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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

VIOLÊNCIA GRATUITA


Ficha Técnica

Título Original:Funny Games U.S.
Gênero:Ficção
Duração:111 min
Ano De Lançamento:2008
Estúdio:Celluloid Dreams / Lucky Red / Kinematograf / X-Filme / Halcyon Pictures / Tartan Films /
Distribuidora:California Filmes
Direção: Michael Haneke
Roteiro:Michael Haneke
Produção:Hengameh Panahi, Douglas C. Steiner e Naomi Watts
música:
Fotografia:Darius Khondji
Direção De Arte:Hinju Kim
Figurino:David C. Robinson
Edição:Monika Willi


Elenco

Naomi Watts (Ann)
Tim Roth (George)
Michael Pitt (Paul)
Brady Corbet (Peter)
Devon Gearhart (Georgie)
Boyd Gaines (Fred)
Siobhan Fallon (Betsy)
Robert LuPone (Robert)
Linda Moran (Eve)
Susanne C. Hawke (Cunhada de Betsy)


Sinopse

Uma família em férias recebe a inesperada visita de dois jovens profundamente perturbados em sua casa de campo, aparentemente calma e tranquila. A partir de então suas férias de sonhos se transformam em pesadelo.



CRÍTICA


Já fazia algum tempo que haviam me pedido uma crítica deste filme, mas só agora criei coragem para fazê-la (preguiça é phoda), mas isso também se deve a outro ponto, que a minha falta de apreciação da fita em questão, já que Violência Gratuita definitivamente é um filme que não me agradou, e os motivos disso explicarei a vocês logo em seguida.

Pode ser ignorância minha ou alguma outra coisa, mas pra dizer bem a verdade eu não entendi muito bem qual é a desse filme; tudo bem, eu entendo as questões relacionadas ao que chama de ultra-violência e tudo mais, mas esta fita tem momentos muito ruins e chatos, sem contar que a criatividade aqui é totalmente nula.
Os caras chegam do nada, começam a torturar a família do nada, e saem do nada, a sinopse do filme pode ser resumida a isso; um ato de tortura a uma família aparentemente sem motivo algum. Dito isto, vale frisar que em alguns momentos parece que a fita vai nos dar alguma pista do por que aquilo acontece ou coisa assim, mas isso é apenas achismo do espectador, já que o motivo não vem.

Michael Haneke é um diretor impressionante, mas não aqui. Sua direção é chata, preguiçosa e tediosa, sendo que são raros os momentos de movimentos da câmera, sendo que em sua maioria Haneke parece sentá-la em seu joelho e deixá-la mofar ali, pois o negócio é estático e você fica olhando, às vezes para pessoas, às vezes para uma parede e a coisa vai assim, sem ação nenhuma.

O trabalho de direção de arte e fotografia é bisonhamente "chupado" da clássica Laranja Mecânica, e não tem vergonha nenhuma em mostrar isso na tela. Proposital? Lógico, não há outra explicação, mas aí a fita tem que arcar com as comparações e temos um produto bem inferior, sem a genialidade de Kubrick e sem a força de um roteiro perfeito como o do clássico maior da ultra-violência.

Como se não bastasse, o filme tem sérios problemas de andamento, sendo que nos momentos em que os dois jovens torturados não estão em cena, tudo fica muito chato. O filme fica meia hora (isso mesmo, meia hora) só parado na ação do casal central  tentando escapar das amarras e secando o celular para fugir de uma vez por todas daquilo, antes de serem capturados novamente e continuar o martírio, ou seja, se você dormir quando o filme estiver perto de sua uma hora de duração e acordar com uma hora e vinte minutos, posso lhe garantir que nada será perdido.

O elenco não prejudica, com destaque para Michael Pitt, extremamente irônico e em vários momentos engraçado no modo como leva toda aquela cena bizarra de violência e de bestialidade sem fundamento na frente do espectador. Além disso, Pitt e Haneke conseguem uma coisa preocupante para dizer a verdade, já que é quase impossível não se cativar com os torturadores, já que eles são bem mais empolgantes do que o casalzinho oprimido e sofrido. Em outras palavras, se existe algo que esta fita possui de interessante, é o fato de levar o espectador a torcer pelo vilão, e não sentir pena alguma da família torturada, ou seja, ele leva o espectador para dentro da mente e do modo de agir da ultra-violência, o espectador se sente parte daquilo; pena que isso não dura o filme todo.

Enfim, o filme tem muitos admiradores e provavelmente as pessoas tem seus motivos para isso, agora eu aconselho a uma reflexão um pouco mais profunda antes de encara esta fita, que possui momentos interessantes unidos a momentos incrivelmente chatos e maçantes. Filmes mais chocantes que este tem aos montes por aí, agora se você optar por este aqui, que você consiga enxergar aquilo que eu não consegui, já que, ao contrário do que acontece na fita, na vida real não existe um controle remoto para retornar e corrigir algo que você não queria que acontecesse (digno de risadas, uhauauhuahuauhauh),



NOTA: 5,0

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