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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

ADEUS, LÊNIN!



Ficha Técnica

Título Original:Good Bye, Lenin!
Gênero:Drama
Duração: 118 min.
Ano De Lançamento:2003
Site Oficial:http://www.good-bye-lenin.de/
Estúdio:arte / Westdreutscher Rundfunk / X-Filme Creative Pool
Distribuidora:Sony Pictures Classics
Direção: Wolfganger Becker
Roteiro:Wolfganger Becker e Bernd Lichtenberg
Produção:Stefan Arndt
Música:Yann Tiersen
Fotografia:Martin Kukula
Edição:Peter R. Adam
Efeitos Especiais:Das Werk


Elenco

Katrin Sab (Christine Kerner)
Chulpan Khamatova (Lara)
Florian Lukas (Denis)
Alexander Beyer (Rainer)
Burghart Klaubner (Robert Kerner)
Michael Gwisdek (Diretor Klapprath)
Christine Schom (Frau Schäfer)
Rudi Völler (Rudi Völler)
Helmut Kohl (Helmut Kohl)
Daniel Brühl (Alexander Kerner)


Sinopse

Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a Sra. Kerner (Katrin Sab) passa mal, entra em coma e fica desacordada durante os dias que marcaram o triunfo do regime capitalista. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconder-lhe os acontecimentos. Enquanto a Sra. Kerner permanece acamada, Alex não tem muitos problemas, mas quando ela deseja assistir à televisão ele precisa contar com a ajuda de um amigo diretor de vídeos.


Premiações

- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.
- Recebeu uma indicação ao BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro.
- Recebeu uma indicação ao César de Melhor Filme Europeu.
- Ganhou o Goya de Melhor Filme Europeu.
- Ganhou 6 prêmios no European Film Awards, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Daniel Brühl), Melhor Diretor – Prêmio do Público, Melhor Ator – Prêmio do Público (Daniel Brühl), Melhor Atriz – Prêmio do Público (Katrin Sab) e Melhor Roteiro. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Atriz (Katrin Sab).
- Ganhou o Prêmio Blue Angel, no Festival de Berlim.



CRÍTICA


Vários dias depois do meu último post, eis que me sobrou um tempinho para realizar mais uma de minhas aventuras neste pequeno espaço conhecido blog. Dramatizações presentes na frase acima deixadas de lado, vamos ao comentário deste filme alemão de grande repercussão e de grande prestígio entre cinéfilos e críticos, porém praticamente desconhecido do grande público.

Dentre as grandes forças do cinema europeu, o cinema alemão se mostra, juntamente com o cinema dinamarquês, o meu programa favorito, quando colocamos em pauta a sétima arte produzida no velho continente. Assim sendo, sempre procuro ver e analisar bem os filmes destes dois países que sempre nos brindaram com clássicos. Rotular esta fita como um clássico pode até soar um pouco exagerado, mas com certeza Adeus, Lênin! é um dos bons momentos produzidos pelo cinema nos anos 2.000.

O filme possui caráter nostálgico, e ao mesmo vivo e alegre, isso faz com que não se saiba ao certo o gênero da fita, sendo vista por uns como uma comédia e por outros como um drama. Acredito que o segundo seja mais correto, e também me parece ser a intenção do filme, levando-se em conta que a fita mostra o drama de se reavivar na mente alguém algo que já foi superado, simplesmente classificá-lo como uma comédia pode ser um erro até considerável.

A fita em si é muito interessante, o filme é dinâmico, direto e muito bem editado e produzido. São quase duas horas que passam de uma maneira muito cativante, levando o espectador a um êxtase em vários momentos da fita. Não existe nenhuma estrela conhecida, seja na direção, ou seja no elenco, e Adeus, Lênin! prova que nome não faz falta nenhuma, pois tanto o diretor Becker quanto todo o elenco da conta do recado de forma perfeita.

Entretanto, o grande trunfo da fita é seu roteiro. De uma originalidade descomunal, o filme consegue se livrar de todos os clichês sem soar forçado. A história do filho, que tenta reconstruir o mundo comunista, depois do momento em que este é derrotado pelo capitalismo, para não agravar a saúde de sua mãe, uma comunista assídua e que estava em coma no momento da transição da Alemanha Oriental do comunismo para o capitalismo. A reconstrução, e as idéias nas quais os personagens se colocam para recriar este mundo é simplesmente genial.

O filme é um golpe de mestre nos saudosistas do socialismo, que parecem continuar vivendo em um mundo dividido e que não conseguem encarar a nova realidade, e o genial da fita vem aqui, já que Becker consegue isto, sem defender em nenhum momento o capitalismo, ou seja, a crítica é feita de forma pura, sem se fazer necessário a defesa do capitalismo para se mostrar a estupidez que ainda existe no mundo de hoje por parte destes saudosistas.

Adeus, Lênin! é um filme brilhante, e a analogia de seu título, mostra bem a proposta e a temática, deste que talvez seja, (junto com o excelente A Vida Dos Outros e com A Queda - As últimas Horas De Hitler) o melhor filme alemão dos anos 2.000. Um filme obrigatório, principalmente para cinéfilos e pessoas mais interessadas em questões políticas e sociais. Um tapa na cara para muitos e um deleite para outros, a carapuça serve de qualquer jeito, só cabe a você escolher qual das duas vestir.

NOTA: 9,0

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