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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

OS 10 MELHORES FILMES DE 2010 - Por Pablo Iceman


Bom, demorei um pouco pra publicar o meu Top 10 de 2010. Lembrando que considero apenas os filmes lançados comercialmente no Brasil em 2010, ou seja, tem gente nessa lista que foi lançado antes nos EUA por exemplo. Mas antes da lista algumas observações: 1) Toy Story 3 que foi aclamado pela crítica infelizmente eu ainda não consegui assistir. 2) A Rede Social que aprece em quase todas as listas não aparece na minha, já que o filme de David Fincher não me cativou tanto assim. 3) Isso é apenas um opinião e que não tem outro intuito a não ser agir como tal, lembrando também as dificuldades em recebermos filmes de outros circuitos, devido a isso, a maioria é americano mesmo. Vamos então aos escolhidos.


10 - KICK-ASS: QUEBRANDO TUDO


Um excêntrico e diferenciado visual, piadas afiadas, muita diversão, roteiro aguçado e apurado, fazem de Kick-Ass uma comédia única no meio cinematográfico atual. Tudo funciona muito bem aqui, além de todo o carisma dos personagens em ótimas atuações. Juntando tudo isso, formamos a melhor comédia do ano, e o meu décimo lugar.


09 - O ESCRITOR FANTASMA



Roman Polanski não brinca em serviço e novamente nos brinda com um excelente trabalho. Um thriller político que mistura suspense com ótimos cenários e atuações impressionantes, além de um roteiro preciso e com características muito gratificantes, que nos remete aos melhores momentos de Polanski.


08 - COMO TREINAR SEU DRAGÃO


A Dreamworks surpreendeu a todos com a beleza ímpar desta animação cativante e emocionante. Como Treinar Seu Dragão é um exemplo belíssimo de como se pode fazer animações para todos os públicos sem atingir ou ofender nenhum deles. Coloque de fundo uma trilha sonora estupenda e eis aqui uma animação absolutamente incrível.


07- A ESTRADA


Um filme duro e difícil, porém extremamente poético e realista, apesar de seu caráter pós-apocalíptico. Viggo Mortensen carrega nas costas um filme que se visto da maneira correta e da forma com a qual ele quer ser visto, se torna um momento e uma experiência única no cinema de 2010.



06 - ATRAÇÃO PERIGOSA


Quando Ben Affleck estreou na direção há alguns anos com Medo da Verdade, já causou algum reboliço. só que dessa vez o nível subiu demais, fazendo com que Affleck passasse de um ator decadente para um diretor competente e promissor. Atração Perigosa é um filme corretíssimo, muito mais do que quase todos imaginavam, incluindo eu.


05 - LUNAR


Minha primeira escolha totalmente pessoal da lista. Nenhum filme de ficção científica desta linha mais "astronáutica" por assim dizer havia me causado tamanha emoção e comoção ( tirando meu filme favorito e clássico máximo 2001 - Uma Odisséia No Espaço). Um roteiro sensacional, um Sam Rockwell impagável e um ar de nostalgia e preciosismo fazem de Lunar um filme muito subjetivo, porém de uma beleza única.


04 - A FITA BRANCA


Michael Häneke é um diretor muito peculiar e, em alguns momentos exageradamente duro e cru, entretanto, mesmo não sendo muito fã do diretor austríaco, tenho que admitir que A Fita Branca é um achado, e talvez seja também o ápice de carreira de Häneke até aqui.


03 - ONDE VIVEM OS MONSTROS


O filme mais injustiçado pela crítica e público em 2010. Onde Vivem Os Monstros só vem a ratificar a genialidade de Spike Jonze. Um conto de fadas que consegue dosar contextos infantis com análises psicológicos e morais de forma correta e original. Afinal transformar livros de 500 páginas em filmes de duas horas é fácil, quero ver fazer isso com um livro de 40 páginas, onde a maioria são figuras, e ainda realizar uma baita análise do ser humano, seja na infância, ou até mesmo na fase adulta. Jonze faz e muito bem.



02 - GUERRA AO TERROR


Ninguém sabe ao certo o ano de Guerra Ao Terror, mas como ele não entrou no Top 10 de 2009, seu espaço aqui é mais do que justo. Poucos filmes de Guerra conseguem unir tensão, drama pessoal e conjunto sem banalizar ou apelar para o fanatismo ou sentimentalismo. Guerra Ao Terror é um exemplar raro de como se fazer isso. Ponto para Kathryn Bigelow.


01 - A ORIGEM


A crítica pode até não ter gostado, mas nada superou A Origem este ano. Inteligente, correto, com grandes atuações e grande direção, esse filme mostra que é possível unir inteligência e bons efeitos especiais e barulho, ou seja, é a união perfeita entre o novo e o velho cinema. Dessa forma, o resultado não tinha como ser outro e A Origem é sim, pelo menos para mim, o melhor filme do ano.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

SCOTT PILGRIM CONTRA O MUNDO


Isabela Boscov, crítica de cinema da Veja, em uma de suas críticas diz a seguinte frase: " Eu não tenho nada contra bobagens, desde que me divirta", e Scott Pilgrim é uma das grandes bobagens produzidas nos últimos tempos, porém, ela está longe de ser uma bobagem divertida, ao contrário, já que a fita pode até ser "cool", inovadora nas questões de montagem e cenografia, agora carece de vários elementos essenciais para se fazer um filme, principalmente, um bom filme.

O filme vem arrancando elogios e mais elogios por aí, sendo colocado por alguns até como um dos melhores filme do ano, o que eu particularmente não consigo entender; todavia, opinião é opinião, e a minha é bem diferente. Eu até suporto vários defeitos em filmes como efeitos especiais meio fraquinhos, uma direção cambaleante, atuações meio esquisitas e coisas assim, agora Scott Pilgrim possui um defeito que eu simplesmente não consigo aceitar, que é a falta de coerência em seu roteiro, se é que podemos chamar aquilo de roteiro.

O filme é - no sentido metafórico - burro. A história é sem sentido, piegas, chata, clichê, vazia e não explica nada. Estamos lá, acompanhando a vida de Scott Pilgrim quando de repente, do nada ele se apaixona, aí de repente, do nada, aparece um ex-namorado da moça à qual ele se apaixonou dizendo que ele terá que enfrentar a liga dos 7 ex-namorados do mal e ele é o primeiro deles, e de repente, do nada, Scott Pilgrim se transforma em um mestre da luta, resumindo, tudo isto e muitas outras coisas acontecem e ninguém explica nada. Por que os ex são maus? Por que foram " chutados " por Ramona (a namorada de Pilgrim e causadora dos problemas) Como Pilgrim adquiriu capacidades de luta? Por que os caras continuam lutando por uma ex, sendo que não existe mais nada entre eles? E várias outras perguntas sem resposta. Se a atual geração do cinema não se importa mais com a falta de um bom roteiro, me desculpem, mas eu me importo.

Como se não bastasse, o filme tem vários personagens sem função alguma, como a irmã de Pilgrim interpretada por Anna Kendrick, que é uma boa atriz, e mesmo sem função, é responsável por uma das poucas boas piadas do filme, daí já dá pra sentir o nível. Michael Cera que interpreta Scott Pilgrim é um ator que sempre está com cara de chorão, e seu Scott Pilgrim transita entre o adolescente bobão e o super lutador que vencerá a liga dos ex-namorados pelo amor de uma garota que ele viu em um sonho e depois conheceu em uma festa em poucos dias (What a hell????). Um dos poucos pontos positivos do filme é Kieran Culkin no papel do amigo gay de Scott Pilgrim.

Na parte técnica o filme pode até inovar pelo modo como é montado e tudo o mais, agora, a edição precisava ser tão veloz? Existem momentos em que é quase impossível acompanhar o ritmo do filme. Além disso, o filme é tão colorido que em alguns momentos chega a cansar, tudo é uma mistura de vermelho, rosa e laranja batendo na cara do espectador com toda a força. As referências aos vídeo-games, RPG´s, e a cultura indie-emo-pop são claras, e por mais que as quase citações a games clássicos como Sonic (os ex-namorados e seus capangas quando morrem viram moedinhas), Zelda e outros soem legais, tudo é banalizado e transportado a uma culturalização moderna, bizarra e fútil. A trilha sonora é cruel e um ataque aos ouvidos e a boa música, com músicas que vão desde o indie rock em sua pior colocação, até músicas eletrônicas chatíssimas.

Scott Pilgrim transforma a vida real dos personagens em uma partida de vídeo-game, só se esqueceram de uma coisa: os grandes games, adquiriram esse caráter por que também possuem boas histórias, e este filme aqui parece colocar a clara ideia de que geek, fãs de games e afins, só querem saber de ação, aventura, porrada e barulho, o que não é verdade (o que são aquelas representações escritas de onomatopéias? aquilo enche muito o saco, afinal todo mundo sabe o som que uma cabeça batendo na parede faz). Tudo aqui é banalizado e elevado a futilidade de uma cultura que a cada dia se mostra mais sem conteúdo e chata, e olha que entre os banalizados existem coisas "sem importância" para o mundo como amor, amizade e a inteligência dos personagens e espectadores.

Filmes de nerd (ou geek, como preferirem) existem aos montes e bem melhores e interessantes como as boas comédias de Kevin Smith, o atual Kick-Ass - Quebrando Tudo e em um âmbito mais sério, A Rede Social e Matrix por exemplo, cada qual em seu contexto. Scott Pilgrim é uma grande bobagem, mas de qualidade extremamente duvidosa e de um mal gosto incrível, além de ser vazio, fútil e estúpido. Se a intenção do filme era fazer uma crítica sobre os artefatos da juventude atual, me desculpem mas eu interpretei errado, já que pra mim, isso aqui soa mais como apologia, e se Scott Pilgrim é um retrato da nova juventude que agora ocupa um espaço que já foi da minha geração (mesmo os personagens do filme tendo em média 23 anos pra mais, agem e pensam como jovens de 15 pra menos), ele realmente criou uma sensação em mim que eu ainda não havia experimentado, a de gostar de ter 25 anos e não ser parte mais de uma "geração atual".

Um filme ofensivo, e que não conseguiu me causar outra coisa além de sono e um pouco de revolta, tamanhoa a manipulação e estupidez do negócio. Um dos piores filmes que vi neste ano, e o pior é que a moda deve pegar.


NOTA: 3,0

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

OSCAR 2011 - INDICADOS!


Eis então que saiu a tão esperada lista dos indicados ao Oscar 2011. Confesso que fiquei surpreso com algumas indicações, ms voltarei nisso daqui a pouco, pois farei um comentário próprio sobre as principais categorias. Vamos lá então:

INDICADOS AO OSCAR 2011


MELHOR FILME

"Cisne Negro"

"O Vencedor"


"A Origem"


"Minhas Mães e Meu Pai"


"O Discurso do Rei"


"127 Horas"


"A Rede Social"


"Toy Story 3"


"Bravura Indômita"


"Inverno da Alma"


Não houve nenhuma grande surpresa aqui, já que quase todas as vagas estão mais que definidas, restando apenas poucas dúvidas sobre a última vaga, se ficaria com Inverno da Alma ou Atração Perigosa. Venceu o primeiro. Entretanto a disputa parece ser mesmo entre O Discurso do Rei e A Rede Social, os outros estão apenas como acessórios de decoração e a vitória de qualquer um dos outros oito seria uma zebra enorme.

MELHOR ATOR

Colin Firth - "O Discurso do Rei"
Javier Bardem - "Biutiful"
Jeff bridges - "Bravura Indômita"
Jesse Eisenberg - "A Rede Social"
James Franco - "127 Horas"



Nenhum surpresa e se tudo funcionar como manda o figurino Colin Firth vence. Jesse Eisenberg corre por fora, porém bem por fora.

MELHOR ATRIZ

Annette Bening - "Minhas Mães e Meu Pai"
Nicole Kidman - "Reencontrando a Felicidade"
Michele Williams - "Namorados para Sempre"
Jennifer Lawrence - "Inverno da Alma"
Natalie Portman - "Cisne Negro" 



Uma pequena surpresa com a indicação de Michele Williams no lugar de Julianne Moore. Uma pena pois o trabalho de Moore em Minhas Mães e Meu Pai é realmente bem legal. Torço muito por Jennifer Lawrence, mas Portman realmente faz um trabalho brilhante em Cisne Negro e é franca favorita.

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Christian Bale - "O Vencedor"
John Hawkes - "Iverno da Alma"
Jeremy Renner - "Atração Perigosa"
Mark Ruffalo - "Minhas Mães e Meu Pai"
Geoffrey Rush - "O Discurso do Rei" 



Uma das melhores categorias no quesito qualidade. John Hawkes está incrível, assim como Jeremy Renner, porém o favorito é Christian Bale com um apossibilidade remota de Geoffrey Rush desbancá-lo. Como surpresa, possa aparecer talvez a não indicação de Andrew Garfield por A Rede Social.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Amy Adams - "O Vencedor"
Helena Bonham Carter - "O Discurso do Rei"
Melissa Leo - "O Vencedor"
Hailee Steinfeld - "Bravura Indômita"
Jacki Weaver - "Animal Kingdom" 



Muitos apostavam na presença de Mila Kunis por Cisne Negro, mas acho que ninguém ficou também tão triste assim. Melissa Leo larga como favorita, seguida de Helena Bonham Carter.

MELHOR DIRETOR

Daren Aronofsky - "Cisne Negro"
David Fincher - "A Rede Social"
Tom Hooper - "O Discurso do Rei"
David O. Russell - "O Vencedor"
Joel Coen e Ethan Coen - "Bravura Indômita"



Em minha opinião, a maior surpresa das indicações está nessa categoria. E uma surpresa ruim. Como podem ter deixado Christopher Nolan novamente de fora, dessa vez por A Origem? Realmente não entendi. David Fincher é muito favorito, com Darren Aronofsky correndo atrás.

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

“A Origem”
“Minhas Mães e Meu Pai”
“O Discurso do Rei”
“Another Year”
“O Vencedor”

O Discurso do Rei deve vencer. Com algumas chances para A Origem, mas é claro que a Academia não gosta muito do filme de Nolan.

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

“127 Horas” – Danny Boyle, Simon Beaufoy
“Toy Story 3″ – Michael Arndt, John Lasseter, Andrew Stanton, Lee Unkrich
“Bravura Indômita” – Joel Coen, Ethan Coen
“Inverno da Alma” – Debra Granik, Anne Rosellini
“A Rede Social” – Aaron Sorkin

A Rede Social sem dúvida. O roteiro de Aaron Sorkin é outro departamento. Bravura Indômita talvez surgisse como uma zebra gigantesca já que os irmãos Coen escrevem muito bem, mas acho tão difícil quanto dar comprimido para gatos.

MELHOR ANIMAÇÃO

“Como Treinar Seu Dragão”
“O Mágico”
“Toy Story 3″

Primeiro, por que raios não há cinco indicados? Meu Malvado Favorito merecia pelo menos uma indicação. Gosto muito de Como Treinar Seu Dragão, mas Toy Story 3 leva fácil.

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE 

“Alice no País das Maravilhas” – Diretor de Arte: Robert Stromberg; Decoração de Set: Karen O’Hara
“Harry Potter e as Relíquias da Morte” – Diretor de Arte: Stuart Craig; Decoração de Set: Stephenie McMillan
“A Origem” – Diretor de Arte: Guy Hendrix Dyas; Decoração de set: Larry Dias and Doug Mowat
“O Discurso do Rei” – Diretor de Arte: Eve Stewart; Decoração de Set: Judy Farr
“Bravura Indômita” – Diretor de Arte: Jess Gonchor; Decoração de Set: Nancy Haigh

Tim Burton é um especialista em fazer seus filmes ganharem o Oscar de direção de arte, mas dessa vez acho que ele não leva, já que acredito em O Discurso do Rei, mas né; em uma categoria onde Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 1 está indicado qualquer coisa pode acontecer.

MELHOR FOTOGRAFIA

“Cisne Negro” – Matthew Libatique
“A Origem” Wally – Pfister
“O Discurso do Rei” – Danny Cohen
“A Rede Social” – Jeff Cronenweth
“Bravura Indômita” – Roger Deakins

Briga de gente grande aqui hein. E pra dizer a verdade não tenho nem um palpite firme. Esse eu deixo que a sorte decida.

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

“Biutiful” (México)
“Dogtooth” (Grécia)
“Em um Mundo Melhor” (Dinamarca)
“Incendies” (Canadá)
“Outside the Law (Hors-la-loi)” (Argélia)

Minha torcida é por Em Um Mundo Melhor, já que sou um grande fã do cinema dinamarquês. Mas algo me diz que Biutiful ganha. No quesito filme estrangeiro o Oscar não gosta muito de concordar com o Globo de Ouro.

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL

“Como Treinar seu Dragão”- John Powell
“A Origem” – Hans Zimmer
“O Discurso do Rei” – Alexandre Desplat
“127 Horas”- A.R. Rahman
“A Rede Social” – Trent Reznor e Atticus Ross

Fiquei bem contente em ver a trilha de Como Treinar Seu Dragão indicada, pois é um belo trabalho. Minha torcida continua com o velho e bom Hans Zimmer por A Origem, mas deve vencer A Rede Social, que por melhor que seja, pra mim é uma injustiça.

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

“Coming Home” de “Country Strong” (Música e letra de Tom Douglas, Troy Verges e Hillary Lindsey)
“I See the Light” de “Enrolados” (Música de Alan Menken e letra de Glenn Slater)
“If I Rise” de “127 Hours” (Música de A.R. Rahman e letra Dido and Rollo Armstrong)
“We Belong Together” de “Toy Story 3″ (Música e letra de Randy Newman)

Pra dizer a verdade não conheço nenhuma, e vou apenas chutar na canção de Toy Story 3 . O filme vem ganhando tantos elogios da crítica, que acho difícil deixá-lo sair apenas com o Oscar de animação.

MELHOR MAQUIAGEM

“Minha Versão do Amor” – Adrien Morot
“The Way Back” – Edouard F. Henriques, Gregory Funk and Yolanda Toussieng
“O Lobisomem” – Rick Baker and Dave Elsey

Muita gente esperava uma indicação para Bravura Indômita, o que não aconteceu. Dostrês eu só vi O Lobisomem e o trabalho de maquiagem é realmente muito bom.

MELHOR MONTAGEM

“127 Horas“ – Jon Harris
“Cisne Negro“ – Andrew Weisblum
“O Vencedor“ – Pamela Martin
“O Discurso do Rei“ – Tariq Anwar
“A Rede Social“ – Kirk Baxter, Angus Wall

Outro exemplo claro de que a Academia não gosta de A Origem. Sendo assim A Rede Social leva denovo. Mas vale um destaque do ótimo trabalho de montagem de 127 horas.

MELHOR FIGURINO

Alice no País das Maravilhas
I am Love
O Discurso do Rei
The Tempest
Bravura Indômita

Nunca acerto meus palpites de figurino, já que acho esse tipo de gosto muito subjetivo. Mas acredito na vitória de O Discurso do Rei.
  
MELHOR MIXAGEM DE SOM

"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"Salt"
"A Rede Social"
"Bravura Indômita"

Talvez aqui A Origem consiga levar o prêmio, porém concorre com o queridinho da crítica A Rede Social, ou seja, ainda pode perder. Bravura Indômita também é bem citado. Agora Salt no lugar de Cisne Negro parece até piada.

MELHOR EDIÇÃO DE SOM

"A Origem"
"Toy Story 3"
"Tron: O Legado"
"Bravura Indômita"
"Incontrolável" 

O problema destas categorias de som, são os chamados "filmes barulhentos", que roubam indicações de filmes com trabalho de som excelente, porém mais sutil. De tal maneira, 127 horas e Cisne Negro são esquecidos e dão lugar a Incontrolável e Tron: O Legado. Acho que fica entre A Origem e Bravura Indômita.

MELHORES EFEITOS VISUAIS

"Alice no País das Maravilhas"
"Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1"
"A Origem"
"Homem de Ferro 2"  

Hãn... hãn...hãn... A Origem né?
Outras categorias tão importantes como as de cima, mas que eu não possuo conhecimento para opinar.

Animação (curta-metragem)

"Dia & Noite"
"The Gruffalo"
"Let's Pollute"
"The Lost Thing"
"Madagascar, carnet de voyage"

Live Action

"The Confession"
"The Crush"
"God of Love"
"Na Wewe"
"Wish 143"

Documentário

"Exit through the Gift Shop"
"Gasland"
"Trabalho Interno"
"Restrepo"
"Lixo Extraordinário"

Documentário (curta-metragem)

"Killing in the Name"
"Poster Girl"
"Strangers No More"
"Sun Come Up"
"The Warriors of Qiugang"

FRAMBOESA DE OURO 2011!


A época de premiações do cinema continua com força total, e de tal maneira, não poderia faltar então os indicados ao prêmio mais divertido da indústria cinematográfica, que atende pelo nome de Framboesa de Ouro. O Framboesa de Ouro, como muitos já sabem, escolhe àqueles que são julgados como os piores filmes do ano do circuito mais hollywoodiano por assim dizer. Além de divertida a premiação é polêmica, afinal não é todo que possui senso de humor e paciência para receber um prêmio deste tipo. Todavia, nós "meros mortais", não temos nada haver com isso e podemos continuar, sem polêmica alguma, a aproveitar tal evento. Entre os candidatos não houve - em minha opinião - muitas surpresas em relação a pré-lista já anunciada anteriormente, apesar do fato de que eu acreditava em uma indicação para Burlesque como pior filme, por todo o estardalhaço que vem causando neste âmbito, e talvez alguma indicação para O Turista, pois aquele negócio é triste de assistir. Contudo, acredito que o negócio foi bem escolhido, mesmo não tendo assistido a maioria dos filmes indicados ( alguns eu nem pretendo assistir como Sex and The City 2), por que no fundo a gente sabe que o pessoal que escolhe o Framboesa de Ouro normalmente escolhe bem. Vamos aos indicados então: 


INDICADOS FRAMBOESA DE OURO 2011:


PIOR FILME


Caçador de Recompensa


A Saga Crepúsculo: Eclipse


O Último Mestre do Ar


Sex and the City 2



Os Vampiros Que Se Mordam



PIOR DIRETOR

Sylvester Stallone ("Os Mercenários")
Jason Friedberg e Aaron Seltzer ("Os Vampiros Que Se Mordam")
Michael Patrick King ("Sex and the City 2")
M. Night Shyamalan ("O Último Mestre do Ar")
David Slade ("A Saga Crepúsculo: Eclipse")

PIOR ATOR

Robert Pattinson ("A Saga Crepúsculo: Eclipse" e "Lembranças")
Taylor Lautner ("A Saga Crepúsculo: Eclipse" e "Idas e Vindas do Amor")
Jack Black ("As Viagens de Gulliver")
Gerard Butler ("Caçador de Recompensa")
Ashton Kutcher ("Par Perfeito" e "Idas e Vindas do Amor")

PIOR ATRIZ

Kristen Stewart ("A Saga Crepúsculo: Eclipse")
Jennifer Aniston ("Caçador de Recompensa" e "Coincidências do Amor")
Miley Cyrus ("A Última Música")
Megan Fox ("Jonah Hex - Caçador de Recompensas")
Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis e Cynthia Nixon ("Sex and the City 2")

PIOR ATRIZ COADJUVANTE

Jessica Alba ("The Killer Inside Me", "Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família", "Machete" e "Idas e Vindas do Amor")
Cher ("Burlesque")
Liza Minnelli ("Sex and the City 2")
Nicola Peltz ("O Último Mestre do Ar")
Barbra Streisand ("Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família")

PIOR ATOR COADJUVANTE

Billy Ray Cyrus ("Missão Quase Impossível")
George Lopez ("Marmaduke", "Missão Quase Impossível" e "Idas e Vindas do Amor")
Dev Patel ("O Último Mestre do Ar")
Jackson Rathbone ("O Último Mestre do Ar" e "A Saga Crepúsculo: Eclipse")
Rob Schneider ("Gente Grande")

PIOR USO DE 3D

Como Cães e Gatos 2
Fúria de Titãs
O Último Mestre do Ar
O Quebra-Nozes 3D
Jogos Mortais: O Final

PIOR CASAL EM CENA/ PIOR ELENCO

Jennifer Aniston e Gerard Butler, em "Caçador de Recompensa"
Josh Brolin e Megan Fox, em "Jonah Hex - Caçador de Recompensas"
Elenco inteiro de "A Saga Crepúsculo: Eclipse"
Elenco inteiro de "Sex and the City 2"
Elenco inteiro de "O Último Mestre do Ar"

PIOR ROTEIRO

O Último Mestre do Ar
Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família
Sex and the City 2
A Saga Crepúsculo: Eclipse
Os Vampiros Que Se Mordam

PIOR SEQUÊNCIA, REMAKE, PREQUEL OU DERIVADO

Fúria de Titãs
O Último Mestre do Ar
Sex and the City 2
A Saga Crepúsculo: Eclipse
Os Vampiros Que Se Mordam

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ARRASTA-ME PARA O INFERNO


Depois de dirigir a trilogia de O Homem-Aranha, parece que o diretor Sam Raimi precisava se distanciar um pouco dessa nova posição que conquistou como diretor, ou seja, agora Sam Raimi é conhecido como o diretor dos filmes do Homem-Aranha, e isso lhe trouxe além de prestígio no meio cinematográfico, responsabilidades e de certo, uma dose de necessidade de agradar muita gente. Bom, sendo assim, qual a melhor maneira de relaxar um pouco, qual a melhor maneira de tentar amenizar um pouco as coisas? Simples, é só retornarmos onde Raimi começou toda a sua jornada, tanto como cineasta, como identificador e praticamente criador de um estilo bem peculiar de cinema, o qual, Arrasta-me para o inferno se mostra um ótimo representante.

Para quem não teve a oportunidade de assistir, nos anos 80 Sam Raimi, em companhia do canastrão ator Bruce Campbell, se tornou um ícone do cinema de terror B, com aquele apelo trash, e cheio de piadas e tiradas interessantes, aliados a sustos sem fim. O gênero que ganhou o sugestivo nome de "Terrir", por ser uma mistura de terror com comédia, tem como seus principais clássicos a trilogia realizada pelos dois senhores supracitados, que são: A Morte do Demônio, Uma Noite Alucinante e Army Of Darkness. Concomitante a estes filmes e posteriores a eles, surgiram vários exemplares do gênero, porém nenhum deles conseguiu suplantar a genialidade do criador do negócio. Eis então que após 16 anos (Army Of Darkness é de 1993 e Arrasta-me Para o Inferno é de 2009), Sam Raimi retorna ao gênero que nunca deveria ter abandonado, pois é aqui que ele é diferenciado e supera as mesmices hollywoodianas.

Arrasta-me para o inferno é um clássico exemplar do "Terrir", pois todos os clichês do gênero estão ali, como há muito tampo não víamos. Espíritos deformados, sustos manjados, elementos escatológicos, sangue, vômito e fluídos corporais que vazam o tempo todo dos lugares mais inusitados, barulhos e sombras bem arrumadas, situações bizarras que nos levam tanto ao nosso melhor espírito cômico, quanto ao nosso espírito medroso.

Sam Raimi consegue encaixar e projetar todos estes elementos sem prejudicar o andamento da fita, que se baseia no sobrenatural, para criar elementos que podem soar de forma absurda para quem não consegue o estilo da época oitentista do diretor. A câmera se movimenta e se contorce para conseguir colaborar o máximo possível para a união destes elementos, e por incrível que pareça, Sam Raimi, ainda talvez seja o único diretor que consiga, fazer um negócio que é em conceito exagerado, não se transformar em uma alegoria de circo, e isso se deve ao time preciso tanto da câmera quanto do roteiro do próprio Raimi. Em outras palavras, este talvez seja um gênero que até nos presenteou com uma ou outra coisinha legal, mas seu mestre nunca foi superado por nenhum aprendiz.

O elenco, por natureza deve ser clichê. A intenção aqui não é inovar, mas fazer bem o que já está dado, e nesse sentido a interpretação de Alison Lohman é precisa, no papel daquela mocinha clássica de filmes de terror, que demonstra aquele ar de super sensível e que em momentos de extrema gravidade se transforma em um ser extremamente corajoso e forte. O restante do elenco carrega o piano legal, mas o grande trunfo de Arrasta-me para o inferno, é o clima de piada que perpassa todo o filme. Ninguém parece se importar muito com a perfeição da obra, como se tudo aquilo não passasse de um entretenimento de férias, tanto para os atores quanto para o diretor, e por incrível que pareça, isso ajuda e muito o desenrolar da fita.

Entretanto, algumas ressalvas devem ser feitas. Sam Raimi não leva o negócio tão ao máximo do bizarro como fez nos anos 80 com os filmes já citados neste texto, e o motivo me parece claro, agora o cara tem um nome a zelar e patrões grandes a prestar contas, ou seja, o negócio trava em alguns momentos, o que nos leva a firmar que se Arrasta-me para o inferno tivesse sido feito nos anos 80 o negócio teria sido bem mais interessante, já que o caráter trash e B do negócio seria bem mais visível, cru e visceral, além dos efeitos serem mais "convincentes" por assim dizer.

Arrasta-me para o inferno é uma obra de público limitado, não é todo mundo que gosta e tem bastante gente que acha que o negócio beira o ridículo. Eu particularmente gosto do estilo, gosto de Raimi, e acho que ele deveria "brincar" mais nessa área que ele não só ajudou a criar, como ainda é seu maior representante e realizador. Um filme divertido e que se transforma em um bom negócio, ainda mais considerando o que o seu gênero anda produzindo por estes tempos.



NOTA: 8,0

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

BAFTA 2011 - INDICADOS

A época de premiação do cinema continua a ocorrer ao redor do mundo. Depois do Globo de Ouro é a vez do BAFTA, conhecido como o Oscar britânico dar as caras. A cerimônia de entrega acontece dia 13 de fevereiro, e confesso que estou mais animado com o BAFTA do que estava com o Globo de Ouro, e isso se deve única e exclusivamente ao fato de que, em minha singela opinião, as indicações do BAFTA foram muito mais interessantes e melhores do que as do Globo de Ouro. Duvida disso? Confira a lista dos indicados abaixo e você verá por si só.


INDICADOS BAFTA 2011


MELHOR FILME

Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita

MELHOR FILME BRITÂNICO

127 Horas
Another Year
Four Lions
O Discurso do Rei
Made In Dagenham

MELHOR ESTREIA DE UM DIRETOR, PRODUTOR OU ROTEIRISTA BRITÂNICO

Clio Barnard e Tracy O'riordan (The Arbor)
Banksy e Jaimie D'cruz (Exit Through The Gift Shop)
Chris Morris (Four Lions)
Gareth Edwards (Monsters)
Nick Whitfield (Skeletons)


MELHOR DIRETOR

Danny Boyle (127 Horas)
Darren Aronofsky (Cisne Negro)
Christopher Nolan (A Origem)
Tom Hooper (O Discurso do Rei)
David Fincher (A Rede Social)


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

Mark Heyman, Andres Heinz e John McLaughlin (Cisne Negro)
Scott Silver, Paul Tamasy e Eric Johnson (O Vencedor)
Christopher Nolan (A Origem)
Lisa Cholodenko e Stuart Blumberg (Minhas Mães e Meu Pai)
David Seidler (O Discurso do Rei)


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

Danny Boyle e Simon Beaufoy (127 Horas)
Rasmus Heisterberg e Nikolaj Arcel (Os Homens que Não Amavam As Mulheres)
Aaron Sorkin (A Rede Social)
Michael Arndt (Toy Story 3)
Ethan Coen e Joel Coen (Bravura Indômita)


MELHOR FILME NÃO-FALADO EM INGLÊS


Biutiful
Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Io Sono L'amore
De Homens e Deuses
O Segredo dos Seus Olhos

MELHOR ANIMAÇÃO

Meu Malvado Favorito
Como Treinar o Seu Dragão
Toy Story 3

MELHOR ATOR

Javier Bardem (Biutiful)
Jeff Bridges (Bravura Indômita)
Jesse Eisenberg (A Rede Social)
Colin Firth (O Discurso do Rei)
James Franco (127 Horas)


MELHOR ATRIZ


Annette Bening (Minhas Mães e Meu Pai)
Julianne Moore (Minhas Mães e Meu Pai)
Natalie Portman (Cisne Negro)
Noomi Rapace (Os Homens que Não Amavam as Mulheres)
Hailee Steinfeld (Bravura Indômita)


MELHOR ATOR COADJUVANTE

Christian Bale (O Vencedor)
Andrew Garfield (A Rede Social)
Pete Postlethwaite (Atração Perigosa)
Mark Ruffalo (Minhas Mães e Meu Pai)
Geoffrey Rush (O Discurso do Rei)


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Amy Adams (O Vencedor)
Helena Bonham Carter (O Discurso do Rei)
Barbara Hershey (Cisne Negro)
Lesley Manville (Another Year)
Miranda Richardson (Made In Dagenham)


MELHOR TRILHA SONORA

A. R. Rahman (127 Horas)
Danny Elfman (Alice no País das Maravilhas)
John Powell (Como Treinar o Seu Dragão)
Hans Zimmer (A Origem)
Alexander Desplat (O Discurso do Rei)


MELHOR FOTOGRAFIA

Anthony Dod Mantle e Enrique Chediak (127 Horas)
Matthew Libatique (Cisne Negro)
Wally Pfister (A Origem)
Danny Cohen (O Discurso do Rei)
Roger Deakins (Bravura Indômita)


MELHOR MONTAGEM

Jon Harris (127 Horas)
Andrew Weisblum (Cisne Negro)
Lee Smith (A Origem)
Tariq Anwar (O Discurso do Rei)
Angus Wall e Kirk Baxter (A Rede Social)


MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

Robert Stromberg e Karen O'hara (Alice no País das Maravilhas)
Therese Deprez e Tora Peterson (Cisne Negro)
Guy Hendrix Dyas, Larry Dias e Doug Mowat (A Origem)
Eve Stewart e Judy Farr (O Discurso do Rei)
Jess Gonchor e Nancy Haigh (Bravura Indômita)


MELHOR FIGURINO

Colleen Atwood (Alice no País das Maravilhas)
Amy Westcott (Cisne Negro)
Jenny Beavan (O Discurso do Rei)
Louise Stjernsward (Made In Dagenham)
Mary Zophres (Bravura Indômita)


MELHOR EDIÇÃO DE SOM

Glenn Freemantle, Ian Tapp, Richard Pryke, Steven C Laneri e Douglas Cameron (127 Horas)
Ken Ishii, Craig Henighan e Dominick Tavella (Cisne Negro)
Richard King, Lora Hirschberg e Gary A Rizzo e Ed Novick (A Origem)
John Midgley, Lee Walpole e Paul Hamblin (O Discurso do Rei)
Skip Lievsay, Craig Berkey, Greg Orloff, Peter F Kurland e Douglas Axtell (Bravura Indômita)


MELHORES EFEITOS VISUAIS


Dan Schrecker (Cisne Negro)
Tim Burke, John Richardson, Nicolas Ait'hadi e Christian Manz (Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I)
Chris Corbould, Paul Franklin, Andrew Lockley e Peter Bebb (A Origem)
(indicados da equipe a serem confirmados) (Alice no País das Maravilhas)
(indicados da equipe a serem confirmados) (Toy Story 3)


MELHOR MAQUIAGEM

Judy Chin e Geordie Sheffer (Cisne Negro)
Amanda Knight e Lisa Tomblin (Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte I)
Frances Hannon (O Discurso do Rei)
Lizzie Yianni Georgiou (Made In Dagenham)
(indicados da equipe a serem confirmados) (Alice no País das Maravilhas)


MELHOR CURTA

Connect
Lin
Rite
Turning
Until the River Runs Red


MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO

The Eagleman Stag
Matter Fisher
Thursday


MELHOR ESTRELA EM ASCENSÃO (ORANGE WEDNESDAYS RISING AWARD)

Gemma Arterton
Andrew Garfield
Tom Hardy
Aaron Johnson
Emma Stone

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

UM VIOLINISTA NO TELHADO


Norman Jewison foi um diretor ignorado por mim ao longo de muitos anos, por puro descaso e falta de conhecimento deste que vos escreve. Mesmo quando tive a oportunidade de assistir a Jesus Cristo Superstar não procurei saber quem havia feito filme tão interessante e inovador, por mais que não fosse perfeito. Passado alguns anos, cai em minhas mãos este Um Violinista no Telhado, mais um musical dirigido por Norman Jewison. O filme tem três horas de duração e ao final deste tempo a única coisa em que eu conseguia pensar era: " Quanto tempo eu perdi."

É difícil definir e reduzir em alguns parágrafos a grandeza e majestade de Um Violinista no Telhado. O filme é simplesmente brilhante, em todos os aspectos. Uma direção precisa e competente de Jewison, uma fotografia espetacular aliada a uma cenografia que reconstrói a Rússia czarista do início do século XX de forma perfeita, músicas sensacionais e marcantes entrando em nossos ouvidos uma após a outra, totalmente encaixadas tanto ao contexto do filme, quanto ao andamento do mesmo, e um roteiro simplesmente fenomenal que nos dá com toques de comédia misturados a tons dramáticos um retrato felicíssimo da situação em que a Rússia se encontrava, misturando elementos críticos e aspectos históricos, fazendo com que o espectador presencie um filme inteligente e ao mesmo leve, gostoso de assistir e que não cansa em nenhum momento, mesmo com suas já citadas três horas de duração, tudo graças ao incrível trabalho de Jewison, que soube dosar de forma competente e correta todos esses elementos que envolvem a construção desta obra brilhante.

Como se não bastasse, Jewison ainda enche o filme de simbolismos, movimentos certeiros de câmera, e números incríveis acompanhando as também já citadas canções. Poucas vezes tive a oportunidade de ver números musicais tão bem filmados e tão bem desenvolvidos dentro de um roteiro, colaborando e dando sequência ao mesmo, o que elimina aquela sensação que muitos criticam em alguns musicais de que o filme tem que parar enquanto o número musical acontece, em outras palavras, como se os números musicais fossem deslocados de tudo e não colaborassem em nada com o desenvolvimento da fita.

O elenco também colabora demais para o resultado final do trabalho de Jewison. Não há aqui nenhum astro super conhecido ou coisa assim, mas apenas atores extremamente competentes, que cantam muito bem e que se envolvem com a trama e dedicam a ela muita emoção e força. Tudo parece muito natural e os atores conseguem envolver os espectadores e os levar para dentro daquele mundo duro e truculento ao qual eles se encontram. Todo o elenco é ótimo, agora não fazer uma menção especial ao protagonista Topol, seria uma das grandes injustiças deste blog. No papel de Tevye, um leiteiro de uma pobre família, Topol canta, dança e nos brinda com uma atuação absurdamente espetacular, conseguindo equilibrar de forma ímpar momentos cômicos com dramáticos, acessos de raiva com momentos de emoção, o que torna Tevye um personagem sensacional. Jewison o procura com sua câmera e o espectador torce para ele nunca sumir de cena, de tão grande que é o carisma e de tão grande que é atuação de Topol.

Fazer um musical sobra a Rússia czarista do início do século XX já é por si só um desafio tremendo; e Jewison não só superou este desafio como praticamente o humilhou. Recomendado para fãs do que o cinema pode ter de melhor, seja você admirador de musicais ou não, já que os grandes filmes rompem as barreiras de seu gêneros e atravessam o tempo e o espaço para emocionar seus velhos fãs ao revê-lo e arrebatar novos fãs ao primeiro contato. Um Violinista no Telhado é um filme de 1971, mas que não perdeu seu impacto, pelo contrário, é um musical que tende a sempre manter sua força, isso se não expandi-la. Um experiência incrível, e pode atirar sem medo, pois são três horas muito bem gastas.


NOTA: 10,0

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

GLOBO DE OURO 2011: VENCEDORES!

Eis que minhas férias blogueiras acabaram. Depois de quase um mês de descanso eu reinicio minhas empreitadas por aqui com o primeiro post de 2011, e este post engloba os vencedores do Globo de Ouro anunciados ontem a noite (domingo 16/01/2011). Eu particularmente acho o Globo de Ouro uma premiação bem estranha, pois inclui TV e vários outros elementos, além do fato de eu achar o negócio meio "manjado", ou seja, os caras colocam uma ou duas surpresas e soltam o restante dos prêmios naqueles já batidos filmes e séries, mais ou menos como o Oscar porém sem o mesmo prestígio. A surpresa da noite ficou no quesito filme estrangeiro, onde o dinamarquês In a Better World desbancou o espanhol e favorito Biutiful do diretor Iñarritú, o mesmo de Babel e 21 Gramas e que ainda contava com Javier Bardem no elenco. Algumas injustiças também foram feitas, como a não premiação de A Origem em nenhuma categoria, mostrando que a crítica não foi muito com a cara do filme mesmo, ao contrário de A Rede Social, que levou melhor filme drama, diretor, roteiro e trilha sonora. Eu prefiro A Origem, mas não discuto principalmente os prêmios de diretor e roteiro, já que em a Rede Social é o que há de melhor, também não discuto o de filme, agora eu não consigo ver em que planeta a trilha de A Rede Social é melhor que a de A Origem. Do resto tudo nos conformes e como previsto, assim como deve acontecer no Oscar, ou quem sabe não; basta ver que no ano passado existiram muitas diferenças, já que Avatar levou o Globo de Ouro de melhor filme drama vencendo Guerra Ao Terror, ao contrário do Oscar. Vamos esperar, enquanto isso, segue a lista dos vencedores somente da parte de cinema.


Filme - drama

"A Rede Social"


Ator - drama

Colin Firth ("O Discurso do Rei")

Atriz - drama

Natalie Portman ("Cisne Negro")

Filme - comédia ou musical

"Minhas Mães e Meu Pai"

Ator - comédia ou musical

Paul Giamatti ("Minha Versão para o Amor")

Atriz - comédia ou musical

Annette Bening ("Minhas Mães e Meu Pai")

Ator coadjuvante

Christian Bale ("O Vencedor")

Atriz coadjuvante

Melissa Leo ("O Vencedor")

Direção

David Fincher ("A Rede Social")

Roteiro

"A Rede Social"

Filme estrangeiro

"Em um Mundo Melhor" (Dinamarca)

Animação

"Toy Story 3"

Trilha sonora

"A Rede Social"

Música original

"You Haven't Seen the Last of Me" ("Burlesque")

Cecil B. DeMille (homenagem)

Robert De Niro