Ficha Técnica
Título Original: The Happening
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Site Oficial: www.fimdostempos-ofilme.com.br
Estúdio: 20th Century Fox Film Corporation / Barry Mendel Productions / Spyglass Entertainment / Blinding Edge Pictures / UTV Motion Pictures
Distribuição: 20th Century Fox Film Corporation
Direção: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
Produção: Barry Mendel, Sam Mercer e M. Night Shyamalan
Música: James Newton Howard
Fotografia: Tak Fujimoto
Desenho de Produção: Jeannine Claudia Oppewall
Direção de Arte: Anthony Dunne
Figurino: Betsy Heimann
Edição: Conrad Buff IV
Efeitos Especiais: Industrial Light and Magic / CafeFX / The Third Floor / Quantum Creation FX
Elenco
Mark Wahlberg (Elliot Moore)
Zooey Deschanel (Alma Moore)
John Leguizamo (Julian)
Ashlyn Sanchez (Jess)
Betty Buckley (Sra. Jones)
Spencer Breslin (Josh)
Jeremy Strong (Recruta Auster)
Alan Ruck (Diretor)
M. Night Shyamalan (Joey)
Robert Lenzi (Jake)
Edward James Hyland (Prof. Kendall Wallace)
Stephen Singer (Dr. Ross)
Sinopse
Em questão de minutos estranhas mortes ocorrem em várias das principais cidades dos Estados Unidos. Elas coincidem em dois pontos: desafiam a razão e chocam pelo inusitado com que ocorrem. Sem saber o que está ocorrendo, o professor Elliot Moore (Mark Wahlberg) apenas quer encontrar um meio de escapar do misterioso fenômeno. Apesar dele e sua esposa Alma (Zooey Deschanel) estarem em plena crise conjugal, os dois decidem partir para as fazendas da Pensilvania juntamente com Julian (John Leguizamo), um professor amigo de Elliot, e Jess (Ashlyn Sanchez), a filha dele de 8 anos. Lá eles acreditam que estarão a salvo, o que logo se mostra um equívoco.
CRÍTICA
Confesso que começo a escrever esta crítica sem saber ainda em qual categoria do blog encaixar este complexo e subjetivo filme do excelente diretor-produtor-roteirista M. Night Shyamalan. Odiado por várias pessoas e críticos e amado por outros, o grande trunfo ou problema de Fim Dos Tempos é exatamente o fato de ser um filme que mexe com questões muito sensíveis e que geram diferentes e complexas interpretações de todos que sentam na poltrona para apreciá-lo.
Tecnicamente o filme é quase todo rodado em cenas externas, o que dá um sentido interessante de realidade e Shyamalan não abre mão da sua forma morna e distante de conduzir a câmera, além do fato de sempre anunciar a catástrofe com algum sinal, no caso desta fita a presença do vento anuncia a chegada da morte. O elenco é estável, não prejudica e nem abrilhanta a película, fazendo com que comentários sobre suas atuações soem um pouco pedantes ou desncessários.
Dito isto, vamos ao que nos oferece de mais intrigante, que não é sua parte técnica e sim sua parte de construção argumentária, ou seja, seu roteiro, sua história, ou como queiram chamar por aí. O filme não chega a ser apocalíptico, apesar de criar quase uma imagem bem dramática e que beira o fim da humanidade. Na verdade o que é difícil de conceber para muitos é o fato de a natureza possuir domínio sobre o homem e fazer dele o que bem entender; além disso Shyamalan coloca vontade própria na natureza, algo meio animalista e que "namora" com o paganismo, fato que deve ter deixado muita gente perplexa.
Ouvi alguns dizerem também que o filme é ecologista demais, pois eu discordo, pois não consegui enxergar no filme em si uma tentativa de alerta sobre os problemas ambientais, mas sim apenas vagas citações que não compõem o cerne da questão. A verdade, é que Shyamalan trabalha com uma idéia ignorada por muitos e desacreditada pela maioria , que é o fato de sermos dominados por este mundo que nos engloba. A idéia de que essa natureza que julgamos destruir, pode nos dar o troco é uma idéia atormentadora para um ser que se julga tão superior a ponto de acreditar que domina a natureza a seu modo.
A idéia em si não é tão filosófica assim, já que Shyamalan também parte de elementos químicos e biológicos para suportarseu argumento, entretanto é nítido que o principal ponto discutido, é o quanto somos pequenos perante a uma natureza que nos engloba por si mesma e por si só, e nos faz viver por ela e de acordo com ela. A verdade é que o argumento me agradou muito por ser em grande parte muito próximo do que eu acredito como definição de mundo. Com excessão das questões que envolvem a natureza com certa autonomia de ação, como se ela fosse uma ser animado, o filme chega muito perto de uma concepção imanentista de mundo, e atribui à natureza poderes que poderiam facilmente ser interpretados como algo divino.
A questão em si é: por que é tão difícil para as pessoas assimilarem isso? por que é tão complicado a aceitação de um argumento como este? O fato é que segundo algumas visões, Shyamalan não está de todo errado, e com certeza um roteiro como este não foi produzido por um ignorante. Esqueça as derrapadas românticas e sentimentalistas que o roteiro possui e concentre-se apenas em apreciar e interpretar o argumento, pois da mesma forma que eu interpretei de uma forma positiva e válida, para outros esta idéia é simplesmente uma viagem sem fim.
O subjetivismo e a diversidade de interpretações que a fita proporciona provavelmente causou o ódio de alguns e a aclamação de outros; agora fica a pergunta: o quanto estes que não gostaram do filme, não foram afetados por uma idéia que jamais consideraram válida? O filósofo Heráclito dizia que a natureza gosta de se esconder; o ponto então é simplemsente interpretar e compreender, ou você realmente acha que essa natureza de Heráclito ou do próprio Shyamalan vista as entrelinhas é apenas uma árvore ou uma planta?
Fim Dos Tempos ficará na sessão Para pensar duas vezes, afinal não é um filme que agradará a todos, entretanto, acredito piamente que estou cometendo uma injustiça com uma fita que está nitidamente a frente de seu tempo e por isso não consegue se mostrar em toda sua amplitude. Uma pena, pois o filme é bom e mostra mais uma vez toda a genialidade de Shyamalan, que é facilmente um dos melhores fazedores de suspense que o cinema conheceu.
NOTA: 7,0
Poxa.. Eu ainda não consegui formar um ponto de vista sobre esse filme. Já que eu não tenho essa visão "cinéfila" da coisa acho que a história e o desfecho dela contam bem mais.
ResponderExcluirEu achei bom, mas achei vagoo demais. Tudo bem que a intenção do filme (creio eu) é essa mesmo, fazer pensar, "filosofar" um pouco, mas ainda assim achei que ficou um vácuo muito grande..
Acredito eu, que essa sensação de vazio, se confunde com a sensação de profundidade do filme. Não é que fica algo em aberto ou mal explicado, parece ser algo intencional do diretor, exatamente para produzir uma sensação de impacto, seja um vazio grande ou qualquer outra. Essa sensação se mistura com a ideía do filme, ou você não concorda que a perda de um poder gera um vazio? Talvez a idéia de que nós podemos ser pequenos demais, crie um vazio no lugar em que acreditávamos ser grandes.
ResponderExcluirValew pelo comentário!
Meo deooss!rsss
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