Em um ano onde gêneros fortes como a animação, a comédia e o terror não conseguiram bons resultados, o drama, e principalmente o drama com toques de ficção predominaram na minha singela eleição dos melhores do ano. O s critérios são os mesmos dos anos anteriores, ou seja, concorrem apenas filmes lançados no Brasil comercialmente em 2010. Lembrando que se trata aqui de uma opinião pessoal e que reflete o meu gosto, sem qualquer intenção de verdade universal. Acrescentei ainda, antes da lista, alguns filmes que bateram na trave e outros que foram lançados em vídeo em 2011, mas que datam de anos anteriores dos quais a inclusão nesta lista deturparia muito a intenção da mesma.
LANÇADOS NO BRASIL APENAS EM 2011
Alexandria (Agora de Alejandro Amenábar - Espanha)
Aménabar é firme em seu propósito positivamente anacrônico de mostrar que a intolerância e o fanatismo, ignorando qualquer elemento temporal, firmam suas pegadas sempre ao lado, e por conta dos homens. A batalha do esclarecimento contra a fé cega estupendamente trazida para a sétima arte.
O Concerto (Le Concert de Radu Mihaileanu - Bélgica/França/Itália/Romênia/Rússia)
Dono de um dos mais belos finais dos últimos tempos, a comédia/drama do romeno Mihaileanu é um brinde ao cinema de astúcia, que mistura sátira com seriedade e que transforma os olhares atentos ao espírito real da arte. A música como forma de libertação e o cinema como representante deste poder. Brilhante.
QUASE ENTRARAM
Em Um Mundo Melhor (Haevnen de Susanne Bier - Dinamarca/Suécia)
O vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2011 é um duro e polêmico filme sobre o modo de visão mundana. Através de crianças e adultos e suas visões modificadas e submissas às realidades particulares, a diretora Susanne Bier constrói um filme belíssimo, mas que não perde sua crueza necessária em nenhum momento.
Harry Potter e as Relíquias da Morte PT. II (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part II de David Yates - EUA/Reino Unido)
O último filme da saga é definitivamente o melhor dos oito lançados e que tratam do universo bruxo criado pela inglesa J.K. Rowling. Muito conciso, empolgante e correto, o oitavo filme de Harry Potter é, de longe, o melhor blockbuster do ano e encerra com grande estilo uma saga que sempre mereceu um filme como este.
Meia-Noite em Paris (Midnight In Paris de Woody Allen - EUA/Espanha)
O retorno de Woody Allen, e com estilo. Meia-Noite em Paris é um filme delicioso, culto e extremamente instigante. Desta vez não teve jeito, tive que me render ao talento do veterano diretor.
Quero Matar Meu Chefe (Horrible Bosses de Seth Gordon - EUA)
Entre as comédias de estilo mais escancarado e direto, Quero Matar Meu Chefe se mostrou a mais interessante e contundente. Com um humor ácido, porém não ofensivo e um elenco extremamente afiado, encontramos nesta comédia um bom divertimento, e o que de melhor aconteceu no mundo do gênero em 2011.
Deixe-me Entrar (Let Me In de Matt Reeves - EUA)
A versão americana do já clássico filme de horror sueco Deixa Ela Entrar não possui a mesma força do original, porém também contou com um fraquíssimo ano para o gênero em que está inserido para figurar entre os bons valores do ano. Uns gostaram mais e outros menos, porém Deixe-me Entrar é sim um grande filme.
Menção especial: O Rei Leão (The Lion King de Roger Allers e Rob Minkoff - EUA)
Jamais poderia deixar passar em branco o relançamento em 3D da maior animação já lançada na história do cinema (opinião pessoal obviamente). Achei injusto incluir o clássico desenho da Disney na eleição “regular”, todavia, O Rei Leão, por mais que tenha tido apenas alterações técnicas (a inclusão do 3D) merece esta citação, afinal nenhum filme lançado este ano supera as aventuras de Simba e seus companheiros.
Ainda não creio que Harry Potter está fora do seu top dez, Pablo Joel.
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