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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ILHA DO MEDO


Ficha Técnica

Título Original:Shutter Island
Gênero:Suspense
Duração:138 min
Ano De Lançamento:2010
Site Oficial:http://www.shutterisland.com
Estúdio:Paramount Pictures / Sikelia Productions / Phoenix Pictures / Hollywood Gang Productions / Appian Way
Distribuidora:Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro:Laeta Kalogridis, baseado em livro de Dennis Lehane
Produção:Brad Fischer, Mike Medavoy, Arnold Messer e Martin Scorsese
Fotografia:Robert Richardson
Direção De Arte:Max Biscoe, Robert Guerra e Christian Ann Wilson
Figurino:Sandy Powell
Edição:Thelma Schoonmaker
Efeitos Especiais:New Deal Studios / CafeFX / Gentle Giant Studios / Mark Rapaport Creature Effects


Elenco

Leonardo DiCaprio (Teddy Daniels)
Mark Ruffalo (Chuck Aule)
Ben Kingsley (Dr. John Crawley)
Emily Mortimer (Rachel Solando)
Michelle Williams (Dolores Chanal)
Max Von Sydow (Dr. Jeremiah Naehring)
Jackie Earle Haley (George Noyce)
Elias Koteas (Andrew Laeddis)
Ted Levine (Warden)
John Carroll Lynch (Deputado Warden McPherson)
Christopher Denham (Peter Breene)
Nellie Sciutto (Enfermeira Marino)
Curtiss Cook (Trey Washington)
Tom Kemp (Ward C. Guard)
Drew Beasley (Henry)
Joseph McKenna (Billings)
Damian Zuk (Elijah Tookey)
Patricia Clarkson


Sinopse

1954. Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston. No local, ele descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos. Teddy tenta buscar mais informações, mas enfrenta a resistência dos médicos em lhe fornecer os arquivos que possam permitir que o caso seja aberto. Quando um furacão deixa a ilha sem comunicação, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa.



CRÍTICA


Mais novo filme do mestre Martin Scorcese, que envereda pelos caminhos do suspense, gênero que pouco explorou em sua carreira, mas que mesmo assim produziu clássicos como Cabo Do Medo. Dessa vez, Scorcese se deixa levar pela maré, e aposta em um suspense psicológico, com requintes de paranóia e psicopatia, que busca a atenção do espectador através de situações bem entrelaçadas, reviravoltas bruscas, e um clima bem penumbroso.

O roteiro do filme é baseado no livro Paciente 67 de Denis Lehanne, que eu não li, assim sendo, o que direi aqui é baseado no que eu vi no filme e nada mais. A história gira em torno de um policial que chega à uma ilha onde funciona um hospital psiquiátrico, para investigar o desaparecimento de um paciente, e acaba se deparando com situações cruéis e métodos no mínimo problemáticos, por parte daqueles que comandam o hospital. Bom, isso é o básico do básico, já que a partir daí começa uma rede de reviravoltas e situações "quebra-cabeças", que em alguns momentos se mostram eficazes e em outros nem tanto.

Scorcese comanda bem sua câmera e cria um ambiente claustrofóbico muito impactante, causando uma sensação bem forte no espectador, e o levando para dentro dos corredores escuros e úmidos de um hospital psiquiátrico, bem no estilo anos 50, ou seja, frio, escuro e sujo, para deixar bem claro, que quem ali estava era a escória do ser humano, ou seja, os loucos.

Ilha Do Medo até funciona bem, cria um clima interessante, possui um bom andamento, e por que não dizer prende a atenção do espectador, entretanto, cai em uma mesmice um pouco chata em alguns momentos, e digo isso com bastante pesar. O motivo é simples: será possível que agora todo filme de suspense terror tem que ter reviravoltas e tentar surpreender pelo caráter psicológico e não climático do negócio? Depois de O Sexto Sentido, suspense virou sinônimo de filmes complexos, e que sempre guarda uma surpresa no final. Isso funcionou durante algum tempo, mas está ficando batido, o que faz com que alguns filmes não soem tão surpreendentes assim e Ilha Do Medo é um desses.

Quando o filme acabou, eu pensei em pelo menos dois finais que seriam muito mais surpreendentes do que o exposto na fita, o problema é que os finais que eu pensei, fariam necessário um retrocesso a um argumento ultrapassado no filme, o que não funciona para o clichê atual do gênero, que só aceita reviravoltas totais, em outras palavras, um argumento tem que ser totalmente abandonado e dar lugar a outro. Por mais que essa fita seja bem dirigida, bem atuada, com um bom argumento no conjunto da coisa, e um aparato técnico vibrante, no final das contas nos deparamos com a seguinte afirmação: " Denovo um filme desses". E quando digo desses, quero dizer que estamos novamente diante de um filme onde tem que haver uma reviravolta. Infelizmente, a regra virou exceção, concomitantemente, presenciamos o nascimento de mais um clichê do gênero e Ilha Do Medo não escapa de ser um representante do mesmo, um bom representante, mas mesmo assim mais um representante.

Scorcese é genial demais para cair tão fácil nisso, mas caiu, e para um diretor do nível de Scorcese, Ilha Do Medo não passa de um filme de médio para bom, que até agrada em alguns momentos, mas que desaponta um pouco, quando olhamos para o nome de quem assina a direção. Para um gênio como Scorcese é pouco, e isso é mais do que certo.


NOTA: 7,0

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