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sábado, 5 de junho de 2010

O DESTINO DE POSEIDON


Ficha Técnica

Título Original:The Poseidon Adventure
Gênero:Drama
Duração:117 min
Ano De Lançamento:1972
Estúdio:Kent Productions
Distribuidora:20th Century Fox Film Corporation
Direção: Ronald Neame
Roteiro:Wendell Mayes e Stirling Silliphant, baseado em livro de Paul Gallico
Produção:Irwin Allen
Música:Joel Hirschhorn, Al Kasha e John Williams
Fotografia:Harold E. Stine
Figurino:Paul Zastupnevich
Edição:Harold F. Kress


Elenco

Gene Hackman (Reverendo Frank Scott)
Ernest Borgnine (Michael Rogo)
Red Buttons (James Martin)
Carol Lynley (Nonnie Parry)
Roddy McDowall (Sr. Acres)
Stella Stevens (Linda Rogo)
Shelley Winters (Belle Rosen)
Jack Albertson (Manny Rosen)
Pamela Sue Martin (Susan Shelby)
Arthur O'Connell (John)
Eric Shea (Robin Shelby)
Fred Sadoff (Linarcos)
Sheila Allen (Enfermeira Gina)
Leslie Nielsen (Capitão Harrison)


Sinopse

Em virtude de um maremoto, um transatlântico de luxo é atingido na véspera de Ano Novo por uma onda gigantesca, fazendo-o virar totalmente. Os sobreviventes do choque inicial são liderados pelo reverendo Frank Scott (Gene Hackman) e tentam escapar de qualquer maneira da embarcação.



CRÍTICA


O cinema catástrofe que vingou com grande força pelo mundo principalmente nos anos 70, talvez encontre neste trabalho do diretor Ronald Neame seu maior representante, maior clássico e o mais importante de todos os filmes já realizados que se utilizam desta temática.

A idéia básica é simples, e ainda hoje gera muitos filmes que em sua maioria não conseguem o mesmo efeito e a mesma intensidade desta fita da qual vos falo. Parte-se de três pontos: uma obra grandiosa da humanidade para ser a vítima (neste caso o navio Poseidon, um transatlântico de luxo), um fenômeno natural para ser a causa do desastre, que a simples intenção, em sua maioria de mostrar o quão pequeno o homem ainda é perante a natureza, basta ver o diálogo entre o homem que quer o navio a toda velocidade e o capitão dizendo para haver respeito com o mar (algo que também acontece em Titanic, por exemplo); neste segundo ponto, nosso exemplo é o maremoto; e o último dos três pontos é o homem e suas personalidades, sendo que resta sempre um grupo seleto de personagens recém apresentados no prólogo do filme de formas diversas e normalmente simples, para depois se tornarem os sobreviventes ou os que lutarão pela sobrevivência.

O Destino de Poseidon então parte dessas três premissas básicas e cria uma ambiente extremamente interessante, onde as minúcias dos personagens se debatem em situações extremas. Tudo está destruído e o navio de cabeça para baixo no meio do oceano, sendo assim, o que resta ás pessoas é superarem seus medos e preconceitos e se unirem para a sobrevivência, com a mensagem subliminar bem simples de que “a vida é sempre o mais importante”.

Aquilo que alguns consideram um defeito em o Destino de Poseidon, eu julgo com uma de suas melhores qualidades, que é a falta de tomadas externas do navio naufragado, sendo que o filme é basicamente de filmagens internas do desastre. Os efeitos da época eram ainda bem limitados, e Neame conseguiu com essa estratégia, fazer com que o filme não soasse “fake” em nenhum momento. Ora, se toda a ação se passa dentro do navio, e os efeitos ainda não são tão confiáveis como a câmera de Neame e o elenco inspirado como um todo, não existiria nenhum motivo realmente válido para a estratégia ter sido outra.

O drama e a ação se unem em caldeiras que explodem, fogo por todos os lados se contrapondo à água que não para em nenhum momento de atormentar os sobreviventes. Tudo cola muito bem, e cunha um ambiente perfeito para criar no espectador a agonia e o desespero sofrido por aqueles que ali estão vivendo e lutando por suas vidas em situações completamente limites, mas que em todos os momentos acabam deixando a sua humanidade e o valor a vida extremamente a mostra, mesmo que a tragédia e a catástrofe estejam sempre presente e em primeiro lugar na fita. .

O Destino de Poseidon não se tornou um clássico do cinema a toa. É um filme muito bom, que nos leva ao extremo das coisas com uma realidade que talvez hoje seja um pouco maquiada pelo excesso de efeitos, explosões e toda essa parafernália. Além disso, vale à pena dar uma conferida em Leslie Nielsen na caracterização de um dos seus poucos personagens sérios (no sentido de não comédia).


NOTA: 9,0

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