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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

PROCURA-SE AMY


Ficha Técnica

Título Original:Chasing Amy
Gênero:Comédia
Duração:113 min
Ano De Lançamento:1997
Site Oficial:http://www.viewaskew.com/chasingamy
Estúdio:View Askew Productions
Distribuidora:Miramax Films
Direção: Kevin Smith
Roteiro:Kevin Smith
Produção:Scott Mosier
Música:David Pirner
Fotografia:David Klein
Direção De Arte:Jim Williams
Figurino:Christopher Del Coro
Edição:Scott Mosier e Kevin Smith


Elenco

Ben Affleck (Holden McNeil)
Joey Lauren Adams (Alyssa Jones)
Jason Lee (Banky Edwards)
Dwight Ewell (Hooper)
Jason Mewes (Jay)
Kevin Smith (Silent Bob)
Scott Mosier (Colecionador)
Casey Affleck (Pequeno garoto)
Carmen Lee (Kim)
Rebecca Waxman (Dalia)
Ethan Suplee (Fã)
Matt Damon


Sinopse

Holden e seu amigo Banky ganham a vida fazendo uma tirinha de sucesso em Nova Jersey. Um cotidiano tranquilo, até que Holden cai de quatro ao conhecer a roteirista Alyssa. Não mede esforços para conquistá-la, mas surpreende-se ao descobrir que ela tem a mesma preferência sexual que ele.


Premiações

GLOBO DE OURO
Indicação
Melhor Atriz - Comédia/Musical - Joey Lauren Adams



CRÍTICA


Para muitos o melhor e mais contundente filme do excelente diretor Kevin Smith, para outros, um exagero e um motivador de experiências incorretas relacionadas à vida e a sexualidade no sentido impulsivo da coisa, ou seja, no aspecto da descobertas e da maneira de lidar com este tipo de coisa. Não me adequo muito aos adeptos deste segundo ponto, mas também discordo do primeiro, já que na minha opinião, O Balconista sempre será o melhor trabalho de Kevin Smith, entretanto, Procura-se Amy é um achado, e se mostra como um dos grandes expoentes das questões que envolvem a dúvida quanto a sexualidade e na maneira de lidar com tal aparato.

O filme faz uma busca geral e mostra pontos de vista heteros e homo em todos os aspectos, sem apelar para cenas desnecessárias ou até mesmo apelativas e exageradas, ficando apenas na insinuação e na questão do linguajar já característico dos filmes de Smith. A história de dois amigos quadrinistas, que conhecem uma outra quadrinista, esta por sua vez, lésbica se desenrola quando um destes dois amigos amigos começa a formar casal com a outra quadrinista, o que por tabela, desperta um certo ciúme (mostrado de forma acertadamente sutil por Smith), no outro amigo. Daí para frente temos o rumo da história, que perpassa por vários aspectos da vida destes três personagens e os coloca em situações inusitadas em alguns momentos, se contrapondo a outras de um maior grau de complexidade e explosão.

Smith consegue como poucos envolver o espectador, e com exceção de alguns diálogos desnecessários, o filme se desenrola de forma leve e interessante, fazendo com que as situações, mesmo que em grande parte incomuns a nós, devido ao caráter do tema, nos conduza ao ponto de amizade com inimizade com a história, gerando interessante contrapontos, que se ajeitam cada qual com o esteriótipo do personagem, seja ele hetero ou homo, masculino ou feminino.

Smith explora um certo psicologismo, e acerta ao mostrar os dramas dos personagens em forma de comédia, mas sem fugir de ponto central, ou seja, Smith enche o filme de bons elementos , mas não se desvia do drama dos três personagens, fazendo com que o filme possua um complexidade simples (paradoxo proposital), que se mostra captável ao espectador, mas não pela facilidade do tema, já que esta não existe, mas pela forma como Smith transpôs o negócio.

O trio central de atores são colaboradores habituais de Smith e estão muito no filme. Affleck e Lee constróem de forma interessante um amizade que se mostrará depois um pouco elevada, e Lauren Adams tem uma interpretação de gala, no papel da confusa, porém firme Alyssa Jones, que faz com que você até consegue suportar a voz irritante da atriz. Destaque também para a dupla essencial dos filmes de Smith, Jay e Silent Bob, que mesmo fazendo apenas uma pequena aparição, a fazem com grande força.

Procura-se Amy é um filme que os fãs o elevam ao exagero e que alguns críticos o reduzem. Logicamente, que ele não é a melhor comédia do século, mas é um dos grandes momentos do gênero dos anos 90, pois realiza uma ótima mistura de humor e inteligência, elementos clássicos dos filmes de Smith, que com este filme mostrou mais uma vez o porque é um dos grandes nomes do gênero de comédia.


NOTA: 9,0

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