“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
APENAS UMA VEZ
Ficha Técnica
Título Original: Once
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano de Lançamento (Irlanda): 2006
Site Oficial: www.foxsearchlight.com/once
Estúdio: Summit Entertainment / Samson Films / Radio Telefis Éireann / Bórd Scannán na hÉireann
Distribuição: Fox Searchlight Pictures / Imagem Filmes
Direção: John Carney
Roteiro: John Carney
Produção: Martina Niland
Música: Glen Hansard e Markéta Irglová
Fotografia: Tim Fleming
Desenho de Produção: Tamara Conboy
Direção de Arte: Riad Karin
Figurino: Tiziana Corvisieri
Edição: Paul Mullen
Elenco
Glen Hansard (Homem)
Markéta Inglová (Mulher)
Hugh Walsh (Timmy)
Geoff Minogue (Eamon)
Bill Hodnett (Pai do homem)
Danuse Ktrestova (Mãe da mulher)
Mal Whyte (Bill)
Niall Cleary (Bob)
Gerard Hendrick (Guitarrista)
Alastair Foley
Sinopse
Dublin, Irlanda. Um músico de rua (Glen Hansard) sente-se inseguro para apresentar suas próprias canções. Um dia ele encontra uma jovem mãe (Markéta Inglová), que tenta ainda se encontrar na cidade. Logo eles se aproximam e, ao reconhecer o talento um do outro, começam a ajudar-se mutuamente para que seus sonhos se tornem realidade.
Premiações
- Ganhou o Oscar de Melhor Canção Original ("Falling Slowly").
- Ganhou o Independent Spirit Awards de Melhor Filme Estrangeiro.
- Ganhou o Prêmio do Público, no Sundance Film Festival.
- Recebeu 2 indicações ao Grammy, nas categorias de Melhor Trilha Sonora - Cinema/TV/Outras Mídias e Melhor Canção Original - Cinema/TV/Outras Mídias ("Falling Slowly").
CRÍTICA
Filmes como Apenas Uma Vez possuem sérios problemas para cair nas graças do público em si; esse pormenor tem vários motivos: não possuir nenhum ator "famoso", nem ser um filme extremamente divulgado, não possuir zilhões de dólares gastos em efeitos especiais e o principal motivo é sair do eixo principal do circuito cinematográfico. O filme é irlandês, um país totalmente sem tradição cinematográfica (pelo menos, levando em conta o que chega aqui pra gente), fazendo com que pouca gente o conheça, mesmo tendo vencido o Oscar de Melhor Canção em seu ano. Assim sendo, o que me leva a colocá-lo aqui, e principalmente, o por que dele estar na sessão máxima deste blog? Quem assistiu a este filme, sabe que essa pergunta é tão fácil de responder, quanto foi explicar o por que deste filme ser tão pouco conhecido mesmo sendo tão bom.
Uma apologia à música como paixão e uma declaração de amor àqueles que atiram suas vidas por um sonho , mesmo que pequeno principiam uma história sobre dois jovens que não possuem nome, que não se conhecem, que tem em comum apenas o desejo de viver de acordo com o que gostam e com o que sabem fazer, ou seja, música.
Na definição cinematográfica em si do termo, Apenas Uma Vez não é um musical, já que as músicas em si não são a base do roteiro, mas sim, o fato de viver por ela, de como a música influencia, transforma e aproxima as pessoas. Em uma atualidade, onde qualquer tipo de arte virou escracho e qualquer um pode dizer que é artista, a técnica de dominar essa arte de fazer música aparece em todos os sentidos e transborda uma alegria contagiante.
O roteiro curto e direto, unido a belíssimas e verdadeiras atuações, uma trilha sonora indiscutivelmente fantástica composta pelos próprios atores principais que em nenhum momento são dublados; já que ambos além de atores, também são ótimos músicos, fazem desta película, filmada com uma tremeluzente câmera na mão do diretor, uma das mais belas e puras histórias contadas pelo cinema nos últimos anos. O filme é apenas um simples amor, um simples pedaço de vida, que por um motivo, a música, uniu por algum tempo duas pessoas, que não se importavam para onde iam, ou o que tinham ao seu lado, apenas viveram aqueles momentos e colheram seus frutos, mesmo quando a árvore estava se quebrando. É quase impossível não adentrar a história dos dois jovens, já que eles parecem tão perto, cantam com tanta emoção, como se aqueles momentos fossem a única felicidade que poderiam ter. O trabalho de câmera do diretor é estupendo; já que a câmera na mão tremendo e captando como nenhuma tecnologia poderia fazer,os sentimentos do rapaz e da moça nos colocam ao lado deles, como se torcessemos por cada centímetro que chegassem mais perto, ou por cada nota bem tocada em seu violão e piano respectivamente.
Enquanto Hollywood e os outros grandes do cinema produzem uma porcaria atrás da outra (com raras exceções), principalmente no âmbito dos filmes românticos e dramáticos, talvez o melhor a se fazer é buscar fontes alternativas, e se, a primeira impressão é a que fica, assista primeiramente Apenas Uma Vez que você com certeza terá a melhor das impressões possíveis.
NOTA: 9,5
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