“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
ENTRE IRMÃOS
Ficha Técnica
Título Original:Brothers
Gênero:Drama
Duração:105 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://www.brothersfilm.com/
Estúdio:Relativity Media / Michael De Luca Productions / Palomar Pictures
Distribuidora:Lionsgate
Direção: Jim Sheridan
Roteiro:David Benioff, baseado em roteiro de Susanne Bier e Anders Thomas Jensen
Produção:Michael De Luca, Ryan Kavanaugh e Sigurjon Sighvatsson
Música:Thomas Newman
Fotografia:Frederick Elmes
Direção De Arte:Guy Barnes
Figurino:Durinda Wood
Edição:Jay Cassidy
Efeitos Especiais:Great FX
Elenco
Jake Gyllenhaal (Tommy Cahill)
Natalie Portman (Grace Cahill)
Tobey Maguire (Capitão Sam Cahill)
Clifton Collins Jr. (Major Cavazos)
Sam Shepard (Hank Cahill)
Bailee Madison (Isabelle Cahill)
Taylor Grace Geare (Maggie Cahill)
Mare Winningham (Elsie Cahill)
Patrick Flueger (Recruta Joe Willis)
Carey Mulligan (Cassie Willis)
Omid Abtahi (Yusuf)
Navid Negahban (Murad)
Ethan Suplee (Sweeney)
Arron Shiver (A.J.)
Ray Prewitt (Owen)
Jenny Wade (Tina)
Sinopse
Sam Cahill (Tobey Maguire) é um fuzileiro naval casado com Grace (Natalie Portman), sua namorada desde a infância, e com ela tem duas filhas: Isabelle (Bailee Madison) e Maggie (Taylor Grace Geare). Tommy (Jake Gyllenhaal) é seu irmão caçula, um andarilho que deixou recentemente a prisão. Ele é o provocador da família, o que vem à tona logo em sua primeira noite fora da prisão, em jantar com seus pais, Hank (Sam Shepard) e Elsie (Mare Winningham). Logo em seguida, Sam é enviado para o Afeganistão. Ele é dado como morto quando o helicóptero em que está é abatido nas montanhas. A família Cahill fica em estado de choque e Tommy resolve assumir a responsabilidade por sua nora e sobrinhas. Só que Sam não está morto, tendo sido capiturado por soldados talibãs.
Premiações
- Indicado ao Globo De Ouro de Melhor Ator Drama (Tobey Maguire) e a Melhor Canção Original (Brothers).
CRÍTICA
Novo filme do diretor irlandês Jim Sheridan, que deve chegar em breve as locadoras, e que em primeiro momento tinha tudo para ser um grande filme: uma boa história, bom elenco, um bom diretor, e qual foi o resultado? Nada do contra aqui; já que Entre Irmãos não só atende as expectativas com também as supera.
Refilmagem do excelente filme dinamarquês que no Brasil atende pelo nome de Brothers, o filme é um excelente retrato nos traumas da guerra, seja durante ela ou principalmente após ela, e o mais interessante, é que a fita acaba mostrando a influência da guerra tanto naquele que dela participou, quanto daquele parente que ficou em casa, mas que indiretamente foi afetado pela guerra.
Se Entre Irmãos é melhor que sua matriz Brothers, chega a ser difícil dizer, já que o segundo busca um lado um pouco mais duro e frio, típico do cinema dinamarquês, enquanto que Entre Irmãos, vai mais por um lado emotivo, mas sem soar piegas ou forçado. Na minha modesta opinião, até por ser fã do cinema da terra de Hamlet, fico com Brothers, mas isso não tira toda a qualidade da obra em questão.
Sheridan não é bem um diretor conhecido do grande público, mas entre os cinéfilos goza até de um bom nome. Sua direção aqui, não muda em nada aquilo que já vimos em suas obras anteriores, e Sheridan mostra mais uma vez que é justamente acusado de ser um diretor emotivo e às vezes exagerado. O diretor ferve em todos os momentos, e o filme tem que estar voando o tempo todo, senão não é Sheridan. Exagerado ou não, o diretor mostra mais uma vez que filma muito bem, e nos produz outra grande obra com uma bela direção; Entre Irmãos pode não ser um no Meu Pé Esquerdo, e nem tão bom como Em Nome Do Pai, mas é uma obra digna da qualidade deste ótimo diretor.
Destaque também para o bom trabalho de fotografia, que alterna com muita precisão e destaque, os modos de fotografar de acordo com o cenário, afinal o filme vai desde cenários cheios de neve, até filmagens no deserto, o que dificulta, sem dúvida, o trabalho da fotografia. O roteiro também acerta em cheio, e mesmo alterando alguns bons aspectos do filme original, mantém a essência da história, que é a guerra e tudo o que ela traz, seja no âmbito físico, psicológico e na fita em questão, principalmente familiar. O filme deixa bem claro, que uma guerra acaba e a outra começa, e o personagem Sam Cahill é a imagem perfeita nesse momento.
Aliás, Tobey Maguire como Sam Cahill supera todas as expectativas e mostra finalmente todo o seu potencial. Nada do fotógrafo bobo ou do herói popular aqui; Maguire mostra muito bem que seu talento vai muito além de um simples Homem-Aranha, e confesso realmente que uma de minhas maiores decepções foi não vê-lo indicado ao Oscar por sua atuação, já que estamos falando aqui de uma atuação impressionante. O restante do elenco também está preciso e firme, com mais um destaque para o veterano Sam Shepard e todo aquele seu clássico ar rabugento.
Em suma, Entre Irmãos tem tudo para ser um filme bem conceituado e principalmente visto por várias pessoas ao longo desse ano, e merece isso. Pode até não ser uma obra-prima grandiosa e cheia de “pequetrefes”, mas é um filme duro, realista e muito forte, e que transparece isso o tempo todo. Em uma época que a fantasia e a falta de realidade ganham cada vez mais espaço no cinema, Entre Irmãos traz a tona uma realidade muito dura, mas que é cada dia mais real.
NOTA: 9,0
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Muito empolgante a avaliação do filme. Vou ver e depois mando minha opnião também.
ResponderExcluirABraços!!!