“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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terça-feira, 29 de setembro de 2009
DE OLHOS BEM FECHADOS
Ficha Técnica
Título Original:Eyes Wide Shut
Gênero:Drama
duração:159 min
Ano De Lançamento:1999
Site oficial:http://www.eyeswideshut.com/
Estúdio:Warner Bros. / Hobby Films
Distribuidora:Warner Bros.
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro:Stanley Kubrick e Frederic Raphael, baseado em livro de Arthur Schnitzler
Produção:Stanley Kubrick
Música:Jocelyn Pook
Fotografia:Larry Smith
Direção De Arte:John Fenner e Jevin Phipps
Figurino:Marit Allen
Edição:Nigel Galt
Efeitos Especiais:The Computer Film Company
Elenco
Tom Cruise (Dr. William Harford)
Nicole Kidman (Alice Harford)
Madison Eginton (Helena Harford)
Jackie Sawris (Roz)
Sydney Pollack (Victor Ziegler)
Leslie Lowe (Illona)
Peter Benson (Lr da Banda)
Todd Field (Nick Nightingale)
Radd Serbedzija (Milich)
Leelee Sobieski (Filha de Milich)
Marie Richardson (Marion)
Allan Cumming
Peter Benson (Líder da banda)
Sinopse
Bill Harford (Tom Cruise) casado com a curadora de arte Alice (Nicole Kidman). Ambos vivem o casamento perfeito até que, logo após uma festa, Alice confessa que sentiu atração por outro homem no passado e que seria capaz de largar Bill e sua filha por ele. A confissão desnorteia Bill, que sai pelas ruas de Nova York assombrado com a imagem da mulher nos braços de outro.
Premiações
- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro, de Melhor Trilha Sonora.
- Recebeu uma indicação ao César, como Melhor Filme Estrangeiro.
- Recebeu uma indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil, como Melhor Filme Estrangeiro.
CRÍTICA
Olhe bem de perto na capa deste filme e você encontrará um nome ali que impõe um respeito monstruoso e que é garantia de coisa de qualidade. Com estas duas afirmações feitas damos início ao meu pequeno comentário, colocando em cheque a segunda afirmação e ratificando a primeira delas. Se você está pensando que o nome é o de Cruise ou de Kidman se enganou; afinal estes dois teriam que nascer de novo para chegarem aos pés de Stanley Kubrick, e deste nome que citei por último que minhas duas afirmações se referem.
Falamos aqui daquele que para muitos é simplesmente o maior diretor da história do cinema, e que criou clássicos indiscutíveis como 2.001 - Uma Odisséia No Espaço, Laranja Mecânica entre tantos outros. Simplesmente a citação destes dois filmes já cria aquela ratificação que eu me propus a fazer um pouco acima. Assim sendo, falta explicar por que eu coloquei em cheque a segunda afirmação, e é com este fim, que esta crítica se refere a este De Olhos Bem Fechados.
Não dá pra fechar os olhos ( sem nenhuma intenção de trocadilho), para a baixa qualidade deste filme , levando-se em conta o que este gênio já fez. Logicamente, que não exijo aqui outro Laranja Mecânica, nem ao menos outro Barry Lindon ou filmes menos badalados, mas exijo algo que condiga com o mínimo de talento que Kubrick tem de sobra, mesmo no fim de sua vida. O último filme de Kubrick é infelizmente seu pior trabalho, e isto é algo que deve ter deixado o diretor bem chateado, já que o mesmo deve ter percebido que não foi bem sua culpa.
Claro que Kubrick tem sua parcela de culpa na pouca qualidade deste filme, já que um dos grandes problemas da fita é o roteiro pouco inspirado, com situações mal explicadas e preguiçosas, que tem a participação do diretor. Entretanto no que diz respeito a direção em si, se Kubrick já não é o mesmo gênio do seu auge nas décadas de 60 e 70, pelo menos não compromete e dirige com competência, e com vários de seus movimentos característicos.
Frisemos também, que mesmo fora de forma, Kubrick ainda dirige como poucos e sua mão poderosa pode ser vista, até mesmo aonde parece que o filme vai se perder como um cachorro sem dono. Quando digo isto, tanto fazer uma ponte para chegar nos grandes responsáveis por este filme não ser outro grande prodígio de Kubrick. Eles atendem pelos nomes de Tom Cruise e Nicole Kidman. Falta química, o casal não se acerta, as cenas entre elas são pouco convencionais e não se sente sentimento nenhum ali, uma frieza totalmente desnecessária. Em vários momentos vemos Kubrick pedindo força, sentimento, sensualidade, vontade ao par e não recebendo nenhuma resposta positiva dos dois. Kidman está simplesmente irreconhecível. Só não consigo entender como estes dois puderam perder de forma tão grotesca a chance de trabalhar com um gênio como Kubrick.
O filme ainda tenta buscar na parte técnica um perfeccionismo que é uma das marcas de Kubrick, e chega bem perto, já que o filme conta com excelentes ambientações, um bom figurino, fotografia e trilha sonora consistente e bem encaixada, mas tudo isso acaba por se tornar detalhes em um filme que tinha quase tudo para dar certo, mas acabou virando seu rumo de forma bem firme.
É fato, que De Olhos Bem Fechados, acaba se saindo um pouco melhor que filmes que conseguiram ficar na sessão Para Pensar Duas Vezes, mas eu simplesmente não consigo me comprazer com tal obra como média, sendo que ela sai de mãos tão geniosas quanto as de Kubrick, e desta vez não farei concessões e se um gênio erra, também deve ser mostrado o seu erro, para que as pessoas apreciam apenas o que gênio fez de bom, e deixe filmes não tão bons para o tempo apagar; desse modo, acabe de ler esta crítica e se pintar aquela vontade ver um filme de Kubrick com certeza existem várias opções melhores que este filme aqui.
NOTA: 4,5
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