“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010
OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES
Ficha Técnica
Título Original: Män Som Hatar Kvinnor
Gênero:Suspense
Duração:152 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://dragontattoofilm.com
Estúdio:Danish Filminstitute / Film i Väst / Nordisk Film / Swedish Film Institute / Danmarks Radio / Filmpool Stockholm Mälardalen / Sveriges Television / TV2 Norge / Yellow Bird Films / ZDF Enterprises
Distribuidora:Imagem Filmes
Direção: Niels Arden Oplev
Roteiro:Nikolaj Arcel e Rasmus Heisterberg, baseado em livro de Stieg Larsson
Produção:Soren Staermose
Música:Jacob Groth
Fotografia:Jens Fischer e Eric Kress
Figurino:Cilla Rörby
Edição:Anne Osterud
Efeitos Especiais:Filmgate / Panorama film & teatereffekter
Elenco
Michael Nyqvist (Mikael Blomkvist)
Noomi Rapace (Lisbeth Salander)
Lena Endre (Erika Berger)
Peter Haber (Martin Vanger)
Sven-Bertil Taube (Henrik Vanger)
Peter Andersson (Nils Bjurman)
Ingvar Hirdwall (Drich Frode)
Marika Lagercrantz (Cecilia Vanger)
Björn Granath (Gustav Morell)
Ewa Fröling (Harriet Vanger)
Michalis Koutsogiannakis (Dragan Armanskij)
Annika Hallin (Annika Giannini)
Sofia Ledarp (Malin Erikson)
David Dencik (Janne Dahlman)
Stefan Sauk (Hans-Erik Wennerström)
Gösta Bredefeldt (Harald Vanger)
Fredrik Ohlsson (Gunnar Brännlund)
Jacob Ericksson (Christer Malm)
Gunnel Lindblom (Isabella Vanger)
Reuben Sallmander (Enrico Giannini)
Yasmine Garbi (Miriam Wu)
Georgi Staykov (Alexander Zalachenko)
Nina Norén (Agneta Salander)
Tehilla Blad (Lisbeth Salander - jovem)
Julia Sporre (Harriet Vanger - jovem)
Sinopse
Harriet Vanger (Ewa Fröling) desapareceu há 36 anos, sem deixar pistas, na ilha de Hedeby. O local é de propriedade quase exclusiva da família Vanger, que o torna inacessível para a grande maioria das pessoas. A polícia jamais conseguiu descobrir o que aconteceu com a jovem, que tinha 16 anos na época do sumiço. Mesmo após tanto tempo, seu tio ainda está à procura de Harriet. Ele resolve contratar Mikael Bomkvist (Michael Nyqvist), um jornalista investigativo que trabalha na revista Millennium. Mikael não está em um bom momento, pois enfrenta um processo por calúnia e difamação. Ele aceita o trabalho, recebendo a ajuda de Lisbeth Salander (Noomi Rapace), uma investigadora particular incontrolável e anti social.
CRÍTICA
Primeiro filme de uma trilogia baseada nos livros de grande sucesso mundial de autoria de Stieg Larsson, intitulada Millenium. Pra ser bem sincero, vi este filme de forma totalmente receosa, ou seja, com uma desconfiança enorme, e isso se dá por alguns motivos bem claros. Primeiro, pelo fato de a trama ser um mistério que em primeiro momento parecia uma mistura de Sherlock Holmes com pitadas de Agatha Christie; e segundo , e também mais presente, pelo fato de best-sellers, ultimamente não terem sido lá aqueles coisas; como exemplo é só entender o fenômeno Crepúsculo. Por outro lado, me chamou a atenção o fato de o filme ser sueco, que é particularmente uma escola de cinema que eu gosto muito. Assim sendo, transitei entre estes pontos para decidir a maneira como veria o filme, como já disse, acabei optando pela primeira maneira, e para minha surpresa, acabei "caindo do cavalo"; já que o filme é bem interessante.
O fato de a fita vir do país de origem da própria história, é um fator bem interessante, e como o cinema sueco é conhecido por sua subjetividade e sua capacidade de mostrar o ser humano de forma bem peculiar, temos que Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, se insere muito bem neste contexto, o que o diferencia dos filmes feitos para este estilo.Não existe aqui aquele necessidade de gerar dinheiro e público dos filmes hollywoodianos, e dessa maneira, a identidade do roteiro e maneira pouco peculiar de condução, não interferem na aceitação e na divulgação da fita, já que o público para a qual ela é feita, entende e admira esse tipo de condução.
A direção de Niels Arden Oplev é muito boa, bem variada e que consegue acompanhar e ao mesmo tempo ditar o ritmo ora cadenciado, ora veloz do roteiro, isso sem contar que Oplev abusa da movimentação da câmera, se utilizando de planos abertos e fechados, tomadas aéreas, planas, curtas, longas e por aí vai, ajudando e muito o dinamismo da fita, que mesmo possuindo um roteiro pesado, no que diz respeito à trama em si, não cansa e se desenvolve de forma precisa ao longo das mais de duas horas de duração da fita.Vale destaque também o trabalho de cenografia e fotografia, com utilização de uma iluminação baixa, que encaixa de forma sensacional no contexto em grande parte obscuro dos acontecimentos. Isso sem contar a incrível paisagem do inverno sueco, que contrasta de forma brilhante com o clima de mistério e suspense do roteiro.
Impossível não comentar também o trabalho dos atores. Elenco forte e completamente imbuído, que carrega de forma magistral toda a dureza e frieza de um roteiro feito para chocar e intrigar. Seguindo essa característica do roteiro, temos personagens intrigantes e ao mesmo tempo cativantes como o protagonista Mikael Blomkvist. Todavia, a melhor do elenco é realmente Noomi Rapace no papel da misteriosa e fria Lisbeth Salande, em uma atuação inspirada e completa.
A virada no final, que realmente soa espontânea e que encaixa muito bem no contexto geralda fita, ajuda a finalizar este ótimo filme, que possui como pontos negativos, apenas um outro exagero de dramatização, e um romance um pouco insosso e por que não dizer clichê entre os protagonistas, que poderia talvez ser evitado, até mesmo pela diferença entre eles, ou pelo menos tratado de uma forma mais condizente com o resto da história em si ( Que fique claro que eu não li o livro, e que eu não sei o desenrolar do romance dos dois no resto da trilogia, ou até mesmo se eles aparecem, mas estou analisando apenas este filme e não a trilogia em si).
O cinema sueco continua nos produzindo bons momentos, e este Os Homens Que Não Amavam As Mulheres vem confirmar isso. O filme pode até não ter o brilhantismo de Deixa Ela Entrar, grande filme sueco do ano passado, mas faz bem seu papel e mostra mais uma vez que o cinema é muito mais que o mundinho fechado dos filmes milionários e das fofocas de bastidores de Hollywood.
NOTA: 8,5
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