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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ELEFANTE

Ficha Técnica

Título Original:Elephant
Gênero:Drama
Duração:81 min.
Ano De Lançamento:2003
Estúdio:HBO Films / Blue Relief Productions / Meno Films / Pie Films / Fearmakers Studios
Distribuidora:HBO Films
Direção: Gus Van Sant
Roteiro:Gus Van Sant
Produção:Dany Wolff
Fotografia:Harris Savides
Direção De Arte:Benjamin Hayden
Edição:Gus Van Sant


Elenco

Alex Frost (Alex)
Eric Deulen (Eric)
John Robinson (John McFarland)
Elias McConnell (Elias)
Jordan Taylor (Jordan)
Carrie Finklea (Carrie)
Nicole George (Nicole)
Brittany Mountain (Brittany)
Alicia Miles (Acadia)
Kristen Hicks (Michelle)
Bennie Dixon (Benny)
Nathan Tyson (Nathan)
Timothy Bottoms (Sr. McFarland)
Matt Malloy (Sr. Luce)


Sinopse

Um dia aparentemente comum na vida de um grupo de adolescentes, todos estudantes de uma escola secundária de Portland, no estado de Oregon, interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte está engajada em atividades cotidianas, dois alunos esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semi-automática, com altíssima precisão e poder de fogo. Munidos de um arsenal de outras armas que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma grande tragédia


Premiações

-Vencedor da Palma De Ouro do Festival de Cannes em 2.003



CRÍTICA


Classificar um filme como elefante é algo extremamente complicado. Este grau de complexidade aumenta e muito, quando levamos em consideração que esta fita é obra de Gus Van Sant. Isto se deve ao fato de que Van Sant é um diretor que ainda não se decidiu entre o impasse de ser um hollywoodiano ou ser uma diretor que namore um pouco mais com o cinema alternativo e de baixo custo. Desse modo, o diretor, alterna obras, ora de caráter semelhante ao primeiro ponto que frisamos, ora ao segundo.

Levando então em consideração o que já foi dito no parágrafo acima, Elefante se encaixa entre os seus filmes alternativos, e também se encaixa facilmente no rótulo de melhor trabalho do diretor, seja no trabalho com um todo, ou seja, especificamente no que diz respeito a direção. Van Sant carrega o filme nas costas, e todo o movimento gerador de ação ganha em espetáculo e brio unciamente pelo modo como Van Sant se organiza. Sua câmera leve e tremeluzente, desperta um instinto único de realidade, que acompanha todasd as histórias e momentos que juntos formam esta obra-prima do cinema.

Elefante é um filme muito mais conhecido entre cinéfilos do que propriamente entre os fãs de cinema em geral. O tema do massacre de Columbine teve também grande ênfase no documentário do sempre parcial Michael Moore, mas foi em Elefante que o mesmo ganhou uma visão simples e real da questão. Enquanto Moore tenta mostrar em seu documentário como um desastre daquele foi possível, Van Sant, mostra o acontecimento em si, com base em fatos reais, o diretor apresenta vários estudantes e suas vidas ao longo do dia em que ocorreria/ocorre/ocorreu o fato, e isto inclui também a visão dos próprios estudantis responsáveis pelos tiros

A grande vitória de Van Sant está no fato de em nenhum momento tomar partido em nenhum aspecto. O diretor não culpa e nem inocenta ninguém, apenas relata, e ao contrário de Moore em seus Tiros Em Columbine cria um relato histórico de uma fato que atormentou r assustou toda uma geração em várias partes do mundo. De tiro curto, com pouco mais de uma hora e meia de duração, Elefante é tocante e leva a uma reflexão individual, sem colocar um ponto de vista voltas a frente de outros, ou seja, a culpa ou inocência deste ou daquele personagem depende apenas da visão do espectador e não do filme em si.

O elenco de jovens desconhecidos está soberbo, e expressa com maestria cada personalidade, cada momento, cada diferença de toda a pluralidade e complexidade que ataca e permanece não apenas no meio escolar dos jovens americanos, mas também em todo o seu meio de vida. O medo e angústia, que tomam conta logo depois de momentos de reflexão, alegria ou prazer, são jogados de modo claro na expressão dos bons e jovens atores ao ponto de todos estes sentimentos se fazerem presentes no espectador ao mesmo instante em que os atuantes vão alterando seus próprios sentimentos forçados pelos acontecimentos momentâneos. Tudo soa muito natural, gerando uma sensação muito mais de uma notícia real, do que propriamente de um filme que se pode ver e rever quantas vezes quiser.

Em resumo, Elefante é bom demais para ser tão pouco conhecido, um filme completo com uma direção de encher os olhos, e um modo muito peculiar e louvável de se expôr um fato. Obrigatório para cinéfilos e fãs de cinema e muito mais do que um simples e parcial documentário. Assista sem medo e conheça um dos grandes momentos do cinema nos anos 2.000; conheça o melhor trabalho de Gus Van Sant e de que bra ainda conheça um dos meus filmes favoritos. Espetacular.

NOTA: 10,0

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