ENCONTRE AQUI

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

MUPPETS - O FILME


O primeiro longa de uma das mais famosas turmas de todos os tempos (dizer a mais famosa poderia se tornar uma grande pretensão) é também o mais completo e o mais correto dos longas já realizados por estes simpáticos seres. Não que os outros filmes que envolvam os Muppets sejam ruins, mas este aqui ainda é supremo, não sem méritos, que ainda hoje é considerado um clássico do cinema.

O filme é uma sessão de cinema, onde os Muppets assistem ao mesmo filme que o espectador, ou seja, um longa que conta a história de como tudo começou; desde a descoberta de Caco por parte de um produtor de Hollywood, enquanto este dedilhava em seu banjo e cantava com sua voz fanha e estranha as maravilhosas notas de Rainbow Connection (uma das grandes cenas musicais da história do cinema, e uma das mais belas canções já compostas para o cinema), o encontro um a um com os principais nomes da turma, até o ápice no final, com a assinatura de um contrato “dos ricos e famosos”, por um produtor de Hollywood interpretado por nada menos que a Lena Orson Welles, e o retorno, agora na voz de todos os Muppets de Rainbow Connection.

Existe um grande mérito no trabalho do diretor James Frawley, que é focar na construção dos personagens, muito mais que na turma em si, pois os Muppets se tornam um conjunto aos poucos, sendo que essa união mesmo acontece no final. Antes de se tornarem um; Frawley fixa pelo menos alguns minutos da película, em praticamente todos os Muppets (os principais pelo menos; como Piggy, Fozzie, Rowlf, Animal, Gonzo, Beaker e por aí vai) individualmente, para que possamos verificar as características de cada um, que em posteridade se tornarão a unidade conhecida como os Muppets. Não que os personagens perdem depois a identidade particular, mas ela se ofusca pela identidade dos Muppets; e, por se tratar de um filme que vai buscar as origens do “Grupo do Arco-Íris” (Tradução mal feita do título da canção já citada aqui), a opção de Frawley se mostra muito acertada.

Dirigir e atuar com bonecos é complicado, afinal você não possui o retorno imediato de um ator “normal”, contudo esse entrave não se torna um problema aqui, tamanha a destreza de Frawley na condução dos planos e do desenvolvimento do roteiro e do elenco, principalmente Charles Durning e Austin Pendleton que são os atores humanos que mais contracenam com os bonecos Muppets. Vale destaque, além da já citada participação de Orson Welles, a participação do gênio da comédia Mel Brooks, do ator James Coburn e do ainda meio jovem Steve Martin.

O carisma dos Muppets, aliado a um detalhado trabalho, pautado principalmente em um carinho com aquilo que se estava produzindo, contribuiu; não só para que o filme entrasse para a história do cinema, mas cravou de vez no imaginário das pessoas esses bonecos, alguns bem definidos, outros nem tanto, mas todos muito presentes e queridos, e os trouxe para um meio do qual não saíram mais, haja vista o fato de que outro longa da turma está prontinho para estrear nos cinemas.

Se você ainda não encontrou o “Grupo do Arco-Íris”, não perca mais tempo, vá até a locadora mais próxima, ou melhor, vá até a loja de DVD´s mais próxima e compre o filme, o assista várias vezes, dedicando cada vez a um personagem diferente e se delicie com uma das grandes mágicas que o cinema produziu, se unindo assim de forma inevitável “aos apaixonados, aos sonhadores e a mim”. Inesquecível. 


(The Muppet Movie de James Frawley, EUA/Reino Unido - 1979)



NOTA: 9,0

Nenhum comentário:

Postar um comentário