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sexta-feira, 8 de maio de 2009

ALEXANDRE

Ficha Técnica

Título Original: Alexander
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 176 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2004
Site Oficial: www.alexandre-ofilme.com.br
Estúdio: Warner Bros. / Pacifica Film / Intermedia Films / IMF Pictures
Distribuição: Warner Bros.
Direção: Oliver Stone
Roteiro: Oliver Stone, Christopher Kyle e Laeta Kalogridis
Produção: Moritz Borman, Jon Kilik, Thomas Schühly, Iain Smith e Oliver Stone
Música: Vangelis
Fotografia: Rodrigo Prieto
Desenho de Produção: Jan Roelfs
Direção de Arte: Desmond Crowe, James Lewis, Kevin Phipps e Stuart Rose
Figurino: Jenny Beavan
Edição: Yann Hervé, Alex Marquez e Thomas J. Nordberg
Efeitos Especiais: BUF Compagnie / The Moving Picture Company


Elenco

Colin Farrell (Alexandre)
Jessie Kam (Alexandre - criança)
Connor Paolo (Alexandre - jovem)
Elliot Cowan (Ptolomeu)
Robert Earley (Ptolomeu - jovem)
Anthony Hopkins (Ptolomeu - velho)
Angelina Jolie (Olímpia)
Val Kilmer (Rei Felipe)
Christopher Plummer (Aristóteles)
Jared Leto (Hephaestion)
Patrick Carroll (Hephaestion - jovem)
Rosario Dawson (Roxane)
Féodor Atkine (Pai de Roxane)
Joseph Morgan (Philotas)
Ian Beattie (Antigonus)
Jonathan Rhys-Meyer (Cassandro)
Morgan Christopher Ferris (Cassandro - jovem)
Denis Conway (Nearchus)
Peter Williamson (Nearchus - jovem)
Neil Jackson (Perdiccas)
Aleczander Gordon (Perdiccas - jovem)
Garrett Lombard (Leonnatus)
Chris Aberdein (Polyperchon)
Rory McCann (Crateros)
Gary Stretch (Cleitus)
John Kavanagh (Parmenion)
Nick Dunning (Attalus)
Marie Meyer (Eurídice)
Fiona O'Shaughnessy (Enfermeira)
David Bedella (Escriba)


Sinopse

Junho de 323 A.C., Babilônia, Pérsia. Quando faltava um mês para completar 33 anos, morre precocemente Alexandre, o Grande (Colin Farrell), que tinha conquistado 90% do mundo conhecido. Alexandria, Egito, 40 anos depois. Ptolomeu (Anthony Hopkins), um general de Alexandre que o conhecia bem, narra para Cadmo, um escriba, que se tornou o guardião do corpo de Alexandre, que ali está embalsamado à moda egípcia (Ptolomeu se tornou faraó, pois ficou com o Egito quando o império foi dividido). Tristemente Ptolomeu frisa que as grandes vitórias dos exércitos de Alexandre foram esquecidas e diz para Cadmo que Alexandre era um deus, ou a pessoa mais perto disso, que já vira. Apesar de ser chamado de tirano, Ptolomeu diz que só os fortes governam, mas Alexandre era mais, pois mudou o mundo. Antes dele havia tribos e depois dele tudo passou a ser possível. Surgiu a idéia que o mundo poderia ser governado por um só rei. Era um império não de terras e de ouro, mas da mente, uma civilização helênica aberta a todos. No oriente, o vasto império persa dominava quase todo o mundo conhecido. No ocidente, as outroras cidades-estado gregas, Tebas, Atenas, Esparta, haviam perdido o orgulho. Os reis persas subornavam os gregos com ouro, para usá-los como mercenários. O pai de Alexandre, Felipe, o Caolho (Val Kilmer), começou a mudar tudo isso, unindo tribos de pastores ignorantes das terras altas e baixas. Com sua coragem e seu sangue criou um exército profissional, que subjugou os traiçoeiros gregos. Então voltou-se para a Pérsia, onde se dizia que o rei Dario, em seu trono na Babilônia, temia Felipe. Foi dessa viril guerreira que nasceu Alexandre, em Pela, Macedônia. A mãe, a rainha Olímpia (Angelina Jolie), era chamada por alguns de feiticeira e diziam que Alexandre era filho de Dionísio ou Zeus. Mas não havia um homem na Macedônia que, vendo pai e filho juntos, não tivesse dúvidas, mas nenhum poderia imaginar o fabuloso destino de Alexandre.


Premiações

- Recebeu 6 indicações ao Framboesa de Ouro, nas seguintes categorias: Pior Filme, Pior Diretor, Pior Ator (Colin Farrell), Pior Atriz (Angelina Jolie), Pior Ator Coadjuvante (Val Kilmer) e Pior Roteiro.



CRÍTICA


176 minutos de uma infelicidade que parecia não ser possível vindo de um diretor tão interessante quanto Oliver Stone. Um lixo sem fim, um erro descomunal, uma tragédia quase que grega, isso para não apelarmos para adjetivos negativos mais bruscos que povoam nossa mente quando esta porcaria chega aos seus créditos finais e ficamos perplexos com o que foi feito com a história de um dos maiores homens da história da humanidade.

Não dá pra entender o por que Oliver Stone buscou um caminho como o deste filme. Alexandre, foi um dos maiores generais da história e se resolve fazer um filme sobre o mesmo, dando ênfase a um caráter homossexual, e o modernizando, gerando um anacronismo sem fim. Qualquer pessoa que possua o mínimo de conhecimento histórico, não pode aceitar os erros que este filme comete, já que compreenderá como funcionava as questões educadoras da época. Não é questão de querer justificar uma homossexualidade que Alexandre realmente possuía, mas é incrível, como as coisas podem ser deturpadas.

Stone está ali, exagerado e tremulante como sempre, porém incompetente como nunca antes visto, nem parece o mesmo diretor que nos brindou com um filme como Platoon, ou seja, o diretor está totalmente irreconhecível. O roteiro do próprio Stone e agregados não é digno nem de comentários, uma das piores coisas escritas por alguém de Hollywood ou de qualquer lugar que se faça cinema; falso, mentiroso e sem fundamentação, seja ela histórica ou literária, além de resumir a um simples homossexual medroso e covarde aquele que é conhecido ao longo do tempo exatamente por qualidades contrárias.

Os cenários são bem produzidos, a direção de arte busca um tom de envelhecimento até interessante e o figurino é bem feito, mas isso são pequenos detalhes perante toda crueldade e porquice desta fita. O elenco secundário fica ali parado, só esperando Stone não fazer nada, logo, eles também não fazem nada, já o elenco principal...

Stone errou em tudo, assim sendo, tinha que escolher atores que condizessem com esse erro correto? Isso mesmo. O que esperar de atores como Colin Farrell, Angelina Jolie, Jared Leto e Val Kilmer, que já conseguem estragar filmes que possuem até bons argumentos, em uma fita como este? Os dois primeiros acabam com qualquer tentativa de melhora da película, e mostram por que são dois dos mais fracos representantes de sua geração, os dois últimos são como pedras, não possuem identidade nem sentimento nenhum. Kilmer já é um ator em fim de carreira, agora Leto se quiser ter um nome um pouco mais avançado tem que melhorar e muito.

Rosario Dawson como Roxane não está de todo mal, assim como os veteranos Hopkins e Plummer, mas é algo muito abaixo de todo o talento presente nesses atores. O filme é ruim demais para se colocar um nome de prestígio como o que estes atores possuem em sua capa.

Com certeza um dos piores filmes que já passou pelas minhas mãos, muito ruim mesmo, e que não vale a pena nem como curiosidade, afinal são quase três horas de duração. Alexandre ainda é um personagem que merece um filme decente, por que já passou da hora de elevarmos o nível das intenções de diretores e atores que se propuseram a fazer um filme do gigante aprendiz do grande Aristóteles.

Stone ainda é um diretor de prestígio, e por que não dizer, um dos melhores diretores vivos, apesar de todos os exageros e de um deslize como este. Mesmo assim, não existe outra forma de falar sobre um filme como este, e me desculpe, mas se você conseguir gostar disto aqui, ou não sabe o que é cinema, ou nunca prestou atenção nas aulas de história quando o assunto era Alexandre. Passe bem longe, pois o adjetivo ruim já não satisfaz mais para descrever tamanha perversidade contra o cinema e contra um dos maiores nomes da história da humanidade.


NOTA: 1,5

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