“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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segunda-feira, 15 de março de 2010
CAMELOT
Ficha Técnica
Título Original:Camelot
Gênero:Musical
Duração:180 min
Ano De Lançamento:1967
Estúdio:Warner Bros./Seven Arts
Distribuidora:Warner Bros./Seven Arts
Direção: Joshua Logan
Roteiro:Alan Jay Lerner, baseado em livro de T.H. White e em peça teatral de Alan Jay Lerner
Produção:Jack L. Warner
Música:Frederick Loewe
Fotografia:Richard H. Kline
Direção De Arte:Edward Carrere
Figurino:John Truscott
Edição:Folmar Blangsted
Elenco
Richard Harris (Rei Arthur)
Vanessa Redgrave (Guenevere)
Franco Nero (Lancelot Du Lac)
David Hemmings (Mordred)
Lionel Jeffries (Rei Pellinore)
Laurence Naismith (Merlin)
Pierre Olaf (Dap)
Estelle Winwood (Lady Clarinda)
Gary Marshal (Sir Lionel)
Anthony Rogers (Sir Dinadan)
Peter Bromilow (Sir Sagramore)
Sue Casey (Lady Sybil)
Gary Marsh (Tom de Warwick)
Nicolas Beauvy (Arthur - criança)
Sinopse
A lenda do rei Arthur (Richard Harris) e seu torturante caso de amor com a rainha Guenevere (Vanessa Redgrave). Uma floresta encantada próxima a Camelot foi o lugar onde Arthur primeiramente encontrou Guenevere, que no início não tinha noção que estava falando com o rei e se referia a ele de modo pouco respeitoso. Após o casamento deles, a felicidade de Arthur em razão do seu matrimônio com a adorável Guenevere o fez criar os Cavaleiros da Távola Redonda, uma alta ordem de cavalheirismo no qual todos os cavaleiros eram imbuídos por um desejo de ajudar os oprimidos. Tal é a fama dos Cavaleiros da Távola Redonda que um cavaleiro francês, Lancelot Du Lac (Franco Nero), buscou se unir a esta ordem e logo se tornou o mais célebre de todos os cavaleiros. Guenevere, indiferente a princípio, se apaixonou por Lancelot. Embora ambos tivessem um amor profundo por Arthur, a paixão deles foi mais forte e começaram um ilícito caso de amor. Arthur ignorava os rumores que circulavam ao redor dele, mas quando Mordred (David Hemmings), seu filho ilegítimo, chega a Camelot, ele expôs Lancelot e Guenevere, provocando uma sucessão de conflitos no reino.
CRÍTICA
Bom, nem só de filmes atuais vive o cinema e muito menos este blog a que me propus criar; sendo assim, após duas resnehas envolvendo filmes que entraram no circuito a pouco tempo, darei um salto e retornarei para os anos 60, mais precisamente ao ano de 1.967, para comentar acerca de um filme pouco conhecido, e que tem por característica mais forte a capacidade de transformar uma das maiores histórias da humanidade em um musical complexo e bem conduzido.
Falamos aqui de Camelot, e só pelo título já dá pra imaginar mais ou menos sobre o que o filme se trata, e é isso mesmo, só que em forma de musical. A ousadia realmente é interessante, já que criar musicalidades para conflitos tão complexos e cheios de força como os de Arthur, Lancelot e Guinevere e de pois acrescentando a chegada de Mordred que é para muitos a figura mais chocante e interessante de toda a saga arthuriana, é realmente algo digno de respeito.
Além da ousadia, o filme se baseia em boas canções e em momentos fortes para agarrar o público, tendo como destaque a sensacional cena em que Arthur (bem interpretado por Richard Harris), descobre o caso entre Lancelot e Guinevere e se vê desconsolado com tudo o que o cerca. O bom trabalho artístico também contribui de forma interessante com a fita, agregando um bom trabalho de maquiagem e principalmente um impecável e preciso figurino, que dentro das limitações da época, consegue se encaixar de forma muito bonita e correta no contexto da fita.
A pergunta que devemos fazer, é o que aconteceu para que esta fita praticamente caísse no esquecimento? É difícil responder a esta pergunta, mas acredito que o fato de encontrarmos um musical contando histórias que costuma-se ver em algo maior como épicos gigantescos com cenas de ação e aventura de tirar o fôlego, fez com que o filme não despertasse tanto interesse assim, já que ele busca um caminho mais singelo e menos bruto por assim dizer para contar as lendas arthurianas. Outro problema é que a fita não conseguiu resistir ao tempo, já que com as inovações tecnológicas e artísticas, os filmes antigos que não se tornaram clássicos absolutos perderam espaço e ganharam até um caráter piegas, o que é na maioria das vezes uma grande e cruel injustiça, alie isso ao fato de muita gente não conseguir encarar 3 horas de filme e teremos alguns dos problemas da fita.
Camelot acaba por se sair um passatempo interessante e por que não dizer um bom filme, logicamente que não tem todo o charme de clássicos imortais seja no gênero dos épicos como Ben-Hur ou El Cid, ou mesmo no gênero dos musicais como Amor Sublime Amor ou Cantando Na Chuva, mas se sai bem e pode de forma até interessante fazer parte da galeria de filmes vistos na vida de uma pessoa. Boas canções, tomadas interessantes, boas atuações e com todo aquele feeling de filme antigo que só os verdadeiros cinéfilos sabem apreciar. O filme é velho e não esconde isso de ninguém, se isso joga a favor ou contra a fita, cabe ao espectador decidir, e isto é um assunto que é pessoal demais para eu enfiar o meu bico.
NOTA: 6,5
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