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sexta-feira, 19 de junho de 2009

UM JOGO DE VIDA OU MORTE

Ficha Técnica

Título Original: Sleuth
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 86 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.sonyclassics.com/sleuth
Estúdio: Castle Rock Entertainment / Media Rights Capital / Riff Raff Film Productions / Timnick Films
Distribuição: Sony Pictures Classics
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Harold Pinter, baseado em peça teatral de Anthony Shaffer
Produção: Kenneth Branagh, Simon Halfon, Jude Law, Simon Moseley, Marion Pilowsky e Tom Sternberg
Música: Patrick Doyle
Fotografia: Haris Zambarloukos
Desenho de Produção: Tim Harvey
Figurino: Alexandra Byrne
Edição: Neil Farrell
Efeitos Especiais: The Senate Visual Effects


Elenco

Michael Caine (Andrew Wyke)
Jude Law (Milo Tindle)


Sinopse

Andrew Wyke (Michael Caine) é um romancista de sucesso, especializado em histórias de detetive. Ele recebe em sua casa Milo Tindle (Jude Law), um ator desempregado que fugiu com sua esposa, com quem realiza um jogo mortal de inteligência.



CRÍTICA


Existem filmes que você resolve assistir apenas para confirmar o que em sua mente já estava pré-concebido ao olhar para a capa, ler a sinopse, ver o elenco e coisas do tipo. Neste tipo de caso, existem duas saídas; a primeira é aquela em que o filme o surpreende, fazendo com que essa pré-concepção caía por terra, a segunda, e óbvia saída, é quando o filme acaba sendo o que você realmente achou que seria. Dito isto, quando me deparei com esta refilmagem do intrigante e inteligente Jogo Mortal de 1.972, estrelado por ninguém mais, ninguém menos que Sir Laurence Olivier e o mesmo Michael Caine , fiquei um pouco "cabreiro", como se deve ficar diante de qualquer refilmagem. Em seguida analisei que Caine estava denovo no elenco e a direção era assinada pelo talentoso Kenneth Branagh, porém, eis que vejo que o outro ator do elenco era Jude Law e o resto disso vocês lerão logo abaixo.

Abra sua mente e pense na situação: Dois homens, que possuem como relação apenas o fato de estarem com a mesma mulher; um como marido e o outro como amante; e que adentram em um jogo de inteligência. Complicado não? Sim, bastante complicado! O roteiro é pedregoso, não explica bem as situações, deixa brechas enormes e não resolve absolutamente nada. Por grande parte do filme nos encontramos envolto a uma névoa que faz com que não se aproveite nada deste mesmo momentos.

De forma bem mais psicológica, o filme se utiliza de elementos psicodélicos, e em alguns momentos lembra filmes como Cubo ou até mesmo Pi pela maneira como é editado,para tentar levar o espectador a uma sensação de tafofobia e incômodo. A fita realmente incomoda, mas em um sentido totalmente negativo, já que incomoda pela falta de qualidade em geral. Como se não bastasse o filme se utiliza de uma fotografia em tons azuis muito ruim, e totalmente desnecessária, deixando ainda mais obscuras expressões e demonstrações daquilo que por si só já estava ruim.

Vale lembrar, que o original é muito mais interessante, e que a escolha de Caine para participar novamente da história, foi até bem encaixada e consciente, mas ele merecia um parceiro melhor de cenas. Law é a mesma coisa de sempre, não aguenta Caine em nenhum momento, e ao tentar se igualar ao mesmo Caine, exagera e acaba com o filme. Aguentar uma hora e meia a câmera em dois personagens presos em uma casa , sendo que um desses dois personagens é encarnado por Jude Law realmente é uma terafa para poucos. desse modo, pode ser que o filme não seja ruim, mas na verdade, eu não tenha capacidade suficiente para aguentar 86 min de uma câmera focada na falta de talento de Jude Law.

Lamentei bastante o resultado final desta fita, pois sou um grande fã de Branagh, seja como diretor ou como ator; mas aqui ele segue o mesmo rumo do resto do filme.O fato de a fita possuir apenas um ambiente e este mesmo ser ainda fechado, faz com que a direção precise ser muito exigida para não criar algo enjoativo, e infelizmente Branagh não dá conta. O excesso de closes deixam a direção com o já citado caráter enjoativo, além de encher o saco pelo excesso de técnica e por não possuir nenhuma expressão mais marcante, beirando uma burocracia, que só se quebra por um ou outro movimento mais audacioso que vez ou outra é tentado pelo diretor norte-irlandês.

Mais uma péssima refilmagem, muito aquém do original e muito aquém de ser digna de ocupar 86 minutos da sua vida. Um erro de percurso na carreira de Caine e Branagh e mais uma prova de que Jude Law é realmente um dos piores atores de sua geração. Passe longe deste filme e aproveite para pegar o original de 1.972, que pode não ser um clássico absoluto, mas com certeza é melhor do que esta tentativa frustrada de se fazer cinema.Isso sem contar ainda a cruel tradução do título original, que literalmente não tem nada a ver. Não foi desta vez que encontramos uma refilmagem para entrar no hall das que pelo menos merecem nosso respeito. Fica para a próxima.


NOTA: 3,0

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