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quinta-feira, 11 de junho de 2009

HALLOWEEN - A NOITE DO TERROR

Ficha Técnica

Título Original: Halloween
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1978
Site Oficial: www.halloweenmovies.com
Estúdio: Falcon Films
Distribuição: Compass International / Media Home Entertainment
Direção: John Carpenter Roteiro: John Carpenter e Debra Hill
Produção: Debra Hill
Música: John Carpenter
Direção de Fotografia: Dean Cundey
Desenho de Produção: Tommy Lee Wallace
Direção de Arte: Tommy Lee Wallace e Craig Stearns
Edição: Charles Bornstein e Tommy Lee Wallace


Elenco

Donald Pleasence (Dr. Sam Loomis)
Jamie Lee Curtis (Laurie Strode)
Nancy Kyes (Annie Brackett)
P.J. Soles (Lynda)
Charles Cyphers (Xerife Leigh Brackett)
Kyle Richards (Lindsey Wallace)
Brian Andrews (Tommy Doyle)
John Michael Graham (Bob)
Nancy Stephens (Marion Chambers)
Arthur Malet (Coveiro)
Mickey Yablans (Richie)
Tony Moran (Michael Myers - 21 anos)
Will Sandin (Michael Myers - 6 anos)
Robert Phalen (Dr. Wynn)
Sandy Johnson (Judith Myers)
David Kyle (Namorado de Judith)
Peter Griffith (Pai de Laurie)
John Carpenter (Namorado ao telefone - voz)


Sinopse

Michael Myers (Tony Moran) é um psicopata que vive em uma instituição há 15 anos, desde quando matou sua própria irmã. Porém, ele consegue fugir de seu cativeiro e retorna à sua cidade natal para continuar seus crimes na localidade que, aterrorizada, ainda se lembra dele.



CRÍTICA


O filme que criou um gênero, que transformou o terror não só em seu âmbito psicológico, mas no próprio terror puro em si, e que cravou na mente dos fãs de cinema personagens e imagens inesquecíveis; este é Halloween, facilmente um dos melhores filmes de horror já produzidos pelo cinema, e todo este mérito tem apenas um único e exclusivo responsável: John Carpenter e sua mente insana e, na época, ainda extremamente produtiva.

Carpenter está fantástico na condução de sua câmera, levando o espectador a se inquietar mesmo nas cenas em que vemos apenas paredes, ou móveis, já que o terror pode surgir a cada sombra, a cada movimento seja ele para a esquerda ou para a direita, a cada abrir ou fechar de portas. O diretor transita da maneira de filmar de Spielberg em Tubarão, onde a câmera muitas vezes acompanha a visão que o psicopata tem do local, para a utilização de planos fundos e de sombras, onde vemos personagens bem a frente da câmera, quase em um close e reparamos uma presença sombria ao fundo, observando-as.

Os movimentos de Carpenter são essenciais para o bom desenvolvimento do caráter aterrorizador do filme, aliados a uma excelente e envolvente trilha sonora composta pelo próprio Carpenter, e todo o clima tenebroso já próprio do Halloween como festa em si, ajudaram a colocar o serial-killer Michael Myers e sua psicopatia, escondida atrás de uma máscara branca e sem expressão ou forma, no ranking dos mais célebres personagens de terror da história, provavelmente, perdendo apenas para Freddy Krueger e para o imortal e eterno Jason Voorhess, hehehehe.

Logicamente, que o baixo orçamento prejudica em alguns momentos a fita, como na inclusão e produção de cenários e até mesmo na utilização de alguns efeitos que poderiam ajudar a deixar o filme menos "simples". Todavia, o fato de Halloween não ser um filme sanguinolento ajuda muito, já que esse "problema" com os efeitos mais realistas que poderiam ser incluídos, são substituídos pelo puro horror psicológico.

Além disso, Halloween escapa de um dos maiores problemas dos filmes de terror, que é a qualidade duvidosa de seus atores. O elenco é bem interessante, dá força e sentimento às cenas, e respalda todo o psicologismo e assombro proposto pelas minuciosas e macabras soluções e peripécias do roteiro, com destaque para a iniciante Jamie Lee Curtis no papel da protagonista, no filme que a colocou no cenário hollywoodiano e na lista das mais adoradas atrizes dos fãs de horror.

Vale ressaltar, que Halloween e seu Michael Myers, possuem uma pequena diferença quando o relacionamos aos outros filmes do gênero. Myers não tem motivo aparente para matar, ele é simplesmente um psicopata em si, quase um grau de ultra-violência, fator que contribui com a fita, já que ela não se alonga em demasia, apenas para tentar justificar o fato de Myers ter se transformado nisto ou naquilo, fator que coloca muitos filmes em problemas, e que pode gerar muitos tropeços que prejudicariam o caráter "clássico" da fita.

Um pioneiro por excelência, que ainda hoje vive presente na mente dos fãs, seja por suas cenas inesquecíveis, seja pelos milhares de clichês que foram introduzidos ao gênero por filmes que tentaram copiar este. A verdade, é que Halloween é um clássico, e obrigatório para qualquer fã de cinema. Não posso tecer comentários sobre suas sequências pois não as vi, prefiro ficar com o êxtase que este filme proporciona e com o poderio que ele possui na história do cinema. Um achado de Carpenter, uma obra-prima genial, um clássico com todas as letras e todas as honras possíveis e que um filme como este merece.


NOTA: 10,0

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