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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O PRIMEIRO ANO DO RESTO DE NOSSAS VIDAS



Ficha Técnica

Título Original:St. Elmo's Fire
Gênero:Drama
Duração:104 min
Ano De Lançamento:1985
Estúdio:Columbia Pictures Corporation / Delphi III / Channel
Distribuidora:Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro:Joel Schumacher e Carl Kurlander
Produção:Lauren Schuler Donner
Música:David Foster
Fotografia:Stephen H. Burum
Direção De Arte:William Sandell
Figurino:Susan Becker
Edição:Richard Marks


Elenco

Emilio Estevez (Kirby Keger)
Rob Lowe (Billy Hicks)
Andrew McCarthy (Kevin Dolenz)
Demi Moore (Jules Jacoby)
Judd Nelson (Alec Newbary)
Ally Sheedy (Leslie Hunter)
Mare Winningham (Wendy Beamish)
Martin Balsam (Sr. Beamish)
Andie MacDowell (Dale Biderman)
Joyce Van Patten (Sra. Beamish)
Jenny Wright (Felicia)
Blake Clark (Wally)
Jon Cutler (Howie Krantz)
Matthew Laurance (Ron Dellasandro)
Gina Hecht (Judith)
Anna Maria Horsford (Naomi)


Sinopse

Sete amigos recém-formados se deparam com a amarga realidade do mundo real, tendo que conviver com a insegurança profissional e emocional nesta nova fase da vida. Este novo momento pode pôr em risco a amizade existente entre eles, a qual acreditavam que seria eterna.



CRÍTICA


Nadando contra uma corrente que em sua época ainda não era muito forte, mas que ganharia muita força nos anos 90, que são os filmes que relatam a vida de jovens em seus últimos anos de colégio, e todas as angústias que os afligem pela mudança de fase, no casa, a saída do colegial para a entrada em uma faculdade; O Primeiro Ano Do Resto De Nossas Vidas, mostra esses jovens já passando por estas angústias nos primeiros anos após o fim do colegial.

Desse modo, encontramos aqui, um grupo de amigos que continuam unidos mesmo ao fim do colegial, e quase que por "coincidência", encontramos os mesmos estereótipos dos filmes de adolescente ainda no colegial, ou seja, temos desde o casal complexo, até o rebelde, do obcecado a menina problemática, nos passando uma certa imagem de que na verdade as angústias permanecem, elas só mudam de objeto, criando quase que um clima bucólico e depressivo ao longo da fita.

O fato de encontrarmos aqui um Schumacher ainda inexperiente explica alguns problemas da fita. Se levarmos em consideração que mesmo experiente Schumacher ainda deixa muito a desejar na condução de sua câmera, nos seus primeiros filmes suas limitações são ainda mais visíveis. Os planos utilizados não se encaixam, e a sequência das cenas em alguns momentos é um pouco desconexa. Schumacher tem sérias dificuldades em unificar as histórias, o que passa a impressão de que a fita é contada em capítulos, e isto não é muito legal.

O roteiro consegue segurar um pouco a onda, e apesar de Schumacher brigar contra isso, é nítido que a intenção daquele é mostrar tanto as individualidades, quanto a convivência em grupo dos sete personagens. O que filme tem de melhor mesmo é a trilha sonora, uma mistura de jazz, hard rock e um pouco de flash back característico das trilhas dos anos 80, dão um clima muito interessante para inúmeras cenas, e salvando um pouco a pele do inconsistente Schumacher.

O elenco é formado por mini astros, e este mini entra tanto no quesito conhecimento perante ao público e capacidade interpretativa. O primeiro ponto não me interessa, então vamos a uma breve análise do segundo. Não há em O Primeiro Ano Do Resto De Nossas Vidas (ufa!), um grande ator. Emilio Estevez e Demi Moore são as mais conhecidos, mas nem por isso são os melhores, e esta afirmação vale mais para ela do que para ele. Estevez é o melhor do elenco; e juntamente com Judd Nelson mostram as melhores atuações da fita, enquanto que Moore se não entra entre as atuações ruins (como o fraco trabalho de Andie MacDowell, que ficaria conhecida posteriormente pelo bom Quatro Casamentos e Um Funeral, mas que aqui está totalmente apagada), também não convence como a jovem rebelde. Rob Lowe está muito exagerado e Andrew McCarthy, está longe do engraçadíssimo Larry de Um Morto Muito Louco.

No conjunto da obra um filme que hoje possui um caráter muito mais nostálgico do que clássico´. É praticamente um cult, principalmente para pessoas que viveram época e situações parecidas, e ao contrário do que muitos acham; esta fita se caracteriza muito mais pelo seu caráter dramático do que propriamente uma comédia romântica. O filme em alguns momentos soa bonito, e tem muita cara de Cinema Em Casa, não no sentido pejorativo, mas no sentido daqueles filmes que marcam um época da nossa vida. O Primeiro Ano Do Resto De Nossas Vidas é muito mais sentimento do que técnica, porém, não é desculpa para fraquejar tanto neste segundo item, dessa maneira, seu lugar aqui no blog é mesmo na sessão Para Pensar Duas Vezes.

NOTA: 6,5

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