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sexta-feira, 26 de junho de 2009

AOS TREZE

Ficha Técnica

Título Original: Thirteen
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2003
Site Oficial: www.foxsearchlight.com/thirteen
Estúdio: Working Title Films / Antidote Films / Venice Surf Club / Michael London Productions
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: Catherine Hardwicke
Roteiro: Catherine Hardwicke e Nikki Reed
Produção: Jeffrey Levy-Hinte e Michael London
Música: Mark Mothersbaugh
Fotografia: Elliot Davis
Desenho de Produção: Carol Strober
Direção de Arte: John B. Josselyn
Figurino: Cindy Evans
Edição: Nancy Richardson


Elenco

Evan Rachel Wood (Tracy)
Nikki Reed (Evie Zamora)
Holly Hunter (Melanie)
Jeremy Sisto (Brady)
Brady Corbet (Mason)
Deborah Unger (Brooke)
Kip Pardue (Luke)
Sarah Clarke (Birdie)
Vanessa Anne Hudgens (Noel)
Ulysses Estrada (Rafa)
Sarah Cartwright (Medina)
Jenicka Carey (Astrid)
Jasmine Salim (Kayla)
Tessa Ludwick (Yumi)


Sinopse

Tracy (Evan Rachel Wood) é uma adolescente inteligente e uma aluna brilhante Um dia ela se torna amiga de Evie (Nikki Reed), a garota mais popular da escola. Esta a apresenta ao submundo do sexo, das drogas e da mutilação, o que cria uma nova Tracy e a coloca em conflito com seus colegas, professores e, principalmente, com sua mãe (Holly Hunter).


Premiações

- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Holly Hunter).
- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Atriz - Drama (Evan Rachel Wood) e Melhor Atriz Coadjuvante (Holly Hunter).
- Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Holly Hunter).
- Ganhou um prêmio no Independent Spirit Awards de Melhor Atuação de Estréia (Nikki Reed), além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Filme de Estréia e Melhor Roteiro de Estréia.
- Ganhou o Leopardo de Prata de Melhor Filme de Estréia e o Leopardo de Bronze de Melhor Atriz (Holly Hunter), no Festival de Locarno.
- Ganhou o prêmio de Melhor Diretor - Drama, no Sundance Film Festival.
- Recebeu uma indicação ao MTV Movie Awards de Melhor Revelação Feminina (Evan Rachel Wood).



CRÍTICA


É complicado tentar algumas situações que aparecem diante de nós. Imagine então quando você se depara com algo que defende algo que você simplesmente acha que está superado ou que simplesmente já foi revisto. Um simples drama adolescente pode gerar discussões ferrenhas sobre a real intenção de uma fita que tenta ser chocante e despretensiosa ao mesmo tempo, mas que não acaba sendo nem uma coisa e nem outra coisa.

Aos Treze acaba caindo em clichês e estigmas pré-determinados do submundo do jovem estado-unidense. Tudo está ali, a maneira de falar, de se vestir, de lhe dar com as pessoas, as concepções ideológicas, as músicas; tudo muito bem encaixado no perfil de um "jovem perdido" de acordo com uma sociedade puritana e hipócrita, em outras palavras, este é mais um filme que dá ao jovem drogado e marginalizado o perfil de um tipo de pessoa que todos desprezam. Se você pensa que em Aos Treze o estigma vai sumir, você está muito enganado, então cria-se algo chato, já que se você se encaixa em algumas posições que a sociedade defende como do "submundo", Aos Treze ratificará isso e provavelmente lhe deixará descontente.

Dito isto, adentremos aos aspectos técnicos de um filme que possui mais defeitos do que qualidades. Em primeiro ponto encontramos um roteiro simples, que não se propõe a nada de diferente e que em vários momentos beira a construção de uma fita vazia e com um sentido e proporção de reflexão bem limitados. Não sei se o roteiro tinha a intenção de dopar o espectador já que fala sobre drogas e tudo mais, mas a verdade é que consegue, mas em um sentido ruim, já que a sensação é de total falta de conexão com a realidade, fazendo com que Aos Treze soe "fake" em sua grande maioria.

A direção é complexa e dramatiza demais as situações; a diretora gira demais a câmera e a movimenta de forma pouco conexa. Algumas tomadas mais fortes e alguns movimentos desta mesma câmera causam desconfortos bem grandes, e nem o fato de algumas cenas serem filmadas com a câmera na mão e tudo mais, que é uma técnica que eu particularmente gosto, não funciona, já que a noção de realidade que a câmera que criar não é sustentada pelo roteiro, deixando um belo buraco na conexão entre um e outro. Acompanhe isso a uma maquiagem e figurino clichê e duro, e uma edição curta e veloz, acompanhando muito mais a vontade da câmera do que melhorando algo que o filme possa ter de complexo.

Como salvação de uma fita bem fraca para falar a verdade, temos uma competente Holly Hunter, firme em seu papel e diminuindo um pouco o estrago causado pelas exageradas atuações de Evan Rachel Wood e principalmente Nikki Reed. O elenco secundário não acrescenta nada, fazendo com que Hunter acabe brilhando sozinha, mas não o suficiente para salvar a pele de um elenco inconsistente e por que não dizer ruim.

Filmes como este existem aos montes, e a maioria deles são melhores do que esta fita, como por exemplo Kids ou até mesmo o cult Christiane F, que apesar de apelar um pouco também, não chega aos pés de Aos Treze quando o assunto é apelar. Um filme para adolescentes e para mães que querem se utilizar de filmes e outros meios para colocar "medo" nos filhos, ou para respaldar suas ações. A verdade é que Aos Treze pouco tem a ver com a realidade, e na maioria de 100 minutos deturpa e cria imagens que muitas vezes beiram o ridículo.

Uma fita fraca, que não vale mesmo a pena ser vista, seja pelo seu caráter técnico, artístico, ou propriamente dito, social e prático, já que o filme não colaborará em nada na construção de uma índole preventiva relacionada ao tipo de vida abominado e criticado pelo roteiro, ou seja, o filme se propõe a algo e não consegue atingi-lo, se transformando em uma crítica vaga e sem sentido, mais uma crítica dirigida a um grupo de pessoas, enquanto os que realmente deveriam ser criticados passam ilesos. Sem mais delongas; um filme equivocado e mentiroso.


NOTA: 3,5

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