Ficha Técnica
Título Original: The Emperor's New Groove
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2000
Site Oficial: http://disney.com/groove
Estúdio: Walt Disney Pictures
Distribuição: Walt Disney Pictures / Buena Vista Pictures
Direção: Mark Dindal
Roteiro: Jonathan Roberts
Produção: Randy Fullmer
Música: Marc Shaiman e Sting
Edição: Tom Finan
Elenco (Vozes)
David Spade (Imperador Kuzco - versão original)
Selton Mello (Imperador Kuzco - versão dublada)
John Goodman (Pacha - versão original)
Humberto Martins (Pacha - versão dublada)
Eartha Kitt (Yzma - versão original)
Marieta Severo (Yzma - versão dublada)
Patrick Warburton (Kronk - versão original)
Wendie Malick (Esposa de Pacha - versão original)
Tom Jones (Cantor de Kuzco - versão original)
Trudy Styler
Sinopse
Em um reino mítico e rodeado de montanhas, o jovem e arrogante Imperador Kuzco é transformado em uma lhama por sua conselheira, a poderosa bruxa Yzma. Perdido na floresta, a única chance de Kuzco recuperar seu trono é contando com a ajuda de Pacha, um simplório camponês. Mas ambos precisarão enfrentar a bruxa Yzma antes de concluir sua jornada.
Premiações
- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Canção Original ("My funny friend and me").
- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original ("My funny friend and me").
CRÍTICA
Facilmente o mais engraçado dos desenhos animados em longa-metragem já produzidos por qualquer estúdio que você ou qualquer um queira citar. A Nova Onda Do Imperador é uma divertida e fantástica história cheia de personagens e tiradas extremamente engraçadas e que em nenhum momento soam idiotas ou forçadas, pelo contrário, a piadas fluem naturalmente de uma trama muito bem amarrada e simpática tanto a adultos como para crianças.
A história de um imperador Inca, totalmente tirano e desalmado, que é transformado em lhama por uma bruxa que deseja roubar o seu reino, e que para retornar ao seu estado normal de homem recebe a ajuda de uma simples camponês que a pouco tempo antes o próprio imperador havia esnobado e humilhado. Falando assim, pode-se até imaginar que a história não tem lá muitos atrativos, mas com certeza, isso é um ledo engano.
Diálogos muito bem amarrados e divertidos, que possuem sempre uma continuidade assídua e bem dividida, transformam o roteiro de A Nova Do Imperador em algo simplesmente impecável. A forma de animação ainda é mais clássica, ou seja, nada computadorizado, o que na minha opinião, deixa o filme ainda mais acessível e divertido, aliado a um carisma envolvente de todos os personagens, que representam vários tipos de personalidades e que agem de formas diferentes entre si, proporcionando uma pluralidade de maneiras de se levar uma situação que sempre desemboca em algo hilariante.
Aqueles números musicais clássicos de animação, e que em muitas situações acabam prejudicando o andamento de alguns filmes (eu disse em algumas situações), não estão presentes aqui, fazendo com que o filme tenha como o foco apenas o desenvolvimento de seu argumento e de suas piadas. Entretanto, a fita não é apenas um jogado de piadas que não possuem nenhum sentido ou mensagem, já que, afinal, filmes de animação sempre deixam suas mensagens e aqui não é diferente; por detrás de toda a sua hilaridade, A Nova Onda Do Imperador proporciona uma grande lição sobre respeito e amizade, chegando a emocionar em alguns momentos, mas sem perder o foco ou cair no melodrama.
Vale destaque também, o majestoso trabalho de Selton Mello na dublagem do Imperador Kuzco, que dá uma vida ao personagem, que David Spade, o dublador da versão original não consegue, em outras palavras, a cópia dublada é bem mais divertida e interessante do que a legendada, até por que, se existe uma coisa que brasileiros fazem melhor que os estado-unidenses, essa coisa é dublar animações, e nesta fita temos um exemplo claro disso; o trabalho de Mello é de encher os olhos de tão competente.
Um clássico absoluto, porém pouco famoso. Não é tão badalado quanto Procurando Nemo, nem tão bonitinho quanto Wall-E, nem tão cativante quanto O Rei Leão, nem tão bonito quanto A Bela E A Fera e nem tão importante para a história do cinema quanto A Branca De Neve E Os Sete Anões e Toy Story, porém é com certeza muito mais engraçado que qualquer um deles, e no conjunto total da obra não fica devendo em nada para nenhum destes citados acima, ou qualquer outro filme de animação que se queira tomar como exemplo. Assista e encha os olhos de uma alegria que poucos filmes conseguem proporcionar. Simplesmente imperdível.
NOTA: 9,5
“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
ENCONTRE AQUI
segunda-feira, 29 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
AOS TREZE
Ficha Técnica
Título Original: Thirteen
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2003
Site Oficial: www.foxsearchlight.com/thirteen
Estúdio: Working Title Films / Antidote Films / Venice Surf Club / Michael London Productions
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: Catherine Hardwicke
Roteiro: Catherine Hardwicke e Nikki Reed
Produção: Jeffrey Levy-Hinte e Michael London
Música: Mark Mothersbaugh
Fotografia: Elliot Davis
Desenho de Produção: Carol Strober
Direção de Arte: John B. Josselyn
Figurino: Cindy Evans
Edição: Nancy Richardson
Elenco
Evan Rachel Wood (Tracy)
Nikki Reed (Evie Zamora)
Holly Hunter (Melanie)
Jeremy Sisto (Brady)
Brady Corbet (Mason)
Deborah Unger (Brooke)
Kip Pardue (Luke)
Sarah Clarke (Birdie)
Vanessa Anne Hudgens (Noel)
Ulysses Estrada (Rafa)
Sarah Cartwright (Medina)
Jenicka Carey (Astrid)
Jasmine Salim (Kayla)
Tessa Ludwick (Yumi)
Sinopse
Tracy (Evan Rachel Wood) é uma adolescente inteligente e uma aluna brilhante Um dia ela se torna amiga de Evie (Nikki Reed), a garota mais popular da escola. Esta a apresenta ao submundo do sexo, das drogas e da mutilação, o que cria uma nova Tracy e a coloca em conflito com seus colegas, professores e, principalmente, com sua mãe (Holly Hunter).
Premiações
- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Holly Hunter).
- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Atriz - Drama (Evan Rachel Wood) e Melhor Atriz Coadjuvante (Holly Hunter).
- Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Holly Hunter).
- Ganhou um prêmio no Independent Spirit Awards de Melhor Atuação de Estréia (Nikki Reed), além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Filme de Estréia e Melhor Roteiro de Estréia.
- Ganhou o Leopardo de Prata de Melhor Filme de Estréia e o Leopardo de Bronze de Melhor Atriz (Holly Hunter), no Festival de Locarno.
- Ganhou o prêmio de Melhor Diretor - Drama, no Sundance Film Festival.
- Recebeu uma indicação ao MTV Movie Awards de Melhor Revelação Feminina (Evan Rachel Wood).
CRÍTICA
É complicado tentar algumas situações que aparecem diante de nós. Imagine então quando você se depara com algo que defende algo que você simplesmente acha que está superado ou que simplesmente já foi revisto. Um simples drama adolescente pode gerar discussões ferrenhas sobre a real intenção de uma fita que tenta ser chocante e despretensiosa ao mesmo tempo, mas que não acaba sendo nem uma coisa e nem outra coisa.
Aos Treze acaba caindo em clichês e estigmas pré-determinados do submundo do jovem estado-unidense. Tudo está ali, a maneira de falar, de se vestir, de lhe dar com as pessoas, as concepções ideológicas, as músicas; tudo muito bem encaixado no perfil de um "jovem perdido" de acordo com uma sociedade puritana e hipócrita, em outras palavras, este é mais um filme que dá ao jovem drogado e marginalizado o perfil de um tipo de pessoa que todos desprezam. Se você pensa que em Aos Treze o estigma vai sumir, você está muito enganado, então cria-se algo chato, já que se você se encaixa em algumas posições que a sociedade defende como do "submundo", Aos Treze ratificará isso e provavelmente lhe deixará descontente.
Dito isto, adentremos aos aspectos técnicos de um filme que possui mais defeitos do que qualidades. Em primeiro ponto encontramos um roteiro simples, que não se propõe a nada de diferente e que em vários momentos beira a construção de uma fita vazia e com um sentido e proporção de reflexão bem limitados. Não sei se o roteiro tinha a intenção de dopar o espectador já que fala sobre drogas e tudo mais, mas a verdade é que consegue, mas em um sentido ruim, já que a sensação é de total falta de conexão com a realidade, fazendo com que Aos Treze soe "fake" em sua grande maioria.
A direção é complexa e dramatiza demais as situações; a diretora gira demais a câmera e a movimenta de forma pouco conexa. Algumas tomadas mais fortes e alguns movimentos desta mesma câmera causam desconfortos bem grandes, e nem o fato de algumas cenas serem filmadas com a câmera na mão e tudo mais, que é uma técnica que eu particularmente gosto, não funciona, já que a noção de realidade que a câmera que criar não é sustentada pelo roteiro, deixando um belo buraco na conexão entre um e outro. Acompanhe isso a uma maquiagem e figurino clichê e duro, e uma edição curta e veloz, acompanhando muito mais a vontade da câmera do que melhorando algo que o filme possa ter de complexo.
Como salvação de uma fita bem fraca para falar a verdade, temos uma competente Holly Hunter, firme em seu papel e diminuindo um pouco o estrago causado pelas exageradas atuações de Evan Rachel Wood e principalmente Nikki Reed. O elenco secundário não acrescenta nada, fazendo com que Hunter acabe brilhando sozinha, mas não o suficiente para salvar a pele de um elenco inconsistente e por que não dizer ruim.
Filmes como este existem aos montes, e a maioria deles são melhores do que esta fita, como por exemplo Kids ou até mesmo o cult Christiane F, que apesar de apelar um pouco também, não chega aos pés de Aos Treze quando o assunto é apelar. Um filme para adolescentes e para mães que querem se utilizar de filmes e outros meios para colocar "medo" nos filhos, ou para respaldar suas ações. A verdade é que Aos Treze pouco tem a ver com a realidade, e na maioria de 100 minutos deturpa e cria imagens que muitas vezes beiram o ridículo.
Uma fita fraca, que não vale mesmo a pena ser vista, seja pelo seu caráter técnico, artístico, ou propriamente dito, social e prático, já que o filme não colaborará em nada na construção de uma índole preventiva relacionada ao tipo de vida abominado e criticado pelo roteiro, ou seja, o filme se propõe a algo e não consegue atingi-lo, se transformando em uma crítica vaga e sem sentido, mais uma crítica dirigida a um grupo de pessoas, enquanto os que realmente deveriam ser criticados passam ilesos. Sem mais delongas; um filme equivocado e mentiroso.
NOTA: 3,5
Título Original: Thirteen
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2003
Site Oficial: www.foxsearchlight.com/thirteen
Estúdio: Working Title Films / Antidote Films / Venice Surf Club / Michael London Productions
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: Catherine Hardwicke
Roteiro: Catherine Hardwicke e Nikki Reed
Produção: Jeffrey Levy-Hinte e Michael London
Música: Mark Mothersbaugh
Fotografia: Elliot Davis
Desenho de Produção: Carol Strober
Direção de Arte: John B. Josselyn
Figurino: Cindy Evans
Edição: Nancy Richardson
Elenco
Evan Rachel Wood (Tracy)
Nikki Reed (Evie Zamora)
Holly Hunter (Melanie)
Jeremy Sisto (Brady)
Brady Corbet (Mason)
Deborah Unger (Brooke)
Kip Pardue (Luke)
Sarah Clarke (Birdie)
Vanessa Anne Hudgens (Noel)
Ulysses Estrada (Rafa)
Sarah Cartwright (Medina)
Jenicka Carey (Astrid)
Jasmine Salim (Kayla)
Tessa Ludwick (Yumi)
Sinopse
Tracy (Evan Rachel Wood) é uma adolescente inteligente e uma aluna brilhante Um dia ela se torna amiga de Evie (Nikki Reed), a garota mais popular da escola. Esta a apresenta ao submundo do sexo, das drogas e da mutilação, o que cria uma nova Tracy e a coloca em conflito com seus colegas, professores e, principalmente, com sua mãe (Holly Hunter).
Premiações
- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Holly Hunter).
- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Atriz - Drama (Evan Rachel Wood) e Melhor Atriz Coadjuvante (Holly Hunter).
- Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Holly Hunter).
- Ganhou um prêmio no Independent Spirit Awards de Melhor Atuação de Estréia (Nikki Reed), além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Filme de Estréia e Melhor Roteiro de Estréia.
- Ganhou o Leopardo de Prata de Melhor Filme de Estréia e o Leopardo de Bronze de Melhor Atriz (Holly Hunter), no Festival de Locarno.
- Ganhou o prêmio de Melhor Diretor - Drama, no Sundance Film Festival.
- Recebeu uma indicação ao MTV Movie Awards de Melhor Revelação Feminina (Evan Rachel Wood).
CRÍTICA
É complicado tentar algumas situações que aparecem diante de nós. Imagine então quando você se depara com algo que defende algo que você simplesmente acha que está superado ou que simplesmente já foi revisto. Um simples drama adolescente pode gerar discussões ferrenhas sobre a real intenção de uma fita que tenta ser chocante e despretensiosa ao mesmo tempo, mas que não acaba sendo nem uma coisa e nem outra coisa.
Aos Treze acaba caindo em clichês e estigmas pré-determinados do submundo do jovem estado-unidense. Tudo está ali, a maneira de falar, de se vestir, de lhe dar com as pessoas, as concepções ideológicas, as músicas; tudo muito bem encaixado no perfil de um "jovem perdido" de acordo com uma sociedade puritana e hipócrita, em outras palavras, este é mais um filme que dá ao jovem drogado e marginalizado o perfil de um tipo de pessoa que todos desprezam. Se você pensa que em Aos Treze o estigma vai sumir, você está muito enganado, então cria-se algo chato, já que se você se encaixa em algumas posições que a sociedade defende como do "submundo", Aos Treze ratificará isso e provavelmente lhe deixará descontente.
Dito isto, adentremos aos aspectos técnicos de um filme que possui mais defeitos do que qualidades. Em primeiro ponto encontramos um roteiro simples, que não se propõe a nada de diferente e que em vários momentos beira a construção de uma fita vazia e com um sentido e proporção de reflexão bem limitados. Não sei se o roteiro tinha a intenção de dopar o espectador já que fala sobre drogas e tudo mais, mas a verdade é que consegue, mas em um sentido ruim, já que a sensação é de total falta de conexão com a realidade, fazendo com que Aos Treze soe "fake" em sua grande maioria.
A direção é complexa e dramatiza demais as situações; a diretora gira demais a câmera e a movimenta de forma pouco conexa. Algumas tomadas mais fortes e alguns movimentos desta mesma câmera causam desconfortos bem grandes, e nem o fato de algumas cenas serem filmadas com a câmera na mão e tudo mais, que é uma técnica que eu particularmente gosto, não funciona, já que a noção de realidade que a câmera que criar não é sustentada pelo roteiro, deixando um belo buraco na conexão entre um e outro. Acompanhe isso a uma maquiagem e figurino clichê e duro, e uma edição curta e veloz, acompanhando muito mais a vontade da câmera do que melhorando algo que o filme possa ter de complexo.
Como salvação de uma fita bem fraca para falar a verdade, temos uma competente Holly Hunter, firme em seu papel e diminuindo um pouco o estrago causado pelas exageradas atuações de Evan Rachel Wood e principalmente Nikki Reed. O elenco secundário não acrescenta nada, fazendo com que Hunter acabe brilhando sozinha, mas não o suficiente para salvar a pele de um elenco inconsistente e por que não dizer ruim.
Filmes como este existem aos montes, e a maioria deles são melhores do que esta fita, como por exemplo Kids ou até mesmo o cult Christiane F, que apesar de apelar um pouco também, não chega aos pés de Aos Treze quando o assunto é apelar. Um filme para adolescentes e para mães que querem se utilizar de filmes e outros meios para colocar "medo" nos filhos, ou para respaldar suas ações. A verdade é que Aos Treze pouco tem a ver com a realidade, e na maioria de 100 minutos deturpa e cria imagens que muitas vezes beiram o ridículo.
Uma fita fraca, que não vale mesmo a pena ser vista, seja pelo seu caráter técnico, artístico, ou propriamente dito, social e prático, já que o filme não colaborará em nada na construção de uma índole preventiva relacionada ao tipo de vida abominado e criticado pelo roteiro, ou seja, o filme se propõe a algo e não consegue atingi-lo, se transformando em uma crítica vaga e sem sentido, mais uma crítica dirigida a um grupo de pessoas, enquanto os que realmente deveriam ser criticados passam ilesos. Sem mais delongas; um filme equivocado e mentiroso.
NOTA: 3,5
sexta-feira, 19 de junho de 2009
UM JOGO DE VIDA OU MORTE
Ficha Técnica
Título Original: Sleuth
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 86 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.sonyclassics.com/sleuth
Estúdio: Castle Rock Entertainment / Media Rights Capital / Riff Raff Film Productions / Timnick Films
Distribuição: Sony Pictures Classics
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Harold Pinter, baseado em peça teatral de Anthony Shaffer
Produção: Kenneth Branagh, Simon Halfon, Jude Law, Simon Moseley, Marion Pilowsky e Tom Sternberg
Música: Patrick Doyle
Fotografia: Haris Zambarloukos
Desenho de Produção: Tim Harvey
Figurino: Alexandra Byrne
Edição: Neil Farrell
Efeitos Especiais: The Senate Visual Effects
Elenco
Michael Caine (Andrew Wyke)
Jude Law (Milo Tindle)
Sinopse
Andrew Wyke (Michael Caine) é um romancista de sucesso, especializado em histórias de detetive. Ele recebe em sua casa Milo Tindle (Jude Law), um ator desempregado que fugiu com sua esposa, com quem realiza um jogo mortal de inteligência.
CRÍTICA
Existem filmes que você resolve assistir apenas para confirmar o que em sua mente já estava pré-concebido ao olhar para a capa, ler a sinopse, ver o elenco e coisas do tipo. Neste tipo de caso, existem duas saídas; a primeira é aquela em que o filme o surpreende, fazendo com que essa pré-concepção caía por terra, a segunda, e óbvia saída, é quando o filme acaba sendo o que você realmente achou que seria. Dito isto, quando me deparei com esta refilmagem do intrigante e inteligente Jogo Mortal de 1.972, estrelado por ninguém mais, ninguém menos que Sir Laurence Olivier e o mesmo Michael Caine , fiquei um pouco "cabreiro", como se deve ficar diante de qualquer refilmagem. Em seguida analisei que Caine estava denovo no elenco e a direção era assinada pelo talentoso Kenneth Branagh, porém, eis que vejo que o outro ator do elenco era Jude Law e o resto disso vocês lerão logo abaixo.
Abra sua mente e pense na situação: Dois homens, que possuem como relação apenas o fato de estarem com a mesma mulher; um como marido e o outro como amante; e que adentram em um jogo de inteligência. Complicado não? Sim, bastante complicado! O roteiro é pedregoso, não explica bem as situações, deixa brechas enormes e não resolve absolutamente nada. Por grande parte do filme nos encontramos envolto a uma névoa que faz com que não se aproveite nada deste mesmo momentos.
De forma bem mais psicológica, o filme se utiliza de elementos psicodélicos, e em alguns momentos lembra filmes como Cubo ou até mesmo Pi pela maneira como é editado,para tentar levar o espectador a uma sensação de tafofobia e incômodo. A fita realmente incomoda, mas em um sentido totalmente negativo, já que incomoda pela falta de qualidade em geral. Como se não bastasse o filme se utiliza de uma fotografia em tons azuis muito ruim, e totalmente desnecessária, deixando ainda mais obscuras expressões e demonstrações daquilo que por si só já estava ruim.
Vale lembrar, que o original é muito mais interessante, e que a escolha de Caine para participar novamente da história, foi até bem encaixada e consciente, mas ele merecia um parceiro melhor de cenas. Law é a mesma coisa de sempre, não aguenta Caine em nenhum momento, e ao tentar se igualar ao mesmo Caine, exagera e acaba com o filme. Aguentar uma hora e meia a câmera em dois personagens presos em uma casa , sendo que um desses dois personagens é encarnado por Jude Law realmente é uma terafa para poucos. desse modo, pode ser que o filme não seja ruim, mas na verdade, eu não tenha capacidade suficiente para aguentar 86 min de uma câmera focada na falta de talento de Jude Law.
Lamentei bastante o resultado final desta fita, pois sou um grande fã de Branagh, seja como diretor ou como ator; mas aqui ele segue o mesmo rumo do resto do filme.O fato de a fita possuir apenas um ambiente e este mesmo ser ainda fechado, faz com que a direção precise ser muito exigida para não criar algo enjoativo, e infelizmente Branagh não dá conta. O excesso de closes deixam a direção com o já citado caráter enjoativo, além de encher o saco pelo excesso de técnica e por não possuir nenhuma expressão mais marcante, beirando uma burocracia, que só se quebra por um ou outro movimento mais audacioso que vez ou outra é tentado pelo diretor norte-irlandês.
Mais uma péssima refilmagem, muito aquém do original e muito aquém de ser digna de ocupar 86 minutos da sua vida. Um erro de percurso na carreira de Caine e Branagh e mais uma prova de que Jude Law é realmente um dos piores atores de sua geração. Passe longe deste filme e aproveite para pegar o original de 1.972, que pode não ser um clássico absoluto, mas com certeza é melhor do que esta tentativa frustrada de se fazer cinema.Isso sem contar ainda a cruel tradução do título original, que literalmente não tem nada a ver. Não foi desta vez que encontramos uma refilmagem para entrar no hall das que pelo menos merecem nosso respeito. Fica para a próxima.
NOTA: 3,0
Título Original: Sleuth
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 86 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.sonyclassics.com/sleuth
Estúdio: Castle Rock Entertainment / Media Rights Capital / Riff Raff Film Productions / Timnick Films
Distribuição: Sony Pictures Classics
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Harold Pinter, baseado em peça teatral de Anthony Shaffer
Produção: Kenneth Branagh, Simon Halfon, Jude Law, Simon Moseley, Marion Pilowsky e Tom Sternberg
Música: Patrick Doyle
Fotografia: Haris Zambarloukos
Desenho de Produção: Tim Harvey
Figurino: Alexandra Byrne
Edição: Neil Farrell
Efeitos Especiais: The Senate Visual Effects
Elenco
Michael Caine (Andrew Wyke)
Jude Law (Milo Tindle)
Sinopse
Andrew Wyke (Michael Caine) é um romancista de sucesso, especializado em histórias de detetive. Ele recebe em sua casa Milo Tindle (Jude Law), um ator desempregado que fugiu com sua esposa, com quem realiza um jogo mortal de inteligência.
CRÍTICA
Existem filmes que você resolve assistir apenas para confirmar o que em sua mente já estava pré-concebido ao olhar para a capa, ler a sinopse, ver o elenco e coisas do tipo. Neste tipo de caso, existem duas saídas; a primeira é aquela em que o filme o surpreende, fazendo com que essa pré-concepção caía por terra, a segunda, e óbvia saída, é quando o filme acaba sendo o que você realmente achou que seria. Dito isto, quando me deparei com esta refilmagem do intrigante e inteligente Jogo Mortal de 1.972, estrelado por ninguém mais, ninguém menos que Sir Laurence Olivier e o mesmo Michael Caine , fiquei um pouco "cabreiro", como se deve ficar diante de qualquer refilmagem. Em seguida analisei que Caine estava denovo no elenco e a direção era assinada pelo talentoso Kenneth Branagh, porém, eis que vejo que o outro ator do elenco era Jude Law e o resto disso vocês lerão logo abaixo.
Abra sua mente e pense na situação: Dois homens, que possuem como relação apenas o fato de estarem com a mesma mulher; um como marido e o outro como amante; e que adentram em um jogo de inteligência. Complicado não? Sim, bastante complicado! O roteiro é pedregoso, não explica bem as situações, deixa brechas enormes e não resolve absolutamente nada. Por grande parte do filme nos encontramos envolto a uma névoa que faz com que não se aproveite nada deste mesmo momentos.
De forma bem mais psicológica, o filme se utiliza de elementos psicodélicos, e em alguns momentos lembra filmes como Cubo ou até mesmo Pi pela maneira como é editado,para tentar levar o espectador a uma sensação de tafofobia e incômodo. A fita realmente incomoda, mas em um sentido totalmente negativo, já que incomoda pela falta de qualidade em geral. Como se não bastasse o filme se utiliza de uma fotografia em tons azuis muito ruim, e totalmente desnecessária, deixando ainda mais obscuras expressões e demonstrações daquilo que por si só já estava ruim.
Vale lembrar, que o original é muito mais interessante, e que a escolha de Caine para participar novamente da história, foi até bem encaixada e consciente, mas ele merecia um parceiro melhor de cenas. Law é a mesma coisa de sempre, não aguenta Caine em nenhum momento, e ao tentar se igualar ao mesmo Caine, exagera e acaba com o filme. Aguentar uma hora e meia a câmera em dois personagens presos em uma casa , sendo que um desses dois personagens é encarnado por Jude Law realmente é uma terafa para poucos. desse modo, pode ser que o filme não seja ruim, mas na verdade, eu não tenha capacidade suficiente para aguentar 86 min de uma câmera focada na falta de talento de Jude Law.
Lamentei bastante o resultado final desta fita, pois sou um grande fã de Branagh, seja como diretor ou como ator; mas aqui ele segue o mesmo rumo do resto do filme.O fato de a fita possuir apenas um ambiente e este mesmo ser ainda fechado, faz com que a direção precise ser muito exigida para não criar algo enjoativo, e infelizmente Branagh não dá conta. O excesso de closes deixam a direção com o já citado caráter enjoativo, além de encher o saco pelo excesso de técnica e por não possuir nenhuma expressão mais marcante, beirando uma burocracia, que só se quebra por um ou outro movimento mais audacioso que vez ou outra é tentado pelo diretor norte-irlandês.
Mais uma péssima refilmagem, muito aquém do original e muito aquém de ser digna de ocupar 86 minutos da sua vida. Um erro de percurso na carreira de Caine e Branagh e mais uma prova de que Jude Law é realmente um dos piores atores de sua geração. Passe longe deste filme e aproveite para pegar o original de 1.972, que pode não ser um clássico absoluto, mas com certeza é melhor do que esta tentativa frustrada de se fazer cinema.Isso sem contar ainda a cruel tradução do título original, que literalmente não tem nada a ver. Não foi desta vez que encontramos uma refilmagem para entrar no hall das que pelo menos merecem nosso respeito. Fica para a próxima.
NOTA: 3,0
sábado, 13 de junho de 2009
A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO
Ficha Técnica
Título Original: The Last Temptation of Christ
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 163 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1988
Estúdio: Universal Pictures / Cineplex Odeon Films
Distribuição: Universal Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul Schrader, baseado em livro de Nikos Kazantzakis
Produção: Barbara De Fina
Música: Peter Gabriel
Fotografia: Michael Ballhaus
Desenho de Produção: John Beard
Direção de Arte: Andrew Sanders
Figurino: Jean-Pierre Delifer
Edição: Thelma Schoonmaker
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic
Elenco
Willem Dafoe (Jesus Cristo)
Harvey Keitel (Judas)
Verna Bloom (Maria)
Barbara Hershey (Maria Madalena)
Andre Gregory (João Batista)
Peggy Gormley (Martha)
Randy Danson (Mary)
Tomas Arana (Lázaro)
Paul Herman (Filipe)
Leo Burmester (Nataniel)
Barry Miller (Jerônimo)
Victor Argo (Pedro)
Michael Been (João)
John Lurie (José)
Gary Basaraba (André)
Irvin Kershner (Zebedee)
Harry Dean Stanton (Saul / Paul)
David Bowie (Pôncius Pilatos)
Paul Greco (Zealot)
Steve Shill (Centurião)
Illeana Douglas
Sinopse
Jesus (Willem Dafoe) é um carpinteiro que vive um grande dilema, pois é quem faz as cruzes com as quais os romanos crucificam seus oponentes. Resumindo, Jesus se sente como um judeu que mata judeus. Vivendo um terrível conflito interior ele decide ir para o deserto, mas antes pede perdão a Maria Madalena (Barbara Hershey), que se irrita com Jesus, pois não se comporta como uma prostituta e sim como uma mulher que quer sentir um homem ao seu lado. Ao retornar, Jesus volta convencido de que é o filho de Deus e logo salva Maria Madalena de ser apedrejada e morta. Então reúne doze discípulos à sua volta e prega o amor, mas seus ensinamentos são encarados como algo ameaçador, então é preso e condenado a morrer na cruz. Já crucificado, é tentado a imaginar como teria sido sua vida se fosse uma pessoa comum.
Premiações
- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Diretor.
- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Barbara Hershey) e Melhor Trilha Sonora.
- Recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro, na categoria de Pior Ator Coadjuvante (Harvey Keitel).
CRÍTICA
É o segundo filme de Martin Scorsese que aparece aqui no blog, e com certeza este é o mais atípico e polêmico de seus filmes. No primeiro adjetivo comentamos que ele se respalda no fato de que Scorsese não tem aqui todo aquele furor pela besta humana em si, mas apenas em segundo plano, além de mudar totalmente os pontos de vista de sua exploração, fazendo um filme extremamente particular. O segundo adjetivo pode ter sua força encontrada logo na leitura da sinopse acima, afinal, um filme que relata como teria sido a vida de Jesus se ele tivesse optado pelo "lado negro da força", com certeza não é muito bem visto em uma humanidade que maioritariamente abomina qualquer visão mais humana do nosso famoso filho do carpinteiro José.
O filme em si é realmente muito bom. O livro do grego Nikos Kazantzakis, que serve de base para o roteiro é preciso e fantástico e ganha um competente e carinhoso roteiro, filmado com a já constante maestria e genialidade de Scorsese, concretizado por uma envolvente trilha sonora, uma bela fotografia e uma maneira única e intrigante maneira de se contar e relatar a vida de um dos homens mais famosos da história da humanidade. Dafoe é um competente Jesus, entretanto é europeu demais para o papel quando falamos do âmbito físico, já que no artístico nada há do que reclamar, fazendo com que em alguns momentos tenhamos uma impressão de falsidade em sua performance.
A polêmica gira em torno dos momentos da fita , em que Scorsese vai ao ponto crítico do debate, e apresenta um Jesus única e exclusivamente humano, desprendendo-se totalmente do caráter "endeusador" que lhe é atribuído. Nada de palavras batidas, ou eventos que você já leu e viu centenas de vezes; encontramos aqui um Jesus que peca, que se rende aos desejos e sentimentos, que é fraco, que se machuca e que comete erros como qualquer um de nós. O Jesus-Deus abre espaço para a entrada do monstro humano, e é aí que mora o problema, e é aí que vemos um excelente filme ser duramente criticado e polemizado, simplesmente pelo seu caráter inovador e perspicaz de mostrar um história conhecida de todos e que faz parte da vida de milhares de pessoas de forma intensa.
A fita, ao contrário do que muita gente pensa, não é ateia, e se olharmos de forma bem bisbilhoteira pode se tentar afirmar que ela seria uma fita cristã; particularmente acredito que Scorcese não queria tomar partido, e levou ao cinema, as duas versões unidas em uma única história, mostrando como seria o cotidiano e as consequências da parte dessa história que não virou religião, e que consequentemente poucas pessoas pensam sobre, ou admitem que é uma possibilidade.
O filme fica na sessão Para Pensar Duas Vezes por motivos óbvios, ou seja, por motivos de acesso ao público, já que em nada perde no sentido artístico e técnico para vários filmes que estão na sessão logo acima. Entretanto, um filme que mexe com a crendice popular de forma tão forte e explícita, merece no mínimo um alerta para aqueles que pretendem assisti-lo, assim sendo, vale a dica, se você é um espectador que não possui lá muita fé, ou não possui nenhuma, ou um espectador que sabe diferenciar as coisas e sabe respeitar e analisar de forma consciente qualquer manobra de se contar uma história, pegue este filme e você estará de frente com um aperitivo e tanto. Agora, se você faz parte da outra turma, mais ortodoxa e que não aceita concepções diferentes ou tentativas de especulação "não-cristãs" sobre a vida de Jesus, passe longe, pois provavelmente esta fita lhe desagradará muito.
NOTA: 8,0
Título Original: The Last Temptation of Christ
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 163 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1988
Estúdio: Universal Pictures / Cineplex Odeon Films
Distribuição: Universal Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul Schrader, baseado em livro de Nikos Kazantzakis
Produção: Barbara De Fina
Música: Peter Gabriel
Fotografia: Michael Ballhaus
Desenho de Produção: John Beard
Direção de Arte: Andrew Sanders
Figurino: Jean-Pierre Delifer
Edição: Thelma Schoonmaker
Efeitos Especiais: Industrial Light & Magic
Elenco
Willem Dafoe (Jesus Cristo)
Harvey Keitel (Judas)
Verna Bloom (Maria)
Barbara Hershey (Maria Madalena)
Andre Gregory (João Batista)
Peggy Gormley (Martha)
Randy Danson (Mary)
Tomas Arana (Lázaro)
Paul Herman (Filipe)
Leo Burmester (Nataniel)
Barry Miller (Jerônimo)
Victor Argo (Pedro)
Michael Been (João)
John Lurie (José)
Gary Basaraba (André)
Irvin Kershner (Zebedee)
Harry Dean Stanton (Saul / Paul)
David Bowie (Pôncius Pilatos)
Paul Greco (Zealot)
Steve Shill (Centurião)
Illeana Douglas
Sinopse
Jesus (Willem Dafoe) é um carpinteiro que vive um grande dilema, pois é quem faz as cruzes com as quais os romanos crucificam seus oponentes. Resumindo, Jesus se sente como um judeu que mata judeus. Vivendo um terrível conflito interior ele decide ir para o deserto, mas antes pede perdão a Maria Madalena (Barbara Hershey), que se irrita com Jesus, pois não se comporta como uma prostituta e sim como uma mulher que quer sentir um homem ao seu lado. Ao retornar, Jesus volta convencido de que é o filho de Deus e logo salva Maria Madalena de ser apedrejada e morta. Então reúne doze discípulos à sua volta e prega o amor, mas seus ensinamentos são encarados como algo ameaçador, então é preso e condenado a morrer na cruz. Já crucificado, é tentado a imaginar como teria sido sua vida se fosse uma pessoa comum.
Premiações
- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Diretor.
- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Barbara Hershey) e Melhor Trilha Sonora.
- Recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro, na categoria de Pior Ator Coadjuvante (Harvey Keitel).
CRÍTICA
É o segundo filme de Martin Scorsese que aparece aqui no blog, e com certeza este é o mais atípico e polêmico de seus filmes. No primeiro adjetivo comentamos que ele se respalda no fato de que Scorsese não tem aqui todo aquele furor pela besta humana em si, mas apenas em segundo plano, além de mudar totalmente os pontos de vista de sua exploração, fazendo um filme extremamente particular. O segundo adjetivo pode ter sua força encontrada logo na leitura da sinopse acima, afinal, um filme que relata como teria sido a vida de Jesus se ele tivesse optado pelo "lado negro da força", com certeza não é muito bem visto em uma humanidade que maioritariamente abomina qualquer visão mais humana do nosso famoso filho do carpinteiro José.
O filme em si é realmente muito bom. O livro do grego Nikos Kazantzakis, que serve de base para o roteiro é preciso e fantástico e ganha um competente e carinhoso roteiro, filmado com a já constante maestria e genialidade de Scorsese, concretizado por uma envolvente trilha sonora, uma bela fotografia e uma maneira única e intrigante maneira de se contar e relatar a vida de um dos homens mais famosos da história da humanidade. Dafoe é um competente Jesus, entretanto é europeu demais para o papel quando falamos do âmbito físico, já que no artístico nada há do que reclamar, fazendo com que em alguns momentos tenhamos uma impressão de falsidade em sua performance.
A polêmica gira em torno dos momentos da fita , em que Scorsese vai ao ponto crítico do debate, e apresenta um Jesus única e exclusivamente humano, desprendendo-se totalmente do caráter "endeusador" que lhe é atribuído. Nada de palavras batidas, ou eventos que você já leu e viu centenas de vezes; encontramos aqui um Jesus que peca, que se rende aos desejos e sentimentos, que é fraco, que se machuca e que comete erros como qualquer um de nós. O Jesus-Deus abre espaço para a entrada do monstro humano, e é aí que mora o problema, e é aí que vemos um excelente filme ser duramente criticado e polemizado, simplesmente pelo seu caráter inovador e perspicaz de mostrar um história conhecida de todos e que faz parte da vida de milhares de pessoas de forma intensa.
A fita, ao contrário do que muita gente pensa, não é ateia, e se olharmos de forma bem bisbilhoteira pode se tentar afirmar que ela seria uma fita cristã; particularmente acredito que Scorcese não queria tomar partido, e levou ao cinema, as duas versões unidas em uma única história, mostrando como seria o cotidiano e as consequências da parte dessa história que não virou religião, e que consequentemente poucas pessoas pensam sobre, ou admitem que é uma possibilidade.
O filme fica na sessão Para Pensar Duas Vezes por motivos óbvios, ou seja, por motivos de acesso ao público, já que em nada perde no sentido artístico e técnico para vários filmes que estão na sessão logo acima. Entretanto, um filme que mexe com a crendice popular de forma tão forte e explícita, merece no mínimo um alerta para aqueles que pretendem assisti-lo, assim sendo, vale a dica, se você é um espectador que não possui lá muita fé, ou não possui nenhuma, ou um espectador que sabe diferenciar as coisas e sabe respeitar e analisar de forma consciente qualquer manobra de se contar uma história, pegue este filme e você estará de frente com um aperitivo e tanto. Agora, se você faz parte da outra turma, mais ortodoxa e que não aceita concepções diferentes ou tentativas de especulação "não-cristãs" sobre a vida de Jesus, passe longe, pois provavelmente esta fita lhe desagradará muito.
NOTA: 8,0
quinta-feira, 11 de junho de 2009
HALLOWEEN - A NOITE DO TERROR
Ficha Técnica
Título Original: Halloween
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1978
Site Oficial: www.halloweenmovies.com
Estúdio: Falcon Films
Distribuição: Compass International / Media Home Entertainment
Direção: John Carpenter Roteiro: John Carpenter e Debra Hill
Produção: Debra Hill
Música: John Carpenter
Direção de Fotografia: Dean Cundey
Desenho de Produção: Tommy Lee Wallace
Direção de Arte: Tommy Lee Wallace e Craig Stearns
Edição: Charles Bornstein e Tommy Lee Wallace
Elenco
Donald Pleasence (Dr. Sam Loomis)
Jamie Lee Curtis (Laurie Strode)
Nancy Kyes (Annie Brackett)
P.J. Soles (Lynda)
Charles Cyphers (Xerife Leigh Brackett)
Kyle Richards (Lindsey Wallace)
Brian Andrews (Tommy Doyle)
John Michael Graham (Bob)
Nancy Stephens (Marion Chambers)
Arthur Malet (Coveiro)
Mickey Yablans (Richie)
Tony Moran (Michael Myers - 21 anos)
Will Sandin (Michael Myers - 6 anos)
Robert Phalen (Dr. Wynn)
Sandy Johnson (Judith Myers)
David Kyle (Namorado de Judith)
Peter Griffith (Pai de Laurie)
John Carpenter (Namorado ao telefone - voz)
Sinopse
Michael Myers (Tony Moran) é um psicopata que vive em uma instituição há 15 anos, desde quando matou sua própria irmã. Porém, ele consegue fugir de seu cativeiro e retorna à sua cidade natal para continuar seus crimes na localidade que, aterrorizada, ainda se lembra dele.
CRÍTICA
O filme que criou um gênero, que transformou o terror não só em seu âmbito psicológico, mas no próprio terror puro em si, e que cravou na mente dos fãs de cinema personagens e imagens inesquecíveis; este é Halloween, facilmente um dos melhores filmes de horror já produzidos pelo cinema, e todo este mérito tem apenas um único e exclusivo responsável: John Carpenter e sua mente insana e, na época, ainda extremamente produtiva.
Carpenter está fantástico na condução de sua câmera, levando o espectador a se inquietar mesmo nas cenas em que vemos apenas paredes, ou móveis, já que o terror pode surgir a cada sombra, a cada movimento seja ele para a esquerda ou para a direita, a cada abrir ou fechar de portas. O diretor transita da maneira de filmar de Spielberg em Tubarão, onde a câmera muitas vezes acompanha a visão que o psicopata tem do local, para a utilização de planos fundos e de sombras, onde vemos personagens bem a frente da câmera, quase em um close e reparamos uma presença sombria ao fundo, observando-as.
Os movimentos de Carpenter são essenciais para o bom desenvolvimento do caráter aterrorizador do filme, aliados a uma excelente e envolvente trilha sonora composta pelo próprio Carpenter, e todo o clima tenebroso já próprio do Halloween como festa em si, ajudaram a colocar o serial-killer Michael Myers e sua psicopatia, escondida atrás de uma máscara branca e sem expressão ou forma, no ranking dos mais célebres personagens de terror da história, provavelmente, perdendo apenas para Freddy Krueger e para o imortal e eterno Jason Voorhess, hehehehe.
Logicamente, que o baixo orçamento prejudica em alguns momentos a fita, como na inclusão e produção de cenários e até mesmo na utilização de alguns efeitos que poderiam ajudar a deixar o filme menos "simples". Todavia, o fato de Halloween não ser um filme sanguinolento ajuda muito, já que esse "problema" com os efeitos mais realistas que poderiam ser incluídos, são substituídos pelo puro horror psicológico.
Além disso, Halloween escapa de um dos maiores problemas dos filmes de terror, que é a qualidade duvidosa de seus atores. O elenco é bem interessante, dá força e sentimento às cenas, e respalda todo o psicologismo e assombro proposto pelas minuciosas e macabras soluções e peripécias do roteiro, com destaque para a iniciante Jamie Lee Curtis no papel da protagonista, no filme que a colocou no cenário hollywoodiano e na lista das mais adoradas atrizes dos fãs de horror.
Vale ressaltar, que Halloween e seu Michael Myers, possuem uma pequena diferença quando o relacionamos aos outros filmes do gênero. Myers não tem motivo aparente para matar, ele é simplesmente um psicopata em si, quase um grau de ultra-violência, fator que contribui com a fita, já que ela não se alonga em demasia, apenas para tentar justificar o fato de Myers ter se transformado nisto ou naquilo, fator que coloca muitos filmes em problemas, e que pode gerar muitos tropeços que prejudicariam o caráter "clássico" da fita.
Um pioneiro por excelência, que ainda hoje vive presente na mente dos fãs, seja por suas cenas inesquecíveis, seja pelos milhares de clichês que foram introduzidos ao gênero por filmes que tentaram copiar este. A verdade, é que Halloween é um clássico, e obrigatório para qualquer fã de cinema. Não posso tecer comentários sobre suas sequências pois não as vi, prefiro ficar com o êxtase que este filme proporciona e com o poderio que ele possui na história do cinema. Um achado de Carpenter, uma obra-prima genial, um clássico com todas as letras e todas as honras possíveis e que um filme como este merece.
NOTA: 10,0
Título Original: Halloween
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1978
Site Oficial: www.halloweenmovies.com
Estúdio: Falcon Films
Distribuição: Compass International / Media Home Entertainment
Direção: John Carpenter Roteiro: John Carpenter e Debra Hill
Produção: Debra Hill
Música: John Carpenter
Direção de Fotografia: Dean Cundey
Desenho de Produção: Tommy Lee Wallace
Direção de Arte: Tommy Lee Wallace e Craig Stearns
Edição: Charles Bornstein e Tommy Lee Wallace
Elenco
Donald Pleasence (Dr. Sam Loomis)
Jamie Lee Curtis (Laurie Strode)
Nancy Kyes (Annie Brackett)
P.J. Soles (Lynda)
Charles Cyphers (Xerife Leigh Brackett)
Kyle Richards (Lindsey Wallace)
Brian Andrews (Tommy Doyle)
John Michael Graham (Bob)
Nancy Stephens (Marion Chambers)
Arthur Malet (Coveiro)
Mickey Yablans (Richie)
Tony Moran (Michael Myers - 21 anos)
Will Sandin (Michael Myers - 6 anos)
Robert Phalen (Dr. Wynn)
Sandy Johnson (Judith Myers)
David Kyle (Namorado de Judith)
Peter Griffith (Pai de Laurie)
John Carpenter (Namorado ao telefone - voz)
Sinopse
Michael Myers (Tony Moran) é um psicopata que vive em uma instituição há 15 anos, desde quando matou sua própria irmã. Porém, ele consegue fugir de seu cativeiro e retorna à sua cidade natal para continuar seus crimes na localidade que, aterrorizada, ainda se lembra dele.
CRÍTICA
O filme que criou um gênero, que transformou o terror não só em seu âmbito psicológico, mas no próprio terror puro em si, e que cravou na mente dos fãs de cinema personagens e imagens inesquecíveis; este é Halloween, facilmente um dos melhores filmes de horror já produzidos pelo cinema, e todo este mérito tem apenas um único e exclusivo responsável: John Carpenter e sua mente insana e, na época, ainda extremamente produtiva.
Carpenter está fantástico na condução de sua câmera, levando o espectador a se inquietar mesmo nas cenas em que vemos apenas paredes, ou móveis, já que o terror pode surgir a cada sombra, a cada movimento seja ele para a esquerda ou para a direita, a cada abrir ou fechar de portas. O diretor transita da maneira de filmar de Spielberg em Tubarão, onde a câmera muitas vezes acompanha a visão que o psicopata tem do local, para a utilização de planos fundos e de sombras, onde vemos personagens bem a frente da câmera, quase em um close e reparamos uma presença sombria ao fundo, observando-as.
Os movimentos de Carpenter são essenciais para o bom desenvolvimento do caráter aterrorizador do filme, aliados a uma excelente e envolvente trilha sonora composta pelo próprio Carpenter, e todo o clima tenebroso já próprio do Halloween como festa em si, ajudaram a colocar o serial-killer Michael Myers e sua psicopatia, escondida atrás de uma máscara branca e sem expressão ou forma, no ranking dos mais célebres personagens de terror da história, provavelmente, perdendo apenas para Freddy Krueger e para o imortal e eterno Jason Voorhess, hehehehe.
Logicamente, que o baixo orçamento prejudica em alguns momentos a fita, como na inclusão e produção de cenários e até mesmo na utilização de alguns efeitos que poderiam ajudar a deixar o filme menos "simples". Todavia, o fato de Halloween não ser um filme sanguinolento ajuda muito, já que esse "problema" com os efeitos mais realistas que poderiam ser incluídos, são substituídos pelo puro horror psicológico.
Além disso, Halloween escapa de um dos maiores problemas dos filmes de terror, que é a qualidade duvidosa de seus atores. O elenco é bem interessante, dá força e sentimento às cenas, e respalda todo o psicologismo e assombro proposto pelas minuciosas e macabras soluções e peripécias do roteiro, com destaque para a iniciante Jamie Lee Curtis no papel da protagonista, no filme que a colocou no cenário hollywoodiano e na lista das mais adoradas atrizes dos fãs de horror.
Vale ressaltar, que Halloween e seu Michael Myers, possuem uma pequena diferença quando o relacionamos aos outros filmes do gênero. Myers não tem motivo aparente para matar, ele é simplesmente um psicopata em si, quase um grau de ultra-violência, fator que contribui com a fita, já que ela não se alonga em demasia, apenas para tentar justificar o fato de Myers ter se transformado nisto ou naquilo, fator que coloca muitos filmes em problemas, e que pode gerar muitos tropeços que prejudicariam o caráter "clássico" da fita.
Um pioneiro por excelência, que ainda hoje vive presente na mente dos fãs, seja por suas cenas inesquecíveis, seja pelos milhares de clichês que foram introduzidos ao gênero por filmes que tentaram copiar este. A verdade, é que Halloween é um clássico, e obrigatório para qualquer fã de cinema. Não posso tecer comentários sobre suas sequências pois não as vi, prefiro ficar com o êxtase que este filme proporciona e com o poderio que ele possui na história do cinema. Um achado de Carpenter, uma obra-prima genial, um clássico com todas as letras e todas as honras possíveis e que um filme como este merece.
NOTA: 10,0
terça-feira, 9 de junho de 2009
X-MEN ORIGENS: WOLVERINE
Ficha Técnica
Título Original: X-Men Origins: Wolverine
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 107 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2009
Site Oficial: www.xmenorigenswolverine.com.br
Estúdio: 20th Century Fox Film Corporation / Marvel Enterprises / Seed Productions / Dune Entertainment / Donners' Company
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation Direção: Gavin Hood
Roteiro: David Benioff, baseado em personagens criados por Len Wein
Produção: Kevin Feige, Hugh Jackman, John Palermo, Laura Shuler Donner e Ralph Winter Música: Harry Gregson-Williams
Fotografia: Donald McAlpine
Desenho de Produção: Barry Robinson
Direção de Arte: Michael Diner, Brian Edmonds, Ian Gracie, Helen Jarvis, Karen Murphy e Mark Robins
Edição: Nicolas De Toth e Megan Gill
Efeitos Especiais: CEG Media / Lola Visual Effects / Rising Sun Pictures / Tippett Studio / Vital Distraction / Cinesite / Hatch Production / Image Engine Design / Matte World Digital / Soho VFX
Elenco
Hugh Jackman (Logan / Wolverine)
Ryan Reynolds (Wade Wilson / Deadpool)
Liev Schreiber (Victor Creed / Dentes-de-sabre)
Dominic Monaghan (Bradley)
Lynn Collins (Raposa Prateada)
Danny Huston (William Stryker)
Daniel Henney (David North / Agente Zero)
Taylor Kitsch (Remy LeBeau / Gambit)
Kevin Durand (Frederick "Fred" J. Dunes / Blob)
Stephen Leeder (General Munson)
Alice Parkinson (Elizabeth Howlett)
Tim Pocock (Scott Summers)
Myles Pollard (Lumberjack)
Tahyna Tozzi (Emma Frost)
Will i Am (John Wraith)
Troye Sivan (Logan - jovem)
Michael-James Olsen (Victor Creed - jovem)
Patrick Stewart (Prof. Charles Xavier)
Sinopse
A Equipe X é formada apenas por mutantes, tendo fins militares. Entre seus integrantes estão Logan (Hugh Jackman), o selvagem Victor Creed (Liev Schreiber), o especialista em esgrima Wade Wilson (Ryan Reynolds), o teleportador John Wraith (Will i Am), o atirador David North (Daniel Henney), o extremamente forte Fred J. Dunes (Kevin Durand) e ainda Bradley (Dominic Monaghan), que manipula eletricidade. No comando está William Stryker (Danny Huston), que envolve alguns componentes do grupo no projeto Arma X, um experimento ultra-secreto. Entre eles está Logan, que precisa ainda lidar com o desfecho de seu romance com Raposa Prateada (Lynn Collins).
CRÍTICA
Aproveitando que me sobrou um tempinho, resolvi dar o ar da graça por aqui hehehehe, para falar deste que foi facilmente uma das grandes decepções que tive nos últimos tempos. Não que eu seja um grande fã do herói em questão, ou de filmes deste tipo, mas pelo fato de que, eu jamais imaginei ser possível tamanha hipocrisia na construção de uma fita, ainda mais quando esta fita atinge o público de uma maneira tão forte e tem como meta, agradar esse público.
Wolverine é um filme enganador, literalmente um tapa-buraco, uma tentativa de agradar fãs mais ortodoxos que choraram um monte pelo fato de que Wolverine não era o "protagonista" dos três filmes de X-Men, ou seja, a fita tem tinha uma função, e acabou indo pelo lado contrário, pois resumiu Wolverine a um herói medíocre e que tem sua história atrelada a fracassos que não condizem com a índole e nem com toda a arrogância e prepotência do herói dos quadrinhos.
Falemos agora do filme em questão, analisando-o em suas principais partes. Imagine o beabá de se construir uma boa fita, seja esta fita de ação/aventura ou qualquer gênero cinematográfico, parte-se de uma boa história, e já paramos por aqui quando falamos de Wolverine, já que, o filme não tem história. Pegou-se um monte de achados e situações, colocou-se zilhões de efeitos especiais ( bem duvidosos diga-se de passagem), um mutante aqui e outro ali, e os uniu por linhas extremamente tênues e que se quebram a uma simples observação mais minuciosa de um espectador mais crítico. A direção é extremamente burocrática, aliada a uma edição clichê de filmes de aventura, com uma velocidade absurda e movimentos de câmera ao melhor estilo cópia de Matrix.
Hugh Jackman está cada vez mais a vontade no papel de Wolverine, e definitivamente encarnou a personagem, mas não se ganha uma guerra com apenas um soldado, e sua boa presença é totalmente ofuscada por um elenco secundário que não tem o mesmo espírito e não se dedica tanto quanto Jackman. Schreiber é a mesma coisa de sempre, e seu Dentes-de-Sabre até engana, agora Ryan Reynolds não convence e se torna o ponto negativo do elenco. A inclusão de Gambit na fita (devido ao apelo dos fãs, já que ele foi o único personagem dos principais que não apareceu em nenhum dos três filmes), é visivelmente deslocada; o mutante das cartas é colocado na história de forma superficial e desaparece de forma medíocre, e apesar de suas cenas se transformarem talvez nas mais legais da fita, não exclui o caráter de inutilidade de seu personagem.
O pouco de contribuição que o roteiro tenta dar, cai em um melodrama e em um tipo de relação do protagonista com o restante do elenco que não convence, como se algo forçado estivesse acontecendo ali, e é nítida a falta de "feeling" de algumas contribuições argumentárias. Não dá pra engolir, é tudo muito batido, muito fálico, muito sem sentido; a sensação de que se está diante de algo fraco e sem bases percorre o espectador e gera uma inquietação gigantesca, e o pior, isso dura o filme todo, nada se salva, á película é ruim do começo ao fim.
Infelizmente não deu certo, o filme é ruim, amplo, não implica e não explica nada, e se mostra no final das contas, como mais um produto cinematográfico do que um filme em si. Pode até agradar o pessoal mais fanático, que não está nem aí para a qualidade e sim para o fato de a fita ter sido feita, todavia, isto não muda em nada o resultado final. Sofrível e lamentável, muito inferior a qualquer um dos três X-Men, e no limiar das coisas, Wolverine provavelmente merecia (e ainda merece) um filme melhor, e olha que isto é a opinião de um não fã deste herói.
NOTA: 4,0
Título Original: X-Men Origins: Wolverine
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 107 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2009
Site Oficial: www.xmenorigenswolverine.com.br
Estúdio: 20th Century Fox Film Corporation / Marvel Enterprises / Seed Productions / Dune Entertainment / Donners' Company
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation Direção: Gavin Hood
Roteiro: David Benioff, baseado em personagens criados por Len Wein
Produção: Kevin Feige, Hugh Jackman, John Palermo, Laura Shuler Donner e Ralph Winter Música: Harry Gregson-Williams
Fotografia: Donald McAlpine
Desenho de Produção: Barry Robinson
Direção de Arte: Michael Diner, Brian Edmonds, Ian Gracie, Helen Jarvis, Karen Murphy e Mark Robins
Edição: Nicolas De Toth e Megan Gill
Efeitos Especiais: CEG Media / Lola Visual Effects / Rising Sun Pictures / Tippett Studio / Vital Distraction / Cinesite / Hatch Production / Image Engine Design / Matte World Digital / Soho VFX
Elenco
Hugh Jackman (Logan / Wolverine)
Ryan Reynolds (Wade Wilson / Deadpool)
Liev Schreiber (Victor Creed / Dentes-de-sabre)
Dominic Monaghan (Bradley)
Lynn Collins (Raposa Prateada)
Danny Huston (William Stryker)
Daniel Henney (David North / Agente Zero)
Taylor Kitsch (Remy LeBeau / Gambit)
Kevin Durand (Frederick "Fred" J. Dunes / Blob)
Stephen Leeder (General Munson)
Alice Parkinson (Elizabeth Howlett)
Tim Pocock (Scott Summers)
Myles Pollard (Lumberjack)
Tahyna Tozzi (Emma Frost)
Will i Am (John Wraith)
Troye Sivan (Logan - jovem)
Michael-James Olsen (Victor Creed - jovem)
Patrick Stewart (Prof. Charles Xavier)
Sinopse
A Equipe X é formada apenas por mutantes, tendo fins militares. Entre seus integrantes estão Logan (Hugh Jackman), o selvagem Victor Creed (Liev Schreiber), o especialista em esgrima Wade Wilson (Ryan Reynolds), o teleportador John Wraith (Will i Am), o atirador David North (Daniel Henney), o extremamente forte Fred J. Dunes (Kevin Durand) e ainda Bradley (Dominic Monaghan), que manipula eletricidade. No comando está William Stryker (Danny Huston), que envolve alguns componentes do grupo no projeto Arma X, um experimento ultra-secreto. Entre eles está Logan, que precisa ainda lidar com o desfecho de seu romance com Raposa Prateada (Lynn Collins).
CRÍTICA
Aproveitando que me sobrou um tempinho, resolvi dar o ar da graça por aqui hehehehe, para falar deste que foi facilmente uma das grandes decepções que tive nos últimos tempos. Não que eu seja um grande fã do herói em questão, ou de filmes deste tipo, mas pelo fato de que, eu jamais imaginei ser possível tamanha hipocrisia na construção de uma fita, ainda mais quando esta fita atinge o público de uma maneira tão forte e tem como meta, agradar esse público.
Wolverine é um filme enganador, literalmente um tapa-buraco, uma tentativa de agradar fãs mais ortodoxos que choraram um monte pelo fato de que Wolverine não era o "protagonista" dos três filmes de X-Men, ou seja, a fita tem tinha uma função, e acabou indo pelo lado contrário, pois resumiu Wolverine a um herói medíocre e que tem sua história atrelada a fracassos que não condizem com a índole e nem com toda a arrogância e prepotência do herói dos quadrinhos.
Falemos agora do filme em questão, analisando-o em suas principais partes. Imagine o beabá de se construir uma boa fita, seja esta fita de ação/aventura ou qualquer gênero cinematográfico, parte-se de uma boa história, e já paramos por aqui quando falamos de Wolverine, já que, o filme não tem história. Pegou-se um monte de achados e situações, colocou-se zilhões de efeitos especiais ( bem duvidosos diga-se de passagem), um mutante aqui e outro ali, e os uniu por linhas extremamente tênues e que se quebram a uma simples observação mais minuciosa de um espectador mais crítico. A direção é extremamente burocrática, aliada a uma edição clichê de filmes de aventura, com uma velocidade absurda e movimentos de câmera ao melhor estilo cópia de Matrix.
Hugh Jackman está cada vez mais a vontade no papel de Wolverine, e definitivamente encarnou a personagem, mas não se ganha uma guerra com apenas um soldado, e sua boa presença é totalmente ofuscada por um elenco secundário que não tem o mesmo espírito e não se dedica tanto quanto Jackman. Schreiber é a mesma coisa de sempre, e seu Dentes-de-Sabre até engana, agora Ryan Reynolds não convence e se torna o ponto negativo do elenco. A inclusão de Gambit na fita (devido ao apelo dos fãs, já que ele foi o único personagem dos principais que não apareceu em nenhum dos três filmes), é visivelmente deslocada; o mutante das cartas é colocado na história de forma superficial e desaparece de forma medíocre, e apesar de suas cenas se transformarem talvez nas mais legais da fita, não exclui o caráter de inutilidade de seu personagem.
O pouco de contribuição que o roteiro tenta dar, cai em um melodrama e em um tipo de relação do protagonista com o restante do elenco que não convence, como se algo forçado estivesse acontecendo ali, e é nítida a falta de "feeling" de algumas contribuições argumentárias. Não dá pra engolir, é tudo muito batido, muito fálico, muito sem sentido; a sensação de que se está diante de algo fraco e sem bases percorre o espectador e gera uma inquietação gigantesca, e o pior, isso dura o filme todo, nada se salva, á película é ruim do começo ao fim.
Infelizmente não deu certo, o filme é ruim, amplo, não implica e não explica nada, e se mostra no final das contas, como mais um produto cinematográfico do que um filme em si. Pode até agradar o pessoal mais fanático, que não está nem aí para a qualidade e sim para o fato de a fita ter sido feita, todavia, isto não muda em nada o resultado final. Sofrível e lamentável, muito inferior a qualquer um dos três X-Men, e no limiar das coisas, Wolverine provavelmente merecia (e ainda merece) um filme melhor, e olha que isto é a opinião de um não fã deste herói.
NOTA: 4,0
sábado, 6 de junho de 2009
AGRADECIMENTO E ESCLARECIMENTO
Primeiramente quero agradecer pelas mais de 1.000 visitas ao blog, valeww mesmoo.
Em segundo lugar quero esclarecer o por que eu estou demorando para atualizá-lo, e o motivo é simples; junho é phoda e a facu apertou, auhahuauhahuauhauha!!! Mas assim que der eu coloco algo novo aqui. Obrigado pela paciência, hehehehehe!
Abraços
Em segundo lugar quero esclarecer o por que eu estou demorando para atualizá-lo, e o motivo é simples; junho é phoda e a facu apertou, auhahuauhahuauhauha!!! Mas assim que der eu coloco algo novo aqui. Obrigado pela paciência, hehehehehe!
Abraços
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