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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O AMOR ACONTECE


Ficha Técnica

Título Original:Love Happens
Gênero:Romance
Duração: 109 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial: http:www.lovehappensmovie.com
Estúdio:Universal Pictures / Relativity Media / Stuber Productions / Camp / Thompson Pictures Distribuidora:Universal Pictures / PlayArte
Direção: Brandon Camp
Roteiro:Mike Thompson e Brandon Camp
Produção:Mary Parent, Scott Stuber e Mike Thompson
Música:Christopher Young
Fotografia:Eric Alan Edwards
Direção De Arte:Kendelle Elliott
Figurino:Trish Keating
Edição:Dana E. Glauberman
Efeitos Especiais:Mr. X


Elenco

Aaron Echart (Burke Ryan)
Jennifer Aniston (Eloise Chandler)
Dan Fogler (Lane)
Martin Sheen (Sogro de Burke)
Deirdre Blades (Sogra de Burke)
Judy Greer (Marty)
Frances Conroy (Mãe de Eloise)
Joe Anderson (Tyler)
Michelle Harrison (Cynthia)
Tom Pickett (Don)
Patricia Harras (Lorraine)
Sasha Alexander (Fotógrafa)
Clyde Kusatsu (Taxista)


Sinopse

Burke Ryan (Aaron Eckhart) é um escritor viúvo, autor de um livro sobre como lidar com as perdas. Seu trabalho logo se torna um best seller, o que o torna uma espécie de guru da auto-ajuda. Em uma viagem a negócios para Seattle, ele conhece Eloise Chandler (Jennifer Aniston) e por ela se apaixona. Só que, ao assistir o seminário de Burke, ela percebe que na verdade ele ainda não conseguiu superar a morte da esposa.



CRÍTICA
 
Quando se olha para a capa, imagina-se uma comédia romântica bem clichê, com todas aquelas caretinhas e corridinhas clássicas do gênero. Essa impressão ocorre principalmente por dois motivos: Jennifer Aniston; a atual queridinha das comédias românticas; e o título, tradução literal do original. Todavia, não é isso o que temos ao longo da fita, pois o que se desenvolve é um drama com toques de romance, com uma pegada mais introspectiva e que foca principalmente na capacidade do ser humano de controlar e conviver com suas emoções, sejam elas quais forem.

O título do filme é muito enganador, já que passa a impressão de que o relacionamento dos dois protagonistas norteará as ações da fita, o que não acontece. O amor entre os dois é apenas um pano de fundo, para as dores e manifestações emocionais do personagem de Aaron Eckhart, um escritor de auto-ajuda, que escreve um best-seller, ensinando as pessoas a superarem lutos de pessoas muito próximas. A personagem de Aniston é uma florista, que inicia a fita como uma boba e estabanada e que de repente se transforma em uma mulher madura e que guia o personagem de Eckhart em suas tentativas de se livrar de emoções que o atormentam.
 
O que o filme tem de melhor é facilmente o personagem de Eckhart. Um homem que ensina os outros a superarem seus traumas após a morte de alguém próximo, ao mesmo momento em que ele próprio não consegue superar a morte trágica de sua esposa. Sua vida é uma mentira, e Eckhart se sai muito bem ao colocar os dois aspectos do personagem de forma bem definida. As cenas anteriores às entradas do personagem ao palco para falar com seu público, são extremamente enigmáticas, pois antes de começar a ouvir seu anúncio, o personagem se encontra compenetrado e sério, mudando de forma ríspida para um brusco e forçado sorriso, como se duas pessoas convivessem no mesmo corpo. Essa dualidade que perpassa todo o filme e só explode no final, proporciona uma inteligência, que o resto do filme não possui.
 
A atuação de Eckhart  é bem interessante, exatamente por conseguir criar e lidar muito bem com essa dualidade de seu personagem; Martin Sheen faz uma pequena participação como o sogro do personagem de Eckhart, porém suficiente para alegrar os mais saudosistas, e suficiente para a única cena realmente engraçada da fita, que também é a última. Aniston não chega a estar mal, porém acredito que a repentina alteração no caráter de sua personagem, como já dissemos acima, lhe prejudicou um pouco.
 
A direção da fita se utiliza quase sempre de closes e cenas bem aproximadas, o que em alguns momentos parece forçar o espectador a entrar no drama dos personagens pela força. Além disso, o filme possui várias cenas desnecessárias, como o roubo do papagaio pelo personagem de Eckhart (poderia ter sido feito de outra forma), a extremamente piegas cena em que os protagonistas assistem ao show em cima de um caminhão de reparos elétricos entre outras. 

Alie isso a certa lentidão, misture com alguns pequenos, porém maçantes clichês do gênero, além de um final que mesmo bonito é muito comum, e você verá O Amor Acontece como um todo, ou seja, um mediano romance que sai muito pouco da mesmice do gênero. Um passatempo banal com pitadas de um bom filme.


NOTA: 6,0

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