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domingo, 31 de maio de 2009

ASSASSINATO EM GOSFORD PARK

Ficha Técnica

Título Original: Gosford Park
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 137 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra): 2001
Site Oficial: www.gosfordparkmovie.com
Estúdio: USA Films / Capitol Films / Chicagofilms / Film Council / Medusa Produzione / Sandcastle 5 ProductionsDistribuição: USA Films / Capitol Films
Direção: Robert Altman
Roteiro: Robert Altman e Bob Balaban, baseado em estória de Julian Fellowes
Produção: Robert Altman e David Levy
Música: Patrick Doyle
Fotografia: Andrew Dunn
Desenho de Produção: Stephen Altman
Direção de Arte: Sarah Hauldren
Figurino: Jenny Beavan
Edição: Tim Squyres


Elenco

Michael Gambon (Sir William McCordle)
Kristin Scott Thomas (Lady Sylvia McCordle)
Camilla Rutherford (Isobel McCordle)
Maggie Smith (Constance)
Charles Dance (Raymond)
Geraldine Somerville (Louisa)
Tom Hollander (Tenente-Comandante Anthony Meredith)
Natasha Wightman (Lady Lavinia Meredith)
James Wilby (Freddie Nesbitt)
Claudie Blakley (Mabel Nesbitt)
Laurence Fox (Lord Rupert Standish)
Trent Ford (Jeremy Blond)
Jeremy Northam (Ivor Novello)
Bob Balaban (Morris Weissman)
Alan Bates (Jennings)
Helen Mirren (Sra. Wilson)
Eileen Atkins (Sra. Croft)
Derek Jacobi (Probert)
Emily Watson (Elsie)
Richard E. Grant (George)
Jeremy Swift (Arthur)
Meg Wynn Owen (Lewis)
Sophie Thompson (Dorothy)
Ryan Phillippe (Henry Denton)
Stephen Fry (Inspetor Thompson)
Clive Owen


Sinopse

É novembro de 1932. Gosford Park é a magnífica casa de campo onde Sir William McCordle (Michael Gambon) e sua esposa, Lady Sylvia (Kristin Scott Thomas), juntam amigos e parentes para uma festa no fim de semana. Eles convidaram um grupo eclético, que inclui uma condessa (Maggie Smith), um herói da 1ª Guerra Mundial, o ídolo britânico Ivor Novello (Jeremy Northam) e um produtor americano de filmes, que faz os longas de Charlie Chan. Enquanto os convidados ocupam os luxuosos aposentos de cima, seus empregados juntam-se aos criados da casa na cozinha e nos corredores nos andares de baixo. Mas nada é o que se parece: nem entre os ricos convidados almoçando e jantando em seus enormes cômodos, nem nos sótãos e oficinas onde seus empregados trabalham para o conforto de seus empregadores. Nesse cenário luxuoso, uma série de eventos que misturam gerações, classes, sexo e estórias pessoais trágicas culminam em um misterioso assassinato.


Premiações

- Ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original, além de ter sido indicado em outras 6 categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante (Maggie Smith e Helen Mirren), Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino.
- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Diretor, além de ter recebido outras 4 indicações, nas seguintes categorias: Melhor Filme - Comédia/Musical, Melhor Atriz Coadjuvante (Maggie Smith e Helen Mirren) e Melhor Roteiro.
- Ganhou 2 prêmios no BAFTA, nas seguintes categorias: Melhor Filme Britânico e Melhor Figurino. Recebeu ainda outras 7 indicações, nas seguintes categorias: Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante (Maggie Smith e Helen Mirren), Melhor Revelação (Julian Fellowes), Melhor Roteiro Original, Melhor Maquiagem e Melhor Desenho de Produção.
- Recebeu uma indicação ao Cesar, na categoria de Melhor Filme da União Européia.
- Recebeu uma indicação ao Goya, na categoria de Melhor Filme Europeu.
- Recebeu uma indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.



CRÍTICA


Último filme realmente relevante do grande diretor falecido em 2.006 Robert Altman. Assassinato em Gosford Park, conta a história de um grupo de pessoas que se encontram pearnte a um crime em uma residência, sendo que devido as circunstâncias de local e momento, todos são ao mesmo tempo suspeitos e inocentes.

A fita segue o processo, do "todo mundo é culpado, até que se prove o contrário", levando os personagens a situações e complexidades digna das mais mirabolantes histórias de detetives. Entretanto, é nitidamente explorado como ponto presente, as reações e maneiras de como as pessoas agem perante uma situação de extrema insegurança e dúvida. Assim sendo, encontramos amigos em acusações infundadas, desconhecidos em debates cordiais como se fossem velhos conhecidos e coisas do tipo.

O roteiro que tem colaboração do próprio Altman, é bem amarrado e nulamente apelativo, ou seja, dá contorno e enredo às situações de forma precisa e com consequência e fundamento lógico, sem recorrer ao inusitado ou ao acaso em nenhum momento. Contudo, seu ritmo lento, sua complexidade e sua maneira detalhista de ambientar a situação, podem gerar um efeito de certo modo "tediante" em alguns momentos, onde parece que estamos defronte a algo sem fim.

Aliado a isso, temos as clássicas passagens, encontros e desencontros que sempre foram o ponto alto e diferencial de Altman, pessoas se conhecendo, se entrecruzando, mostrando como as situações afetam a todos, e como estamos ligados de uma forma bem mais fina do que as pessoas pensam. Nesse ponto, Altman continua impecável, conduz as personagens de maneira precisa e sua câmera define muito bem os momentos em que tratamos de um assassinato que envolve a todos e os momentos em que tratamos de dramas pessoais, que vão muito além de um "simples" fato ocorrido em uma noite.

O elenco em si, como de costume nos filmes de Altman, é extenso, requintado, e possui altos e baixos bem visíveis, não pelo trabalho do diretor, mas devido ao fato de que em elencos muito grandes, sempre existem os problemas de caracterização, desde a parte puramente técnica como na interpretativa em si. Destaque para a veterana Maggie Smith e para a sempre competente Emily Watson, além do bom trabalho de Ryan Phillippe. Kristin Scott Thomas exagera um pouco em sua caracterização, mas também acaba se saindo bem, enquanto o ponto negativo do elenco fica com Tom Hollander no papel do inspetor chefe e com o pouco caso de Clive Owen com seu pequeno personagem.

Vale ressaltar o ótimo trabalho da direção de arte e de figurino da fita, muito bem na caracterização de época e na montagem das características dos personagens. Um trabalho muito bem feito, em um ambiente no mínimo complexo e detalhista, e que não exigiria menos do que foi feito na feita.

Assassinato em Gosford Park está longe de ser um clássico. Trata-se de um bom filme, com altos e baixos, e que em alguns momentos empolga de uma forma tão grande, que quando cai em momentos de lentidão, leva o espectador a um tombo maior. Chato em alguns momentos, lento em outros, atrativo em outros, gigante em mais alguns, podemos resumir esta fita em algo totalmente imprevísivel e supreendente, porém, seu grande defeito é que nem sempre este caráter de imprevisibilidade e surpresa trabalham bem para o filme. Para um diretor que já fez filmes como M.A.S.H. , Short Cuts e o Jogador, entre outros clássicos, deve um pouco, mas vale a pena dar uma conferida, assim como vale a pena pensar um pouco também.


NOTA: 6,5

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