ENCONTRE AQUI

segunda-feira, 27 de julho de 2009

ANTES DE PARTIR

Ficha Técnica

Título Original: The Bucket List
Gênero: Comédia Dramática
Tempo de Duração: 97 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.antesdepartir.com.br
Estúdio: Storyline Entertainment / Zadan/Meron / Two Ton Films
Distribuição: Warner Bros.
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Justin Zackham
Produção: Alan Greisman, Neil Meron, Rob Reiner e Craig Zadan
Música: Marc Shaiman
Fotografia: John Schwartzman
Desenho de Produção: Bill Brzeski
Direção de Arte: Jay Pelissier
Figurino: Molly Maginnis
Edição: Robert Leighton
Efeitos Especiais: Ring of Fire Studios


Elenco

Jack Nicholson (Edward Cole)
Morgan Freeman (Carter Chambers)
Sean Hayes (Thomas)
Beverly Todd (Virginia Chambers)
Rob Morrow (Dr. Hollins)
Alfonso Freeman (Roger Chambers)
Rowena King (Angelica)
Annton Berry Jr. (Kai)
Verda Bridges (Shandra)
Destiny Brownridge (Maya)
Brian Copeland (Lee)
Ian Anthony Dale (Instrutor)


Sinopse

Carter Chambers (Morgan Freeman) é um homem casado, que há 46 anos trabalha como mecânico. Submetido a um tratamento experimental para combater o câncer, ele se sente mal no trabalho e com isso é internado em um hospital. Logo passa a ter como companheiro de quarto Edward Cole (Jack Nicholson), um rico empresário que é dono do próprio hospital. Edward deseja ter um quarto só para si mas, como sempre pregou que em seus hospitais todo quarto precisa ter dois leitos para que seja viável financeiramente, não pode ter seu desejo atendido pois isto afetaria a imagem de seus negócios. Edward também está com câncer e, após ser operado, descobre que tem poucos meses de vida. O mesmo acontece com Carter, que decide escrever a "lista da bota", algo que seu professor de filosofia na faculdade passou como trabalho muitas décadas atrás. A lista consiste em desejos que Carter deseja realizar antes de morrer. Ao tomar conhecimento dela Edward propõe que eles a realizem, o que faz com que ambos viagem pelo mundo para aproveitar seus últimos meses de vida.



CRÍTICA


O encontro de dois dos maiores astros de Hollywood propicia um drama com toques de comédia, muito instável, irregular, porém sensível e que ao seu modo tenta mostrar como a realização em vida pode ser alcançada, não importa a idade ou qualquer outra coisa, mas apenas o querer, como ponto de partida e de chegada, e que este mesmo querer é quem determina o sucesso ou o fracasso da ação.

É interessante notar, como o principal argumento do filme é bem desenvolvido pelo roteiro. A máxima " o que importa não é a saída ou a chegada, mas sim a travessia", perdura pelo filme todo como um relógio cuco martelando na cabeça do espectador. Em nenhum momento o roteiro, ou o diretor Rob Reiner permite que o espectador sequer abandone essa máxima, ou simplesmente pense o contrário; assim sendo, o único problema do roteiro, não é no seu coração, mas sim nas extremidades, ou seja, naquilo que não é tão importante para o argumento central, mas que é importante para o filme como um todo.

Algumas situações são muito fortes, elevando este "fortes", a um sentido de coisa que poderia ter sido evitada. O excesso de sentimentalismo que Reiner apresenta em algumas fitas suas, principalmente nos seus últimos trabalhos como Dizem por Aí..., e A História De Nós Dois, encontra aqui outro representante. A direção não é ruim, entretanto, Reiner desliza nos momentos em que precisa dosar as emoções propostas pelo roteiro, fazendo com que algumas momentos soem mais dramáticos que o necessário, e outros menos que o necessário; entretanto, nas partes mais ativas do filme, ou seja, nas partes em que a comédia entra em cena, e o drama fica um pouco de lado, Reiner mostra todo o seu talento, e aí não temos nenhum problema, seja na maneira de condução ou mesmo na de imposição de seu trabalho.

O grande trunfo do filme, e consequentemente seu grande barato, é com certeza, ver dois dos maiores astros do cinema, no caso Morgan Freeman e Jack Nicholson atuando juntos, em quase todas as cenas. O filme é todo deles e para eles, em alguns momentos Reiner coloca tanto sentimento nas situações, que a fita chega a parecer uma homenagem a estes dois gigantes ( o que venhamos e convenhamos seria algo bem justo). Não querendo ser chato, mas já sendo, Antes De Partir, está muito longe de ser uma atuação de gala de qualquer um dos dois, mas talvez seja uma das mais sinceras, já que ambos estão muito à vontade ao longo de toda a fita, e tanto um quanto o outro, demonstra um domínio, uma paixão e uma felicidade por estar ali que contagia o espectador.

O restante dos aparatos do filme, ficam naquele em cima muro típico de um filme que tem qualidades e defeitos bem visíveis, e que não se tornará nem clássico e nem cult, o que leva este que vos fala a afirmar que em alguns anos, Antes De Partir se tornará uma fita perdida no tempo. De modo geral, Antes De Partir, é um filme médio, que diverte como comédia, mas que desliza em alguns momentos como drama.

Vale uma olhadinha pelas atuações até certo modo "brincalhonas" de Freeman e Nicholson, afinal, estes dois nomes sim deveriam levar milhares de pessoas ao cinema, além disso, o filme é sim um bom passatempo, mas não mais do que isso. Para um diretor que deliciou cinéfilos com fitas como Conta Comigo, Harry e Sally - Feitos Um Para O Outro, A Princesa Prometida e que produziu clássicos como Louca Obssessão e o genial Isto É Spinal Tap, Antes De Partir se mostra simples e ingênuo demais, e com erros até certo modos "bobos" do diretor. Está bem longe de se enquadrar em uma perda de tempo, mas colocá-lo na sessão Para Ver seria um certo exagero.

NOTA: 6,5

Nenhum comentário:

Postar um comentário