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sábado, 9 de maio de 2009

GREASE - NOS TEMPOS DA BRILHANTINA

Ficha Técnica

Título Original: Grease
Gênero: Musical
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1978
Site Oficial: http://www.greasemovie.com/
Estúdio: Paramount Pictures
Distribuição: UIP
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: Bronte Woodard e Allan Carr, baseado em peça teatral de Jim Jacobs e Warren Casey
Produção: Allan Carr e Robert Stigwood
Música: Warren Casey, John Farrar, Barry Gibb, Jim Jacobs, Bill Oakes e Louis St. Louis
Fotografia: Bill Butler
Desenho de Produção: Philip M. Jefferis
Figurino: Albert Wolsky
Edição: John F. Burnett


Elenco

John Travolta (Daniel "Danny" Zuko)
Olivia Newton-John (Sandra "Sandy" Olsen)
Stockard Channing (Elizabeth "Betty" Rizzo)
Jeff Conaway (Kenickie)
Barry Pearl (Doody)
Michael Tucci (Sonny)
Kelly Ward (Putzie)
Didi Conn (Frenchy)
Jamie Donnelly (Jan)
Dinah Manoff (Marty Maraschino)
Eve Arden (Diretora McGee)
Edd Byrnes (Vincient "Vince" Fontaine)
Sid Caesar (Técnico Calhoun)
Susan Buckner (Patricia "Patty" Simcox)
Lorenzo Lamas (Thomas "Tom" Chisum)
Michael Biehn


Sinopse

Na Califórnia na década de 50, Danny (John Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John), um casal de estudantes, trocam juras de amor mas se separam, pois ela voltará para a Austrália. Entretanto, os planos mudam e Sandy por acaso se matricula na escola de Danny. Para fazer gênero ele infantilmente lhe dá uma esnobada, mas os dois continuam apaixonados, apesar do relacionamento ter ficado em crise. Esta trama serve como pano de fundo para retratar o comportamento dos jovens da época.


Premiações

- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Canção Original ("Hopelessly Devoted to You").
- Recebeu 5 indicações ao Globo de Ouro, nas seguintes categorias: Melhor Filme - Comédia/Musical, Melhor Ator - Comédia/Musical (John Travolta), Melhor Atriz - Comédia/Musical (Olivia Newton-John) e Melhor Canção Original ("Grease" e "You're the One that I Want").



CRÍTICA


Um dos maiores musicais e ao mesmo tempo umas das maiores bobagens que Hollywood já produziu, Grease provavelmente é ao lado de Blade Runner, o maior filme cult de todos os tempos. Entretanto, ao contrário do filme estrelado por Harrison Ford, Grease possui motivos e de sobra para não circular entre os clássicos, mas sim permanecer apenas no lugar de onde nunca saiu e de onde nunca vai sair.

Essa "aventura" musical e adolescente protagonizada por um John Travolta sonhador e por uma Olivia Newton-John chatíssima, derrapa em vários sentidos, indo desde problemas com o elenco, já que assim como os principais, os coadjuvantes não são lá essas coisas, passando por uma péssima direção, que não procura e nem tenta movimentar os atores de forma correta, gerando um aspecto de distorção e que nos leva a pensar que tudo aquilo ali é artificial e que a qualquer momento os atores vão parar de dançar e cantar, e vão gritar " Corta, está tudo errado". Além disso, o filme beira demais o superficial, já que reduz os jovens a meros capachos apaixonados e que colocam suas vidas a disposição de viver isso e apenas isso, ou seja, o filme é uma paixonite adolescente valsada por músicas de flash-back.

Outro problema complicado de Grease é seu definhamento ao longo dos anos. Não adianta tentar salvar, Grease é um filme temporal e que já se tornou obsoleto, permanecendo apenas na mente e filmografia de saudosistas, nostálgicos ou cinéfilos mesmo. Dificilmente encontraremos um jovem com características atuais, que vá idolatrar Grease como os jovens de décadas atrás; me atrevo a dizer que dificilmente encontraremos algum jovem que sequer goste ou consiga criar respeito por este musical.

Logicamente, que Grease tem lá seus méritos. A fita vai no ponto, é coloca juntamente a uma trilha sonora inspiradora e coreografias interessantes, um ambiente com o qual todo jovem já se deparou pelo menos uma vez na vida. Não havia necessidade de elevar esse caráter tocante ao jovem, ao extremo como foi feito, todavia, é inevitável; em algum momento você vai se deparar com alguma situação familiar. Essa aproximação da realidade, feita de uma forma vibrante devido ao caráter musical e artístico atribuído ao filme, foi exatamente o que gerou todo o culto existente a este filme por várias gerações de cinéfilos.

Observadas as devidas falhas, temos um filme respeitado e que merece pelo menos isso. Dificilmente veremos outro Grease, ou qualquer outro filme que cause tanto carisma em fãs ao longo de tanto tempo; mesmo que isto seja feito de uma forma massante e de certo modo até alienante. Fenômenos de público não se explicam pelo caráter técnico das produções, mas única e exclusivamente pela capacidade de despertar paixões, e Grease fez isso muito bem em sua época, e faz ainda até hoje, afinal quase todo mundo conhece alguém que tem em Grease um dos filmes favoritos, ou estou errado?

Não dá pra colocá-lo na sessão Para Ver, entretanto digamos que ele fica bem perto dela, já que todo o seu caráter falho na verdade, é o que menos preocupou seus produtores e integrantes, afinal, em nenhum momento Grease parece almejar outra coisa a não ser tocar as pessoas, e isso ele faz muito bem, entretanto o fato de uma obra "apenas" alcançar seu objetivo pessoal, não faz dela algo perfeito, afinal por mais que um pato feio chegue ao outro lado da lagoa que deseja atravessar, isto não o transforma em um pato bonito ou perfeito, apenas o transforma em um pato competente e esforçado.


NOTA: 6,0

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