Ficha Técnica
Título Original: No Country for Old Men
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 122 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.nocountryforoldmen.com
Estúdio: Paramount Vantage / Miramax Films / Mike Zoss Productions / Scott Rudin Productions
Distribuição: Miramax Films / Paramount Pictures
Direção: Ethan Coen e Joel Coen
Roteiro: Ethan Coen e Joel Coen, baseado em livro de Cormac McCarthy
Produção: Ethan Coen, Joel Coen e Scott Rudin
Música: Carter Burwell
Fotografia: Roger Deakins
Desenho de Produção: Jess Gonchor
Direção de Arte: John P. Goldsmith
Figurino: Mary Zophres
Edição: Ethan Coen e Joel Coen
Efeitos Especiais: Luma Pictures / Tinsley Transfers
Elenco
Tommy Lee Jones (Ed Tom Bell)
Javier Bardem (Anton Chigurh)
Josh Brolin (Llewelyn Moss)
Woody Harrelson (Carson Wells)
Kelly Macdonald (Carla Jean Moss)
Garrett Dillahunt (Wendell)
Tess Harper (Loretta Bell)
Barry Corbin (Ellis)
Beth Grant (Agnes)
Kit Gwin (Molly)
Rodger Boyce (Xerife de El Paso)
Sinopse
Texas, década de 80. Um traficante de drogas é encontrado no deserto por um caçador pouco esperto, Llewelyn Moss (Josh Brolin), que pega uma valise cheia de dinheiro mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo devido a isso. Logo Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. Porém para alcançar Moss ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones).
Premiações
- Ganhou 4 Oscars, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Melhor Roteiro Adaptado. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Som e Melhor Edição de Som.
- Ganhou 2 Globos de Ouro, nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Melhor Roteiro. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Diretor.
- Ganhou 3 prêmios no BAFTA, nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Melhor Fotografia. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Tommy Lee Jones), Melhor Atriz Coadjuvante (Kelly Macdonald), Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som.
- Recebeu uma indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Filme Estrangeiro.
CRÍTICA
Moderno western de grande sucesso de público e crítica, que nos leva a uma viagem pela a ganância e malandragem das pessoas, e faz um detalhamento bem insípido sobre as amostras de precipitação e contexto, em que estamos inserido no mundo. A mensagem latejante em nossa cabeça a todo momento " Você não escapará de mim, ninguém sai ileso", é algo que os irmãos Coen já haviam trabalhado e repetem aqui em forma macro, já que este sentimento domina o filme em toda a sua extensão.
É facilmente, uma das mais vibrantes e completas experiências cinematográficas que se pode ter nos últimos tempos, bem dirigido, com um argumento muito entrelaçado e atuações ao mesmo tempo completas e brutais, logicamente que este último aspecto, totalmente inserido no contexto exigido pelos irmãos Coen. Ethan e Joel fazem de um cenário um pouco obsoleto, todo o centro da ação do filme, além de resgatar aquilo que o western tem de mais marcante, o duelo, o conflito entre os homens, sejam eles bons ou ruins, isso é o que menos importa.
Se faz necessário, explicitar à questão levantada acima, quando relacionamos a questão de que nada se escapa, e tudo é buscável. Esqueça todo o psicologismo que possa estar envolvido em afirmações como esta, aqui a questão é outra, é o buscar pelo simples fato de que você não é dono disto. Busca-se não algo sentimental, ou algo de vivência, busca a recuperação, busca-se aquilo que se perdeu, e não importa os meios para que isso aconteça, o fato de ser algo material ou não pouco importa, se julgo que algo é meu, este julgamento já é o suficiente para respaldar qualquer ação minha, desde que tenha o objetivo de recuperar este algo.
A perseguição impera no filme todo, ora do personagem de Bardem com o de Brolin, ora de Lee Jones contra um ou o outro, hora contra os dois, formando um triângulo que dá base a todo o filme, e que não o deixa escapar em nenhum momento, tudo isto aliada a uma direção presente e concatenuante dos competentes irmãos Coen. A fotografia e todo o aparato sonoro envolvido, ajudam a criar todo o clima de bang-bang, necessário em todos os pontos para o bom funcionamento desta fita.
Logicamente que não poderíamos esquecer da brilhante atuação de todo o elenco, mas principalmente do espanhol Javier Bardem que assusta e faz um assassino de aluguel perfeito, sem expressão, mas ao mesmo tempo caracterizado de forma impecável. Suas cenas se destacam e sua maneira de agir faz com que você não só se anime a cada aparição dele, mas também em alguns momentos torça por ele, já que ele faz um assassino "cativante" e não repudiante. Uma atuação perfeita e totalmente digna de todos os prêmios que o espanhol venceu, incluindo o Oscar de Ator Coadjuvante; sem contar que dificilmente qualquer ser que assistir a este filme verá os compressores de ar com os mesmos olhos.
Uma excitante e válida experiência cinematográfica,que nos leva tanto a uma imagem devastadora quanto animadora das tentativas humanas de conquista. Apesar de não ser o melhor filme a estrear no Brasil em 2.008 e de que na minha opinião não deveria ter levado o Oscar de melhor filme ( já que julgo Sangue Negro um filme melhor), este mesmo não chega a ser injusto, já que Onde Os Fracos Não Têm Vez é um belo filme, um clássico do cinema moderno e do western. Veja sem medo, e aprecie a uma ótima fita, com uma brilhante atuação de Bardem, e uma ótima condução feita pelos irmãos Coen, que fazem deste o seu melhor trabalho juntamente com o excelente Fargo, e que supera em minha modesta opinião o clássico noir Gosto de Sangue, mas isto já é linha pra outra conversa. Essencial para qualquer cinéfilo, ou simplesmente para qualquer um que se julgue fã de cinema.
NOTA: 9,0
adorei a crítica...principalmente quando dizque em algum momento torcemos para o ''vilão se dar bem''
ResponderExcluirobrigada^^