“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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terça-feira, 29 de setembro de 2009
DE OLHOS BEM FECHADOS
Ficha Técnica
Título Original:Eyes Wide Shut
Gênero:Drama
duração:159 min
Ano De Lançamento:1999
Site oficial:http://www.eyeswideshut.com/
Estúdio:Warner Bros. / Hobby Films
Distribuidora:Warner Bros.
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro:Stanley Kubrick e Frederic Raphael, baseado em livro de Arthur Schnitzler
Produção:Stanley Kubrick
Música:Jocelyn Pook
Fotografia:Larry Smith
Direção De Arte:John Fenner e Jevin Phipps
Figurino:Marit Allen
Edição:Nigel Galt
Efeitos Especiais:The Computer Film Company
Elenco
Tom Cruise (Dr. William Harford)
Nicole Kidman (Alice Harford)
Madison Eginton (Helena Harford)
Jackie Sawris (Roz)
Sydney Pollack (Victor Ziegler)
Leslie Lowe (Illona)
Peter Benson (Lr da Banda)
Todd Field (Nick Nightingale)
Radd Serbedzija (Milich)
Leelee Sobieski (Filha de Milich)
Marie Richardson (Marion)
Allan Cumming
Peter Benson (Líder da banda)
Sinopse
Bill Harford (Tom Cruise) casado com a curadora de arte Alice (Nicole Kidman). Ambos vivem o casamento perfeito até que, logo após uma festa, Alice confessa que sentiu atração por outro homem no passado e que seria capaz de largar Bill e sua filha por ele. A confissão desnorteia Bill, que sai pelas ruas de Nova York assombrado com a imagem da mulher nos braços de outro.
Premiações
- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro, de Melhor Trilha Sonora.
- Recebeu uma indicação ao César, como Melhor Filme Estrangeiro.
- Recebeu uma indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil, como Melhor Filme Estrangeiro.
CRÍTICA
Olhe bem de perto na capa deste filme e você encontrará um nome ali que impõe um respeito monstruoso e que é garantia de coisa de qualidade. Com estas duas afirmações feitas damos início ao meu pequeno comentário, colocando em cheque a segunda afirmação e ratificando a primeira delas. Se você está pensando que o nome é o de Cruise ou de Kidman se enganou; afinal estes dois teriam que nascer de novo para chegarem aos pés de Stanley Kubrick, e deste nome que citei por último que minhas duas afirmações se referem.
Falamos aqui daquele que para muitos é simplesmente o maior diretor da história do cinema, e que criou clássicos indiscutíveis como 2.001 - Uma Odisséia No Espaço, Laranja Mecânica entre tantos outros. Simplesmente a citação destes dois filmes já cria aquela ratificação que eu me propus a fazer um pouco acima. Assim sendo, falta explicar por que eu coloquei em cheque a segunda afirmação, e é com este fim, que esta crítica se refere a este De Olhos Bem Fechados.
Não dá pra fechar os olhos ( sem nenhuma intenção de trocadilho), para a baixa qualidade deste filme , levando-se em conta o que este gênio já fez. Logicamente, que não exijo aqui outro Laranja Mecânica, nem ao menos outro Barry Lindon ou filmes menos badalados, mas exijo algo que condiga com o mínimo de talento que Kubrick tem de sobra, mesmo no fim de sua vida. O último filme de Kubrick é infelizmente seu pior trabalho, e isto é algo que deve ter deixado o diretor bem chateado, já que o mesmo deve ter percebido que não foi bem sua culpa.
Claro que Kubrick tem sua parcela de culpa na pouca qualidade deste filme, já que um dos grandes problemas da fita é o roteiro pouco inspirado, com situações mal explicadas e preguiçosas, que tem a participação do diretor. Entretanto no que diz respeito a direção em si, se Kubrick já não é o mesmo gênio do seu auge nas décadas de 60 e 70, pelo menos não compromete e dirige com competência, e com vários de seus movimentos característicos.
Frisemos também, que mesmo fora de forma, Kubrick ainda dirige como poucos e sua mão poderosa pode ser vista, até mesmo aonde parece que o filme vai se perder como um cachorro sem dono. Quando digo isto, tanto fazer uma ponte para chegar nos grandes responsáveis por este filme não ser outro grande prodígio de Kubrick. Eles atendem pelos nomes de Tom Cruise e Nicole Kidman. Falta química, o casal não se acerta, as cenas entre elas são pouco convencionais e não se sente sentimento nenhum ali, uma frieza totalmente desnecessária. Em vários momentos vemos Kubrick pedindo força, sentimento, sensualidade, vontade ao par e não recebendo nenhuma resposta positiva dos dois. Kidman está simplesmente irreconhecível. Só não consigo entender como estes dois puderam perder de forma tão grotesca a chance de trabalhar com um gênio como Kubrick.
O filme ainda tenta buscar na parte técnica um perfeccionismo que é uma das marcas de Kubrick, e chega bem perto, já que o filme conta com excelentes ambientações, um bom figurino, fotografia e trilha sonora consistente e bem encaixada, mas tudo isso acaba por se tornar detalhes em um filme que tinha quase tudo para dar certo, mas acabou virando seu rumo de forma bem firme.
É fato, que De Olhos Bem Fechados, acaba se saindo um pouco melhor que filmes que conseguiram ficar na sessão Para Pensar Duas Vezes, mas eu simplesmente não consigo me comprazer com tal obra como média, sendo que ela sai de mãos tão geniosas quanto as de Kubrick, e desta vez não farei concessões e se um gênio erra, também deve ser mostrado o seu erro, para que as pessoas apreciam apenas o que gênio fez de bom, e deixe filmes não tão bons para o tempo apagar; desse modo, acabe de ler esta crítica e se pintar aquela vontade ver um filme de Kubrick com certeza existem várias opções melhores que este filme aqui.
NOTA: 4,5
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
PARANÓIA
Ficha Técnica
Título Original:Disturbia
Gênero:Suspense
Duração:144 min
Ano De Lançamento:2007
Site Oficial:http://www.disturbia.com/
Estúdio:DreamWorks SKG / Paramount Pictures / The Montecito Picture Company / Cold Springs Pictures
Distribuidora:DreamWorks SKG / Paramount Pictures / UIP
Direção: D.J. Caruso
Roteiro:Christopher B. Landon e Carl Ellsworth, baseado em estória de Christopher B. Landon
Produção:Jackie Marcus, Joe Medjuck e E. Bennett Walsh
Música:Geoff Zanelli
Fotografia:Rogier Stoffers
Direção De Arte:Douglas Cumming
Figurino:Marie-Sylvie Deveau
Edição:Jim Page
Efeitos Especiais:Pacific Title and Art Studio / Kurtzman Nicotero & Berger EFX Group Inc.
Elenco
Shia LaBeouf (Kale)
Sarah Roemer (Ashley)
Carrie-Anne Moss (Julie)
David Morse (Sr. Turner)
Aaron Yoo (Ronnie)
Jose Pablo Cantillo (Oficial Gutierrez)
Matt Craven (Daniel Brecht)
Viola Davis (Detetive Parker)
Kevin Quinn (Sr. Carlson)
Elyse Mirto (Sra. Carlson)
Amanda Walsh (Minnie Tyco)
Cindy Lou Adkins (Sra. Greenwood)
Sinopse
Kale (Shia LaBeouf) está sob prisão domiciliar por 3 meses, sendo que caso dê um passo além do perímetro de 30 metros irá para uma prisão de verdade. Desta forma ele vive em sua casa, jogando videogame, navegando pela internet, vendo TV e espionando as pessoas pela janela do seu quarto. Um dos seus alvos é Ashley (Sarah Roemer), sua linda vizinha que logo torna-se sua amiga e, para sua surpresa, também se interessa em espionar a vida alheia. Até que um dia eles passam a desconfiar que um dos vizinhos é na verdade um assassino.
CRÍTICA
Conforme os anos vão se passando, e o seu currículo de filmes vai aumentando, duas coisas são inevitáves: primeiro que seu gosto acaba se tornando muito mais rigoroso e segundo que vai se criando uma certa resistência a determinados tipos de filmes que possuem muito mais atrito com seu gosto pessoal do que propriamente pela qualidade do filme em si. Assim sendo, cada vez mais tenho dificuldades para encontrar filmes para frequentar a sessão Para Passar Longe; não por que estão se fazendo menos filmes ruins, mas por que eu criei resistência a determinados tipos de filmes que eu considero ruins.
Deste modo, só encontro algum filme para encaixar aqui, quando atendo a algum pedido, ou quando algum filme dos tipos que eu gosto se mostram ruins, ou quando eua inda tento dar outra chance a esses tipos de filmes que eu não gosto. Paranóia se encontra no terceiro caso.
É bem claro, que eu não sou lá um grande fã de refilmagens, assim como eu também não sou um grande fã de filmes para adolescentes, e Paranóia acaba tentando mesclar os dois, e o faz, e da forma mais enganosa e equivocada que se pode imaginar. Mesmo o filme não sendo "assumidamente" uma refilmagem do clássico Janela Indiscreta, o roteiro e a maneira como o filme é feito, possuem uma repugnante semelhança com o já citado clássico de Alfred Hitchcock, e o seu caráter de romance/suspense para adolescente tem sua repugnância alterada para um mal gosto de grande escala.
O diretor D.J. Caruso não faz nada no filme, sua câmera é fraca, o suspense é dado por closes e movimentos totalmente cliches e forçados, seguindo de forma reta toda a falta de criatividade que também encontramos em um roteiro visivelmente chupado e usurpado de outros filmes, já que encontramos vários elementos não só do já citado Janela Indiscreta, mas também em suspenses menos inspirados, como Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado e por aí vai. Além disso, o filme tem uma chata e deslocada trilha sonora, que não colabora com o suspense que o diretor tenta encaxar na fita.
O elenco é chato, e não desperta nenhum tipo de interesse no espectador. Nem mesmo o bom David Morse e a experiente Carrie-Anne Moss conseguem segurar as pontas. o pior mesmo, está no centro do filme; já que Shia LaBeouf mostra mais uma vez o por que dele ser um dos piores atores que surgiram nos últimos tempos, e desta vez ele ainda tem a companhia da fraquíssima Sarah Roemer, que não possui expressão nenhuma e é de longe a pior de todo o elenco.
Um filme muto fraco, que corre o risco de não agradar nem mesmo alguns adolescentes que possuem um pouco mais de esclarecimento. Chega até a ser ofensivo considerá-lo como uma refilmagem de um filme tão grandioso como Janela Indiscreta, e nos mostra que é muito mais fácil encontrar filmes ruins por aí do que bons, mas ao mesmo tempo mostra que a experiência cinematográfica é boa, por que tenho certeza que um dia ela ainda vai me salvar totalmente do risco de perder 104 minutos da minha vida como eu perdi com este filme.
NOTA: 3,0
domingo, 20 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
O LEITOR
Ficha Técnica
Título Original:The Reader
Gênero:Drama
Duração:124 min.
Ano De Lançamento:2008
Site Oficial:http://www.thereader-movie.com/
Estúdio:The Weinstein Company / Neunte Babelsberg Film / Mirage Enterprises
Distribuidora:The Weinstein Company / Imagem Filmes
Direção: Stephen Daldry
Roteiro:David Hare, baseado em livro de Bernhard Schlink
Produção:Donna Gigliotti, Anthony Minghella, Redmond Morris e Sydney Pollack
Música:Nico Muhly
Fotografia:Roger Deakins e Chris Menges
Direção De Arte:Christian M. Goldbeck e Erwin Prib
Figurino:Donna Maloney e Ann Roth
Edição:Claire Simpson
Efeitos Especiais:RhinoFX / Custom Film Effects
Elenco
Ralph Fiennes (Michael Berg)
David Kross (Michael Berg - jovem)
Jeanette Hain (Brigitte)
Kate Winslet (Hanna Schmitz)
Susanne Lothar (Carla Berg)
Alissa Wilms (Emily Berg)
Florian Bartholomäi (Thomas Berg)
Friederike Becht (Angela Berg)
Matthias Habich (Peter Berg)
Bruno Ganz (Prof. Rohl)
Max Mauff (Rudolf)
Karoline Herfurth (Marthe)
Lena Olin (Rose Mather / Ilana Mather)
Alexandra Maria Lara (Ilana Mather - jovem)
Frieder Venus (Médico)
Sinopse
Na Alemanha pós-2ª Guerra Mundial o adolescente Michael Berg (David Kross) se envolve, por acaso, com Hanna Schmitz (Kate Winslet), uma mulher que tem o dobro de sua idade. Apesar das diferenças de classe, os dois se apaixonam e vivem uma bonita história de amor. Até que um dia Hanna desaparece misteriosamente. Oito anos se passam e Berg, então um interessado estudante de Direito, se surpreende ao reencontrar seu passado de adolescente quando acompanhava um polêmico julgamento por crimes de guerra cometidos pelos nazistas.
Premiações
- Ganhou o Oscar de Melhor Atriz (Kate Winslet), além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia.
- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Kate Winslet), além de ser indicado nas categorias de Melhor Filme – Drama, Melhor Diretor e Melhor Roteiro.
- Ganhou o BAFTA de Melhor Atriz (Kate Winslet), além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia.
CRÍTICA
Bom, após alguns dias, que se concluíram em mais de uma semana sem aparecer por aqui, único e exclusivamente devido a falta de tempo com que eu estou ultimamente, retorno a vocês com minha opinião sobre este bom, porém cuidadoso trabalho do diretor Stephen Daldry. O motivo de sua escolha para figurar por aqui, não me é muito claro, até por que eu escolho os filmes de maneira bem aleatória, e este aqui já faz algum tempinho que eu vi, e agora resolvi postá-lo aqui.
Stephen Daldry mostra mais uma vez do que gosta de fazer; dramalhões pesados, mais pesados mesmo e que envolvem sofrimentos intensos não só em momentos de uma vida, mas ao longo de toda ela, ou seja, ela vai a fundo, da mesma forma que ele já havia feito no superior As Horas. Não é atoa, que um de seus filmes novamente rendeu o Oscar de Melhor Atriz à sua protagonista, e venhamos e convenhamos que pela segunda vez isso foi merecido, levando-se em consideração o ótimo trabalho de Nicole Kidman em As Horas e de Kate Winslet aqui.
O filme é bem conduzido, e Daldry dá indícios de que a qualquer momento tudo aquilo ali vai explodir, e para não causar no espectador em furor muito grande logo de início, o filme é cheio de "vamos, não vamos", o que impede uma certa antecipação do mesmo espectador, mantendo-o assim sempre bem interessado nos acontecimentos da película.O belo trabalho de maquiagem, figurino e principalmente de fotografia merecem citação, já que contribuem demais para o resultado final do filme.
O roteiro por sua vez, possui momentos bem obscuros, e não se sabe muito bem para onde atira. Em alguns momentos fica bem claro que Daldry quer mesmo é se pautar em um romance incorreto e absurdo, em outros momentos é uma declaração de amor à leitura e o seu poder sobre as pessoas, e em outras ainda (e é aqui que fica o centro na minha opinião), uma ratificação da vergonha do analfabetismo, e principalmente dos efeitos que ele e a falta de instrução causam nas pessoas.A vergonha chega a tal ponto, que a personagem central prefere ser presa, para não assumir perante a um tribunal e todo um grupo de pessoas sua incapacidade de leitora.
Pode parecer um certo exagero, e em alguns momentos até é sim, mas de certo modo, acaba se encaixando no contexto do filme. Além disso, O Leitor merece um certo cuidado, já que em alguns momentos dá-se a entender ( ou eu vi coisas demais), que a personagem central só cometeu os crimes que cometeu na época do nazismo, por que sua ignorância não a fazia perceber o que estava fazendo. Eu particularmente, não vejo problema algum nisso, agora não é todo mundo que pensa como eu, e pode ter certeza que tem gente que pensa que isso seria um absurdo.
Eu não poderia finalizar este comentário sem falar do elenco. O trabalho de Winslet é realmente fantástico, precisa, curta e bem centrada como uma grande atriz deve ser em um papel deste calibre; Oscar totalmente merecido. Fiennes também dá conta do recado, apesar de não ocupar muito espaço na fita, e passa com extremo realismo o golpe e a bagagem carregados ao longo de toda uma vida por aquele menino frustrado com o que passou. O trabalho de David Kross, no papel de Michael Berg ainda jovem também é bom, apesar de alguns pequenos erros de um ator que visivelmente ainda tem muito o que crescer e que se intimidou com a força de Winslet contracenando ao seu lado. Destaque também para o excelente Bruno Ganz no papel do professor Rohl.
O Leitor é um bom filme, um pouco irregular, uma falhas aqui, uns exageros ali, fatos que quase o colocaram na sessão Para Pensar Duas Vezes, mas antes de rotulá-lo como médio, eu mesmo pensei duas vezes, e acabei chegando a conclusão de que cometeria uma injustiça com Daldry e sua trupe. Desse modo, talvez esta fita esteja abaixo de alguns filmes que já circularam entre os Para Ver, entretanto, não acho que cometerei um erro com isso. Talvez seja necessário vê-lo duas vezes para captar tudo, mas depois disso se chega a conclusão de que o filme é bom sim, e merece um pouco de nossa confiança.
NOTA: 8,0
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
OS ESTRANHOS
Ficha Técnica
Título Original:The Strangers
Gênero:Terror
Duração:85 min
Ano De Lançamento:2008
Site Oficial:http://www.thestrangersmovie.com/
Estúdio:Vertigo Entertainment / Mandate Pictures / Interpid Pictures / Rogue Pictures
Distribuidora:Universal Pictures / Paris Filmes
Direção: Bryan Bertino
Roteiro:Bryan Bertino
Produção:Doug Davison, Nathan Kahane e Roy Lee
Música:tomandandy
Fotografia:Peter Sova
Direção De Arte:Linwood Taylor
Figurino:Susan Kaufmann
Edição:Kevin Greutert
Elenco
Scott Speedman (James Hoyt)
Liv Tyler (Kristen McKay)
Gemma Ward (Dollface)
Glenn Howerton (Mike)
Kip Weeks (Homem com a máscara)
Laura Margolis
Alex Fisher
Peter Clayton-Luce
Sinopse
Kristen McKay (Liv Tyler) e James Hoyt (Scott Speedman) estão em plena viagem, rumo à remota casa de veraneio dos pais dele. Ao chegar eles apenas querem descansar um pouco, mas seu descanso é interrompido quando três estranhos mascarados invadem o local. Para piorar ainda mais a situação, os estranhos demonstram sentir prazer ao aterrorizá-los cada vez mais.
CRÍTICA
Thriller interessante, provocativo, instigante, porém que peca no uso excessivo do acaso e das ações. Os Estranhos peca por se apoiar em bases que o filme explica com pouca ou nenhum vivacidade, ou seja, sobram acontecimentos, todavia faltam respostas. A verdade é que fica nítido a intenção do diretor de cocar tempo inteiro, e não cair em algo de certo exagerado, em outras palavras, muito terror psicológico e pouco sangue.
Logicamente, que o aspecto citado acima, não tira a tarja de um filme de terror da fita; contudo todo o aparato de Os Estranhos está nitidamente ligado a uma tentativa de soar diferente, e venhamos e convenhamos, em alguns momentos este objetivo é alcançado. Formalmente falando, encontramos um inquietante caráter de violência explícita em sua forma mais pura. Isso é escancarado, no modo como agem aqueles que torturam o casal principal, e tem o seu ápice no momento de concretizar o ato, em que temos o tormentoso diálogo : - Por que estão fazendo isto conosco? Por que eram vocês que estavam em casa!
Fica claro aqui também o caráter de apelação ao acaso que citei pouco acima. Tudo é muito rápido, direto, surge e desaparece, acontece, baseados em certas coincidências ou até mesmo em situações estranhas. Vemos momentos bem encaixados, mas em contra partida, sentimos momentos totalmente desnecessários e que literalmente forçam a barra, como a sua última cena por exemplo, que é totalmente exagerada e desnecessária, a ponto de ficar até dissonante do restante da fita.
Em termos técnicos, Os Estranhos não inova nem um pouco, pelo contrário, usa e abusa de formas clássicas, como os planos abertos mostrando vultos ao fundo de um plano principal e as máscaras disformes e sem sentido de Halloween, os gritos estridentes de desespero, mortes acidentais e propositais, sustos repentinos aliado a aparições surpreendentes estilo Jason, em resumo, você não verá nada no aparato técnico da fita que já não se tenha visto, e melhor diga-se em passagem, em outros filmes.
Os Estranhos é uma fita pequena, com poucas ambições e que será esquecida em poucos anos. Inova um pouco no modo de inserir o terror psicológico aliado a uma força mais saguinolenta, e porque não dizer, mas crua. Entretanto, no restante é um filme de tiro curto com alguns sustos e boas passagens, mas que no todo não passa de mais um perdido nesse mundo cinematográfico afora. Não chega a ser uma perda de tempo, agora, com certeza é um filme que ninguém te condenará por não ter visto, em suma, fica naquele chato e monótono meio termo.
NOTA: 6,0
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
ELEFANTE
Ficha Técnica
Título Original:Elephant
Gênero:Drama
Duração:81 min.
Ano De Lançamento:2003
Estúdio:HBO Films / Blue Relief Productions / Meno Films / Pie Films / Fearmakers Studios
Distribuidora:HBO Films
Direção: Gus Van Sant
Roteiro:Gus Van Sant
Produção:Dany Wolff
Fotografia:Harris Savides
Direção De Arte:Benjamin Hayden
Edição:Gus Van Sant
Elenco
Alex Frost (Alex)
Eric Deulen (Eric)
John Robinson (John McFarland)
Elias McConnell (Elias)
Jordan Taylor (Jordan)
Carrie Finklea (Carrie)
Nicole George (Nicole)
Brittany Mountain (Brittany)
Alicia Miles (Acadia)
Kristen Hicks (Michelle)
Bennie Dixon (Benny)
Nathan Tyson (Nathan)
Timothy Bottoms (Sr. McFarland)
Matt Malloy (Sr. Luce)
Sinopse
Um dia aparentemente comum na vida de um grupo de adolescentes, todos estudantes de uma escola secundária de Portland, no estado de Oregon, interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte está engajada em atividades cotidianas, dois alunos esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semi-automática, com altíssima precisão e poder de fogo. Munidos de um arsenal de outras armas que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma grande tragédia
Premiações
-Vencedor da Palma De Ouro do Festival de Cannes em 2.003
CRÍTICA
Classificar um filme como elefante é algo extremamente complicado. Este grau de complexidade aumenta e muito, quando levamos em consideração que esta fita é obra de Gus Van Sant. Isto se deve ao fato de que Van Sant é um diretor que ainda não se decidiu entre o impasse de ser um hollywoodiano ou ser uma diretor que namore um pouco mais com o cinema alternativo e de baixo custo. Desse modo, o diretor, alterna obras, ora de caráter semelhante ao primeiro ponto que frisamos, ora ao segundo.
Levando então em consideração o que já foi dito no parágrafo acima, Elefante se encaixa entre os seus filmes alternativos, e também se encaixa facilmente no rótulo de melhor trabalho do diretor, seja no trabalho com um todo, ou seja, especificamente no que diz respeito a direção. Van Sant carrega o filme nas costas, e todo o movimento gerador de ação ganha em espetáculo e brio unciamente pelo modo como Van Sant se organiza. Sua câmera leve e tremeluzente, desperta um instinto único de realidade, que acompanha todasd as histórias e momentos que juntos formam esta obra-prima do cinema.
Elefante é um filme muito mais conhecido entre cinéfilos do que propriamente entre os fãs de cinema em geral. O tema do massacre de Columbine teve também grande ênfase no documentário do sempre parcial Michael Moore, mas foi em Elefante que o mesmo ganhou uma visão simples e real da questão. Enquanto Moore tenta mostrar em seu documentário como um desastre daquele foi possível, Van Sant, mostra o acontecimento em si, com base em fatos reais, o diretor apresenta vários estudantes e suas vidas ao longo do dia em que ocorreria/ocorre/ocorreu o fato, e isto inclui também a visão dos próprios estudantis responsáveis pelos tiros
A grande vitória de Van Sant está no fato de em nenhum momento tomar partido em nenhum aspecto. O diretor não culpa e nem inocenta ninguém, apenas relata, e ao contrário de Moore em seus Tiros Em Columbine cria um relato histórico de uma fato que atormentou r assustou toda uma geração em várias partes do mundo. De tiro curto, com pouco mais de uma hora e meia de duração, Elefante é tocante e leva a uma reflexão individual, sem colocar um ponto de vista voltas a frente de outros, ou seja, a culpa ou inocência deste ou daquele personagem depende apenas da visão do espectador e não do filme em si.
O elenco de jovens desconhecidos está soberbo, e expressa com maestria cada personalidade, cada momento, cada diferença de toda a pluralidade e complexidade que ataca e permanece não apenas no meio escolar dos jovens americanos, mas também em todo o seu meio de vida. O medo e angústia, que tomam conta logo depois de momentos de reflexão, alegria ou prazer, são jogados de modo claro na expressão dos bons e jovens atores ao ponto de todos estes sentimentos se fazerem presentes no espectador ao mesmo instante em que os atuantes vão alterando seus próprios sentimentos forçados pelos acontecimentos momentâneos. Tudo soa muito natural, gerando uma sensação muito mais de uma notícia real, do que propriamente de um filme que se pode ver e rever quantas vezes quiser.
Em resumo, Elefante é bom demais para ser tão pouco conhecido, um filme completo com uma direção de encher os olhos, e um modo muito peculiar e louvável de se expôr um fato. Obrigatório para cinéfilos e fãs de cinema e muito mais do que um simples e parcial documentário. Assista sem medo e conheça um dos grandes momentos do cinema nos anos 2.000; conheça o melhor trabalho de Gus Van Sant e de que bra ainda conheça um dos meus filmes favoritos. Espetacular.
NOTA: 10,0
Título Original:Elephant
Gênero:Drama
Duração:81 min.
Ano De Lançamento:2003
Estúdio:HBO Films / Blue Relief Productions / Meno Films / Pie Films / Fearmakers Studios
Distribuidora:HBO Films
Direção: Gus Van Sant
Roteiro:Gus Van Sant
Produção:Dany Wolff
Fotografia:Harris Savides
Direção De Arte:Benjamin Hayden
Edição:Gus Van Sant
Elenco
Alex Frost (Alex)
Eric Deulen (Eric)
John Robinson (John McFarland)
Elias McConnell (Elias)
Jordan Taylor (Jordan)
Carrie Finklea (Carrie)
Nicole George (Nicole)
Brittany Mountain (Brittany)
Alicia Miles (Acadia)
Kristen Hicks (Michelle)
Bennie Dixon (Benny)
Nathan Tyson (Nathan)
Timothy Bottoms (Sr. McFarland)
Matt Malloy (Sr. Luce)
Sinopse
Um dia aparentemente comum na vida de um grupo de adolescentes, todos estudantes de uma escola secundária de Portland, no estado de Oregon, interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte está engajada em atividades cotidianas, dois alunos esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semi-automática, com altíssima precisão e poder de fogo. Munidos de um arsenal de outras armas que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma grande tragédia
Premiações
-Vencedor da Palma De Ouro do Festival de Cannes em 2.003
CRÍTICA
Classificar um filme como elefante é algo extremamente complicado. Este grau de complexidade aumenta e muito, quando levamos em consideração que esta fita é obra de Gus Van Sant. Isto se deve ao fato de que Van Sant é um diretor que ainda não se decidiu entre o impasse de ser um hollywoodiano ou ser uma diretor que namore um pouco mais com o cinema alternativo e de baixo custo. Desse modo, o diretor, alterna obras, ora de caráter semelhante ao primeiro ponto que frisamos, ora ao segundo.
Levando então em consideração o que já foi dito no parágrafo acima, Elefante se encaixa entre os seus filmes alternativos, e também se encaixa facilmente no rótulo de melhor trabalho do diretor, seja no trabalho com um todo, ou seja, especificamente no que diz respeito a direção. Van Sant carrega o filme nas costas, e todo o movimento gerador de ação ganha em espetáculo e brio unciamente pelo modo como Van Sant se organiza. Sua câmera leve e tremeluzente, desperta um instinto único de realidade, que acompanha todasd as histórias e momentos que juntos formam esta obra-prima do cinema.
Elefante é um filme muito mais conhecido entre cinéfilos do que propriamente entre os fãs de cinema em geral. O tema do massacre de Columbine teve também grande ênfase no documentário do sempre parcial Michael Moore, mas foi em Elefante que o mesmo ganhou uma visão simples e real da questão. Enquanto Moore tenta mostrar em seu documentário como um desastre daquele foi possível, Van Sant, mostra o acontecimento em si, com base em fatos reais, o diretor apresenta vários estudantes e suas vidas ao longo do dia em que ocorreria/ocorre/ocorreu o fato, e isto inclui também a visão dos próprios estudantis responsáveis pelos tiros
A grande vitória de Van Sant está no fato de em nenhum momento tomar partido em nenhum aspecto. O diretor não culpa e nem inocenta ninguém, apenas relata, e ao contrário de Moore em seus Tiros Em Columbine cria um relato histórico de uma fato que atormentou r assustou toda uma geração em várias partes do mundo. De tiro curto, com pouco mais de uma hora e meia de duração, Elefante é tocante e leva a uma reflexão individual, sem colocar um ponto de vista voltas a frente de outros, ou seja, a culpa ou inocência deste ou daquele personagem depende apenas da visão do espectador e não do filme em si.
O elenco de jovens desconhecidos está soberbo, e expressa com maestria cada personalidade, cada momento, cada diferença de toda a pluralidade e complexidade que ataca e permanece não apenas no meio escolar dos jovens americanos, mas também em todo o seu meio de vida. O medo e angústia, que tomam conta logo depois de momentos de reflexão, alegria ou prazer, são jogados de modo claro na expressão dos bons e jovens atores ao ponto de todos estes sentimentos se fazerem presentes no espectador ao mesmo instante em que os atuantes vão alterando seus próprios sentimentos forçados pelos acontecimentos momentâneos. Tudo soa muito natural, gerando uma sensação muito mais de uma notícia real, do que propriamente de um filme que se pode ver e rever quantas vezes quiser.
Em resumo, Elefante é bom demais para ser tão pouco conhecido, um filme completo com uma direção de encher os olhos, e um modo muito peculiar e louvável de se expôr um fato. Obrigatório para cinéfilos e fãs de cinema e muito mais do que um simples e parcial documentário. Assista sem medo e conheça um dos grandes momentos do cinema nos anos 2.000; conheça o melhor trabalho de Gus Van Sant e de que bra ainda conheça um dos meus filmes favoritos. Espetacular.
NOTA: 10,0
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