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sexta-feira, 3 de julho de 2009

VANILLA SKY

Ficha Técnica

Título Original: Vanilla Sky
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 145 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2001
Site Oficial: www.vanillasky.com
Estúdio: Cruise-Wagner Productions
Distribuição: DreamWorks Distribution L.L.C. / Paramount Pictures / UIP
Direção: Cameron Crowe
Roteiro: Cameron Crowe, baseado em roteiro escrito por Alejandro Amenábar e Mateo Gil
Produção: Tom Cruise e Paula Wagner
Música: Nancy Wilson
Fotografia: John Toll
Desenho de Produção: Catherine Hardwicke
Direção de Arte: John Chichester e Beat Frutiger
Edição: Joe Hutshing


Elenco

Tom Cruise (David)
Penélope Cruz (Sofia)
Cameron Diaz (Julie)
Kurt Russell (Dr. Curtis McCabe)
Johnny Galecki (Peter)
Jennifer Aspen (Nina)
Michael Kehoe (Chefe Mickey)
Zachary Lee (Joshua)
Jhaemi Willens (Jamie Berliner)
Alicia Witt (Libby)
Tilda Swinton (Rebecca Dearborn)
Jason Lee (Brian Shelby)
Noah Taylor (Edmund Ventura)
Steven Spielberg (Convidado na festa de David)
Timothy Spall


Sinopse

Em Nova York são narrados em flashback fatos angustiantes da vida de David Aames (Tom Cruise), um jovem empresário que é dono de um império editorial. David tem sua vida modificada quando conhece Sofia Serrano (Penélope Cruz), uma bela jovem por quem se apaixona .Tal relacionamento desperta ciúmes em Julie Gianni (Cameron Diaz), uma "amizade colorida" de Davis, que quer muito mais que mero envolvimento sexual com ele. Um dia, após sair da casa de Sofia, David encontra Julie, que usando o pretexto de querer conversar com ele o convence a entrar no carro dela. Em um ímpeto de loucura, e cega por se sentir preterida, ela lança o carro por cima de um viaduto. Ela não resiste ao impacto e morre. David sobrevive, mas fica com o rosto bem desfigurado e entra em coma, ficando neste estado por três semanas. Ao se ver David fica traumatizado e oferece qualquer quantia para reconstruírem seu rosto. Repentinamente realidade e fantasia se confundem de forma assustadora.


Premiações

- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Canção Original ("Vanilla Sky").
- Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas seguintes categorias: Melhor Atriz Coadjuvante (Cameron Diaz) e Melhor Canção Original ("Vanilla Sky").
- Recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro, na categoria de Pior Atriz (Penélope Cruz).



CRÍTICA


Esta fita é tão complicada, que escrever sobre ela acaba ficando tão complexo quanto qualquer tipo de análise ou argumento que se use para elogiar ou criticar esta fita do diretor Cameron Crowe. Mesmo assim, adentrarei pelos caminhos turbulentos e sinuosos de uma dos filmes mais controversos que vi nos últimos tempos. Essa turbulência e sinuosidade, porém, possui um caráter muito mais negativo do que positivo, já que as mesmas se dão no âmbito do desenvolvimento e argumentação do filme.

Olhando a sinopse não parece nada demais certo? Errado. Crowe coloca tanta coisa no filme, existem tantos elementos para tantas situações, para tantas reviravoltas e para tantos outros tantos perdidos, que a maior sensação que Vanilla Sky provoca é a de artificialidade; ou seja, nada se explica e não há nada de tocante, o filme preza muito pelo racional e esquece totalmente do emocional, e neste caso, isso aparece como algo negativo, já que nada se salva nesse âmbito na fita.

Muito desse " soar artificial" da fita, se deve a um roteiro que quer ser complexo de forma imposta e não de forma natural, e neste ponto, encontramos o maior problema de Vanilla Sky, já que nos deparamos com uma história que tinha tudo para soar interessante, mas devido a essa tentativa excessiva de intelectualizar o argumento, tivemos um efeito contrário, já que o roteiro virou uma buraqueira, onde nada se encaixa e nada de sente. O filme termina e você tem a sensação de que nada aconteceu, em outras palavras, o filme não possui nenhum elemento marcante.

Encontramos alguns problemas no elenco também, afinal ali estão Cameron Diaz e Kurt Russell, dois atores extremamente limitados, e que conseguem se perder em um roteiro que já é perdido por natureza. Por outro lado, temos uma atuação simples, porém sensível e convincente de Penélope Cruz, e um Tom Cruise que faz muitas caretas, mas também não se encaixa em um defeito para a fita. Logicamente, que o melhor do elenco se encontra nos coadjuvantes com participações até limitadas na fita, como Tilda Swinton e Timothy Spall. Entretanto, vale como ressalva, que no pesar da balança, o elenco acaba soando interessante e salva o roteiro várias vezes.

Se levarmos em consideração, que o roteiro é de autoria do também diretor da fita Cameron Crowe, temos um paradoxo firme aqui, já que o roteiro é facilmente o que a fita tem de pior; todavia, a direção não é ruim. Crowe consegue levar uma história complexa (e ruim, só pra frisar), com competência e acrescenta alguns elementos que em vários momentos facilitam para o espectador. O que complica a situação, é que por mais que Crowe se saia bem na direção, seus esforços não são suficientes para encobrir todos os problemas do roteiro. Vale um pequeno comentário também, a precisa e cativante trilha sonora, muito bem composta e executada, dando um clima bem interessante no que diz respeito a fita como um todo.

No fim das contas, Vanilla Sky acaba se tornando um filme que pende muito mais para o ruim do que para o bom, entretanto levando-se em conta a qualidade dos filmes que figuram na sessão Para Passar Longe, acredito que seria injusto com esta fita colocá-la na já anteriormente citada sessão. Assim sendo, Vanilla Sky entrará entre os filmes médios do blog, mas se deve pensar bastante antes de ver um filme como este, pois existe muita coisa melhor por aí; mas nunca se sabe; você pode ser um daqueles fãs em potencial desta fita, até por que, verdade seja dita, para um filme desta qualidade, ele até que possui um público interessante, claro que este interessante possui um caráter de quantidade e não de qualidade, mas mesmo assim ainda é muito.

NOTA: 5,5

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