“Tenho-me esforçado por não rir das ações humanas, por não deplorá-las nem odiá-las, mas por compreendê-las.” (Baruch de Espinosa)
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domingo, 7 de novembro de 2010
QUERIDO JOHN
Ficha Técnica
Título Original:Dear John
Gênero:Romance
Duração:105 min
Ano De Lançamento:2010
Site Oficial:http://www.queridojohn.com.br
Estúdio:Relativity Media / Temple Hill Entertainment
Distribuidora:Sony Pictures Releasing
Direção: Lasse Hallström
Roteiro:Jamie Linden, baseado no livro de Nicholas Sparks
Produção:Marty Bowen, Wyck Godfrey e Ryan Kavanaugh
Música:Deborah Lurie
Fotografia:Terry Stacey
Direção De Arte:Mark Garner
Figurino:Kathryn Langston
Edição:Kristina Boden
Efeitos Especiais:& Company
Elenco
Channing Tatum (John Tyree)
Amanda Seyfried (Savannah Curtis)
Richard Jenkins (Sr. Tyree)
Henry Thomas (Tim Wheddon)
D.J. Cotrona (Noodles)
Cullen Moss (Rooster)
Gavin McCullen (Starks)
Jose Lucena Jr. (Berry)
Keith Robinson (Capitão Stone)
Scott Porter (Randy)
Leslea Fisher (Susan)
William Howard Bowman (Daniels)
David Andrews (Sr. Curtis)
Mary Rachel Dudley (Sra. Curtis)
Sinopse
John Tyree (Channing Tatum) é um jovem soldado que está em casa, licenciado. Um dia ele conhece Savannah Curtis (Amanda Seyfried), uma universitária idealista em férias por quem se apaixona. Eles iniciam um relacionamento, só que logo John precisará retornar ao trabalho. Dentro de um ano ele terminará o serviço militar, quando poderão enfim ficar juntos. Neste período eles trocam diversas cartas, onde cada um conta o que lhe acontece a cada dia.
CRÍTICA
Antes de ver este filme, confesso que o segurei nas mãos, olhei, analisei, e desisti de assisti-lo por várias vezes, até que eu vi uma coisa nele que ainda não havia reparado, e que se transformou no fator que me convenceu a encará-lo; o diretor sueco Lasse Hallströmm, por quem eu possuo grande admiração, devido aos seus trabalhos anteriores como Minha Vida de Cachorro, Chocolate e o belíssimo e emocionante Sempre Ao Seu Lado.
Eu sei muito bem o que esperar de um filme de Hallström, já que o diretor possui um perfil e um estilo muito bem definido, e que possui pouquíssimas variações ao longo dos anos e dos filmes. Sendo assim, Querido John possui todo o corpo de um filme de Hallström: movimentos sutis, porém bem definidos, sutileza e leveza na condução tanto da câmera quanto dos atores, e uma incrível capacidade de sensibilizar o espectador apenas pela apreensão das imagens e dos aparatos técnicos e sonoros, os quais o diretor usa muito bem. Dessa forma, temos que Hallström é o diferencial de Querido John, e o que faz com que o filme seja "assistível". A direção, assim como a fotografia, e a trilha sonora são bem felizes e conseguem criar um clima interessante e que perpassa por toda a película.
Dito isto, vamos começar a elencar os problemas deste romance que não chega a ser meloso e nem apelativo, mas que esbarra em uma mesmice e em alguns momentos desnecessários. O roteiro é baseado em um livro de Nicholas Sparks, o mesmo escritor de Um Amor Para Recordar ( se eu não me engano) e de Diário de Uma Paixão, e verificamos aqui o mesmo fio condutor dos outros filmes baseados em livros de Sparks, ou seja, o amor que supera todos os obstáculos e dificuldades. A história é simples: um cara que está de férias do exército, se apaixona pela pura e altruísta mocinha e os problemas começam quando este volta para a guerra. O roteiro acerta na questão da comunicação entre os dois, já que as cartas jamais perderão seu charme, entretanto esbarra em situações chatas e totalmente evitáveis ( como o fato da mocinha reconstruir uma casa por pura caridade, ou a briga dele com o carinha que tem ciúme da menina).
O que acontece então, é que nos deparamos com um romance que não sabe muito bem aonde quer chegar e que derrapa demais, prejudicando seu bom andamento, e dificultando sua saída de uma categoria mais piegas dos atuais filmes do gênero. O elenco, não acaba firmando bases muito interessantes, pois os protagonistas ( Channing Tatum e Amanda Seyfried), ainda são atores muito jovens e não seguram a barra muito bem, principalmente ela que tem uma difícil personagem nas mãos, principalmente na parte final do filme. Já ele, é ajudado pelo personagem, que por ser um militar possui aquele perfil mais sério, o que esconde um pouco sua falta de expressão ao longo do filme. Destaque apenas para a participação de Henry Thomas, o eterno Elliot de E.T. - O Extra terrestre.
Se levarmos uma comparação entre os dois outros filmes do autor, este aqui ficaria a frente de Um Amor Para Recordar e bem atrás do cativante e belo Diário de Uma Paixão, até pelo fato de que Querido John não é inovador, não possui reviravoltas, e a partir do minuto 20 da fita você já consegue adivinhar todo o resto, e acredite, o final vai ser exatamente como você imaginou, ou melhor como você já viu várias outras vezes, em vários outros filmes, que de um jeito ou de outro são exatamente como este, e olha que Hallström ainda salvou um pouco , mas como diria Aristóteles: "Não se faz verão com apenas uma andorinha".
NOTA: 5,0
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