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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O LIBERTINO

Ficha Técnica

Título Original: The Libertine
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 114 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra): 2004
Site Oficial: www.weinsteinco.com/thelibertine
Estúdio: Odyssey Entertainment Ltd. / Mr. Mudd / Isle of Men Film Commission / First Choice Films 2004
Distribuição: The Weinstein Company / Europa Filmes
Direção: Laurence Dunmore
Roteiro: Stephen Jeffreys, baseado em peça teatral de Stephen Jeffreys
Produção: Lianne Halfon, John Malkovich e Russell Smith
Música: Michael Nyman
Fotografia: Alexander Melman
Desenho de Produção: Ben van Os
Direção de Arte: Patrick Rolfe e Fleur Whitlock
Edição: Jill Bilcock


Elenco

Johnny Depp (John Wilmot)
Samantha Morton (Elizabeth Barry)
John Malkovich (Rei Charles II)
Paul Ritter (Chiffinch)
Stanley Townsend (Keown)
Francesca Annis (Condessa)
Rosamund Pike (Elizabeth Malet)
Tom Hollander (George Etherege)
Johnny Vegas (Sackville)
Richard Coyle (Alcock)
Hugh Sachs (Ratcliffe)
Tom Burke (Vaughan)
Rupert Friend (Billy Downs)
Jack Davenport (Harris)
Trudi Jackson (Rose)
Claire Higgins (Molly Luscombe)
Freddie Jones (Betterton)
Robert Wilford (Huysmans)
Kelly Reilly (Jane)


Sinopse

John Wilmot (Johnny Depp), o 2º Conde de Rochester, é um rebelde provocador e um gênio literário da restauração inglesa do século XVII. Wilmot é convocado pelo rei Charles II (John Malkovich) a escrever uma peça, com a responsabilidade de que ela precisa ser magistral e que impressione a corte francesa. Apaixonado pela atriz Elizabeth Barry (Samantha Morton), o desejo de Wilmot em transformá-la em uma estrela e sua inteligência subversiva terminam por escandalizar a sociedade de Londres da época.


CRÍTICA

Sei que esta crítica provavelmente não agradará a todos, mas a verdade é que O Libertino é um filme bem chatinho, nada original e que usurpa de outros filmes todo o seu conteúdo. Comecemos pelo astro, ator principal e chama público Johnny Depp; eu gosto dele, acho ele um ótimo ator, e um dos poucos que conseguiu ser reconhecido pelo talento e não pela beleza nas últimas safras de atores, e eu admiro isso nele. Exatamente por isso, não posso considerar como boa, uma atuação totalmente sem alma e sem criação como a que ele fez nesse filme. Seu personagem é uma mistura de seus trabalhos com Tim Burton unidos aos tiques e malícias de seu Jack Sparrow, em suma, ele não faz nada que você já não o tenha visto fazer melhor em outros filmes, fazendo com que encontremos em O Libertino sua pior atuação, pelo menos dos filmes que eu vi dele.

Mas não para por aí. O Libertino tem vários outros defeitos. Sua fotografia falha em quase todas as cenas, principalmente quando gera tons de claridade nas cenas teatrais. A direção do desconhecido Laurence Dunmore é pífia e o roteiro tem um erotismo totalmente exagerado e fora de sintonia. Você nunca sabe por que aqui é assim e ali é do outro jeito.

Se você gosta de filmes que tenham toques eróticos, procure por filmes que tenham isso na dose correta e que façam parte do conjunto do filme, e não que seja apenas algo jogado para gerar mais polêmica e conseqüentemente, dinheiro. Pegue o dinheiro que você gastaria para ver esse filme e veja O Último Tango em Paris de Bernardo Bertolucci, ou quem sabe os dois filmes de Philip Kaufman: Contos Proibidos Do Marquês de Sade e A Insustentável Leveza Do Ser, que são muito melhores e ao mesmo tempo são aulas de como colocar erotismo correto em um filme, ao contrário desse exagero de tentativa de polemizar.

O elenco secundário do filme coloca uma mão fora do buraco, até por que John Malkovich é sempre uma atração a parte e nunca perde sua pose e talento, mesmo em um filme muito abaixo de seu potencial como este do qual vos falo no momento.

Em concluinte, o filme é chato e bem fraquinho, bem abaixo do que nomes como Johnny Depp e John Malkovich já fizeram e podem fazer. Aliás, com tantos filmes bons na carreira dos dois, você vai escolher ver justamente este? Não perca seu tempo e nem seu dinheiro. Com sorte em alguns anos ninguém mais se lembrará deste filme e ele cairá no ostracismo e no esquecimento, por que sinceramente é a única coisa que este péssimo filme merece.


NOTA: 3,5

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