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segunda-feira, 20 de abril de 2009

A LOJA MÁGICA DE BRINQUEDOS


Ficha Técnica

Título Original: Mr. Magorium's Wonder Emporium
Gênero: Comédia
Tempo de Duração: 94 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.alojamagicadebrinquedos.com.br
Estúdio: Mandate Pictures / FilmColony / Walden Media / Gang of Two Productions
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation / Imagem Filmes
Direção: Zach Helm
Roteiro: Zach Helm
Produção: James Garavente e Richard N. Gladstein
Música: Alexandre Desplat e Aaron Zigman
Fotografia: Roman Osin
Desenho de Produção: Thérèse DePrez
Direção de Arte: Brandt Gordon
Figurino: Christopher Hargadon
Edição: Sabrina Plisco
Efeitos Especiais: Intelligent Creatures / BUF / Dr. PICTURE Studios / FX Cartel / Mokko Studio / Satellite Studios / Hatch Productions / Image Engine Design


Elenco

Dustin Hoffman (Edward Magorium)
Natalie Portman (Molly Mahoney)
Matt Baram (Dr. Papadapolous)
Jason Bateman (Henry Weston)
Dash Grundy (Ari)
Ted Ludzik (Bellini)
Zach Mills (Eric Applebaum)
Rebecca Northan (Nancy)
Jonathan Potts (Dr. Sage)
David Rendall (Tim)
Beatriz Yuste (Lora)
Philippe Bergeron (Bertolo Bellini - voz)


Sinopse

A Loja Mágica do Sr. Magorium é um paraíso de brinquedos onde tudo ganha vida, inclusive a própria loja. Um dia o sr. Edward Magorium (Dustin Hoffman), que tem 243 anos, decide ceder o controle de seu estabelecimento à insegura e jovem gerente Molly Mahoney (Natalie Portman). Quando um cético contador chamado Henry Weston (Jason Bateman) surge para fazer uma auditoria em todos os brinquedos a loja passa por uma misteriosa mudança. Os brinquedos, antes alegres e coloridos, se tornam silenciosos e acinzentados. Para recuperar o local Molly e Henry precisarão encontrar a magia existente dentro deles próprios, contando com a ajuda de Eric Applebaum (Zach Mills), um garoto de 9 anos que tem dificuldades em fazer amigos.



CRÍTICA


Para entrar neste texto com termos bem sinceros, ainda não sei por qual motivo decidi tecer um comentário sobre este filme que de tão chatinho, tão sem graça e tão bobo, simplesmente é apagado da memória assim que suas últimas falas são ditas. O fato é que em momentos de pouca inspiração, filmes que corroboram essa característica, são os mais indicados para aparecerem por aqui.

O que comentar sobre um filme que não tem ambição? A Loja Mágica de Brinquedos é simples demais, clichê demais e se acomoda tanto nesses dois aspectos, que não causa nenhuma reação ao espectador por seus intermináveis 94 minutos. O roteiro é sem sentido, não começa, não se desenvolve, e não tem fim, não explica nada, apenas aguarda que a fantasia por si só explique os fatos; ou seja; é algo quase que parnasiano, a fantasia pela pura fantasia, fazendo com que em alguns momentos o filme se torne algo ridículo.

O fato de a fita possuir um diretor estreante pode ter colaborado para o resultado final, entretanto é lamentável ver o ponto em que chegou um ator do calibre de Dustin Hoffman, que está igualmente lamentável em sua interpretação, e é mais triste ainda ver Natalie Portman errar tanto na escolha de um projeto. O elenco infantil é mecânico, não emociona, fator que é essencial em qualquer filme que tenha como público alvo principalmente crianças.

Não conseguir necessariamente atingir seu público alvo pode ser um grande problema; talvez este filme agrade a algumas crianças, mas que a fórmula está saturada; está, e o fato de ser uma fita basicamente para crianças não é álibi para uma produção tão ruim, ou só por que é filme pra criança, não pode ser ruim?

O maior fracasso deste filme, e que eu insisto nisso, é não possuir argumento, tudo acontece como algo "messiânico", ou seja, que surge do nada e desaparece do nada. Tudo isto é retrato de uma vertente cinematográfica, iniciada principalmente pela franquia Harry Potter, que preza muito mais pelo efeito fantástico do filme, do que pela sua inteligência e plausibilidade. Efeitos especiais bons, atualmente, qualquer pessoa com dinheiro faz, agora bons e inteligentes roteiros, estão cada vez mais raros, dessa forma, vemos aparecer nas telas dos cinemas, filmes como este que simplesmente menosprezam a inteligência de quem o assiste. Eu ainda prefiro, filmes que tenham horas de duração, sejam "parados", mas que contem uma história descente e que nenhum objeto inanimado ganhe vida ou que ninguém sem asas voe, do que essas produções cheias de parafernálias, que não possuem nada de interessante e que só deturpam a imagem do cinema e o resumem a um avanço tecnológico.

Uma experiência cinematográfica simplesmente descartável. O filme é ruim, chato, visualmente irritante e não nos produz nenhum tipo de sensação, em suma, o filme é um nada. É como se pegássemos um monte de cubos e fossêmos colocando um em cima do outro, aleatoriamente, com certeza nos teríamos algo, mas algo sem forma, sem nome, ou seja, um amontoado, que não possui sentido nenhum. Me lembro uma vez, de ter ouvido durante a cerimônia de entrega do Oscar, à qual eu estava assistindo, o ator José Wilker fazer o seguinte comentário : " Não adianta, pra mim excesso de efeitos especiais serve única e exclusivamente para esconder a falta de uma boa história". É claro que existem exceções, entretanto, cada dia mais eu compartilho desta mesma opinião, e este A Loja Mágica De Brinquedos é um ótimo exemplo disto.




NOTA: 1,0

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