Considerado por muitos o melhor filme da saga até o momento, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é, em minha opinião, o mais difícil de analisar dos filme do bruxinho, e para já adiantar um pouco o que virá logo após, eu discordo da maioria, e não só não o acho melhor da saga, como em minha opinião ele é o mais fraco.
O motivo de minha opinião, é o mesmo daqueles que o acham o melhor da saga: o diretor mexicano Alfonso Cuáron. Que Cuáron é o melhor diretor que passou pela saga até o momento é claro, entretanto, acredito que sua alta capacidade de direção não caiu bem em uma saga que não exigia tanto talento, tornando as coisas exageradas, deslocadas em alguns momentos e o pior, adulto demais. Se Columbus deixava a saga infantil demais, Cuáron foi ao outro extremo, e transformou o filme em algo adulto demais, totalmente obscuro (muito mais do que sugere o roteiro), soturno, escuro e que flerta em vários momentos com gêneros como o terror e o suspense, ou seja, a fantasia infantil deu lugar a um filme adulto demais, e, se levarmos em consideração que grande parte dos espectadores de Harry Potter são crianças, Cuáron se esqueceu completamente deles na construção de seu filme.
O meio termo, que agradaria tanto crianças quanto adultos de uma forma natural e por si só, ainda não foi alcançado, e ao contrário disso, temos um filme muito duro, e que por mais que agrade à crítica e alguns fãs, essa sensação de agrado vem por algo criado pelo diretor, e não intrínseco a saga, o que leva o espectador a uma ilusão, já que ele gosta de algo próprio de Cuáron e não de Harry Potter.
Outra crítica minha a este filme, é o pouco aproveitamento de Gary Oldman no papel de Sirius Black, que poderia contribuir muito mais para o bom andamento da fita. Do resto, tudo evoluiu, tanto na parte artística, quanto técnica, quanto na assimilação dos personagens por parte dos atores sejam eles mirins ou adultos.
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é um filme ilusório, duro, difícil e obscuro demais para uma saga que não tem essa intenção, e o culpado atende pelo nome de Alfonso Cuáron, que é um diretor bom demais para uma saga que como um todo não merece e não consegue suportar seu talento.
NOTA: 6,0
"Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é um filme ilusório, duro, difícil e obscuro demais para uma saga que não tem essa intenção[...]"
ResponderExcluirNa realidade, Pablo, como já lhe expliquei,é a intensão do filme sim, explanando que, prizioneiros fogem de uma prizão e o clima no mundo bruxo está pesado face a tais acontecimentos. É perfeitamente aplausível (e muito bem encaixado)essa obscuridade no filme.