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domingo, 31 de janeiro de 2010

A ÓRFÃ



Ficha Técnica

Título Original:Orphan
Gênero:Terror
Duração:123 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://orphan-movie.warnerbros.com/
Estúdio:Warner Bros. Pictures / Dark Castle Entertainment / Appian Way / Studio Babelsberg Motion Pictures / Studio Canal / DCP Orphan Productions / Don Carmody Productions
Distribuidora:Warner Bros. Pictures
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro:David Johnson, baseado em estória de Alex Mace
Produção:Susan Downey, Leonardo DiCaprio, Jennifer Davisson Killoran e Joel Silver
Música:John Ottman
Fotografia:Jeff Cutter
Direção de arte:Patrick Banister e Pierre Perault
Figurino:Antoinette Messam
Edição:Timothy Alverson
Efeitos Especiais:Lola Visual Effects / Hybride Technologies / Image Engine Design / Prologue Films / Pacific Title and Art Studio


Elenco

Vera Farmiga (Kate Coleman)
Peter Sarsgaard (John Coleman)
Isabelle Fuhrman (Esther)
CCH Pounder (Irmã Abigail)
Jimmy Bennett (Daniel Coleman)
Margo Martindale (Dr. Browning)
Karel Roden (Dr. Värava)
Aryana Engineer (Max Coleman)
Rosemary Dunsmore (Vovó Barbara)
Jamie Young (Brenda)
Lorry Ayers (Joyce)
Genelle Williams (Irmã Judith)


Sinopse

Kate (Vera Farmiga) e John Coleman (Peter Sarsgaard) ficam arrasados devido a um trágico aborto. Apesar de já ter dois filhos, Daniel (Jimmy Bennett) e a surda muda Maxime (Aryana Engineer), o casal decide adotar uma criança. Durante uma visita a um orfanato, os dois se encantam pela pequena Esther (Isabelle Fuhrman) de nove anos e optam rapidamente por sua adoção. O que eles não sabiam é que estranhos acontecimentos fazem parte do histórico da menina que passa a se tornar, dia após dia, mais misteriosa. Intrigada, Kate desconfia que Esther não é quem aparenta ser, mas devido ao seu passado de alcoolismo tem dificuldades de provar sua teoria.



CRÍTICA


2.009 realmente foi um bom ano para o gênero do terror/suspense, já que vimos finalmente boas produções do gênero, coisa que surpeendeu muita gente, incluindo a mim que considerava o gênero totalmente afundado em clichês. Com certeza não estamos falando aqui do melhor filme de horror do ano e muito menos de todos os tempos, mas a fita em questão, que na verdade é muito mais suspense do que terror, tem um trunfo muito bom, que é a não apelação para o sobrenatural ou coisa do tipo.

A fita vai pelo caminho do puro suspense e do horror psicológico, já que atualmente isso tem funcionado muito bem, e coloca uma criança no centro das atenções, pelo menos é o que aparenta, e até o desfecho da fita, a impressão que temos é que a protagonista é realmente má, o que vindo de uma criança, símbolo da inocência e coisas do tipo, provoca uma sensação bruta e bem cruel.

O filme atira de forma interessante para vários lados, o psicológico da mãe ex-alcóolatra e que perdeu um filho ao nascer, o pai e marido desconfiado, o filho mais velho ciumento e manhoso, e o mais interessante é exatamente o contraste entre A Órfã , que foi adotada pelo casal com toda a maldade possível, e a filha mais nova do casal, uma menina surda, que esbanja bondade e inocência. O relacionamento entre as duas "irmãs", gera um interessante conflito de perfis no filme, já que de um lado temos a criança dos sonhos, e de um outro um pesadelo encarnado, a maldade e a bondade, caminhando por boa parte do filme de mãos dadas e rindo juntas.

A atuação da menina Isabelle Fuhrman é realmente interessante, tanto nos momentos de menina boazinha como de menina má, e se apoia em um interessante trabalho de maquiagem, que possui os mesmos aspectos dos usados em O Senhor Dos Anéis (dadas as devidas proporções)para a criação de uma personagem fria, sagaz e intrigante como o filme exige. O enredo é bem amarrado, e com exceção de um clichê aqui e outro ali, se desenvolve bem e explica muito bem, sem se apoiar, como já dito acima, em soluções fáceis, apoiadas em sobrenaturalidades e mortandades, como a maioria dos filmes do gênero.

Mas espere lá... A Órfã tem lá seus probleminhas. O primeiro é a direção da fita. O diretor Jaume Collet-Serra altera muito a posição da câmera e não dá estabilidade para a cena; estamos lá vendo a fita de frente, de repente ela está de lado, e aí começa a correr, deixando o espectador meio confuso e perdido, chegando ao ponto desse negócio me irritar um pouco no começo do filme. E o segundo é Peter Sarsgaard que interpreta o John Coleman; o cara parece que está chorando o filme todo, não muda a expressão e não convence em cena alguma, se tornando um ponto bem fraco da fita.

A Órfã acaba se saindo como um interessante suspense/terror. Nada que vá mudar a sua vida, ou lhe fazer ter medo de dormir sozinho, mas uma fita que possui um trabalho interessante, respeitosa e bem feita, o que se tratando dos filmes do gênero feitos hoje em dia já é uma boa coisa.


NOTA: 7,5

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

UM MORTO MUITO LOUCO



Ficha Técnica

Título Original:Weekend at Bernie's
Gênero:Comédia
Duração:95 min
Ano De Lançamento:1989
Estúdio:20th Century Fox / Gladden Entertainment
Distribuidora:20th Century Fox Film Corp.
Direção: Ted Kotcheff
Roteiro:Robert Klane
Produção:Victor Drai
Música:Andy Summers
Fotografia:François Protat
Direção De Arte:Michael Novotny
Figurino:Nancy Butz
Edição:Joan E. Chapman


Elenco

Andrew McCarthy (Larry Wilson)
Jonathan Silverman (Richard Parker)
Catherine Mary Stewart (Gwen Saunders)
Terry Kiser (Bernie Lomax)
Don Calfa (Paulie)
Catherine Parks (Tina)
Eloise Broady (Tawny)
Gregory Salata (Marty)
Louis Giambalvo (Vito)
Ted Kotcheff (Jack Parker)
Margaret Hall (Secretária de Lomax)


Sinopse

Dois grandes amigos, Larry Wilson (Andrew McCarthy) e Richard Parker (Jonathan Silverman), trabalham para Bernie Lomax (Terry Kiser) em uma companhia de seguros. Ao fazer um trabalho extra no fim de semana, eles descobrem uma fraude de US$ 2 milhões. Na segunda vão até Lomax, que após ouvir a explicação deles demonstra uma enorme gratidão e os convida para ir até sua casa de praia, onde conversarão com mais calma sobre o assunto, que até lá deve ficar em total sigilo. Mas Lomax na verdade está envolvido na fraude e pede para um chefão mafioso, Vito (Louis Giambalvo), que elimine os dois. Após relutar, Vito concorda. Desconfiado do comportamento de sua namorada, Tina (Catherine Parks), Vito envia um capanga para segui-la. A suspeita se confirma ao descobrir que Lomax está tendo um caso com Tina. Assim Vito ordena que um assassino profissional, Paulie (Don Calfa), mate Lomax e não Larry e Richard. O "serviço"é feito na sexta-feira, na casa de praia. Quando Larry e Richard chegam acham inicialmente que Bernie está dormindo, mas Richard nota a falta de sinais vitais. Ele quer avisar a polícia, mas Larry é contra esta idéia, pois isto significaria passar um maravilhoso fim de semana em uma delegacia, dando depoimentos. Logo as coisas se complicam mais ainda, com a chegada de amigos de Bernie, que chegam a "conversar" com ele. Porém, espantosamente, ninguém repara que ele está morto.



CRÍTICA


Bom, como fazia muito tempo que eu não postava uma comédia por aqui, resolvi então tirar este gênero da escassez, escolhendo um dos meus filmes favoritos quando o assunto é comédia. Falar de um filme como Um Morto Muito Louco acaba se tornando algo um pouco complicado, já que é um estilo de comédia cada vez mais raro hoje em dia, mas tentar não custa nada.

A fita tem todo aquele estilo clássico de sessão datarde, mas logicamente que no bom sentido, já que falamos aqui de uma comédia muito interessante, que fixa suas piadas em um delicioso humor negro e inteligente, sem apelações ou qualquer tipo de babaquice exagerada, levando o espectador a apreciar algo muito bem feito, e passar boa parte do tempo com uma forte e convincente risada na boca.

A dupla de atores centrais formadas pelo hilário Andrew McCarthy (em sua melhor atuação) e pelo centrado Jonathan Silverman, firmam uma liga muito interessante, já que formam uma dupla bem heterogênea, o que nos dá uma interessante diferença de visões sobre o que fazer quando se tem que tomar conta de um morto e ainda fugir de assassinos. Terry Kiser como Bernie, ou seja, o morto, é preciso e em nenhum momento prejudica a fita, e parece que o cara está morto mesmo.

A veloz e precisa direção de Ted Kotcheff ajuda muito a fita, criando um excelente clima de perseguição e de tragédia para a dupla e o seu morto, tudo funciona muito bem e quando juntamos isso a um roteiro extremamente original e bem engraçado, cria-se uma comédia que já se perpetua por gerações e que não apresenta nenhum sinal de desgaste.

O único problema de Um Morto Muito Louco, é o elenco secundário que não segura muito firme a história e nem corresponde tão bem ao diretor Kotcheff como o trio principal, em alguns momentos soa estranho e as atuações dos coadjuvantes em algumas partes fica bem forçada e sem inspiração nenhuma, não é que isto comprometa muito o filme, mas que em alguns momentos incomoda, isso com certeza incomoda.

O filme é um pouco restrito, ou seja, é uma pouco complicado de encontrá-lo, seja para compra ou para locação, e a versão em DVD lançada no Brasil é bem simples o que muitas vezes acaba não agradando muito. Problemas a parte, é uma pena que uma comédia tão interessante, fique acessível a tão poucas pessoas, devido a isso que o filme também vai adquirindo cada vez mais o caráter de cult, e conhecido cada vez menos entre os admiradores do bom cinema, e cada vez mais acabe ficando apenas para os cinéfilos de plantão.

Um Morto Muito Louco é uma comédia como poucas, inteligente, sensata, com um humor bem encaixado e diferenciado, que se utiliza de uma situação totalmente inesperada para calcar toda a sua ação. Se vocÊ não viu, procure ver, se você viu, aprecie sua sorte e desfrute dela quantas vezes puder e quiser, pois este é um filme que fica cada vez melhor conforme o tempo passa.

NOTA: 8,5

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

OS 10 MELHORES FILMES DE 2.009

Bom, eis então que chegou a minha vez de criar uma lista com os 10 melhores de 2.009. Foi um pouco difícil e como toda lista pode gerar diferencças de opiniões. Bom, o critéro foi um só: filmes que chegram as locadoras em 2.009 ou que eu tive condições de ver em boa qualidade, já que como eu não vivo disso aqui, não tenho tanto acesso quanto críticos profissionais e´coisas do tipo. Assim sendo, não estranhe se encontrar na lista algum filme lançado em 2.008 ou até em 2.007 no seu país de origem, mas é que ele chegou aqui só este ano, então o que vale é isso.
Colocarei a lista e farei um breve comentário bem simples, já que depois pretendo para alguns deles fazer as críticas convencionais do blog. Eu sei que algumas coisas mudaram do meu comentário no post que fiz há algum tempo atrás sobre os melhores de 2.009, mas é que eu procurei rever os filmes antes de colocá-los aqui e vi mais alguns, e isso me fez mudar um pouco minhas impressões, hehehehe. Isto dito, vamos então a minha lista, espero que gostem:


10 - KATÝN (Katýn)



O massacre de Katýn, um dos episódios mais cruéis e brutais da história da humanidade, retratada de forma crua, forte e única pelo polonês Wajda.


9 - (500) DIAS COM ELA ((500)Days Of Summer)



Aquilo que parecia impossível aconteceu, a comédia de caráter mais romântica foge dos clichês ao mostrar o sofrimento e os problemas de um jovem que se apaixona por uma mulher que não vê no amor a resolução para seus problemas e o norte para a sua vida.


8 - SE BEBER, NÃO CASE (The Hangover)



Engraçado, inteligente e crítico; Se Beber, Não Case tem tudo o que é ncessário para se formar um boa comédia e o resultado é a melhor comédia do ano, para não dizer em muitos anos.


7 - ANTICRISTO (Antichrist)



A paranóia de Lars Von Trier aparece aqui com tudo, em um conto de puro simbolismo e perturbação. De forte impacto e de difícil assimilação, Von Trier cria um filme polêmico, cruel mas ao mesmo tempo incrível.


6 - UP - ALTAS AVENTURAS (Up)



A Pixar continua com a mão cheia e cria um conto de uma beleza fenomenal ao unir gerações sem perder o teor cômico e educativo que toda animação que se propõe ao que Up se propõe deve possuir.


5 - BASTARDOS INGLÓRIOS (Inglorius Basterds)



E não é que Tarantino sabe fazer cinema! Excelente produção que deixa um pouco de lado o exagero habitual do diretor e cria um excelente clima, mesmo se tratando de um tema já tão abordado como o nazismo.


4 - ENTRE OS MUROS DA ESCOLA (Entre Les Murs)



Fita francesa que relata o universo escolar aliado aos problemas com a multiplicidade étnica que tanto apavora os europeus. Sem fantasiar e indo direto ao ponto, Entre Os Muros Da Escola acaba se tornando o mais realista dos filmes de seu gênero.


3 - GRAN TORINO (Gran Torino)



Os EUA e seus preconceitos relatados de uma forma precisa. Uma grande história de amizade e heroísmo, que prova duas coisas: que Eastwood deveria atuar mais e que ainda é possível criar filmes diferentes sobre o mesmo assunto.


2 - FROST/NIXON (Frost/Nixon)



A luta de interpretações entre Sheen e Langela e o debate intelectual de seus personganes são um dos pontos altos do cinema em 2.009. Um excelente thriller político de um incrível poder e que por muito tempo segurou o primeiro lugar de minha lista.


1 - DEIXA ELA ENTRAR (Lat Den Rätte Komma In)



O melhor filme do ano vem da Suécia é um quebra clichês que vai contra tudo aquilo que vira a cabeça do público atualmente (infelizmente). A história de uma vampira pré-adolescente e o drama provocado por sua condição, melhoram quando ela conhece um inocente garoto, fazendo com que um ajude o outro a passar pelos problemas do mundo. Nada meloso, nada piegas e com pitadas de horror. Acredite se quiser, mas Deixa Ela Entrar é um drama/terror/suspense de altíssima qualidade e bom gosto.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ANJOS REBELDES



Ficha Técnica

Título Original:The Prophecy
Gênero:Terror
Duração:94 min
Ano De Lançamento:1995
Estúdio:First Look Pictures / NEO Motion Pictures / Overseas FilmGroup
Distribuidora:Dimension Films / Miramax Films
Direção: Gregory Widen
Roteiro:Gregory Widen
Produção:Joel Soisson
Música:David C. Williams
Fotografia:Richard Clabaugh e Bruce Douglas Johnson
Figurino:Dana Allyson
Edição:Sonny Baskin
Efeitos Especiais:Dragon FX / Patton EFX / Title House Inc.


Elenco

Christopher Walken (Gabriel)
Elias Koteas (Thomas Daggett)
Virginia Madsen (Catherine)
Eric Stoltz (Simon)
Viggo Mortensen (Lucifer)
Amanda Plummer (Rachael)
Moriah Shining Dove Snyder (Mary)
Adam Goldberg (Jerry)
Steve Hytner (Joseph)
J.C. Quinn (Burrows)
Emma Shenah (Avó)


Sinopse


Um policial, que ia se sagrar padre mas perdeu a fé, se depara com uma guerra entre anjos, pois alguns deles, liderados pelo arcanjo Gabriel, não se conformam de Deus ter dado alma aos seres humanos. Enquanto esta luta acontece as almas não podem deixar seus corpos e irem para o Paraíso, sendo que Gabriel procura na Terra almas que possa usar em seu exército, mas outro anjo tenta detê-lo.



CRÍTICA

Anjos Rebeldes é taxado com um filme de terror, cheio de suspense e para muitos um clássico, mesmo que se tratando de um filme que puxa muito mais para o lado B da coisa do que qualquer outro movimento. A verdade é que a fita, cria alguns laços interessantes e por se tratar de um assunto que sempre instiga as pessoas (no caso a luta entre anjos, e o clássico duelo entre o bem e o mal), atraiu grande atenção e gerou uma boa legião de fãs.

Mas, vamos ao que nos interessa; será que Anjos Rebeldes é tão bom assim? Responder a esta questão pode ser muito mais difícil do que se parece e pra dizer bem a verdade não sei se chegarei a uma resposta muito clara, mas tentarei. O filme é nitidamente de baixo orçamento, e em nenhum momento tenta esconder isso, deixando claro principalmente na parte artística o teor "sujo" que a produção que dar à fita.

O roteiro é um misto de originalidade e clichês. A guerra entre o bem e o mal é retratada no cinema desde os primeiros movimentos, agora incluir anjos e humanos, quase que unidos não é uma coisa que se vê todo dia, ainda mais quando encontramos quase que uma necessidade envolvendo a existência de um para com o outro. Gosto bastante da fotografia do filme, com uns toques de cinza, e que se encaixam direitinho com a maquiagem.

O grande poder de Anjos Rebeldes entretanto está na interpretação de Christopher Walken, que definitivamente é um ator bem injustiçado. O cara é extremamente talentoso, e demonstra isso da forma mais clara possível nesta fita. Walken é brilhante como Gabriel, e dá um aspecto muito particular ao caráter angelical da coisa. Sua interpretação é de longe o que a fita tem de melhor, e vou mais adiante, acredito ser esta a melhor interpretação da carreira deste bom ator.

Mas Anjos Rebeldes está longe de ser uma fita perfeita. A direção é pouco criativa, e apesar de esforçado, o diretor Gregory Widen não se sai tão bem aqui, quanto se saiu no momento de escrever o roteiro. Ele deixa o filme muito pesado as vezes, e se utiliza de planos e exageros que são clássicos que outros filmes de ação e terror, basta olhar os movimentos de câmera nas cenas em que fenômenos naturais acontecem, ou que exigem uma certa força dos efeitos visuais, tudo parece muito igual. Já o lado mais B da fita, aparece na direção de arte. O figurino é simples até demais, e a maquiagem, mesmo combinando com o tom da fotografia, em alguns momentos falha,e de forma bem nítida.

Bom, chegando ao fim de nosso texto, e então; Anjos Rebeldes é um clássico? Com certeza não. Seria ele então um filme ruim? Também não. Anjos Rebeldes é um filme interessante, tem uma boa temática e desenvolve bem isso, o fato de possuir algumas falhas por seu baixo orçamento e alguns problemas na direção, não destróem tanto assim a fita, e apontar demais para isso acaba sendo até um exagero e como eu não quero exagerar, acredito que Anjos Rebeldes é um filme que vale a pena ser visto, pode não ser a melhor coisa feita pelo cinema até agora, entretanto é possível assisti-lo sem problema algum.


NOTA: 7,5

domingo, 17 de janeiro de 2010

DRAGONBALL EVOLUTION



Ficha Técnica

Título Original:Dragonball Evolution
Gênero:Aventura
Duração:84 min
Ano De Lançamento:2009
Site Oficial:http://www.dragonball-ofilme.com.br
Estúdio:20th Century Fox / Dune Entertainment / Stars Overseas
Distribuidora:20th Century Fox Film Corporation
Direção:James Wong
Roteiro:Ben Ramsey, baseado em série criada por Akira Toriyama
Produção:Stephen Chow
Música:Brian Tyler
Fotografia:Robert McLachlan
Direção De Arte:Bruce Crone, Patricio M. Farrell e Marco Niro
Figurino:Mayes C. Rubeo
Edição:Matt Friedman e Chris G. Willingham
Efeitos Especiais:Amalgamated Dynamics / Image Engine Design / SPIN VFX / Ollin Studio / Hybride Technologies / Soho VFX / CafeFX


Elenco

Justin Chatwin (Goku)
Chow Yun-Fat (Mestre Roshi)
Emmy Rossum (Bulma)
Jamie Chung (Chi Chi)
James Masters (Lorde Piccolo)
Park Joon (Yamcha)
Eriko Tamura (Mai)
Randall Duk Kim (Vovô Grohan)
Ernie Hudson (Sifu Norris)
Texas Battle (Carey Fuller)
Megumi Seki (Seki)
Ian Whyte (Oozaru)
Richard Blake (Agundes)
Luis Arrieta (Weaver)


Sinopse

Ao completar 18 anos Goku (Justin Chatwin) ganha de presente de seu avô, Grohan (Randall Duk Kim), uma bola pequena com a superfície macia e translúcida, chamada esfera do dragão. Dentro dela estão flutuando quatro estrelas. Existem apenas outras seis esferas idênticas, sendo que quem tiver todas em seu domínio terá um desejo perfeitamente realizado. O passado de Goku está relacionado à existência das esferas, mas ele mesmo não o conhece. Grohan promete contar a verdade em seu jantar de aniversário, mas o jovem foge para ir à festa de Chi Chi (Jamie Chung), sua colega de escola. No período em que está ausente uma tragédia ocorre em sua casa, o que faz com que Goku e seus amigos partam para reunir as sete esferas do dragão.



CRÍTICA


Tudo aquilo que é clássico, só é clássico (além de qualidades técnicas, interpretativas e que condizem com o conceito de bom de sua respectiva arte), por dois motivos: primeiro é saber a hora de terminar e deixar o espectador com aquele gosto de quero mais, mas nunca vou ter, e o outro é saber ficar no lugar em que adquiriu fama, e não fiar tentando pular de um campo para o outro. Dragon Ball é um caso ímpar no que diz respeito a algo que não soube ser clássico, e este filme triste (para não usar adjetivos mais complexos), veio a ratificar o que expus acima.

O anime Dragon Ball criou um ícone, e sua parte Z o transformou em um clássico, depois começou a várzea pra dizer em termos bem atingíveis a todos. A parte GT do anime é lamentavelmente ruim, mostrando que o desenho já se desgastou e deveria ter acabado, e o filme elevou ao ridículo um dos maiores animes de todos os tempos. Mesmo eu não sendo um grande fã de Dragon Ball, possuo respeito pelo que ele representa e imagino o desespero e a raiva dos milhares de fãs da saga quando se depararam com esta espelunca que ousaram a chamar de filme.

O filme se utiliza mais do que seria o mais básico da história, a busca pelas esferas do dragão, mas transfere do anime para as telonas os personagens de forma muito disforme e ruim. Chow Yun-Fat, que é o único ator decente desta fita está muito mal como mestre Kame, isso sem contar nas outras personagens que não possuem nada a ver com o desenho, mas o pior é no centro da fita: O QUE É AQUELE GOKU? Isso mesmo em letras maiúsculas, por que, é como se estivéssemos diante de um Dragon Ball sem Goku, já que se você assistir a esta fita e considerar o personagem interpretado por Justin Chatwin algo parecido com o Goku do desenho, é por que você provavelmente nunca assistiu ao mesmo.

A verdade é que não se salva nada na fita, e dessa vez não vou nem considerar os efeitos especiais de qualidade e não o caráter de visualização do filme, por que não compensa, já que o resto é ruim de mais. A direção e a edição vão ao extremo do clichê, com seus toques e cortes rápidos para tentar aumentar a ação e tentar manter os atores bem longe de closes e cenas mais exigentes de interpretação, o que deixaria o resultado final do filme bem mais catastrófico.

Vale lembrar, que um dos grandes trunfos que fizeram com que Dragon Ball fosse sempre tão apreciado por pessoas do mundo inteiro, foi, a inteligência e astúcia com que mesclava cenas de ação com humor. Dizer que o filme não tentou explorar isso seria de certo modo mentir, agora dizer, que essa tentativa foi no mínimo frustrada, isso foi sim, não há aquela astúcia característica do anime, e as próprias cenas de ação não convencem, e muitas vezes estão mal encaixadas gerando uma sensação de que está tudo, e quando o filme termina, essa sensação se torna uma grande frustração pelo filme péssimo que se acaba de assistir, e alívio já que finalmente esta porcaria chegou ao fim.

Se você não é fã de Dragon Ball passe bem longe desta fita, pois você perderá seu tempo de uma maneira pouco vista na história do cinema, agora, se você é fã do anime, passe mais longe, por que você perderá muito mais que o seu tempo, e conseguirá ver no que se transformou Dragon Ball, por estar no lugar e nas mãos erradas. É por essas e outras, que torço para nunca fazerem um filme com atores reais para Os Cavaleiros Do Zodíaco, pois o choque seria muito grande. Dragon Ball Evolution não é só o pior filme do ano, mas um dos piores que eu já vi.


NOTA: 0,0

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

PI



Ficha Técnica

Título Original:Pi
Gênero:Ficção Científica
Duração:85 min
Ano De Lançamento:1998
Site Oficial:http://www.pithemovie.com/
Estúdio:Harvest Filmworks / Plantain Films / Protozoa Pictures / Truth and Soul Pictures
Distribuidora:Artisan Entertainment
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Darren Aronofsky, baseado em estória de Darren Aronofsky, Sean Gullette e Eric Watson
Produção:Eric Watson
Música:Clint Mansell
Fotografia:Matthew Libatique
Edição:Oren Sarch


Elenco

Sean Gullette (Maximillian "Max" Cohen)
Mark Margolies (Sol Robeson)
Ben Shenkman (Lenny Meyer)
Pamela Hart (Marcy Dawson)
Stephen Pearlman (Rabbi Cohen)
Samia Shoaib (Devi)
Ajay Naidu (Farroulk)
Kristyn Mae-Anne Lao (Jenna)
Espher Lao Nieves (Mãe de Jenna)
Joanne Gordon (Sra. Ovadia)
Lauren Fox (Jenny Robeson)
Clint Mansell (Fotógrafo)


Sinopse

Em plena Manhattan vive Max (Sean Gullette), um jovem gênio da matemática e computação que vive escondido da luz do sol, que lhe dá constantes dores de cabeça, e evita o contato com outras pessoas. Max conseguiu construir um supercomputador que lhe permitiu descobrir o número completo do pi, o que fez ainda com que compreendesse toda a existência da vida na Terra, já que percebeu que todos os eventos se repetiam após um determinado espaço de tempo. Com isso Max pôde adivinhar o que viria a acontecer no mercado da bolsa de valores, já que conhecia as tendências que se repetiriam, e passa a ser cobiçado por representantes de Wall Street e também por uma seita que busca decifrar os mistérios da matemática.



CRÍTICA


O que Darren Aronofsky consegue em PI é simplesmente um espetáculo. PI é um conjunto de todas as características essenciais que compõem um filme a frente de seu tempo e muito acima da compreensão da maioria das pessoas. Encontramos aqui um show a parte de tudo aquilo que sempre procuramos: cinema da mais alta e pura qualidade. Falemos então um pouquinho do por que esta obra do então jovem Aronofsky é assim tão grandiosa e cultuada entre vários círculos de cinéfilos.

Filmado em preto-e-branco, e com um orçamento baixíssimo, PI é mais um exemplo de tudo aquilo que o cinema independente pode realizar, e mais um representante da vitória do bom cinema contra o cinema comercial e popular (no sentido ruim do termo). O que tentarei fazer nas próximas é só basicamente comentar aquilo que todo mundo que gosta de cinema já deveria ter visto, já que estamos diante de uma obra totalmente obrigatória.

A história é simples: um homem isolado do mundo descobre por seus próprios esforços o número completo do PI, e desse modo, entende toda a vida na Terra, já que percebe que os eventos acontecem de forma repetida dado um determinado intervalo de tempo, isso faz com que problemas aconteçam e este passe a ser perseguido por várias facções e pessoas. Bom, a história em si já é bem original, mas a quebra de clichês do filmes está bem longe de acabar.

Aronofsky cria um universo quase que paralelo na cabeça de Max (interpretado de forma magistral por Sean Gullette), criando um clima frenético e perturbador, tanto no que diz respeito aos pensamentos e movimentações do personagem, quanto no que diz à sua relação com o mundo exterior. O filme tem pitadas totalmente acertadas de surrealismo, e mesmo não gostando do estilo, a trilha sonora com pegadas eletrônicas é essencial para a criação de todo o cenário de paranóia e confusão que assola o centro da fita.

A fotografia em preto-e-branco, com tons cinza bem escuros continuam a ajudar na criação do clima, mas o que fecha realmente a tampa desta caixa fenomenal é a direção do estreante (e hoje famoso) Aronofsky. Os movimentos de câmera são perfeitos e precisos e o diretor se move e se utiliza de planos bem fechados para criar ainda mais uma sensação de prisão no personagem central, além de manter a câmera a distância quando Max está em contato com o mundo exterior. Tudo muito bem premeditado e que se alia ao fenomenal trabalho de edição, que utiliza muito mais cortes do que em filmes comuns e que se tronará uma marca do diretor, já que este repete o estilo em Réquiem Para Um Sonho, seu filme mais conhecido.

O único problema de PI é o difícil acesso ao filme. Por se tratar de uma fita independente e por ter passado bem longe de cair nas graças do público e do pessoal do dinheiro, não possuiu tanta divulgação ou mesmo tanta produção, fazendo com que a fita tenha se tornado muito mais um apetitoso trunfo de debates entre cinéfilos do que qualquer outra coisa. Bom, a questão é simples, difícil ou não, se existir a chance assista, arrependimento não virá, pois você com certeza estará, pelo menos pelo período de uma hora e meia de sua vida, diante daquilo que o cinema pode produzir de melhor. Obrigatório.

NOTA: 10,0

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A CIDADE DOS AMALDIÇOADOS



Ficha Técnica

Título Original:Village of the Damned
Gênero:Ficção/Suspense
Duração:98 min
Ano De Lançamento:1995
Estúdio:Universal Pictures / Alphaville Films
Distribuidora:Universal Pictures / UIP
Direção: John Carpenter
Roteiro:David Himmelstein, baseado em livro de John Wyndham e em roteiro de Stirling Siliphant, Wolf Rilla e Ronald Kinnoch
Produção:Sandy King e Michael Preger
Música:John Carpenter e Dave Davies
Fotografia:Gary B. Kibbs
Direção De Arte:Christa Munro
Edição:Edward A. Warschilka
Efeitos Especiais:Industrial Light & Magic


Elenco

Christopher Reeve (Dr. Alan Chaffee)
Kirstie Alley (Dra. Susan Verner)
Linda Kozlowski (Jill McGowan)
Michael Paré (Frank McGowan)
Meredith Salenger (Melanie Roberts)
Mark Hamill (Reverendo George)
Pippa Pearthree (Sarah)
Peter Jason (Ben Blum)
Constance Forslund (Callie Blum)
Karen Kahn (Barbara Chaffee)
Thomas Dekker (David McGowan)
Lindsay Haun (Mara Chaffee)
Cody Dorkin (Robert)
Trishalee Hardy (Julie)
Jessye Quarry (Dorothy)
John Carpenter (Homem ao telefone do posto de gasolina)


Sinopse

Na cidade americana de Midwich o médico Alan Chaffee (Christopher Reeve) acorda cedo, pois ouviu sons que pareciam sussurros. Sua mulher, Barbara (Karen Kahn), diz que nada ouviu e Alan deixa de dar importância. Naquela manhã Alan sai da cidade, assim como Frank McGowan (Michael Paré), e às 10 horas ocorre um desmaio coletivo, que só atinge as pessoas e animais que estavam nos limites da cidade. Ao voltar Frank desmaia, seu carro perde a direção e ele morre. Quando Alan retorna o governo já tem consciência do caso e enviou uma equipe, chefiada pela epidemiologista Susan Verner (Kirstie Alley). Após seis horas desmaiados, os animais e pessoas começam a despertar. Depois de enterrarem as vítimas daquele fato inexplicável, se constata que naquele dia várias mulheres ficaram grávidas. Quando nascem os bebês têm características especiais, mas seus "pais" sentem que as crianças não são humanas e que representam um sério perigo.



CRÍTICA


Na primeira postagem de 2.010 resolvi postar um comentário da refilmagem do suspense A Aldeia Dos Amaldiçoados de 1.960 (que, aliás, eu não vi) e que tem como curiosidade maior ter sido o último filme de Christopher Reeve (o eterno Super-Homem), antes do acidente que o deixou tetraplégico no mesmo ano de 1.995. O filme é um suspense- ficção, misturando os dois gêneros característicos e favoritos de sue diretor, o famoso John Carpenter.

Bom, o filme pode até ser um pouco parado, ainda mais para um filme de suspense. A verdade, é que Carpenter trabalhou de forma muito tranqüila na fita, e deixou transparecer isso em seu resultado final. Apesar de as crianças serem naturalmente desprovidas de emoções, em alguns momentos este espírito toma conta do filme. Se Carpenter queria isto, ponto pra ele, mas se isto foi algo que não fazia parte dos planos do diretor, é uma falha que alguns momentos atrapalham o bom degustar do filme.

As crianças que são o centro da fita, são diretas e não existe nenhum tipo de embolação, nascem, crescem e já mostram a que vieram, transformando a vida de uma isolada comunidade em um inferno, mas o que fica um pouco mal explicado é o motivo pelo qual elas estão ali. No todo em si, as próprias crianças dizem ao longo da fita, que elas precisam daquilo para sobreviver, mas mesmo assim parece que falta alguma coisa, ou vai ver fui eu quem não pegou o “x” da questão mesmo.

A fita não é ruim, possui bons momentos e encontra um bem atuado elenco infantil, que fazem direitinho seu papel. O elenco de adultos também é interessante, já que Reeve e Alley, os dois centrais da fita, estão bem, fazendo jus ao bom nome que construíram ao longo das carreiras. Vale uma pequena menção a presença de Mark Hamill, que se não é lá um grande ator, é sempre nostálgico acompanhar “Luke Skywalker” em cena, hehehehe.

Como um ponto positivo, temos o final da fita, que gera polêmica e discussões por seu caráter dúbio e inquietante, afinal uma das crianças sobrevive. Como ponto negativo, citaria o modo até um tanto simples como as crianças são encurraladas e mortas, já que se levarmos em consideração o poder que elas mostraram ao longo da fita, este mesmo modo, como elas foram eliminadas pode parecer de fácil resolução para elas, mas não foi.

Um filme legal, que se coloca como um imperfeito, mas interessante passatempo. Lógico, que John Carpenter fez coisas melhores em sua carreira, mas isso não indica que este A Cidade Dos Amaldiçoados seja algo para se jogar fora. Além do mais, é sempre bom também vez Christopher Reeve em cena, ainda mais atuando tão bem e de forma tão precisa quanto nesta fita.

NOTA: 7,0