“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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domingo, 13 de junho de 2010
PRÍNCIPE DA PÉRSIA - AS AREIAS DO TEMPO
Ficha Técnica
Título Original:Prince of Persia: The Sands of Time
Gênero:Aventura
Duração:116 min
Ano De Lançamento:2010
Site Oficial:http://www.principedapersia.com.br
Estúdio:Walt Disney Pictures / Jerry Bruckheimer Films
Distribuidora:Walt Disney Studios Motion Pictures / Buena Vista International
Direção: Mike Newell
Roteiro:Doug Miro e Carlo Bernard, baseado em história de Jordan Mechner e Boaz Yakin e em jogo de videogame criado por Jordan Mechner
Produção:Jerry Bruckheimer
Música:Harry Gregson-Williams
Fotografia:John Seale
Direção De Arte:Maria-Teresa Barbasso, Robert Cowper, David Doran, Gary Freeman, Marc Homes, Jonathan McKinstry, Stuart Rose, Alessandro Santucci, Tino Schaedler, Mark Swain, Luca Tranchino, Marco Trentini e Su Whitaker
Figurino:Penny Rose
Edição:Mick Audsley e Martin Walsh
Efeitos Especiais:Double Negative / Cinesite / FB-FX / Lipsync Post / Moving Picture Company / Nvizible / Plowman Craven & Associates
Elenco
Jake Gyllenhaal (Príncipe Dastan)
Gemma Arterton (Tamina)
Ben Kingsley (Nizam)
Alfred Molina (Sheik Amar)
Gísli Örn Garoarsson (Vizir)
Daud Shah (Asoka)
Stephen A. Pope (Roham)
Miranda Booth (Avrat)
Ronald Pickup (Rei Sharaman)
Charlie Banks (Rei Sharaman - jovem)
Selva Rasalingam (Capitão persa)
Toby Kebbell
Reece Ritchie
Richard Coyle
Ambika Jois
Sinopse
Pérsia, Idade Média. Dastan (Jake Gyllenhaal) é um jovem príncipe, que auxilia o irmão a conquistar uma cidade. Lá ele encontra uma estranha e bela adaga, a qual decide guardar. Tamina (Gemma Arterton), a princesa local, percebe que Dastan detém a adaga e tenta se aproximar dele para recuperá-la. A adaga possui o poder de fazer seu portador viajar no tempo, quando dentro dela há areia mágica. Só que Dastan é vítima de um golpe. Ele é o encarregado de entregar ao pai, o rei Sharaman (Ronald Pickup), uma túnica envenenada, que o mata. Perseguido como se fosse um assassino, ele precisa agora provar sua inocência e impedir que a adaga caia em mãos erradas.
CRÍTICA
Blockbuster baseado em jogo de videogame que ficou famoso a partir dos anos 80 e que agora virou filme através das mãos de Jerry Bruckheimer e dos estúdios Disney. Como um bom blockbuster estadunidense, a intenção mor de Príncipe Da Pérsia é atingir o público e gerar milhões de dólares, e isso fica bem explícito ao longo de todo o filme.
A fita é um apanhado de detalhes e interferências de filmes anteriores que, se não são do mesmo gênero que este, em si, por assim dizer, pelo menos se aproxima do mesmo em alguns momentos. Dessa maneira, temos um pouco de Matrix nas cenas de ação, um pouco de O Senhor Dos Anéis nas posições de câmera e na construção de grupos de batalha ou coisas assim, e um pouco de Piratas do Caribe, tanto na produção (afinal, o produtor é o mesmo), como na disposição do roteiro e nos elementos de construção dos personagens.
Quem me conhece sabe muito bem que videogame não é o meu forte, mas pelo pouco que conheço do jogo tratado em questão, o ponto alto da fita se torna a reprodução de uma forma até bem fiel, dos elementos do jogo, o que deve agradar e muito os fãs deste último. A temática é a mesma, as armas, e até mesmo os lugares e demonstrações, sejam eles de lutas, ou apenas de movimentos das mesmas, se parecem bastante.
Entretanto, como cinema em si, o filme quase não se salva em nada. Com exceção de uma boa fotografia e cenografia, um figurino caprichado, efeitos especiais ótimos e uma mixagem de som vibrante, Príncipe Da Pérsia não consegue vencer as barreiras do blockbuster comum, e não se destaca em nada a não ser nas partes técnicas, ou seja, onde o dinheiro é mais necessário que o talento.
Roteiristicamente falando, Príncipe Da Pérsia é recheado de baboseiras, romantismos exagerados, piadas sem graça e reviravoltas bobas e comuns. Em muitos momentos, temos a sensação de que a coisa não anda já em outros momentos tudo voa, sempre se intercalando nesse meio, uma ou outra briga ou coisa assim, afinal, é um filme de ação e mais importante que a história ou a qualidade do argumento, está o fato de que tem que haver luta, não importa como, nem quando e nem como a mesma se justifique. Como o filme é baseado em um jogo de videogame, não é de se esperar qualquer fidelidade com os fatos históricos ou coisa assim, dessa maneira, seria covardia qualquer comentário do gênero, fazendo com que passemos então adiante.
O elenco é um problema bem sério da fita. Jake Gyllenhaal não corresponde muito bem, e a construção de seu personagem em vários momentos destoa do caráter, ou até mesmo do amadurecimento proposto por sua interpretação, já que não se sabe ao certo sua idade, por que como adulto ele é um ótimo jovem, e como jovem ele é um amadurecido adulto, o que acaba gerando esta dúvida em nossa mente. Gemma Arterton é um nada, e consegue piorar ao longo da fita, gerando as piores e mais chatas situações do filme. O elenco secundário também não responde bem, e até mesmo o ótimo Ben Kingsley está burocrático e por que não dizer seco demais; para não afundarmos tudo, se salva Alfred Molina, que está sensacional na pele de Sheik Amar, e é responsabilidade do mesmo, as boas piadas e momentos do filme.
Apesar de uma interessante e plausível virada no final, que funciona muito bem, Príncipe Da Pérsia é um filme de médio para fraco, que por sua vez variará de acordo com o seu humor ao ver este filme. Se você é fã do videogame ou é fã de filmes cujo principal ponto é lutas e mais lutas, talvez este seja uma boa pedida, agora se você procura algo mais bem feito, bem elaborado e por que não dizer mais inteligente, pule fora, pois Príncipe Da Pérsia é um filme para render milhões de dólares e não milhões de dúvidas ou pensamentos acerca do mesmo.
NOTA: 5,0
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E infelizmente contribuimos para render esses milhões. Acho que a nota é justa, sendo um filme mediano, que ora compensa aqui por falhas cometidas ali.
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