Ficha Técnica
Título Original: Almost Famous
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 122 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2000
Site Oficial: www.almost-famous.com
Estúdio: DreamWorks SKG / Vinyl Films
Distribuição: DreamWorks Distribution L.L.C.
Direção: Cameron Crowe
Roteiro: Cameron Crowe
Produção: Ian Bryce e Cameron Crowe
Música: Nancy Wilson
Direção de Fotografia: John Toll
Desenho de Produção: Clay A. Griffith e Clayton Hartley
Direção de Arte: Virginia L. Randolph
Figurino: Betsy Heimann
Edição: Joe Hutshing e Saar Klein
Elenco
Billy Crudup (Russell Hammond)
Frances McDormand (Elaine Miller)
Kate Hudson (Penny Lane)
Jason Lee (Jeff Bebe)
Patrick Fugit (William Miller)
Anna Paquin (Polexia)
Fairuza Balk (Sapphire)
Noah Taylor (Dick Roswell)
Philip Seymour Hoffman (Lester Bangs)
Eion Bailey (Jann Wenner)
Jay Baruchel (Vic Nunez)
Zooey Deschanel
Jimmy Fallon
Sinopse
Um fã ávido por rock'n'roll consegue um trabalho na revista americana Rolling Stone, para acompanhar a banda Stillwater em sua primeira excursão pelos Estados Unidos. Porém, quanto mais ele vai se envolvendo com a banda, mais vai perdendo a objetividade de seu trabalho e logo estará fazendo parte do cenário rock dos anos 70.
Premiações
- Ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original, além de ter recebido outras 3 indicações: Melhor Atriz Coadjuvante (Frances McDormand e Kate Hudson) e Melhor Edição.
- Ganhou 2 Globos de Ouro: Melhor Filme - Comédia/Musical e Melhor Atriz Coadjuvante (Kate Hudson), além de ter recebido outras 2 indicações: Melhor Atriz Coadjuvante (Frances McDormand) e Melhor Roteiro.
CRÍTICA
Em alguns momentos não é muito fácil de entender o que acontece com alguns filmes. O potencial está ali, tudo corre muito bem, é tudo muito direcionado e correto, e quando entra no cenário não emplaca. Por algum motivo que muitos não conseguem detectar, esses filmes passam muitas vezes despercebidos e vão ocupar apenas a prateleira de cinéfilos, ou daqueles que simplesmente são apaixonados por apenas um determinado estilo de filme. Bom, você então já deve ter percebido que Quase Famosos é um destes casos.
O trabalho de Cameron Crowe é excelente, tanto na construção do roteiro, como em sua maneira direta e crua de dirigir a fita. Ao contrário da primeira aparição de Crowe no blog que foi com seu Vanilla Sky, aqui temos um roteiro impecável, e que se destaca por ter as coisas no lugar, ser bem simples, mas em nenhum momento ocioso, ou seja, chega exatamente aonde que chegar e pelo caminho mais curto possível, sem aquelas voltas desnecessárias e que só confundem o espectador.
O elenco é recheado de nomes conhecidos, porém não tão cultuados, fato que na minha concepção contribuiu com o bom andamento da fita, já que por mexer exatamente com questões relacionadas a fama e sucesso e suas minúcias e algozes, atores mais badalados poderiam acabar se ajeitando demais e se familiarizando com o tema de uma forma pessoal e egoísta demais. O elenco masculino é competente sem ser brilhante, já que tanto o menino Fugit, quanto Crudup e Lee são profissionais interessantes mas sem nenhum tipo de particularidade que os diferencie de atores comuns.
O elenco feminino ao contrário conta com alguém acima da média, e ela mostra o por que disso com a melhor atuação da fita. McDormand desfila talento como a preocupada e obsessiva mãe de um fã de rock aspirante a jornalista e que embarca para cobrir a turnê de uma banda deste estilo que ele conhece e vive. Destaque também para o excelente trabalho de Kate Hudson, que encantou várias pessoas, que chegaram até a chamá-la de a Meryl Streep da nova geração por sua Penny Lane, uma fã que se envolve com o guitarrista da banda, mas que se desapontaram depois quando ela mostrou seu verdadeiro "talento" e se tornou uma daquelas saturadas atrizes de comédias românticas e filmes de terror fracassados. Completando o quesito elenco, temos as boas presenças de Seymour-Hoffman e de Paquin.
O filme é ao mesmo tempo uma ode e uma crítica aos primórdios do rock/heavy metal nos anos 70. Talvez por isso, a fita não tenha se tornado algo tão popular, já que trata de uma estilo pouco popular. A verdade é que Quase Famosos transita pelo momento em que o rock "livra" as pessoas de uma mentalidade crua e sem sentido para transformar estas mesmas pessoas em seres "vivos", para mostrar a decadência e a recuperação destas pessoas , quando se adentra a um mundo em que o sentido pode ser esquecido em alguns momentos.
As tentações e momentos dos personagens são intensos, fazendo com que todos eles vivam a descoberta, o auge, o processo, a decadência e o renascimento, cada um à sua maneira. Desse modo, Crowe faz sua declaração a um modo de vida que de diversas maneiras nasce, cresce, morre, mas que sempre acaba renascendo. A fita é intrigante, emocionante, muito bem construída e só não se tornou um clássico por que pretende atingir o público "errado", afinal, não são os fãs de rock e de road movies que transformam as fitas em clássicos, principalmente nos anos 2.000.
Passando de homenagens a Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath, Crowe constrói um excelente filme que vai agradar a fãs de rock/metal sem problema algum, e sim o filme fica na categoria máxima do blog, por que é bom, e bom demais, e isso não é só por que este que vos fala é um fã de rock/metal, mas por que igualmente a isto, eu sou também um grande fã de bons filmes, falem eles sobre o que falarem, dessa maneira, a única forma de não se gostar de Quase Famosos é por preconceito direcionado ao estilo do qual ele trata, e isto com certeza não é algo que eu vou considerar para tirar pontos de um filme excelente como este.
NOTA: 9,0
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