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sábado, 19 de setembro de 2009

O LEITOR



Ficha Técnica

Título Original:The Reader
Gênero:Drama
Duração:124 min.
Ano De Lançamento:2008
Site Oficial:http://www.thereader-movie.com/
Estúdio:The Weinstein Company / Neunte Babelsberg Film / Mirage Enterprises
Distribuidora:The Weinstein Company / Imagem Filmes
Direção: Stephen Daldry
Roteiro:David Hare, baseado em livro de Bernhard Schlink
Produção:Donna Gigliotti, Anthony Minghella, Redmond Morris e Sydney Pollack
Música:Nico Muhly
Fotografia:Roger Deakins e Chris Menges
Direção De Arte:Christian M. Goldbeck e Erwin Prib
Figurino:Donna Maloney e Ann Roth
Edição:Claire Simpson
Efeitos Especiais:RhinoFX / Custom Film Effects


Elenco

Ralph Fiennes (Michael Berg)
David Kross (Michael Berg - jovem)
Jeanette Hain (Brigitte)
Kate Winslet (Hanna Schmitz)
Susanne Lothar (Carla Berg)
Alissa Wilms (Emily Berg)
Florian Bartholomäi (Thomas Berg)
Friederike Becht (Angela Berg)
Matthias Habich (Peter Berg)
Bruno Ganz (Prof. Rohl)
Max Mauff (Rudolf)
Karoline Herfurth (Marthe)
Lena Olin (Rose Mather / Ilana Mather)
Alexandra Maria Lara (Ilana Mather - jovem)
Frieder Venus (Médico)


Sinopse

Na Alemanha pós-2ª Guerra Mundial o adolescente Michael Berg (David Kross) se envolve, por acaso, com Hanna Schmitz (Kate Winslet), uma mulher que tem o dobro de sua idade. Apesar das diferenças de classe, os dois se apaixonam e vivem uma bonita história de amor. Até que um dia Hanna desaparece misteriosamente. Oito anos se passam e Berg, então um interessado estudante de Direito, se surpreende ao reencontrar seu passado de adolescente quando acompanhava um polêmico julgamento por crimes de guerra cometidos pelos nazistas.


Premiações

- Ganhou o Oscar de Melhor Atriz (Kate Winslet), além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia.
- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Kate Winslet), além de ser indicado nas categorias de Melhor Filme – Drama, Melhor Diretor e Melhor Roteiro.
- Ganhou o BAFTA de Melhor Atriz (Kate Winslet), além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia.



CRÍTICA


Bom, após alguns dias, que se concluíram em mais de uma semana sem aparecer por aqui, único e exclusivamente devido a falta de tempo com que eu estou ultimamente, retorno a vocês com minha opinião sobre este bom, porém cuidadoso trabalho do diretor Stephen Daldry. O motivo de sua escolha para figurar por aqui, não me é muito claro, até por que eu escolho os filmes de maneira bem aleatória, e este aqui já faz algum tempinho que eu vi, e agora resolvi postá-lo aqui.

Stephen Daldry mostra mais uma vez do que gosta de fazer; dramalhões pesados, mais pesados mesmo e que envolvem sofrimentos intensos não só em momentos de uma vida, mas ao longo de toda ela, ou seja, ela vai a fundo, da mesma forma que ele já havia feito no superior As Horas. Não é atoa, que um de seus filmes novamente rendeu o Oscar de Melhor Atriz à sua protagonista, e venhamos e convenhamos que pela segunda vez isso foi merecido, levando-se em consideração o ótimo trabalho de Nicole Kidman em As Horas e de Kate Winslet aqui.

O filme é bem conduzido, e Daldry dá indícios de que a qualquer momento tudo aquilo ali vai explodir, e para não causar no espectador em furor muito grande logo de início, o filme é cheio de "vamos, não vamos", o que impede uma certa antecipação do mesmo espectador, mantendo-o assim sempre bem interessado nos acontecimentos da película.O belo trabalho de maquiagem, figurino e principalmente de fotografia merecem citação, já que contribuem demais para o resultado final do filme.

O roteiro por sua vez, possui momentos bem obscuros, e não se sabe muito bem para onde atira. Em alguns momentos fica bem claro que Daldry quer mesmo é se pautar em um romance incorreto e absurdo, em outros momentos é uma declaração de amor à leitura e o seu poder sobre as pessoas, e em outras ainda (e é aqui que fica o centro na minha opinião), uma ratificação da vergonha do analfabetismo, e principalmente dos efeitos que ele e a falta de instrução causam nas pessoas.A vergonha chega a tal ponto, que a personagem central prefere ser presa, para não assumir perante a um tribunal e todo um grupo de pessoas sua incapacidade de leitora.
Pode parecer um certo exagero, e em alguns momentos até é sim, mas de certo modo, acaba se encaixando no contexto do filme. Além disso, O Leitor merece um certo cuidado, já que em alguns momentos dá-se a entender ( ou eu vi coisas demais), que a personagem central só cometeu os crimes que cometeu na época do nazismo, por que sua ignorância não a fazia perceber o que estava fazendo. Eu particularmente, não vejo problema algum nisso, agora não é todo mundo que pensa como eu, e pode ter certeza que tem gente que pensa que isso seria um absurdo.

Eu não poderia finalizar este comentário sem falar do elenco. O trabalho de Winslet é realmente fantástico, precisa, curta e bem centrada como uma grande atriz deve ser em um papel deste calibre; Oscar totalmente merecido. Fiennes também dá conta do recado, apesar de não ocupar muito espaço na fita, e passa com extremo realismo o golpe e a bagagem carregados ao longo de toda uma vida por aquele menino frustrado com o que passou. O trabalho de David Kross, no papel de Michael Berg ainda jovem também é bom, apesar de alguns pequenos erros de um ator que visivelmente ainda tem muito o que crescer e que se intimidou com a força de Winslet contracenando ao seu lado. Destaque também para o excelente Bruno Ganz no papel do professor Rohl.

O Leitor é um bom filme, um pouco irregular, uma falhas aqui, uns exageros ali, fatos que quase o colocaram na sessão Para Pensar Duas Vezes, mas antes de rotulá-lo como médio, eu mesmo pensei duas vezes, e acabei chegando a conclusão de que cometeria uma injustiça com Daldry e sua trupe. Desse modo, talvez esta fita esteja abaixo de alguns filmes que já circularam entre os Para Ver, entretanto, não acho que cometerei um erro com isso. Talvez seja necessário vê-lo duas vezes para captar tudo, mas depois disso se chega a conclusão de que o filme é bom sim, e merece um pouco de nossa confiança.

NOTA: 8,0

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