ENCONTRE AQUI

quarta-feira, 11 de março de 2009

O FABULOSO DESTINO DE AMÈLIE POULAIN


Ficha Técnica

Título Original: Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento (França): 2001
Site Oficial: www.amelie-themovie.com
Estúdio: Le Studio Canal+ / Filmstiftung Nordrhein-Westfalen / France 3 Cinéma / La Sofica Sofinergie 5 / MMC Independent GmbH / Tapioca Films / Victoires Pictures
Distribuição: Miramax Films
Direção: Jean-Pierre Jeunet
Roteiro: Jean-Pierre Jeunet e Guillaume Laurant
Produção: Jean-Marc Deschamps
Música: Yann Tiersen
Fotografia: Bruno Delbonnel
Desenho de Produção: Aline Bonetto
Direção de Arte: Volker Schäfer
Figurino: Madeline Fontaine e Emma Lebail
Edição: Hervé Schneid
Efeitos Especiais: Duboi


Elenco

Audrey Tautou (Amélie Poulain)
Mathieu Kassovitz (Nino Quincampoix)
Rufus (Raphael Poulain)
Yolande Moreau (Madeleine Wallace)
Artus de Penguern (Hipolito)
Urbain Cancelier (Collignon)
Maurice Bénichou (Dominique Bretodeau)
Dominique Pinon (Joseph)
Claude Perron (Eva)
Michel Robin (Pai de Collignon)
Isabelle Nanty (Georgette)
Clotilde Mallet (Gina)
Claire Maurier (Suzanne)
Serge Merlin (Dufayel)
James Debbouze (Lucien)
Lorella Cravotta (Amandine Poulain)
Flore Guiet (Amélie Poulain - 8 anos)


Sinopse

Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.


Premiações

- Recebeu 5 indicações ao Oscar, nas seguintes categorias: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Roteiro Original.
- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
- Ganhou 2 prêmios no BAFTA, nas seguintes categorias: Melhor Roteiro Original e Melhor Desenho de Produção. Foi ainda indicado em outras 7 categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Audrey Tatou), Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora e Melhor Edição.
- Recebeu 13 indicações ao César, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Audrey Tautou), Melhor Ator Coadjuvante (Rufus e James Debbouze), Melhor Atriz Coadjuvante (Isabelle Nanty), Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Edição, Melhor Desenho de Produção, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som e Melhor Roteiro.
- Ganhou o Prêmio da Audiência no Festival Internacional de Edimburgo.
- Ganhou o Prêmio do Público no Festival de Toronto.
- Recebeu uma indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.


CRÍTICA



Existem alguns filmes que tecer qualquer tipo de comentário sobre eles é algo extremamente perigoso; isso se deve única e exclusivamente, ao fato de que eles são delicados demais e as críticas podem se quebrar assim que o espectador começa a assistir ao filme; este é o caso de Amèlie Poulain.

O filme é tão bem encaixado, tão bem feitinho, que tentar achar falhas nele é quase que como assumir a grande chance de cometer um erro, ou de simplesmente como diz a gíria “procurar chifre em cabeça de cavalo”. O cinema francês é por natureza, um cinema chato; na maioria das vezes lento demais e sentimental demais, cai em grande parte num sentido apelativo que enjoa o espectador, sendo assim, o que faz com que Amèlie Poulain não cai nesse estigma do cinema francês? São dois motivos principais.

O primeiro é o roteiro extremamente inteligente, veloz, ríspido e sem rodeios. O filme vai ao ponto sem se sentir intimidado em todos os momentos, fazendo com que o espectador experimente uma sensação de velocidade, de que a vida é muita rápida e que as coisas acontecem com uma rapidez que se não prestarmos atenção já foi embora. Jean-Pierre Jeunet deixa bem claro, com sua direção rápida e curta, com a utilização de excessivos cortes e repetições de ângulos, sua intenção de proporcionar uma sensação de inquietação e velocidade quando relaciona os personagens com as situações que vão acontecendo em suas vidas. Alie isso à excelente fotografia em tons vermelhos e verdes, tipicamente francesa e temos a impressão perfeita de que aquilo é muita coisa acontecendo para pouco tempo de filme, mas Amèlie Poulain dá conta e muito bem.

O segundo motivo responde pelo nome de Audrey Tautou. A atriz francesa que viria a ficar famosa posteriormente por sua participação em O Código Da Vinci nasceu para o papel. Carismática, astuta, esperta e inquieta na medida correta, Tautou transforma uma atuação que facilmente descambaria ao exagero em algo perfeito. Sua movimentação, suas caras e bocas, combinam perfeitamente com o modo como as coisas ocorrem, assim como também é perceptível as sensações reais que Tautou tem ao se deparar com os problemas e situações de Amèlie Poulain, em outras palavras, não vemos em nenhum momento Audrey Tautou no filme, mas apenas Amèlie Poulain. A fita é tão dela, que nas poucas cenas em que Tautou não está presente, ficamos aguardando a sua chegada, de tão prazeroso que é vê-la brilhando nesta impecável atuação.

Eu particularmente não gosto do cinema francês, o que faz com que meu olhar sobre os filmes deste país possua um certo pré-conceito, que faz com que eu tenha muito mais rigidez a analisar um filme desta parte da Europa. Todavia, não vejo nenhuma dificuldade em recomendar Amèlie Poulain, por que ele não é simplesmente um filme francês, ou europeu; ele é universal, e uma comédia romântica excelente, algo bem raro hoje em dia.

Então, se você gosta de uma boa comédia romântica, largue as habituais porcarias com os mesmo atores e com as mesmas histórias que assolam em grande quantidade nossos cinemas e locadoras, e aprecie algo bem feito, interessante e bem conduzido. Amèlie Poulain é inesquecível e belo, e principalmente, um dos poucos bons representantes do gênero da comédia romântica dos anos 2.000, o que faz com que a fita ganhe mais um crédito, já que quando se é craque em um time de pernas-de-pau, seu destaque e méritos são ainda maiores. Veja sem pestanejar!

NOTA: 9,0

Nenhum comentário:

Postar um comentário