraizl (Eddie Kaspbrak - 12 anos)
Seth Green (Richard Tozier - 12 anos)
Ben Heller (Stanley Uris - 12 anos)
Emily Perkins (Beverly Marsh - 12 anos)
Marlon Taylor (Michael Hanlon - 12 anos)
Jarred Blancard (Henry Bowrs - 14 anos)
Olivia Hussey (Audra Phillips Denbrough)
Michael Cole (Henry Bowers)
Sheila Moore (Sonya Kaspbrak)
Florence Patterson (Gray Kersh)
Claire Brown (Arlene Hanscomb)
Sinopse
Derry, no Maine, é uma pacata cidade que foi aterrorizada 30 anos atrás por um ser conhecido como "A Coisa". Suas vítimas eram crianças, sendo que se apresentava na maioria das vezes como o palhaço Pennywise. Com esta forma ele reaparece, 30 anos depois. Quem sente sua presença é Michael Hanlon (Tim Reid), um bibliotecário e único de um grupo de sete amigos que continuou morando em Derry. Assim ele liga para Richard Tozier (Harry Anderson), Eddie Kaspbrak (Dennis Christopher), Stanley Uris (Richard Masur), Beverly Marsh Rogan (Annette O'Toole), Ben Hanscom (John Ritter) e William Denbrough (Richard Thomas), pois todos os sete quando jovens viram "A Coisa" e juraram combatê-la caso surgisse outra vez. Porém este juramento pode custar suas vidas.
Premiações
- Ganhou o Emmy de Melhor Trilha Sonora - Especial/Mini-série, além de ter sido indicado na categoria de Melhor Edição - Especial/Mini-série.
CRÍTICA
Para os fãs dos livros de Stephen King e conseqüentemente fãs dos filmes baseados nos seus livros, It é um dos mais badalados tanto no quesito filme como livro. Enquanto que, segundo críticos literários, o livro A Coisa é o melhor trabalho de King, no cinema já não podemos dizer o mesmo.
It é um filme que eu gosto bastante e que marcou minha infância, todavia, apresenta vários problemas ao longo de sua narrativa. Infelizmente não li o livro, então acabo não podendo fazer qualquer tipo de comparação na relação livro-filme.
Esqueçamos então o livro, já que este blog tem apenas a intenção de analisar filmes, e nos concentremos no que a película It nos oferece de bom e o que ela nos oferece de ruim. O grande problema de It é ser um filme totalmente temporal, ou seja, ele só é bom e marcante quando você o assiste de uma determinada forma e em uma determinada época, se não for dessa forma, o filme perde a graça em vários momentos e não coloca medo em ninguém.
Eu me lembro de ter assistido a esse filme pela primeira vez quando tinha meus 9 ou 10 anos e o filme me atormentou bastante ao ponto de não conseguir sentir simpatia por mais nenhum palhaço até mesmo nos dias de hoje, entretanto, quando fui assisti-lo novamente hoje aos 23 anos, o filme já não tem o mesmo encanto e acaba soando até piegas.
Eu ainda me assombro com as risadas e aparições de Pennywise, mas é muito mais por me lembrar do medo que ele já me causou do que pelo que ele causa no momento em que vejo o filme. Meu ponto é o seguinte, o filme causa medo se você o assistir pela primeira até no máximo seus 12 ou 13 anos; se isso acontecer; o impacto que ele causa é tão grande que você se arrepiará sempre que vir o filme, não importa a idade; agora, se você já tem seus 20 anos e pensa em vê-lo pela primeira vez, muito provavelmente não terá nenhuma reação, achará o filme longo demais e ainda se enfurecerá com o final um pouco estranho.
Além disso, It possui alguns problemas de andamento e direção, principalmente no início quando o elenco é basicamente de crianças. Por outro lado, Pennywise, que é o grande centro do filme está muito mais presente e assustador na primeira metade, fazendo dela, mesmo com os probleminhas citados acima, a melhor parte do filme e gerando uma queda de rendimento na segunda metade do mesmo.
Bom, mas até agora eu só falei os problemas de It, entretanto ele está na sessão para pensar duas vezes e não na para se passar longe, então algo de bom ele tem, correto? Correto! It assusta, perturba e a risada daquele palhaço é simplesmente aterrorizante. A maquiagem e a trilha sonora com músicas de parque de diversões em sua grande parte provocam uma sensação de infância quebrada que incomoda. Além disso, o filme simplesmente coloca um dos maiores ícones da infância; ou seja, o palhaço; como a própria encarnação do mal e o destruidor dessa mesma infância.
Querendo ou não, longo ou não, It é um filme de terror que ou você vai gostar muito ou vai detestar muito; pegue sua opinião e a assuma; eu gosto, ele me assusta e aquele palhaço é facilmente uma das coisas mais aterrorizantes que eu já vi, mas, pelo fato de nem todos beberem da mesma opinião que eu, é que ele se encontra nessa sessão, já que por mim, ele estaria na para ver.
NOTA: 7,0
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
O LIBERTINO
Ficha Técnica
Título Original: The Libertine
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 114 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra): 2004
Site Oficial: www.weinsteinco.com/thelibertine
Estúdio: Odyssey Entertainment Ltd. / Mr. Mudd / Isle of Men Film Commission / First Choice Films 2004
Distribuição: The Weinstein Company / Europa Filmes
Direção: Laurence Dunmore
Roteiro: Stephen Jeffreys, baseado em peça teatral de Stephen Jeffreys
Produção: Lianne Halfon, John Malkovich e Russell Smith
Música: Michael Nyman
Fotografia: Alexander Melman
Desenho de Produção: Ben van Os
Direção de Arte: Patrick Rolfe e Fleur Whitlock
Edição: Jill Bilcock
Elenco
Johnny Depp (John Wilmot)
Samantha Morton (Elizabeth Barry)
John Malkovich (Rei Charles II)
Paul Ritter (Chiffinch)
Stanley Townsend (Keown)
Francesca Annis (Condessa)
Rosamund Pike (Elizabeth Malet)
Tom Hollander (George Etherege)
Johnny Vegas (Sackville)
Richard Coyle (Alcock)
Hugh Sachs (Ratcliffe)
Tom Burke (Vaughan)
Rupert Friend (Billy Downs)
Jack Davenport (Harris)
Trudi Jackson (Rose)
Claire Higgins (Molly Luscombe)
Freddie Jones (Betterton)
Robert Wilford (Huysmans)
Kelly Reilly (Jane)
Sinopse
John Wilmot (Johnny Depp), o 2º Conde de Rochester, é um rebelde provocador e um gênio literário da restauração inglesa do século XVII. Wilmot é convocado pelo rei Charles II (John Malkovich) a escrever uma peça, com a responsabilidade de que ela precisa ser magistral e que impressione a corte francesa. Apaixonado pela atriz Elizabeth Barry (Samantha Morton), o desejo de Wilmot em transformá-la em uma estrela e sua inteligência subversiva terminam por escandalizar a sociedade de Londres da época.
CRÍTICA
Sei que esta crítica provavelmente não agradará a todos, mas a verdade é que O Libertino é um filme bem chatinho, nada original e que usurpa de outros filmes todo o seu conteúdo. Comecemos pelo astro, ator principal e chama público Johnny Depp; eu gosto dele, acho ele um ótimo ator, e um dos poucos que conseguiu ser reconhecido pelo talento e não pela beleza nas últimas safras de atores, e eu admiro isso nele. Exatamente por isso, não posso considerar como boa, uma atuação totalmente sem alma e sem criação como a que ele fez nesse filme. Seu personagem é uma mistura de seus trabalhos com Tim Burton unidos aos tiques e malícias de seu Jack Sparrow, em suma, ele não faz nada que você já não o tenha visto fazer melhor em outros filmes, fazendo com que encontremos em O Libertino sua pior atuação, pelo menos dos filmes que eu vi dele.
Mas não para por aí. O Libertino tem vários outros defeitos. Sua fotografia falha em quase todas as cenas, principalmente quando gera tons de claridade nas cenas teatrais. A direção do desconhecido Laurence Dunmore é pífia e o roteiro tem um erotismo totalmente exagerado e fora de sintonia. Você nunca sabe por que aqui é assim e ali é do outro jeito.
Se você gosta de filmes que tenham toques eróticos, procure por filmes que tenham isso na dose correta e que façam parte do conjunto do filme, e não que seja apenas algo jogado para gerar mais polêmica e conseqüentemente, dinheiro. Pegue o dinheiro que você gastaria para ver esse filme e veja O Último Tango em Paris de Bernardo Bertolucci, ou quem sabe os dois filmes de Philip Kaufman: Contos Proibidos Do Marquês de Sade e A Insustentável Leveza Do Ser, que são muito melhores e ao mesmo tempo são aulas de como colocar erotismo correto em um filme, ao contrário desse exagero de tentativa de polemizar.
O elenco secundário do filme coloca uma mão fora do buraco, até por que John Malkovich é sempre uma atração a parte e nunca perde sua pose e talento, mesmo em um filme muito abaixo de seu potencial como este do qual vos falo no momento.
Em concluinte, o filme é chato e bem fraquinho, bem abaixo do que nomes como Johnny Depp e John Malkovich já fizeram e podem fazer. Aliás, com tantos filmes bons na carreira dos dois, você vai escolher ver justamente este? Não perca seu tempo e nem seu dinheiro. Com sorte em alguns anos ninguém mais se lembrará deste filme e ele cairá no ostracismo e no esquecimento, por que sinceramente é a única coisa que este péssimo filme merece.
NOTA: 3,5
Título Original: The Libertine
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 114 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra): 2004
Site Oficial: www.weinsteinco.com/thelibertine
Estúdio: Odyssey Entertainment Ltd. / Mr. Mudd / Isle of Men Film Commission / First Choice Films 2004
Distribuição: The Weinstein Company / Europa Filmes
Direção: Laurence Dunmore
Roteiro: Stephen Jeffreys, baseado em peça teatral de Stephen Jeffreys
Produção: Lianne Halfon, John Malkovich e Russell Smith
Música: Michael Nyman
Fotografia: Alexander Melman
Desenho de Produção: Ben van Os
Direção de Arte: Patrick Rolfe e Fleur Whitlock
Edição: Jill Bilcock
Elenco
Johnny Depp (John Wilmot)
Samantha Morton (Elizabeth Barry)
John Malkovich (Rei Charles II)
Paul Ritter (Chiffinch)
Stanley Townsend (Keown)
Francesca Annis (Condessa)
Rosamund Pike (Elizabeth Malet)
Tom Hollander (George Etherege)
Johnny Vegas (Sackville)
Richard Coyle (Alcock)
Hugh Sachs (Ratcliffe)
Tom Burke (Vaughan)
Rupert Friend (Billy Downs)
Jack Davenport (Harris)
Trudi Jackson (Rose)
Claire Higgins (Molly Luscombe)
Freddie Jones (Betterton)
Robert Wilford (Huysmans)
Kelly Reilly (Jane)
Sinopse
John Wilmot (Johnny Depp), o 2º Conde de Rochester, é um rebelde provocador e um gênio literário da restauração inglesa do século XVII. Wilmot é convocado pelo rei Charles II (John Malkovich) a escrever uma peça, com a responsabilidade de que ela precisa ser magistral e que impressione a corte francesa. Apaixonado pela atriz Elizabeth Barry (Samantha Morton), o desejo de Wilmot em transformá-la em uma estrela e sua inteligência subversiva terminam por escandalizar a sociedade de Londres da época.
CRÍTICA
Sei que esta crítica provavelmente não agradará a todos, mas a verdade é que O Libertino é um filme bem chatinho, nada original e que usurpa de outros filmes todo o seu conteúdo. Comecemos pelo astro, ator principal e chama público Johnny Depp; eu gosto dele, acho ele um ótimo ator, e um dos poucos que conseguiu ser reconhecido pelo talento e não pela beleza nas últimas safras de atores, e eu admiro isso nele. Exatamente por isso, não posso considerar como boa, uma atuação totalmente sem alma e sem criação como a que ele fez nesse filme. Seu personagem é uma mistura de seus trabalhos com Tim Burton unidos aos tiques e malícias de seu Jack Sparrow, em suma, ele não faz nada que você já não o tenha visto fazer melhor em outros filmes, fazendo com que encontremos em O Libertino sua pior atuação, pelo menos dos filmes que eu vi dele.
Mas não para por aí. O Libertino tem vários outros defeitos. Sua fotografia falha em quase todas as cenas, principalmente quando gera tons de claridade nas cenas teatrais. A direção do desconhecido Laurence Dunmore é pífia e o roteiro tem um erotismo totalmente exagerado e fora de sintonia. Você nunca sabe por que aqui é assim e ali é do outro jeito.
Se você gosta de filmes que tenham toques eróticos, procure por filmes que tenham isso na dose correta e que façam parte do conjunto do filme, e não que seja apenas algo jogado para gerar mais polêmica e conseqüentemente, dinheiro. Pegue o dinheiro que você gastaria para ver esse filme e veja O Último Tango em Paris de Bernardo Bertolucci, ou quem sabe os dois filmes de Philip Kaufman: Contos Proibidos Do Marquês de Sade e A Insustentável Leveza Do Ser, que são muito melhores e ao mesmo tempo são aulas de como colocar erotismo correto em um filme, ao contrário desse exagero de tentativa de polemizar.
O elenco secundário do filme coloca uma mão fora do buraco, até por que John Malkovich é sempre uma atração a parte e nunca perde sua pose e talento, mesmo em um filme muito abaixo de seu potencial como este do qual vos falo no momento.
Em concluinte, o filme é chato e bem fraquinho, bem abaixo do que nomes como Johnny Depp e John Malkovich já fizeram e podem fazer. Aliás, com tantos filmes bons na carreira dos dois, você vai escolher ver justamente este? Não perca seu tempo e nem seu dinheiro. Com sorte em alguns anos ninguém mais se lembrará deste filme e ele cairá no ostracismo e no esquecimento, por que sinceramente é a única coisa que este péssimo filme merece.
NOTA: 3,5
APENAS UMA VEZ
Ficha Técnica
Título Original: Once
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano de Lançamento (Irlanda): 2006
Site Oficial: www.foxsearchlight.com/once
Estúdio: Summit Entertainment / Samson Films / Radio Telefis Éireann / Bórd Scannán na hÉireann
Distribuição: Fox Searchlight Pictures / Imagem Filmes
Direção: John Carney
Roteiro: John Carney
Produção: Martina Niland
Música: Glen Hansard e Markéta Irglová
Fotografia: Tim Fleming
Desenho de Produção: Tamara Conboy
Direção de Arte: Riad Karin
Figurino: Tiziana Corvisieri
Edição: Paul Mullen
Elenco
Glen Hansard (Homem)
Markéta Inglová (Mulher)
Hugh Walsh (Timmy)
Geoff Minogue (Eamon)
Bill Hodnett (Pai do homem)
Danuse Ktrestova (Mãe da mulher)
Mal Whyte (Bill)
Niall Cleary (Bob)
Gerard Hendrick (Guitarrista)
Alastair Foley
Sinopse
Dublin, Irlanda. Um músico de rua (Glen Hansard) sente-se inseguro para apresentar suas próprias canções. Um dia ele encontra uma jovem mãe (Markéta Inglová), que tenta ainda se encontrar na cidade. Logo eles se aproximam e, ao reconhecer o talento um do outro, começam a ajudar-se mutuamente para que seus sonhos se tornem realidade.
Premiações
- Ganhou o Oscar de Melhor Canção Original ("Falling Slowly").
- Ganhou o Independent Spirit Awards de Melhor Filme Estrangeiro.
- Ganhou o Prêmio do Público, no Sundance Film Festival.
- Recebeu 2 indicações ao Grammy, nas categorias de Melhor Trilha Sonora - Cinema/TV/Outras Mídias e Melhor Canção Original - Cinema/TV/Outras Mídias ("Falling Slowly").
CRÍTICA
Filmes como Apenas Uma Vez possuem sérios problemas para cair nas graças do público em si; esse pormenor tem vários motivos: não possuir nenhum ator "famoso", nem ser um filme extremamente divulgado, não possuir zilhões de dólares gastos em efeitos especiais e o principal motivo é sair do eixo principal do circuito cinematográfico. O filme é irlandês, um país totalmente sem tradição cinematográfica (pelo menos, levando em conta o que chega aqui pra gente), fazendo com que pouca gente o conheça, mesmo tendo vencido o Oscar de Melhor Canção em seu ano. Assim sendo, o que me leva a colocá-lo aqui, e principalmente, o por que dele estar na sessão máxima deste blog? Quem assistiu a este filme, sabe que essa pergunta é tão fácil de responder, quanto foi explicar o por que deste filme ser tão pouco conhecido mesmo sendo tão bom.
Uma apologia à música como paixão e uma declaração de amor àqueles que atiram suas vidas por um sonho , mesmo que pequeno principiam uma história sobre dois jovens que não possuem nome, que não se conhecem, que tem em comum apenas o desejo de viver de acordo com o que gostam e com o que sabem fazer, ou seja, música.
Na definição cinematográfica em si do termo, Apenas Uma Vez não é um musical, já que as músicas em si não são a base do roteiro, mas sim, o fato de viver por ela, de como a música influencia, transforma e aproxima as pessoas. Em uma atualidade, onde qualquer tipo de arte virou escracho e qualquer um pode dizer que é artista, a técnica de dominar essa arte de fazer música aparece em todos os sentidos e transborda uma alegria contagiante.
O roteiro curto e direto, unido a belíssimas e verdadeiras atuações, uma trilha sonora indiscutivelmente fantástica composta pelos próprios atores principais que em nenhum momento são dublados; já que ambos além de atores, também são ótimos músicos, fazem desta película, filmada com uma tremeluzente câmera na mão do diretor, uma das mais belas e puras histórias contadas pelo cinema nos últimos anos. O filme é apenas um simples amor, um simples pedaço de vida, que por um motivo, a música, uniu por algum tempo duas pessoas, que não se importavam para onde iam, ou o que tinham ao seu lado, apenas viveram aqueles momentos e colheram seus frutos, mesmo quando a árvore estava se quebrando. É quase impossível não adentrar a história dos dois jovens, já que eles parecem tão perto, cantam com tanta emoção, como se aqueles momentos fossem a única felicidade que poderiam ter. O trabalho de câmera do diretor é estupendo; já que a câmera na mão tremendo e captando como nenhuma tecnologia poderia fazer,os sentimentos do rapaz e da moça nos colocam ao lado deles, como se torcessemos por cada centímetro que chegassem mais perto, ou por cada nota bem tocada em seu violão e piano respectivamente.
Enquanto Hollywood e os outros grandes do cinema produzem uma porcaria atrás da outra (com raras exceções), principalmente no âmbito dos filmes românticos e dramáticos, talvez o melhor a se fazer é buscar fontes alternativas, e se, a primeira impressão é a que fica, assista primeiramente Apenas Uma Vez que você com certeza terá a melhor das impressões possíveis.
NOTA: 9,5
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
DEU A LOUCA EM HOLLYWOOD
Ficha Técnica
Título Original: Epic Movie
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 86 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.deualoucaemhollywood.com.br
Estúdio: 20th Century Fox Film Corporation / New Regency Pictures
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: Jason Friedberg e Aaron Seltzer
Roteiro: Jason Friedberg e Aaron Seltzer
Produção: Paul Schiff
Música: Ed Shearmur
Fotografia: Shawn Maurer
Desenho de Produção: William A. Elliott
Direção de Arte: Daniel A. Lomino
Figurino: Frank Helmer
Edição: Peck Prior
Efeitos Especiais: Handmade Digital
Elenco
Kal Penn (Edward)
Adam Campbell (Peter)
Jennifer Coolidge (Branquela Perversa)
Jayma Mays (Lucy)
Faune A. Chambers (Susan)
Crispin Glover (Willy)
Tony Cox (Bink)
Héctor Jiménez (Sr. Tumnus)
Darrell Hammond (Capitão Jack Swallows)
Fred Willard (Aslo)
Kevin McDonald (Harry Potter)
George Alvarez (Ron)
Crista Flanagan (Hermoine)
Dane Farwell (Dumbledore)
Carmen Electra (Mística)
Tad Hilgenbrink (Ciclope)
Jim Piddock (Magneto)
Vince Vieluf (Wolverine)
Kahshanna Evans (Tempestade)
Lindsey Kraft (Vampira)
Jareb Dauplaise (Nacho Libre)
Rico Rodriguez (Chanchito)
Danny Jacobs (Borat)
Shawn McDonald (P. Diddy Faun)
Katt Williams (Harry Beaver)
Darko Belgrade (James Bond)
David Whatley (Silas)
Sabi Dorr (Blacksmith)
David Lehre (Sósia de Ashton Kutcher)
James Walker Sr. (Sósia de Samuel L. Jackson)
Taylor Cordele (Sósia de Kanye West)
Alla Petrou (Sósia de Paris Hilton)
Gregory Jbara (Sósia de Mel Gibson)
Anwar Burton (Sósia de Michael Jackson)
David Carradine (Curador do museu)
Dana Seltzer (Aeromoça)
Sinopse
Quatro órfãos são escolhidos para conhecer uma fábrica de chocolates. Lucy (Jayma Mays) foi criada por um superintendente do Museu do Louvre, onde se esconde um assassino albino. Edward (Kal Penn) é um refugiado da luta livre mexicana, enquanto que Susan (Faune A. Chambers) foi vítima recentemente de um ataque de serpentes em um avião. Já Peter (Adam Campbell) é um residente normal da comunidade de mutantes X. Juntos eles visitam a fábrica, onde entram em um guarda-roupas encantado que os leva à terra de Gnárnia. Lá conhecem um capitão pirata (Darrell Hammond) cheio de frescuras, alguns alunos esforçados de feitiçaria e se juntam a um leão sábio para derrotar a perigosa Branquela Perversa (Jennifer Coolidge).
Premiações
- Recebeu 3 indicações ao Framboesa de Ouro, nas categorias de Pior Atriz Coadjuvante (Carmen Electra), Pior Refilmagem ou Filme Derivado de Algo e Pior Roteiro.
CRÍTICA
Bom, das críticas que publiquei aqui até o presente momento , essa é provavelmente a mais fácil de todas, única e exclusivamente por que esse filme é horroroso. Todos os jargões possíveis para lamentar um filme ruim servem para esse; incluindo coisas do tipo: " dinheiro perdido";" 1 hora e meia da minha vida perdida" e por aí vai.
A comédia pastelão que já nos proporcionou milagres e filmes de chorar rir , atualmente só produz filmes para chorar de tristeza e este aqui é um exemplo crucial disso. Mal dirigido, pessimamente atuado e o pior, se utiliza de filmes que entram na mente das pessoas por algo marcante e os destrói com "piadas" sem sentido e de mal gosto. A verdade é que o filme atira para todos os lados e não acerta alvo algum.
A película é um desfile de tentativas errôneas de parodiar os principais sucessos atuais de Hollywood e fazia tempo que eu não via um filme que não acertava em nenhum ponto se quer; o resultado final é tão lamentável que a sensação que se tem ao terminar o filme pode ser definida em uma frase que eu vi escrita não me lembro onde ou alguém me disse quando viu esse filme; que a única coisa que esse filme não é, é bom e engraçado, por que do resto...
Com sinceridade, se você está pensando em assisti-lo por que a capinha é bonitinha, ou por que tem um cara que parece o Jack Sparrow, não faça isso, economize seu dinheiro ou gaste-o com uma boa comédia como um filme de Mel Brooks, ou Monty Phyton, ou algum filme com Jack Lemmon, ou até mesmo algo mais atual e um pouquinho melhor com o primeiro filme da franquia Todo Mundo em Pânico ou o terceiro, que não são genialidades de comédia, mas pelo menos nos faz rir de vez em quando; agora se mesmo assim você insistir em ver este filme; boa sorte e se por acaso você conseguir achá-lo engraçado procure um líder mundial pois seu senso de humor provavelmente pode ajudar o mundo a ser um lugar melhor.
Em poucas palavras; esse filme é péssimo, e com certeza deve-se passar longe, bem longe.
NOTA: 1,0
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA: O LEÃO; A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPA
Ficha Técnica
Título Original: The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 140 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2005
Site Oficial: www.disney.com.br/cinema/narnia
Estúdio: Walt Disney Pictures / Walden Media / Lamp Post Productions Ltd.
Distribuição: Walt Disney Pictures / Buena Vista International
Direção: Andrew Adamson
Roteiro: Ann Peacock, Andrew Adamson, Christopher Markus e Stephen McFeely, baseado em livro de C.S. Lewis
Produção: Mark Johnson
Música: Harry Gregson-Williams
Fotografia: Donald McAlpine
Desenho de Produção: Roger Ford
Direção de Arte: Jules Cook, Ian Gracie, Karen Murphy e Jeffrey Thorp
Figurino: Isis Mussenden
Edição: Sim Evan-Jones e Jim May
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic / Rhythm & Hues / Weta Workshop Ltd. / Sony Pictures Imageworks / K.N.B. EFX Group Inc.
Elenco
Georgie Henley (Lúcia Pevensie)
William Moseley (Pedro Pevensie)
Skandar Keynes (Edmundo Pevensie)
Anna Popplewell (Susana Pevensie)
Tilda Swinton (Jadis, a Feiticeira Branca)
Sophie Winkleman (Susan Pevensie - adulta)
James McAvoy (Sr. Tumnus)
Shane Rangi (Centauro)
Patrick Kake (Oreius)
Elizabeth Hawthorne (Sra. Macready)
Kiran Shah (Ginarrbrik)
James Cosmo (Papai Noel)
Judy McIntosh (Sra. Pevensie)
Jim Broadbent (Prof. Digory Kirke)
Stephen Ure (Satyr)
Michael Madsen (Maugrim)
Rupert Everett (Raposa - voz)
Ray Winstone (Sr. Castor - voz)
Dawn French (Sra. Castor - voz)
Liam Neeson (Aslan - voz)
Paulo Goulart (Aslan - voz/versão brasileira)
Sinopse
Lúcia (Georgie Henley), Susana (Anna Popplewell), Edmundo (Skandar Keynes) e Pedro (William Moseley) são quatro irmãos que vivem na Inglaterra, em plena 2ª Guerra Mundial. Eles vivem na propriedade rural de um professor misterioso, onde costumam brincar de esconde-esconde. Em uma de suas brincadeiras eles descobrem um guarda-roupa mágico, que leva quem o atravessa ao mundo mágico de Nárnia. Este novo mundo é habitado por seres estranhos, como centauros e gigantes, que já foi pacífico mas hoje vive sob a maldição da Feiticeira Branca, Jadis (Tilda Swinton), que fez com que o local sempre estivesse em um pesado inverno. Sob a orientação do leão Aslam, que governa Nárnia, as crianças decidem ajudar na luta para libertar este mundo do domínio de Jadis.
Premiações
- Ganhou o Oscar de Melhor Maquiagem, além de ser indicado nas categorias de Melhores Efeitos Especiais e Melhor Som.
- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Wunderskind").
- Ganhou o BAFTA de Melhor Maquiagem, além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.
- Recebeu uma indicação ao MTV Movie Awards de Melhor Vilão (Tilda Swinton).
CRÍTICA
Passei um bom tempo pensando em qual categoria incluiria a crítica sobre este enorme sucesso de alguns anos atrás, que se você nunca viu pelo menos deve ter ouvido falar nele. Depois de muito pensar, acabei chegando à conclusão de colocá-lo no porque pensar duas vezes, e os motivos são dois; que talvez não sejam válidos para algumas pessoas, mas para mim parece plausível, e estes motivos são a acessibilidade da película e sua certa falta de originalidade.
O filme em si, é bem interessante, divertido, bem filmado, com boas atuações das crianças e logicamente, com efeitos especiais de cair o queixo; tanto que suas duas horas e vinte passam como se fosse meia hora. Em relação ao roteiro, como eu não li o livro, acabo limitado por este ponto; entretanto existe plausibilidade no argumento e a trama é muito bem desenvolvida pelo diretor Andrew Adamson, o mesmo de Shrek e Shrek 2, que apesar de não acrescentar nada de novo à arte de dirigir filmes, faz um bom trabalho naquilo que se propõe.
Dito isto, vamos para os dois motivos que citei no primeiro parágrafo deste texto. Em relação a acessibilidade, que no meu ponto de vista é algo óbvio, o filme não vai agradar àquelas pessoas que não gostam de algo muito fantasiado, e principalmente àqueles que já se saturaram com esse tipo de filme depois do aparecimento da franquia Harry Potter e do pai de todos eles, que é O Senhor dos Anéis, e já entrando no outro motivo, nada do que encontramos em Nárnia já não foi visto em algum dos filmes dessas duas franquias.
Essa acessibilidade prejudica o filme também em outro aspecto, já que em alguns momentos o filme se perde entre tentar ser uma película só para crianças, ou ser um filme para adultos e também crianças e acaba ficando em um incômodo meio termo, fazendo com que alguns momentos sejam infantis demais e outros sejam adultos demais, transformando o filme em uma história que possui partes boas e ruins, prejudicando o conjunto todo.
O outro ponto é originalidade, já que Nárnia não traz absolutamente nada de novo, usando e abusando de clichês que ainda funcionam, mas que daqui a algum tempo ficarão obsoletos, transformando-o em algo temporal e que provavelmente será esquecido daqui alguns anos; ou vai me dizer que você nunca ouviu a história de que existe uma profecia e que os humanos é que salvarão o mundo? Se não,provavelmente é porque você não viu filmes desse tipo o suficiente, ou talvez não tenha visto nenhum.
Resumindo, se você é daquele fã que não se importa com algo que já foi dito, desde que lhe agrade e curte uma fantasia, bichos falantes, seres fantásticos e crianças boazinhas, assista sem medo, porque Nárnia é um dos melhores nesse quesito. Agora, se você é daqueles que não curte nada fantasioso e gosta mais de filmes que tragam algo diferente, provavelmente Nárnia não lhe agradará.
Para finalizar, é impossível não comentar Tilda Swinton como a Feiticeira Branca; já que sua feiúra chama demais a atenção. A atuação dela em si é interessante, mas que deve ter assustado muita criança deve, hhahauhhuauhhaa. Enfim, Nárnia é um bom passatempo e um filme interessante, bem longe de ser ruim, mas longe também de ser um clássico ou ser tão bom quanto alguns exagerados aí dizem.
NOTA: 6,5
GANGUES DE NOVA YORK
Ficha Técnica
Título Original: Gangs of New York
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 164 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2002
Site Oficial: www.gangsofnewyork.com
Estúdio: Miramax Films / Cappa Production / Incorporated Television Company / Initial Entertainment Group / Meespierson Film CV / P.E.A. Films / Q&Q Medien GmbH / Splendid Medien AG
Distribuição: Miramax Films / 20th Century Fox International / Columbia Pictures Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Jay Cocks, Steven Zaillian e Kenneth Lonergan, baseado em livro de Herbert Asbury
Produção: Alberto Grimaldi e Martin Scorsese
Música: Elmer Bernstein
Fotografia: Michael Ballhaus
Desenho de Produção: Dante Ferretti
Direção de Arte: Robert Guerra e Stefano Maria Ortolani
Figurino: Sandy Powell
Edição: Thelma Schoonmaker
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic
Elenco
Leonardo DiCaprio (Amsterdam Vallon)
Daniel Day-Lewis (William "The Butcher" Cutting)
Cameron Diaz (Jenny Everdane)
Jim Broadbent (Boss Tweed)
John C. Reilly (Happy Jack)
Henry Thomas (Johnny Sirocco)
Brendan Gleeson (Monk)
Roger Aston-Griffiths (P.T. Barnum)
Liam Carney (Fuzzy)
Stephen Graham (Shang)
Gary Lewis (Charles McGloin)
Gary McCormack (Stick)
Liam Neeson (Priest Vallon)
Cara Seymour (Hellcat Maggie)
Dominique Vandenberg (Tommy)
Andrew Gallagher (Jovem Johnny Sirocco)
Sinopse
Em plena Nova York de 1840, o jovem Amsterdam (Leonardo DiCaprio) busca se vingar de William "The Butcher" Cutting (Daniel Day-Lewis), o assassino de seu pai (Liam Neeson), que era o líder da gangue Dead Rabbits. Em sua jornada Amsterdam acaba se tornando amigo e homem de confiança de William, apaixonando-se também por Jenny Everdane (Cameron Diaz), uma bela jovem que é integrante de uma gangue rival.
Premiações
- Recebeu 10 indicações ao Oscar, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Daniel Day-Lewis), Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Edição, Melhor Som e Melhor Canção Original ("The Hands That Built America").
- Ganhou 2 Globos de Ouro, nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Canção Original ("The Hands that Built America").
Recebeu ainda outras 3 indicações, nas seguintes categorias: Melhor Filme - Drama, Melhor Ator - Drama (Daniel Day-Lewis) e Melhor Atriz Coadjuvante (Cameron Diaz).
- Ganhou o BAFTA de Melhor Ator (Daniel Day-Lewis), além de ter sido indicado em outras 11 categorias: RMelhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Desenho de Produção, Melhor Roteiro Original e Melhor Som.
- Recebeu 2 indicações ao MTV Movie Awards, nas categorias de Melhor Beijo e Melhor Vilão (Daniel Day-Lewis).
CRÍTICA
Bom, primeiramente já adianto que eu gosto e muito desse filme. Dito isto, é necessário responder a pergunta: então porque ele está na sessão porque pensar duas vezes e não na por que ver? Essa resposta é simples; já que o fato de eu gostar de um filme não faz com que ele seja totalmente bom, e Gangues de Nova York se encaixa nesse perfil.
Como qualquer filme de Scorcese (com raras exceções), o espectador deve esperar violência. Logicamente, já que nenhum diretor utiliza a bestialidade humana com tanta maestria como faz Scorcese. Gangues de Nova York tem violência e muita, e aí que mora um dos problemas do filme. Em nenhum outro filme de Scorcese, acontece o que acontece aqui, um exagero de violência. Enquanto em clássicos como Taxi Driver e Touro Indomável, em filmes até não tão clássicos como Os Infiltrados e Os Bons Companheiros, temos uma violência totalmente adaptada e necessária para a trama, mostrando toda a força do diretor, em Gangues de Nova York há violência desnecessária, e que não contribui em nada para a trama, causando a sensação de que o diretor em algumas ocasiões não comanda nada, deixando as coisas correrem soltas, ou seja, parece um filme de Tarantino onde só há pancada sem nenhum sentido.
Eliminado isto, no restante do filme, Scorcese se mostra o ótimo diretor que sempre foi mostrando com crueza e profundidade uma sociedade dominada pelo poder e pela ganância. Definitivamente, o filme agrada a muitos, assim como também desagrada a muitos devido a essa violência as vezes acertada e as vezes equivocada.
Além disso, o filme apresenta alguns problemas de roteiro, acelerando demais algumas situações cruciais e gerando poucas explicações sobre um contexto inexplorado e cru, causando uma sensação de dificuldade de assimilação no conteúdo geral, sendo que o filme deixa claro que não é essa a sua intenção.
O elenco ajuda a salvar e a afundar o filme. Se por um lado temos um Daniel Day-Lewis simplesmente fantástico e brutal na sua atuação, transformando-se no que o filme tem de melhor; por outro temos uma Cameron Diaz apagada (como sempre) e sem sal. Suas cenas são simplesmente descartáveis e sua atuação fria e sem vontade. DiCaprio mostra mais uma vez sua evolução como ator e se esforçando muito não prejudica a trama e responde até bem às suas cenas, porém sem brilhantismo. Outro ponto positivo é a ótima trilha sonora; muito bem encaixada e executada, dando o perfeito suporte entre tensão e intimismo tão presentes ao longo do filme.
Em conclusão é um filme acima de qualquer outro que Cameron Diaz pode fazer, um tema que poderia ser mais bem explorado pelo roteiro e que condiz com a evolução de DiCaprio e que teria uma ótima direção senão estivéssemos falando de um diretor como Scorcese. Assim sendo, o filme acaba sendo fraco por se tratar de um Scorcese e por possuir uma atuação como a de Day-Lewis, mas mesmo assim, ainda é muito melhor que a maioria do que produzem por aí.
NOTA: 6,0
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
WALL-E
Ficha Técnica
Título Original: Wall-E
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 97 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Site Oficial: www.disney.com.br/cinema/walle
Estúdio: Walt Disney Pictures / Pixar Animation Studios
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures
Direção: Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton
Produção: Jim Morris
Música: Thomas Newman
Desenho de Produção: Ralph Eggleston
Edição: Stephen Schaffer
Elenco (Vozes)
Ben Burtt (Wall-E / M-O)
Elissa Knight (Eva)
Jeff Garlin (Capitão)
Fred Willard (Shelby Forthright)
John Ratzenberger (John)
Kathy Najimy (Mary)
Sigourney Weaver (Auto)
Sinopse
Após entulhar a Terra de lixo e poluir a atmosfera com gases tóxicos, a humanidade deixou o planeta e passou a viver em uma gigantesca nave. O plano era que o retiro durasse alguns poucos anos, com robôs sendo deixados para limpar o planeta. Wall-E é o último destes robôs, que se mantém em funcionamento graças ao auto-conserto de suas peças. Sua vida consiste em compactar o lixo existente no planeta, que forma torres maiores que arranha-céus, e colecionar objetos curiosos que encontra ao realizar seu trabalho. Até que um dia surge repentinamente uma nave, que traz um novo e moderno robô: Eva. A princípio curioso, Wall-E logo se apaixona pela recém-chegada.
CRÍTICA
Bom, demorei muito pra escolher o filme com o qual eu iniciaria o blog; depois de muito matutar acabei escolhendo essa fantástica animação da Disney que chegou a nós este ano que acabou de acabar (ahm?). Mas o que tem Wall-E de tão bom assim? De certo modo está é uma pergunta fácil.
Enquanto alguns gêneros de filmes que nos proporcionaram clássicos fantásticos como terror, comédia romântica e aventura vivem crises intermináveis de bons filmes, o cinema de animação vai contra esta corrente e emplaca um belo filme atrás de outro e Wall-E talvez seja o melhor filme dessa boa fase.
A história pós-apocalíptica gira ao redor de um sucateado(e extremamente simpático) robozinho que vive isolado em uma Terra destruída. Quando ele menos espera eis que surge uma robô que mudaria toda sua pacata e rotineira vida.
O filme possui tudo; comédia, romance, drama, aventura e está longe, muito longe de ser um filme apenas para crianças. Mesmo sendo uma animação, leva o espectador a uma reflexão extremamente válida e importante, referente ao rumo da vida no planeta Terra.
Como se não bastasse, o filme é de uma originalidade magnifíca e dispara críticas para quase todos os lados que merecem esse tipo de comentário atualmente. Com pouquíssimos diálogos, o filme busca emplacar por um caminho que nenhuma outra animação tentou; que é o cinema visual.
Repare nos planos fundos utilizados e nas várias cenas em que Wall-E aparece só , ao redor de um deserto e um monte de lixo, onde houve-se apenas vento, causando um sensação profunda de vazio no próprio espectador. Não preciso nem dizer que o filme acerta a mão e essa falta de diálogos cria um charme tão grande que nem se sente falta de falas e mais falas. Possui início, meio e fim, o roteiro é impecável e o final que nos remete a Capra (cada um em sua devidas proporções), nos faz ver que ainda resta esperança acima de tudo. Atente-se ao robozinho hilariante que limpa o rastro de Wall-E e principalmente aos encontros da personagem princiapl e Eva que são simplesmente marcantes!
Se você assistir a Wall-E como apenas um desenho, vai assistir a uma boa diversão, mas inferior a filmes como Procurando Nemo, Monstros S.A, Ratatouille e quase todos os filmes da parceria Disney/Pixar, agora se você assistir a Wall-E. com o olhar de quem busca algo mais que uma simples animação encontrará não só o melhor filme da parceria, mas encontrará também um dos melhores filmes dos anos 2.000.
NOTA: 9,5
ICENEMA
O Blog tem como intenção expressar opiniões e não ofender o gosto e nem as idéias de ninguém! Se por acaso alguém se sentir ofendido com algo postado aqui (desde que seja relevante, hehehe), entre em contato e eu retirarei! Entretanto é sempre bom saber que divergência de opiniões não significa ofensa!
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